sexta-feira, 11 de março de 2011

Mota-Engil e FCC vão pedir indemnização se nova ponte for adiada

Governo tem quatro dias para avançar com o projecto de alta velocidade entre Lisboa e Poceirão ou metê-lo na gaveta. 

O Governo tem apenas quatro dias, até 17 de Março, para decidir se vai lançar um segundo concurso público internacional para a construção e exploração da nova ponte sobre o Tejo ou se vai fazer cair o projecto, deixando assim incompleta a linha de alta velocidade projectada para ligar Lisboa a Madrid. Se escolher a segunda opção, é certo que os consórcios da espanhola FCC e da Mota-Engil irão exigir o pagamento de uma indemnização. Além disso, garante uma guerra suplementar com o Presidente da República e com o CDS, que já defenderam a suspensão das grandes obras públicas face à crise económica.
O incómodo gerado por este dossier constata-se pelo facto de as fontes oficiais do Ministério das Obras Públicas contactadas pelo Diário Económico se terem escusado a comentar o assunto, remetendo qualquer esclarecimento para, precisamente, 17 de Março. É nesse dia que termina o prazo concedido pelo Código da Contratação Pública para que o dono de obra - neste caso a Rave, empresa pública responsável pelo projecto nacional do TGV - lance um novo concurso. E, até essa quinta-feira, expira o prazo máximo de seis meses após o Governo ter decidido "não adjudicar" o primeiro concurso da nova ponte, alegando a gravidade da situação financeira na altura.
Se a entidade adjudicante desistir do projecto, os consórcios privados terão direito a indemnização. O Diário Económico apurou que os gabinetes de advogados dos agrupamentos da FCC e da Mota-Engil estão já a trabalhar nesse cenário, afinando os valores a reclamar junto do Estado português caso o projecto não avance, e que deverão ser de várias dezenas de milhões de euros por cada um. 


Meus senhores, numa situação de crise profunda, em que se cortam ordenados, se despedem pessoas, se retiram subsídios e abonos de família, se congelam pensões de 300 euros e estes abutres vem pedir indemnizações por uma obra que não fizeram nem gastaram um cêntimo com ela? Pior ainda... como é em regime de PPP, o estado tinha de pagar a obra e os "meninos" só tinham o doce de a explorar e sacar os dividendos??? E caso o negócio não corresse conforme as expectativas o estado cobria a diferença... ou seja, o risco era todo transferido para o estado!!! Lindo serviço! Muito patriótico!

Porque o grande esforço patriótico é só para os pequeninos. As grandes construtoras se tiverem de cortar nem que seja só em fazer menos umas obras pedem logo indemnizações. Ganham se fazem, ganham se não fazem, paga o contribuinte. 

As grandes construtoras estão impacientes, desesperadas em Angola não exigem e ainda pedem ajuda ao estado e presidente para poderem receber os pagamentos em divida e com desconto tenham vergonha, interesseiros procurem novos mercados, associem-se, cooperem, tenham coragem e espírito de iniciativa é o que sempre dizem aos trabalhadores acabem com as benesses dos políticos.
 
Cumprimentos cordiais

Luís Passos

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