A Guarda Nacional Republicana promoveu, no início deste ano, 40 novos coronéis, aumentando assim o número de oficiais desta patente para cerca de uma centena. Tratou-se de uma medida de excepção no âmbito do que o Governo decidiu para a função pública, mas que, dentro da própria instituição provocou contestação, uma vez que se mantêm em suspenso as promoções para cerca de 10 mil guardas. Estas promoções serviram, por outro lado, para tentar travar a insatisfação dos oficiais de carreira por não chegarem aos lugares máximos da hierarquia, entregues a 11 generais oriundos do Exército.
Com as promoções de Janeiro deste ano (com retroactivos a Janeiro de 2010) a GNR passou a ter mais de um terço dos seus coronéis a desempenhar serviços administrativos. Apenas 27 dos oficiais com esta patente estão a comandar unidades, 18 correspondentes aos distritos do continente, duas relativas à Madeira e Açores e mais sete móveis.
"Na GNR os postos não são comandados por oficiais [na PSP o comando das esquadras está entregue a comissários e subcomissários, os quais já pertencem à classe de oficiais], mas por sargentos. Os oficiais da GNR estão, na sua maioria, dispersos por serviços burocráticos, de estudos e planeamentos", explicou ao PÚBLICO o presidente da Assembleia Geral da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) José Manageiro.
Este dirigente sindical, assim como dois capitães-majores que preferiram manter o anonimato, entendem que o não aproveitamento para tarefas operacionais de grande parte dos oficiais formados internamente "é um factor de desmotivação" e "um desperdício de recursos". "É incompreensível que, após 100 anos de existência, a GNR continue sem ter um só comandante por si formado", dizem.
Os actuais 11 generais que estão ao serviço da GNR cumprem, todos eles, comissões de três anos. Por norma são destacados para esta força quando se aproximam do final da sua carreira no Exército. É, dizem os contestatários, um modo de enriquecer o currículo e, ao mesmo tempo, engrossar o valor da reforma.
O aumento de promoções junto dos oficiais generais (onde se incluem os coronéis) não é acompanhado pelas classes abaixo, nomeadamente os guardas. De acordo com José Manageiro há cerca de 10 mil efectivos à espera de poderem ascender a guardas principais e, ao mesmo tempo, nota-se, cada vez mais, a falta de pessoal nos postos. "A suspensão dos cursos de admissão ao longo dos últimos três anos fez com que, actualmente, exista uma falta de cerca de mil guardas", refere o dirigente da APG.
Para José Manageiro a componente operacional da GNR pode estar seriamente ameaçada, tanto mais que os sucessivos cortes orçamentais não deixam antever uma melhoria a curto prazo. "A falta de liquidez na GNR não é segredo para ninguém", refere o sindicalista, confirmando as sucessivas reclamações que dão conta de falhas relativamente à existência de viaturas, combustíveis e outros materiais.
"Na GNR os postos não são comandados por oficiais [na PSP o comando das esquadras está entregue a comissários e subcomissários, os quais já pertencem à classe de oficiais], mas por sargentos. Os oficiais da GNR estão, na sua maioria, dispersos por serviços burocráticos, de estudos e planeamentos", explicou ao PÚBLICO o presidente da Assembleia Geral da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) José Manageiro.
Este dirigente sindical, assim como dois capitães-majores que preferiram manter o anonimato, entendem que o não aproveitamento para tarefas operacionais de grande parte dos oficiais formados internamente "é um factor de desmotivação" e "um desperdício de recursos". "É incompreensível que, após 100 anos de existência, a GNR continue sem ter um só comandante por si formado", dizem.
Os actuais 11 generais que estão ao serviço da GNR cumprem, todos eles, comissões de três anos. Por norma são destacados para esta força quando se aproximam do final da sua carreira no Exército. É, dizem os contestatários, um modo de enriquecer o currículo e, ao mesmo tempo, engrossar o valor da reforma.
O aumento de promoções junto dos oficiais generais (onde se incluem os coronéis) não é acompanhado pelas classes abaixo, nomeadamente os guardas. De acordo com José Manageiro há cerca de 10 mil efectivos à espera de poderem ascender a guardas principais e, ao mesmo tempo, nota-se, cada vez mais, a falta de pessoal nos postos. "A suspensão dos cursos de admissão ao longo dos últimos três anos fez com que, actualmente, exista uma falta de cerca de mil guardas", refere o dirigente da APG.
Para José Manageiro a componente operacional da GNR pode estar seriamente ameaçada, tanto mais que os sucessivos cortes orçamentais não deixam antever uma melhoria a curto prazo. "A falta de liquidez na GNR não é segredo para ninguém", refere o sindicalista, confirmando as sucessivas reclamações que dão conta de falhas relativamente à existência de viaturas, combustíveis e outros materiais.
In: Publico
Pois é, em plena crise, com milhares de praças, soldados e oficiais de patente inferior que estão com as promoções congeladas, estes "senhores" para se poderem reformar com uma pensão de reforma mais alta. Com o pais em crise.
É preciso ter uma ousadia... que despudor. Só mesmo em Portugal!
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
O regime abrilino sabe muito bem tratar a força que para obedecer à ordem dada, não pode ter estados de alma.Tem tentado comprar ao longo de 36 anos a lealdade canina das cúpulas das forças armadas e de segurança.A técnica empregue tem sido mais castrante que a salazarista, sem margem para dúvida.
ResponderEliminarPoder é Poder - só mudam os figurantes que são a cada mudança mais refinados na arte de dominar.