quarta-feira, 20 de abril de 2011

"The Economist" traça futuro de Portugal

Portugal ou reestrutura dívida ou vai ficar dependente da ajuda externa "por muitos anos".
 
A unidade de estudos económicos da "The Economist" acredita que Portugal terá de reestruturar a sua dívida pública. E se não o fizer, o País vai ficar dependente da ajuda externa por "muitos anos e muito além do período actualmente previsto pelas autoridades europeias."

A história é esta:

"A decisão de pedir ajuda marca apenas o início de um processo de ajustamento extremamente doloroso e demorado"

"O endividamento de Portugal pode aumentar rapidamente para níveis insustentáveis, aumentando a perspectiva de uma reestruturação de dívida pública no futuro."

A questão agora centra-se na capacidade dos "contribuintes portugueses pagarem totalmente o crescente endividamento do Estado no longo prazo".

Pelo que "o incumprimento e a reestruturação [de dívida] permanece como um risco elevado".

"Na ausência de qualquer reestruturação de dívida, é provável que Portugal fique dependente do financiamento da UE/FMI por muitos anos e muito além do período actualmente previsto pelas autoridades europeias".

In: Corta-Fitas 

Pois é, porque o grande problema de Portugal e estrutural. Portugal não tem economia, e sem economia não consegue gerar receitas para pagar as suas dividas e conseguir crescer. Caso contrário irá viver sempre na subsidiodependência ou tornar-se num protectorado de algum pais. Mas para isso era necessário que algum pais tivesse algum interesse em Portugal, o que não parece ser o caso.

Caso o pais se torne insolvente, e caso os partidos políticos não se entendam, vai ser o fim da picada, porque num caso extremo, Portugal poderá ter de sair da zona Euro, o que seria muito pior para Portugal, dado que a nossa divida existe em Euros. Ao voltarmos ao antigo escudo, fazendo desvalorizações sucessivas, iremos empobrecer a um ritmo alucinante e a nossa divida irá crescer dia após dia.

O Presidente da Republica tem de deixar de ser uma figura decorativa e pegar nas rédeas e no comando do pais, afinal é a ultima reserva democrática do pais. Quando tudo falha, o presidente tem de se manter firme ao leme, e aguentar o pais. Penso que será mais vantajoso para o pais um governo de salvação nacional, composto por todos os partidos e com um compromisso sério e com o esforço repartido. Caso contrário vai ser a zaragata de sempre.

Em ultima análise, suspende-se a democracia por uns tempos, até por o pais na ordem.O problema é que não temos nenhum estadista a altura para fazer isto... para ser um novo Salazar e por as contas em ordem. O fim não vai ser bom  não... e espera-se muito sofrimento nos próximos tempos para os Portugueses.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Sem comentários:

Enviar um comentário