A hipótese de pagar os subsídios de Natal aos funcionários públicos em títulos do tesouro volta a ser equacionada. A questão foi levantada pela troika que está em Lisboa a avaliar as contas portuguesas e o pedido de ajuda financeira, adianta hoje o Diário Económico. O grupo conclui que as medidas do PEC IV foram mal avaliadas.
Segundo o jornal, a medida pode já ser aplicada este ano, mas como as negociações para a ajuda financeira só terminarão depois dos funcionários públicos já terem recebido o subsídio de férias deste ano, provavelmente só se aplicará para já ao subsídio de Natal. A medida seria aplicada até ao final do processo de consolidação orçamental das contas públicas e do programa de ajuda externa.
O Diário Económico lembra que esta foi uma das medidas adoptadas em 1983, quando da primeira vinda do FMI a Portugal, mas que nessa altura só abrangeu o subsídio de Natal e uma parte desse pagamento era mesmo assim feita em dinheiro.
In: Publico
Tal como o Blog Faro é Faro já havia adiantado em posts anteriores, a probabilidade dos subsídios de férias e de Natal serem pagos em títulos é bem elevada. Dado que o estado precisa urgentemente de liquidez, precisa de reduzir o deficit e de pagar com o que sobrar as dividas inerentes a despesa corrente primária.
Contudo, com estas medidas violentas ao bolso da população não podem ser isoladas; elas são boas medidas porque matam dois coelhos de uma só vez. Ajudam a parar o consumo e dado que não produzimos nada, importamos tudo ajuda a baixar o deficit externo; por outro lado ajuda a estimular a poupança e melhora a criação de activos (e por sua vez ajuda a controlar as disponibilidades e baixar a divida geral do estado). Mas devem ser acompanhadas de uma diminuição da despesa corrente primária, porque caso o estado tome estas medidas mas não faça cortes na despesa primária, este sacrifício não serve de nada.
Vamos la ver se não acontece como no passado em que o estado aumentou os impostos e em vez de reduzir a despesa corrente primária... não reduziu... até a aumentou na proporção do aumento dos impostos. O resultado foi que ficamos na mesma... o povo sacrificou-se e o estado que se viu com uma folga, toca de aumentar a despesa.
Vai ser preciso andar de olho em cima desta gente! E o povo tem de se mentalizar... e já o disse em posts anteriores, tem de se mentalizar... temos de voltar a viver com o mesmo padrão de vida que tínhamos nos anos 80 e 90. A época do consumismo de massas já se foi. O paradigma agora é outro.
Ainda me recordo no final dos oitentas... até a meio da década de 90... um bom barómetro para avaliar a situação é o parque automóvel. Antigamente uma família tinha 1 carro... 2 no máximo. Normalmente um carro como Citroen BX, um Rover 213, um Renault 25, um Ford Sierra, ou mesmo um Alfa Romeo 33 eram considerados carros de luxo. A grande maioria dos Portugueses andava com Renaults 4 e 5, Simca 1100, VW carocha, VW Golf, Opel Corsa, Opel Kadett, Ford Escort, o Mini, o Citroen 2CV entre muitos outros e uma grande maioria nem carro tinha.
As pessoas ainda não perceberam que não podem ter todos um BMW em cada garagem porque o pais não tem produtividade para tal. Para podermos comprar os BMs os Mercedes e essas coisas todas o pais tem de produzir mais e das duas uma, ou produzimos aqui em Portugal carros tão bons ou melhores que esses que as pessoas não precisem de os importar, ou então temos de produzir outros produtos para exportar para compensar essas importações. É simples!
Caso contrário o deficit externo vai disparar de novo!
Ou Portugal se mentaliza que para ter coisas tem as produzir, ou produzir algo em sua substituição... ou então vamos ser pedintes para o resto da vida!
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
In: Publico
Tal como o Blog Faro é Faro já havia adiantado em posts anteriores, a probabilidade dos subsídios de férias e de Natal serem pagos em títulos é bem elevada. Dado que o estado precisa urgentemente de liquidez, precisa de reduzir o deficit e de pagar com o que sobrar as dividas inerentes a despesa corrente primária.
Contudo, com estas medidas violentas ao bolso da população não podem ser isoladas; elas são boas medidas porque matam dois coelhos de uma só vez. Ajudam a parar o consumo e dado que não produzimos nada, importamos tudo ajuda a baixar o deficit externo; por outro lado ajuda a estimular a poupança e melhora a criação de activos (e por sua vez ajuda a controlar as disponibilidades e baixar a divida geral do estado). Mas devem ser acompanhadas de uma diminuição da despesa corrente primária, porque caso o estado tome estas medidas mas não faça cortes na despesa primária, este sacrifício não serve de nada.
Vamos la ver se não acontece como no passado em que o estado aumentou os impostos e em vez de reduzir a despesa corrente primária... não reduziu... até a aumentou na proporção do aumento dos impostos. O resultado foi que ficamos na mesma... o povo sacrificou-se e o estado que se viu com uma folga, toca de aumentar a despesa.
Vai ser preciso andar de olho em cima desta gente! E o povo tem de se mentalizar... e já o disse em posts anteriores, tem de se mentalizar... temos de voltar a viver com o mesmo padrão de vida que tínhamos nos anos 80 e 90. A época do consumismo de massas já se foi. O paradigma agora é outro.
Ainda me recordo no final dos oitentas... até a meio da década de 90... um bom barómetro para avaliar a situação é o parque automóvel. Antigamente uma família tinha 1 carro... 2 no máximo. Normalmente um carro como Citroen BX, um Rover 213, um Renault 25, um Ford Sierra, ou mesmo um Alfa Romeo 33 eram considerados carros de luxo. A grande maioria dos Portugueses andava com Renaults 4 e 5, Simca 1100, VW carocha, VW Golf, Opel Corsa, Opel Kadett, Ford Escort, o Mini, o Citroen 2CV entre muitos outros e uma grande maioria nem carro tinha.
As pessoas ainda não perceberam que não podem ter todos um BMW em cada garagem porque o pais não tem produtividade para tal. Para podermos comprar os BMs os Mercedes e essas coisas todas o pais tem de produzir mais e das duas uma, ou produzimos aqui em Portugal carros tão bons ou melhores que esses que as pessoas não precisem de os importar, ou então temos de produzir outros produtos para exportar para compensar essas importações. É simples!
Caso contrário o deficit externo vai disparar de novo!
Ou Portugal se mentaliza que para ter coisas tem as produzir, ou produzir algo em sua substituição... ou então vamos ser pedintes para o resto da vida!
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
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