quarta-feira, 30 de março de 2011

... há 50 anos atrás


As Câmaras Municipais estão a colocar as aldeias as escuras, à noite, desligando as luzes para poupar energia. Há 50 anos atrás, as aldeias também não tinham energia, nem de noite, nem de dia!

Leio nos Jornais que a moda este ano vai ser o espartilho e os "soutiens" feitos de materiais como a cortiça.
Há 50 anos as mulheres usavam espartilho.

Os responsáveis da segurança rodoviária querem impor um limite de velocidade de 30 Km/h dentro das localidades. Esse era a velocidade normal aqui há 50 anos atrás, em que só havia carroças nas ruas.

Devido ao aumento do tabaco, li que muita gente passou a fumar tabaco de enrolar em vez dos tradicionais cigarros, tal como a 50 anos atrás...

Com o aumento dos combustíveis, muita gente começou a andar de transportes publicos para ir para o trabalho, tal como há 50 anos atrás...
Por causa do desemprego, dos cortes nas prestações sociais, dos baixos salários já se ve nascerem hortas urbanas, produzindo couves, batatas, cenouras, feijões, cebolas nos canteiros dos jardins públicos e espaços deixados entre urbanizações, tal como faziam os nossos avós há 50 anos...

Retomou-se novamente a agricultura biológica, sem químicos ou aditivos como se fazia a 50 anos atrás, até já se ensinam as técnicas de compostagem que se usavam há 50 anos atrás para aproveitar os resíduos orgânicos - chamavam-lhe estrume.

Li na comunicação social que as cabras estão a ser usadas nas florestas para prevenir incêndios florestais, comendo aquilo que não sendo eliminado, constitui combustível para a deflagração de incêndios. Era a técnica que se usava há 50 anos atrás... e era alimento grátis para os animais.

O mais interessante é que estes fenómenos estão a verificar-se hoje e tudo isto está a acontecer em nome do futuro, recuperando algo que havia no passado.

O que estaremos a fazer afinal? Um Processo? Retrocesso? Progresso? Regresso?

Texto original autor desconhecido, alterado e trabalhado por mim - Luis Passos

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