O Governo tem apenas quatro dias, até 17 de Março, para decidir se vai lançar um segundo concurso público internacional para a construção e exploração da nova ponte sobre o Tejo ou se vai fazer cair o projecto, deixando assim incompleta a linha de alta velocidade projectada para ligar Lisboa a Madrid. Se escolher a segunda opção, é certo que os consórcios da espanhola FCC e da Mota-Engil irão exigir o pagamento de uma indemnização. Além disso, garante uma guerra suplementar com o Presidente da República e com o CDS, que já defenderam a suspensão das grandes obras públicas face à crise económica.
O incómodo gerado por este dossier constata-se pelo facto de as fontes oficiais do Ministério das Obras Públicas contactadas pelo Diário Económico se terem escusado a comentar o assunto, remetendo qualquer esclarecimento para, precisamente, 17 de Março. É nesse dia que termina o prazo concedido pelo Código da Contratação Pública para que o dono de obra - neste caso a Rave, empresa pública responsável pelo projecto nacional do TGV - lance um novo concurso. E, até essa quinta-feira, expira o prazo máximo de seis meses após o Governo ter decidido "não adjudicar" o primeiro concurso da nova ponte, alegando a gravidade da situação financeira na altura.
Se a entidade adjudicante desistir do projecto, os consórcios privados terão direito a indemnização. O Diário Económico apurou que os gabinetes de advogados dos agrupamentos da FCC e da Mota-Engil estão já a trabalhar nesse cenário, afinando os valores a reclamar junto do Estado português caso o projecto não avance, e que deverão ser de várias dezenas de milhões de euros por cada um.
In: Económico
Meus senhores, numa situação de crise profunda, em que se cortam ordenados, se despedem pessoas, se retiram subsídios e abonos de família, se congelam pensões de 300 euros e estes abutres vem pedir indemnizações por uma obra que não fizeram nem gastaram um cêntimo com ela? Pior ainda... como é em regime de PPP, o estado tinha de pagar a obra e os "meninos" só tinham o doce de a explorar e sacar os dividendos??? E caso o negócio não corresse conforme as expectativas o estado cobria a diferença... ou seja, o risco era todo transferido para o estado!!! Lindo serviço! Muito patriótico!
Porque o grande esforço patriótico é só para os pequeninos. As grandes construtoras se tiverem de cortar nem que seja só em fazer menos umas obras pedem logo indemnizações. Ganham se fazem, ganham se não fazem, paga o contribuinte.
As grandes construtoras estão impacientes, desesperadas em Angola não exigem e ainda pedem ajuda ao estado e presidente para poderem receber os pagamentos em divida e com desconto tenham vergonha, interesseiros procurem novos mercados, associem-se, cooperem, tenham coragem e espírito de iniciativa é o que sempre dizem aos trabalhadores acabem com as benesses dos políticos.
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
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