Num ciclo de conferências promovido pela associação CAIS e que se iniciou esta quarta-feira no ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), o economista deixou aos jovens uma mensagem preocupante: «Vamos voltar ao Portugal das décadas de 30 e 40» – quando não existiam apoios sociais – e, por isso, «tomem cuidado, não contem com as pensões de reforma e vão colocando algum dinheiro de parte».
Tendo sido o último orador a intervir na primeira de três tardes de um conjunto de conferências subordinadas ao tema Quanto custa ser feliz? Por uma economia do bem-estar, Medina Carreira explicou que o Estado de direitos adquiridos que se vive em Portugal é «insustentável». O fiscalista demonstrou que desde a década de 90 o crescimento económico diminuiu enquanto os gastos do Estado com a Saúde, as pensões e a Segurança Social aumentaram, deixando claro, portanto, que «enquanto as prestações sociais não diminuírem, a despesa pública não vai parar de aumentar»
De acordo com Medina Carreira, os principais problemas que Portugal defronta são o facto de ser um país «periférico» e com um«sistema fiscal pesado, confuso e que muda a cada três meses». Problemas aos quais acrescenta uma corrupção crescente no seio do poder público e político. Para o antigo ministro das Finanças, a solução não se afigura fácil e deixa o recado: «Temos de arrumar a casa, temos de ter um Governo capaz».
No final da conferência, e em jeito de resposta ao mote dado pela CAIS, deixou a sua opinião de que «a felicidade é problema de cada um» e que não cabe ao Estado assegurá-la.
Jornal SOL
Tenho de concordar com o Prof. Medina Carreira, a maioria das pessoas não sabem nem sonham o que lhes vai acontecer nos próximos anos.
Tal como o Prof. Medina Carreira que vem falando anos e anos a fio sobre isto, eu vou publicando uns posts com estas temáticas, com o sentido de conseguir abrir os olhos, pelo menos a quem lê o blog Faro é Faro! Já que tenho os conhecimentos académicos, tenho o dever de os partilhar e tentar prevenir e ajudar a superar o que por ai vem.
Tal como já escrevi em posts anteriores, especialmente neste, neste, neste, e ainda neste tal como noutros mais antigos, e como bem referencia o Prof. Medina Carreira no seu texto, estamos a voltar ao período dos nossos avós ou bisavós. O estado social vai acabar porque não vamos ter dinheiro para pagar as pensões (estas a existir vão ser simbólicas), o serviço nacional de saúde gratuito e universal vai acabar, porque não vai haver dinheiro para todo o tipo de cuidados, bem como a comparticipação medicamentosa. Os salários vão diminuir e o poder de compra vai cair brutalmente nos próximos anos.
Preparem-se meus senhores... o embate vai ser forte... e ainda nem se começou a sentir.
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
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