Os portugueses devem aceitar o resgate financeiro internacional e o país manter-se na zona euro mas no futuro poderá ter de ser mais responsável perante restantes contribuintes europeus, defende o economista britânico Will Hutton.
O analista político alerta os portugueses que têm pedido uma revolta à imagem dos finlandeses, que recusaram em referendo o reembolso ao Reino Unido e Holanda pelos reembolsos dos bancos e se têm manifestado contra a assistência financeira a Portugal.
Hutton, que é autor do livro "Eles e Nós: Mudar o Reino Unido - Porque Precisamos de uma sociedade Justa", aconselha os portugueses a aceitar o resgate e a procurar uma solução criativa para a economia.
"Não assinar implica deixar o euro e não pagar a dívida. Isso "lixaria" Portugal por uma década", avisou, em entrevista à agência Lusa.
Na sua obra, Hutton apresenta algumas propostas para reformar o capitalismo mas, à Lusa, confessa ser "um dos únicos cinco britânicos que pensa que o Reino Unido deveria aderir ao euro".
"Vocês [portugueses] pensam que é muito difícil. Mas o que estamos a fazer no Reino Unido ainda é mais duro do que os portugueses estão a fazer. Porque nós estamos fora da zona euro e temos de ser ainda mais austeros e mais responsáveis fiscalmente", queixou-se.
Apesar de ter sido recentemente autor de um estudo sobre a remuneração no sector público encomendado pelo governo, o economista britânico é crítico da política de austeridade da coligação de conservadores e liberais democratas.
Para reduzir o défice, que ronda os 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o governo britânico determinou cortes na despesa pública de valor de 81 mil milhões de libras (93 mil milhões de euros) em quatro anos.
Hutton, que foi editor de economia na BBC e no Guardian antes de chegar a editor executivo do Observer, acredita na moeda única mas prevê reformas por causa da crise da dívida soberana.
"Para a zona euro aguentar, tem de existir um Fundo Monetário Europeu para funcionar como o FMI [Fundo Monetário Internacional], um FME, para funcionar ao lado do FMI", avançou.
Assim, continuou, "se um investidor comprar obrigações em euros não sabe se é o governo português que está por detrás, ou o finlandês ou alemão, deve ser só uma euro-obrigação".
Neste sistema, estimou, Portugal teria responsabilidades perante os contribuintes europeus de outros países e vice vers"Penso que era isto que os criadores do euro pretendiam. Isto criaria uma Europa zangada mas mais solidária a longo prazo porque todos teriam de se portar bem", argumentou.
IN: DN Economia
Meus senhores,
Não tenham qualquer duvida, se os nossos políticos não se entenderem nas próximas 2 semanas, e não subscreverem um programa de salvação nacional, Portugal vai ser expulso do Euro.
Voltaremos ao escudo, com desvalorizações sucessivas, o que vai atirar as poupanças das famílias para a lama, desvalorizar os imóveis, destruir o poder de compra e disparar a inflação.
Em resumo, poderemos ser uma futura Argentina. Senhores políticos... Tenham juízo e sentido de estado!
Cumprimentos Cordiais
Luís Passos
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