Vários ministros das Finanças europeus recusaram assumir qualquer compromisso sobre as estimativas da Comissão Europeia de que Portugal precisará de uma assistência financeira no valor de 80 mil milhões de euros ao longo de três anos.
Ministra francesa diz que não assina cheque "sem ver a conta" |
Este valor foi avançado a título preliminar na sexta-feira por Olli Rehn, comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e financeiros, depois de uma longa discussão dos ministros das Finanças da zona euro e da União Europeia (UE), em Gödölö, Hungria, sobre o pedido de ajuda que o Governo português formulou na véspera à noite.
"Não discutimos quaisquer valores, porque os procedimentos [de avaliação da situação portuguesa] estão a começar”, afirmou Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças quando confrontado com as estimativas de Bruxelas. “Quaisquer números são especulativos e eu não quero especular”, acrescentou.
“Há uma necessidade de clareza e de avaliação”, reagiu o ministro sueco, Anders Borg. “Pela experiência da Irlanda e da Letónia, ficou claro que a primeira avaliação não é necessariamente a mais correcta. Tem de haver uma avaliação muito, muito profunda tanto das finanças públicas, como do sector financeiro, e só então poderemos determinar as necessidades”, defendeu.
“Não costumo assinar um cheque antes de ver a conta”, limitou-se a afirmar a ministra francesa, Christine Lagarde.
Já o ministro sueco das Finanças, Anders Borg, afirmou que o Governo "tem uma grande responsabilidade" pela situação actual, criticando o Executivo de José Sócrates por não ter agido antes (ver aqui).
"Não discutimos quaisquer valores, porque os procedimentos [de avaliação da situação portuguesa] estão a começar”, afirmou Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças quando confrontado com as estimativas de Bruxelas. “Quaisquer números são especulativos e eu não quero especular”, acrescentou.
“Há uma necessidade de clareza e de avaliação”, reagiu o ministro sueco, Anders Borg. “Pela experiência da Irlanda e da Letónia, ficou claro que a primeira avaliação não é necessariamente a mais correcta. Tem de haver uma avaliação muito, muito profunda tanto das finanças públicas, como do sector financeiro, e só então poderemos determinar as necessidades”, defendeu.
“Não costumo assinar um cheque antes de ver a conta”, limitou-se a afirmar a ministra francesa, Christine Lagarde.
Já o ministro sueco das Finanças, Anders Borg, afirmou que o Governo "tem uma grande responsabilidade" pela situação actual, criticando o Executivo de José Sócrates por não ter agido antes (ver aqui).
In: Publico
Isto parece-me óbvio, ninguém no seu perfeito juízo vai passar um cheque de 80 mil milhões para a malta estoirar nas mãos do gang da banca.
As contas portuguesas tem de ser muito bem auditadas para evitar surpresas, e só depois de tudo muito bem clarificado é que o dinheiro deve vir.
Depois da situação financeira bem esclarecida, outro requisito para vir a ajuda é haver um consenso politico entre partidos, um entendimento genérico sobre o pais e seu futuro. Ainda hoje ouvi o ministro das finanças dizer que não tem de negociar com a oposição, que isso é dever do presidente da republica, e andamos nisto com joguinhos e joguetes... assim a europa vai-se fartar e vai dar-nos um pontapé nos fundilhos... Só não dão mais depressa porque também estão entalados com parte da nossa divida...
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
Sem comentários:
Enviar um comentário