A taxa de desemprego em Portugal atingiu novo máximo histórico de 12,6 em Abril, tal como terá acontecido já em Março, segundo o valor revisto anunciado também hoje pelo Eurostat.
O valor hoje divulgado faz Portugal saltar de décimo para oitavo país com maior taxa de desemprego na UE, mantendo a sexta posição na zona euro. O aumento do desemprego terá sido mais sentido entre os jovens com menos de 25 anos, cuja taxa está já claramente acima de 27 por cento desde Março.
O valor mais elevado até agora divulgado para o desemprego em Portugal tinha sido o do INE relativo ao primeiro trimestre do ano, de 12,4 por cento, reflectindo um salto devido a uma alteração no método de recolha de informação por inquérito. No trimestre anterior, tinha sido de 11,1 por cento.
O salto de valores registado pelo INE com a alteração de método justifica também que nos dados hoje divulgados o Eurostat proceda a uma revisão em alta, numa amplitude maior do que é habitual, dos seus valores para o primeiro trimestre. Para Janeiro, Fevereiro e Março, os seus valores passaram de respectivamente 11,2, 11,1 e 11,1 por cento para 12,2, 12,5 e 12,6 por cento – o mesmo valor de Abril.
O valor hoje anunciado para Abril e Março constitui um novo máximo alguma vez registado para a taxa de desemprego em Portugal, quer desde que o INE acompanha o desemprego (segundo trimestre de 1983), quer desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato que o actual.
Além de reflectir as alterações no método de recolha de informação introduzidas pelo INE, a forte subida registada entre o final de 2010 e o início deste ano decorre também da deterioração da actividade económica na sequência das medidas de austeridade que entraram em vigor no início do ano. Quando divulgou a taxa para o primeiro trimestre com a nova metodologia, o INE anunciou também que, pelo método anterior, a taxa teria subido de 11,1 por cento no último trimestre do ano passado para 11,4 por cento.
As previsões do Governo apontavam para que o desemprego continuasse a subir pelo menos até 2013, para 13 por cento, valor que afinal poderá ser ultrapassado, atendendo à subida já registada ainda antes de entrarem em vigor as medidas de ajustamento orçamental decorrentes do Memorando de Entendimento com a UE e o FMI.
No conjunto dos 17 países da zona euro a taxa de desemprego em Abril manteve nos 9,9 por cento que se registam desde Fevereiro, enquanto nos 27 da UE desceu uma décima, para 9,4 por cento em Abril. A Espanha, que tem o valor mais elevado, mantém uma taxa de 20,7 por cento,
Os dados do Eurostat devem ser encarados com prudência, pois têm por base os de cada país, que são depois tratados com uma metodologia que visa harmonizá-los, sendo frequentemente sujeitos a revisões, ainda que geralmente de poucas décimas, em função dos dados novos que vão sendo divulgados pelas autoridades de cada país. No caso português, o Eurostat utilizada os dados do inquérito ao emprego do INE e os do IEFP, relativos aos inscritos nos Centros de Emprego.
O valor mais elevado até agora divulgado para o desemprego em Portugal tinha sido o do INE relativo ao primeiro trimestre do ano, de 12,4 por cento, reflectindo um salto devido a uma alteração no método de recolha de informação por inquérito. No trimestre anterior, tinha sido de 11,1 por cento.
O salto de valores registado pelo INE com a alteração de método justifica também que nos dados hoje divulgados o Eurostat proceda a uma revisão em alta, numa amplitude maior do que é habitual, dos seus valores para o primeiro trimestre. Para Janeiro, Fevereiro e Março, os seus valores passaram de respectivamente 11,2, 11,1 e 11,1 por cento para 12,2, 12,5 e 12,6 por cento – o mesmo valor de Abril.
O valor hoje anunciado para Abril e Março constitui um novo máximo alguma vez registado para a taxa de desemprego em Portugal, quer desde que o INE acompanha o desemprego (segundo trimestre de 1983), quer desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato que o actual.
Além de reflectir as alterações no método de recolha de informação introduzidas pelo INE, a forte subida registada entre o final de 2010 e o início deste ano decorre também da deterioração da actividade económica na sequência das medidas de austeridade que entraram em vigor no início do ano. Quando divulgou a taxa para o primeiro trimestre com a nova metodologia, o INE anunciou também que, pelo método anterior, a taxa teria subido de 11,1 por cento no último trimestre do ano passado para 11,4 por cento.
As previsões do Governo apontavam para que o desemprego continuasse a subir pelo menos até 2013, para 13 por cento, valor que afinal poderá ser ultrapassado, atendendo à subida já registada ainda antes de entrarem em vigor as medidas de ajustamento orçamental decorrentes do Memorando de Entendimento com a UE e o FMI.
No conjunto dos 17 países da zona euro a taxa de desemprego em Abril manteve nos 9,9 por cento que se registam desde Fevereiro, enquanto nos 27 da UE desceu uma décima, para 9,4 por cento em Abril. A Espanha, que tem o valor mais elevado, mantém uma taxa de 20,7 por cento,
Os dados do Eurostat devem ser encarados com prudência, pois têm por base os de cada país, que são depois tratados com uma metodologia que visa harmonizá-los, sendo frequentemente sujeitos a revisões, ainda que geralmente de poucas décimas, em função dos dados novos que vão sendo divulgados pelas autoridades de cada país. No caso português, o Eurostat utilizada os dados do inquérito ao emprego do INE e os do IEFP, relativos aos inscritos nos Centros de Emprego.
In: Publico
Caros amigos,
A manter-se esta tendencia, poderemos igualar a Espanha em valor percentual até ao final do ano!
O ajustamento vai ser doloroso!
Cumprimentos cordiais
Luís Passos