quinta-feira, 26 de maio de 2011

Kadhafi investiu no BES e no BCP

Um relatório citado pela agência Lusa mostra que Kadhafi investiu em dívida do BES e do BCP

O regime líbio, através do seu fundo soberano, investiu em dívida de bancos portugueses, incluindo o BES e o BCP, segundo um relatório confidencial a que a Agência Lusa teve acesso.
A compra de títulos foi realizada através da Autoridade Líbia de Investimento (LIA), o fundo soberano líbio, segundo um relatório elaborado pela consultora internacional KPMG.
O documento apresenta uma lista detalhada das participações da LIA à data de junho de 2010 e Portugal é um dos nove países referidos no "Top 10" na compra de dívida pela LIA, aparecendo em sétimo lugar, à frente da Alemanha e da França.
O relatório da KPMG aponta que a LIA terá investido, a valores de mercado calculados no segundo trimestre do ano passado, 18,13 milhões de dólares (12,8 milhões de euros) em títulos de dívida do BCP, com maturidade 19 de janeiro de 2012, e 12,35 milhões de dólares (8,7 milhões de euros) em dívida do BES, que vence um dia depois, a 20 de janeiro de 2012.
O documento, que apresenta os cálculos com o valor de mercado do investimento na dívida dos dois bancos no primeiro e no segundo trimestre de 2010, refere uma desvalorização entre estes dois trimestres de 2,7 milhões de dólares no caso da dívida no BCP, e de 1,6
milhões de dólares no BES.

Fundo soberano "opaco" 

A LIA "é um dos fundos soberanos mais opacos e é muito difícil detectar o fluxo de investimentos feitos por Trípoli", afirmou à Lusa um consultor internacional em branqueamento de capitais e aplicação de sanções como as que se aplicam neste momento à Líbia.
Segundo esse e outros especialistas ouvidos nas últimas semanas pela Lusa, "é uma convicção do mercado internacional que a gestão da LIA é um assunto privado de Kadhafi, através de um dos seus filhos".
A Líbia colocou 5 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) no banco francês Société Générale (SG) entre 2007 e 2010, segundo documentos a que a Lusa teve acesso e fontes contactadas em vários países, incluindo a Líbia.
De acordo com documentos revelados hoje pela Lusa, os 5 mil milhões de dólares investidos por Trípoli resultam de uma relação de negócios entre a SG e a Autoridade Líbia de Investimento (LIA) que remonta a 2007, e que, segundo fontes na Líbia e na Europa,"envolveu directamente" o presidente do banco francês, Frédéric Oudéa.
As participações líbias na SG e noutras instituições financeiras ocidentais são hoje reveladas também nos jornais Financial Times, em Londres, e Le Monde, em Paris.
O BCP, contactado pela Agência Lusa, preferiu não comentar e o BES remeteu para mais tarde uma declaração sobre o assunto.


Ora pois é, eram tão amigos. Kadhafi era o melhor amigo de Sócrates, a seguir a Hugo Chavez, pois claro! Não fico nada surpreendido até já esperava algo semelhante.

Socrates andou por ai num corropio percorrendo uma serie de governos tentando fazer com que comprassem divida Portuguesa. Na maioria dos casos isso tornou-se impossível devido ao rating da republica. Contudo, nada impedia que através de bancos Portugueses, esses governos, directamente ou através de empresas ou fundos de investimento colocassem dinheiro nos bancos nacionais para que estes comprassem divida.

O BES foi um deles, comprou divida... muita mesmo, e quando viu o caso mal parado para o seu lado foi um correr atrás de Sócrates para pedir ajuda externa. Não é por acaso que grande parte do dinheiro que virá será para tapar o buraco dos bancos.

Kadhafi fez um favor ao amigo e ainda leva o seu lucrozinho! Nada como ter bons amigos!
Cumprimentos cordiais

Luís Passos

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