domingo, 29 de maio de 2011

Grande exemplo de civismo - Riccardo Muti coloca todo o teatro a cantar "Va pensiero" de Verdi

Aconteceu em Roma, italia, o grande maestro Riccardo Mutti enfrente directamente o Presidente Berlusconni que também se encontrava na sala, no Teatro de la Opera de Roma, com um belíssimo discurso sobre liberdade, justiça e a vergonha e que se passa em Itália, e fá-lo cantando "Vá pensiero" juntamente com toda a assistência, musica essa que representa os grandes valores patrióticos para os italianos, que Berlusconni com o seu comportamento tem envergonhado.

Foi no final da Opera, a assistência pediu um BIS, e Riccardo Mutti, primeiro explicou porque iria cantar novamente o "Va pensiero", explica os valores que estão implícitos na canção e solicita a toda a audiência que cante com ele como protesto contra os cortes no orçamento relativamente à cultura. No final as pessoas choravam de emoção. Absolutamente fantástico.

Se antes já apreciava o trabalho de Riccardo Mutti, agora ainda aprecio mais!
Deixo-vos então o video do que aconteceu, e ainda a letra desta fabulosa musica de Verdi, da Opera Nabucco.

Cumprimentos cordiais
Luís Passos

Va Pensiero (Italiano)
Va’, pensiero, sull’ali dorate.
Va’, ti posa sui clivi, sui coll,
ove olezzano tepide e molli
l’aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta,
di Sionne le torri atterrate.
O mia Patria, sì bella e perduta!
O membranza sì cara e fatal!
Arpa d’or dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie del petto riaccendi,
ci favella del tempo che fu!
O simile di Solima ai fati,
traggi un suono di crudo lamento;
o t’ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù
che ne infonda al patire virtù
al patire virtù!

Va Pensiero (Português)
Vá, pensamento, sobre as asas douradas
Vá, e pousa sobre as encostas e as colinas
Onde os ares são tépidos e macios
Com a doce fragrância do solo natal!
Saúda as margens do Jordão
E as torres abatidas do Sião.
Oh, minha pátria tão bela e perdida!
Oh lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada de desígnios fatídicos,
Porque você chora a ausência da terra querida?
Reacende a memória no nosso peito,
Fale-nos do tempo que passou!
Lembra-nos o destino de Jerusalém.
Traga-nos um ar de lamentação triste,
Ou o que o senhor te inspire harmonias
Que nos infundam a força para suportar o sofrimento.

Sem comentários:

Enviar um comentário