O ministro das Finanças entende que Portugal tem de pedir ajuda já. Em resposta por escrito a perguntas colocadas pelo Negócios Fernando Teixeira dos Santos afirma que "é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu".
Fernando Teixeira dos Santos considera que Portugal precisa de pedir ajuda, num conjunto de perguntas feitas por escrito.
Negócios: Portugal deve pedir ajuda já, conforme apelam os banqueiros e os economistas em geral? A dimensão da dívida que se tem que pagar daqui a um ano não o preocupa?
Fernando Teixeira dos Santos: O país foi irresponsavelmente empurrado para uma situação muito difícil nos mercados financeiros. Perante esta difícil situação, que podia ter sido evitada, entendo que é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à actual situação política. Tal exigirá, também, o envolvimento e o comprometimento das principais forças e instituições políticas nacionais.
JdN: Como avalia os resultados do leilão de hoje, nomeadamente no que respeita às taxas de juro?
FTS: O leilão de hoje expressa bem a deterioração das condições dos mercados após a rejeição do PEC. A procura externa é bem menor e as taxas reflectem o agravamento, sem precedentes, registado nas últimas semanas em virtude do aumento da incerteza que paira sobre o país.
JdN: Quem foram os compradores (mais portugueses ou estrangeiros) e se o Governo está a dar orientações às empresas públicas (seguradoras e Fundo da SS) para comprarem dívida pública?
FTS: A colocação foi em mais de 90% doméstica repartida por várias entidades. A Segurança Social não adquiriu dívida neste leilão.
JdN: Portugal tem condições de encontrar os recursos necessários para pagar as suas dívidas (do Estado e das empresas públicas) até que o novo Governo entre em funções? E qual é o montante dos compromissos do Estado até ao Verão?
FTS: O Ministério das Finanças tem estado vigilante e diligente no acompanhamento da situação dos mercados financeiros e da sua repercussão nas condições gerais de financiamento do país. Apesar das visíveis e gravíssimas consequências resultantes da crise política aberta pela rejeição do PEC, Portugal honrará os seus compromissos financeiros tomando, para o efeito, as iniciativas necessárias de modo a assegurar os meios indispensáveis.
Negócios: Portugal deve pedir ajuda já, conforme apelam os banqueiros e os economistas em geral? A dimensão da dívida que se tem que pagar daqui a um ano não o preocupa?
Fernando Teixeira dos Santos: O país foi irresponsavelmente empurrado para uma situação muito difícil nos mercados financeiros. Perante esta difícil situação, que podia ter sido evitada, entendo que é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à actual situação política. Tal exigirá, também, o envolvimento e o comprometimento das principais forças e instituições políticas nacionais.
JdN: Como avalia os resultados do leilão de hoje, nomeadamente no que respeita às taxas de juro?
FTS: O leilão de hoje expressa bem a deterioração das condições dos mercados após a rejeição do PEC. A procura externa é bem menor e as taxas reflectem o agravamento, sem precedentes, registado nas últimas semanas em virtude do aumento da incerteza que paira sobre o país.
JdN: Quem foram os compradores (mais portugueses ou estrangeiros) e se o Governo está a dar orientações às empresas públicas (seguradoras e Fundo da SS) para comprarem dívida pública?
FTS: A colocação foi em mais de 90% doméstica repartida por várias entidades. A Segurança Social não adquiriu dívida neste leilão.
JdN: Portugal tem condições de encontrar os recursos necessários para pagar as suas dívidas (do Estado e das empresas públicas) até que o novo Governo entre em funções? E qual é o montante dos compromissos do Estado até ao Verão?
FTS: O Ministério das Finanças tem estado vigilante e diligente no acompanhamento da situação dos mercados financeiros e da sua repercussão nas condições gerais de financiamento do país. Apesar das visíveis e gravíssimas consequências resultantes da crise política aberta pela rejeição do PEC, Portugal honrará os seus compromissos financeiros tomando, para o efeito, as iniciativas necessárias de modo a assegurar os meios indispensáveis.
Caros leitores,
Tal como o Faro é Faro havia profetizado, verificou-se exactamente o que eu havia previsto a algumas semanas atrás! Eu tinha dito que Portugal ia bater na Parede no dia 1 de Abril quando da emissão da divida, recordam-se?
Efectivamente Portugal bateu mesmo na parede nesse dia, dado que a emissão de crédito foi pré-negociada com bancos nacionais e neste momento ninguém no estrangeiro quer a nossa divida para nada. Como os bancos já disseram que não dão nem mais um tostão e que já estão nas lonas, querem que o estado declare insolvência e solicite a ajuda do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e a ajuda dos técnicos do FMI.
Até o Dr. Ricardo Salgado, do BES, pedia ontem ao Presidente da Republica para cancelar as eleições e criar um governo de união nacional, dado que são necessárias medidas urgentes, reformas estruturais e não podemos estar à espera até 5 de Julho, ainda mais com uma campanha eleitoral pelo meio com tudo o que de mau uma campanha acarreta.
Desta forma, não resta outra alternativa senão pedir o resgate do Fundo, e creio que com a situação das empresas de transportes que já nem têm dinheiro para salários, com a Segurança Social a colocar o dinheiro das reformas dos Portugueses na divida e ainda com a próxima tranche de divida para pagar em Junho, que será de 6 mil milhões, não resta outra alternativa ao estado que declarar-se insolvente e pedir o resgate.
Eu já estava a prever isto, e já foi por mim aqui dito em posts anteriores.
Estou a prever que essa ajuda, a ser pedida, será no final da próxima semana.
Continuaremos então a acompanhar este folhetim!
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
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