O agente principal da PSP, B. R., deve sentir-se um homem feliz. Depois de mais de 18 anos a dar no duro na messe de oficiais da Direcção Nacional daquela polícia, viu ser-lhe feita justiça no passado dia 23 de Março com um louvor.
Nessa data saiu em Ordem de Serviço um louvor que, por certo, não esquecerá, assim como muitos outros polícias não irão esquecer: Foi distinguido, entre muita outra adjectivação porque “por vezes, tinha a capacidade de nos surpreender, nomeadamente, na elaboração de centros de mesa com recurso a flores e verduras dos jardins desta Direcção Nacional”.
“Louvo o agente principal (...) pela forma afável, muito digna, altamente meritória, extremamente competente e responsável como, ao longo de pelo menos 18 anos, na qualidade de empregado de mesa da messe de oficiais desta Direcção Nacional, tem conseguido assumir, com enorme discernimento, bom senso, elevada simpatia e total disponibilidade para com o serviço as funções que lhe foram confiadas”, diz o primeiro parágrafo do louvor.
Depois, no segundo e último parágrafo, repete-se a adjectivação elogiosa que irá terminar nos arranjos florais da mesa de refeições: “O agente principal (...) é um trabalhador incansável, voluntarioso, leal, ponderado, dinâmico e eficiente que não se poupa a esforços para que as suas obrigações sejam cumpridas em tempo útil, de tal forma, que sem qualquer tipo de dúvidas contribuiu para que o fornecimento das refeições na messe de oficiais decorresse sempre sem qualquer tipo de constrangimento, pelo contrário, o mesmo, por vezes, tinha a capacidade de nos surpreender, nomeadamente, na elaboração de centros de mesa com recurso a flores e verduras dos jardins desta Direcção Nacional”.
O louvor em causa, assinado pelo director nacional da PSP, está a causar celeuma na polícia. Hoje, em declarações ao PÚBLICO, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), Armando Ferreira, lamentou os critérios que, por vezes, resultam na atribuição de louvores. Este sindicalista lembrou que, em 2003, numa messe da Direcção Nacional da PSP, reanimou um agente que sofreu quatro paragens cardíacas. “A ocorrência foi presenciada por dezenas de pessoas e o chefe da messe até me propôs para ser louvado”, contou. O pior é que, mais tarde, alegadamente por ser sindicalista, a proposta foi recusada.
Os louvores na PSP acarretam diversas vantagens para quem os recebe. Primeiro contam como atenuantes em eventuais penas a aplicar em consequência de processos disciplinares. Contam como nota favorável nas promoções e constam também nos critérios de avaliação curricular.
Casos como o dos centros de flores e verduras não são inéditos. Há cerca de três anos, na GNR, um militar destacado para uma messe de oficiais, foi louvado por ser exímio na confecção de sobremesas, delas sobressaindo as saladas de frutas.
“Louvo o agente principal (...) pela forma afável, muito digna, altamente meritória, extremamente competente e responsável como, ao longo de pelo menos 18 anos, na qualidade de empregado de mesa da messe de oficiais desta Direcção Nacional, tem conseguido assumir, com enorme discernimento, bom senso, elevada simpatia e total disponibilidade para com o serviço as funções que lhe foram confiadas”, diz o primeiro parágrafo do louvor.
Depois, no segundo e último parágrafo, repete-se a adjectivação elogiosa que irá terminar nos arranjos florais da mesa de refeições: “O agente principal (...) é um trabalhador incansável, voluntarioso, leal, ponderado, dinâmico e eficiente que não se poupa a esforços para que as suas obrigações sejam cumpridas em tempo útil, de tal forma, que sem qualquer tipo de dúvidas contribuiu para que o fornecimento das refeições na messe de oficiais decorresse sempre sem qualquer tipo de constrangimento, pelo contrário, o mesmo, por vezes, tinha a capacidade de nos surpreender, nomeadamente, na elaboração de centros de mesa com recurso a flores e verduras dos jardins desta Direcção Nacional”.
O louvor em causa, assinado pelo director nacional da PSP, está a causar celeuma na polícia. Hoje, em declarações ao PÚBLICO, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), Armando Ferreira, lamentou os critérios que, por vezes, resultam na atribuição de louvores. Este sindicalista lembrou que, em 2003, numa messe da Direcção Nacional da PSP, reanimou um agente que sofreu quatro paragens cardíacas. “A ocorrência foi presenciada por dezenas de pessoas e o chefe da messe até me propôs para ser louvado”, contou. O pior é que, mais tarde, alegadamente por ser sindicalista, a proposta foi recusada.
Os louvores na PSP acarretam diversas vantagens para quem os recebe. Primeiro contam como atenuantes em eventuais penas a aplicar em consequência de processos disciplinares. Contam como nota favorável nas promoções e constam também nos critérios de avaliação curricular.
Casos como o dos centros de flores e verduras não são inéditos. Há cerca de três anos, na GNR, um militar destacado para uma messe de oficiais, foi louvado por ser exímio na confecção de sobremesas, delas sobressaindo as saladas de frutas.
IN: Publico
Pouca vergonha, o lugar dos agentes da PSP é na rua, não é no quartel a fazer centros de mesa, para fazer centros de mesa e arranjos contratem pessoal civil, e dêem emprego a malta que por ai anda desempregada.
Estes policias não querem é trabalhar, acabaram com o patrulhamento a pé e de proximidade, agora só de carro e de vez em quando. Quando há sarilho, deixam passar uma boa meia hora, que é para se ter tempo de dar os crimes, e depois so la vão fazer o auto da ocorrência.
Para isso não precisamos de ter policia, despeça-se essa gente toda e ponha-se pessoal civil a fazer esse trabalho... afinal é só papelada, e poupa-se para ajudar a combater o deficit.
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
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