terça-feira, 29 de março de 2011

O Portugal que merecemos

Portugal enfrenta hoje, por muito que custe a aceitar por muito boa gente (e má também!), o maior desafio da sua história. Consolidada a Independência, expulsos os Mouros, conquistada a Glória, falhado o V Império, perdida a extensão ultramarina da Nação, desperdiçado o ouro e mais um horror de oportunidades, implantados ou experimentados vários regimes, descolonizando e democratizando, mais coisa menos coisa, a Pátria, chegamos ao patamar em que nos encontramos hoje.
Afonso Henriques morreu, D João II e o Marquês do Pombal também e a União Europeia já não se sente nada bem.
O maior português de sempre diz que era de Santa Comba Dão e para cá do Marão mandam os que em Bruxelas estão.
Atrasos tecnológicos a vapor, falta de formação e qualificação à pressão, erros alheios e desperdícios voluntários , auto-estradas a mais e caminhos-de-ferro a menos, barragens com gravuras e bancos com gavetas e sacos azuis. Traumas imperiais, tabus coloniais, defeitos matriciais, cultura ou falta dela.
Camarate’s, BPN’s ou submarinos à parte, temos nem mais nem menos aquilo pelo que lutamos no passado ou construímos no presente. Ou não?
Queríamos mais? Queríamos melhor? Sonhamos mais alto? Ambicionamos chegar mais longe?
Quando? Exactamente quando é que isso aconteceu? Foi um sonho há muito perdido no mar de conforto instalado ou de sobrevivência garantida? Foi um último suspiro no final de um gelado perdido numa infância longínqua? Não sei.

Dizem que temos o país que merecemos. Que o panorama actual é exactamente reflexo da “sociedade” civil ou civilizada, à rasca ou encavacada. Uma realidade enrascada.
Eu sei que temos muito melhores políticos, em todos os partidos e até fora deles, do que aquilo que “a sociedade” acredita ou é levada a acreditar. O que falta? Coragem?
Os cidadãos, que são também contribuintes e parece que alguns até são eleitores de vez em quando, são culpados ou vitimas? Ou ambos?
As elites, escrevem uns, desgraçaram-nos. Em parte até acredito, mas não chega.
E o resto? Onde esta o resto? É isto tudo o que sobra?
Vinho do Porto em copos do Ikea, CDs da Amália vendidos na feira e vídeos do Eusébio a preto e branco?
Será “sim” a resposta à pergunta “E se isto for o melhor que conseguimos?”
Desculpem-me, não me levem a mal, não me julguem por delito de opinião, mas não acredito, isto está muito, muito longe de ser o melhor que conseguimos…

Paulo Ferreira

In: Delito de Opinião

Realmente, acho que temos os piores lideres de sempre, contudo acho que estes lideres são um pouco o reflexo da população portuguesa com os defeitos e virtudes. E um lider fraco faz fraca a forte gente!...
Existe gente de grande valor que não consegue ocupar cargos de destaque devido partidarite que vigora em Portugal, tal como Cavaco referiu, é como a Lei de Gresham, em que nos mercados cambiais, a má moeda afasta a boa moeda. Por acaso concordo com esta teoria, eu varias vezes já fui abordado por partidos políticos para integrar listas para autarquias locais, para fazer parte de juventudes partidárias ou similares mas sempre recusei, porque ao filiar-me e a vincular-me a um determinado partido estava a concordar com a coisa podre, e diz-me com quem andas que eu dir-te-ei quem és. E assim é... 

No caso da Cidade de Faro, precisa-se urgentemente de um presidente de câmara, capaz, honesto, filho da cidade, com amor pela terra, capaz de fazer sacrifícios por ela, que conheça as pessoas, que saiba como pegar nisto e fazer algo de bom.

O Macário Correia não é daqui, o anterior Apolinário também não, eram apenas "aves de arribação" que por aqui passaram para outros voos.

Mas o problema e geral e é transversal a toda a sociedade portuguesa. Por isso eu sou a favor da demissão de toda a classe politica actual, já mostraram que não valem nada... só vem para o governo para tratar da vidinha. Fora com essa gente.

Gente honesta precisa-se... como dizia Hernâni Lopes, só com Honra, Empenho, Carisma, Capacidade, Conhecimento, Humildade e Preserverança se consegue lá chegar.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

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