segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ernst & Young: Portugal vai entrar em recessão e deverá pedir ajuda externa antes de Junho

Portugal vai enfrentar uma recessão este ano, com uma quebra de 1,1% do PIB, e deverá pedir ajuda externa antes do mês de Junho, prevê a Ernst & Young num relatório hoje divulgado.

Segundo as previsões de primavera do "Ernst & Young Eurozone Forecast", o relatório trimestral que efectua a previsão da evolução macroeconómica em todos os países da Zona Euro, a demissão do primeiro-ministro, José Sócrates, no final de Março demonstra que "o país vai precisar de recorrer à ajuda externa, seja do Fundo Monetário Internacional (FMI), seja do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) antes de Junho, a data mais crítica nos reembolsos de dívida".

A Ernst & Young considera que, até ao momento, "os esforços para acalmar os mercados não têm tido os benefícios esperados", uma vez que a República Portuguesa terá de devolver ao mercado 10 mil milhões de euros, até Junho.

Apesar de as medidas de austeridade "começarem a dar sinais de melhoria das finanças públicas, é mais que provável que Portugal entre em recessão este ano", prevê a Ernst & Young, que estima uma queda do PIB de 1,1% este ano.

De acordo com a estimativa, o PIB português só deverá dar sinais de recuperação em 2012, ano em que deverá situar-se nos 0,7%. Em 2013, deverá crescer 1,4%, em 2014 1,6% e, em 2015, deverá subir 1,8%, de acordo com as previsões dos analistas.

Tal como aqui tinha previsto, muito provavelmente antes de Junho o pais vai bater na parede, dado que não há capital disponível para pagar os encargos da divida que vence no inicio de mês de Junho. Foi dinheiro que pedimos emprestado e que agora vamos ter de pagar.

Muito provavelmente com a instalação do FEEF/FMI aqui em Portugal, vai-se verificar um corte muito duro e cego na despesa publica bem como outras restrições que vão gerar acções recessivas. Espera-se um aumento da taxa de desemprego... muito em breve.

Quem puder... que vá já fazendo um pé de meia.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos
 

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