terça-feira, 5 de abril de 2011

Chumbaram o PEC e preparam-se para o PREC

Numa nota de imprensa, o Bloco de Esquerda anuncia que convidou a direcção do PCP para uma reunião destinada a debater a “situação política e social”. É um dos primeiros passos para uma eventual aliança entre os dois partidos.
 

O encontro entre as cúpulas do Bloco e do PCP acontecerá na próxima sexta-feira, a partir das 11h00, na Assembleia da República.

Refira-se que a abertura dos bloquistas a uma eventual aliança com os comunistas, que o PÚBLICO avançou na passada semana, está expressa na moção de orientação cujo primeiro subscritor é Francisco Louçã e que será apresentada na Convenção do partido, agendada para o início de Maio.

Apesar de sublinharem que existem “diferenças assinaláveis” entre o BE e o PCP, os bloquistas signatários desta moção defendem que o “objectivo da vitória” exige uma “aproximação de esquerdas com ideias diferentes”. E acrescentam: “Nenhum partido minoritário será capaz por si só de aplicar uma política socialista. Todos os contributos para a unidade são caminhos para a maioria.”

Ontem, Jerónimo de Sousa, secretário-geral dos comunistas, manifestou a disponibilidade de o partido firmar um acordo pós-eleitoral com os bloquistas, pedindo ao BE para “clarificar os seus objectivos”. “Em relação ao BE, é preciso que clarifique os seus objectivos, mas não temos nenhum preconceito em considerar que existam portugueses também preocupados com a situação, dispostos a fazer um esforço para esse Governo patriótico e de esquerda”, afirmou.

A defesa de um projecto unitário à esquerda é também feita pelo movimento Ruptura/FER, cuja moção à Convenção do BE, garante que a aliança PCP/BE “arrastaria mais votos e pessoas do que aqueles somados por BE e PCP”. “Atrairia também sectores do PS, votantes de Fernando Nobre, sindicalistas e as novas gerações abstencionistas. Sem ousar romper este tabu, con­tinuaremos condenados à falsa rotatividade do cen­trão. O BE assumirá a tarefa de convocar o PCP para se debater o núcleo duro de uma Esquerda Grande, que possa dar corpo a um Governo das Esquerdas”, pode ler-se no documento.
 

Inicialmente estes dois partidos não se podiam ver um ao outro, mas depois de verem o que se está a passar a direita, chegaram a conclusão que tinham mais vantagens em convergir que divergir.

Esperemos que do entendimento surjam propostas alternativas ao caminho que nos querem fazer percorrer. Terão que ser concretas, credíveis e perceptíveis para os cidadãos. Se se ficarem pelas habituais não vão ter sorte nenhuma.
 
O pais precisa de rigor, não é com aumento de despesismo, de aumento do estado, e até de um certo proteccionismo bacoco que vamos sair da crise onde estamos metidos.
Vai ser necessário privatizar sectores da economia, despedir funcionários públicos, eliminar serviços supérfluos, acabar com as clientelas, reestruturar empresas publicas como a CP, TAP, RTP, entre muitas outras; renegociar as parcerias publico-privadas, rever pactos sociais, acabar com algum excesso de garantismo... enfim... vai ser um trabalho muito duro.

Será que estes partidos estão há altura disso?
Se me apresentarem propostas muito concretas e assertivas pode ser que levem o meu voto, caso contrário não levam nada!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

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