terça-feira, 17 de maio de 2011

BES pede ajuda do Estado para emitir dívida

O BES vai emitir até 1.250 milhões de euros em dívida recorrendo ao mecanismo de apoio à banca actualmente em vigor. 
 
 O BES solicitou ao Banco de Portugal a concessão de uma garantia do Estado para uma emissão de obrigações não subordinadas até ao montante de 1.250 milhões de euros, com maturidade de três anos. Trata-se de uma operação de liquidez.

Mas para isso, o BES terá de levar à Assembleia Geral de 9 de Junho uma alteração aos seus estatutos. Isto é, os accionistas do BES terão de conceder autorização ao seu Conselho de Administração para deliberar aumentar o capital no caso de um eventual accionamento da garantia a ser prestada pelo Estado Português. Ou seja, se o BES não pagar, o Estado entra no capital do banco, sendo para isso necessário um aumento de capital. Fonte do BES disse que essa é apenas uma mera possibilidade teórica.

Na próxima AG o BES vai ainda propor retirar o valor nominal às acções que compõe o seu capital social, tal como fez o BCP.


É uma vergonha, ao que isto chegou, o Sr. Ricardo Salgado andou a espicaçar o PS para fazer obras faraónicas, financiadas obviamente... pelo BES.

Neste momento o BES encontra-se com um péssimo rácio de capitais próprios e não consegue fazer um aumento de capital como outros bancos fizeram, o caso do BCP e do BPI. Ou seja, o BES está tecnicamente ilíquido (para não dizer insolúvel que seria muito forte).

O grande problema do BES foi que comprou julgo que perto de 40.000 milhões de euros em dívida nacional. Como o rating da Republica está um nível acima de Lixo, o rating do BES foi também afectado por essa classificação, dado que até saber, é detentor de pelo menos 40.000 milhões de euros de divida portuguesa.

O Estado ao tornar-se uma vez mais como avalista, está a aumentar as suas responsabilidades financeiras. Todas estas informações que ficam registadas na base de dados, são tomadas em consideração pelos actuais e futuros credores do Estado e pelas agências de rating.

Todas estas garantias constituem uma séria ameaça aos contribuintes, já que uma eventual nacionalização dos bancos implicará necessariamente um imediato aumento generalizado de impostos. 

Enfim... parece que o saque ao bolso dos contribuintes está para ficar...

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

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