No relatório que enviou acerca da sua decisão de cortar o rating da República Portuguesa para BBB, a Standard & Poor’s deixou em aberto a possibilidade de fazer um novo corte na classificação financeira de Portugal no prazo de uma semana, dependendo das decisões que saiam das reuniões do Conselho Europeu.
“Com base na informação e expectativas actuais, poderemos baixar o rating de Portugal em mais um nível, assim que os detalhes do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) sejam oficialmente anunciados”, refere a agência, minutos antes de essa decisão ser anunciada. “Em concreto, se acreditarmos que o MEE aumenta a probabilidade de os credores portugueses serem sujeitos a uma reestruturação em resultado dos termos do empréstimo do MEE, ficando subordinados ao crédito do MEE, ou se as obrigações portuguesas virem a sua liquidez reduzida materialmente, poderemos descer o rating de Portugal. Esperamos que essa decisão possa ter lugar tão cedo quanto a próxima semana.”
Caso se confirme um novo corte, o investimento em dívida portuguesa seria fixado em BBB- e ficaria apenas a um nível de ser considerado especulativo, isto é ‘lixo’ (junk).
Hoje de manhã veio a confirmação, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta quinta-feira de "A-" para "BBB" a nota do crédito soberano a longo prazo de Portugal, após a rejeição do plano de austeridade apresentado pelo Governo português.
"Em nossa opinião", assinala a agência em comunicado, "o resultado (da rejeição) aumentou a incerteza política, o que poderia prejudicar a confiança do mercado e aguçar o risco de financiamento de Portugal".
"Achamos que o próximo Governo não terá outra opção senão adotar algum tipo de versão dessas propostas de reforma, dado o aparentemente fraco apetite dos investidores pela dívida de Portugal", assinalou Eileen Zhang, analista de crédito da agência.
A S&P mantém a qualificação de "A-2" para o crédito a curto prazo, que segue na situação de "CreditWatch" (acompanhamento), na qual foi incluído em 30 de novembro de 2010, com implicações negativas.
"Em nossa opinião", assinala a agência em comunicado, "o resultado (da rejeição) aumentou a incerteza política, o que poderia prejudicar a confiança do mercado e aguçar o risco de financiamento de Portugal".
"Achamos que o próximo Governo não terá outra opção senão adotar algum tipo de versão dessas propostas de reforma, dado o aparentemente fraco apetite dos investidores pela dívida de Portugal", assinalou Eileen Zhang, analista de crédito da agência.
A S&P mantém a qualificação de "A-2" para o crédito a curto prazo, que segue na situação de "CreditWatch" (acompanhamento), na qual foi incluído em 30 de novembro de 2010, com implicações negativas.
Caros,
Isto já nem com a queda do governo vai lá, o que significa que não era a falta de confiança dos governantes que estava a influenciar a economia. Eu sempre defendi aqui neste blog que o maior problema português era a falta de politicas de longo prazo e a ausência de reformas estruturais.
O resultado está a vista... já ninguem acredita que Portugal consiga cumprir, independentemente de quem esteja no poder. Além disso Passos Coelho não é factor de confiança, mas sim um galarote que quer chegar ao poder para tomar o orçamento de assalto, e toda a gente lá fora já viu isso.
Só vejo para a nossa salvação uma saida... Inssureição popular, acabar com a actual classe politica e começar tudo de novo, como uma nova folha de papel. Tomar medidas violentissimas de austeridade, tal como Salazar fez, acabar com a roubalheira, endireitar as contas publicas e depois... talvez consigamos algum progresso e prosperidade.
Está nas nossas mãos.
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
Rapaziada,
ResponderEliminarComo se está a ver... parece-me que afinal tinha razão, o chumbo do PEC IV foi um valente tiro nas patas (logo nas duas ao mesmo tempo). Mais valia cozinhar o Sócrates em lume brando até Novembro!
O tempo dirá se não terei razão!
Luis Passos