sábado, 2 de abril de 2011

CONCORDE: Thank you for 27 supersonic years


A mais fabulosa maquina jamais construída, o Concorde representa um enorme avanço. A altitude que ele voa, entre os 54 e os 58 mil pés, é como mandar um astronauta para fora da atmosfera terrestre sem fato espacial. Este avião representa de facto um enorme avanço tecnológico, porém o preço do petróleo inviabilizou a sua operação comercial.
Não há nada a fazer, não temos dinheiro para operar um avião deste tipo comercialmente, agora é peça de museu... Como disse Jeremy Clarkson - "I fear I may have written much of it myself, saying the decision to can it was one giant leap backwards for mankind.", foi de facto um passo de gigante para trás que e humanidade deu. 

Nem tão cedo iremos construir outro similar e entretanto perdemos a habilidade e conhecimento para construir outro... tal como aconteceu com os grandes navios transatlânticos nos anos 70. Quando a Cunnard decidiu construir o QM2, ninguem sabia como construir um verdadeiro transatlântico...  

Eu pessoalmente não considero o QM2 um verdadeiro transatlântico, mas um hibrido de transatlântico com navio de cruzeiro, ou seja, já faz parte de uma nova geração de navios, mas isso já é assunto para outro post.

O Concorde visitou o aeroporto de Faro por 2 vezes, pelo menos numa delas ficou documentado em fotografia que podem ver neste post Concorde em Faro - Fevereiro de 1990 publicado aqui no Faro é Faro em Outubro de 2010.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

1 comentário:

  1. O Concorde foi um daqueles raros momentos em que forma e função se juntaram para produzir uma obra de arte da tecnologia.

    Teve um acidente trágico em Gonèsse em 2000 e foi-lhe retirado o certificado de navegabilidade. Todos os Concordes deixaram de voar.

    Imagine-se que de cada vez que houvesse um acidente com um Boeing 737 todas as centenas de aeronaves deste tipo ficavam em terra?

    Infelizmente, o Concorde era um avião "high-profile" e o impacte do acidente foi multiplicado por dez mil.

    E a culpa foi uma peça de titânio que foi largada por um DC10 da Continental que tinha descolado antes. Bastaria fazer um varrimento da pista antes de o Concorde descolar para assegurar que não haviam detritos perigosos para ele.

    Esteve mais de um ano parado, durante o qual o interior das asas (onde se guarda o combustível) foi revestido com kevlar. Gastaram-se milhões com esta e outras alterações para assegurar que o Concorde podia voltar a voar em segurança.

    Finalmente, o Concorde recuperou o certificado de navegabilidade e pôde voar novamente.

    A data em que o Concorde voou pela primeira vez depois de recuperado o certificado é uma data que muita gente se lembra: 11 de Setembro de 2001!

    Como se compreende, esse foi um golpe terrível para as companhias de aviação. E também para o Concorde...

    Por outro lado, a Airbus, herdeira da Aerospaciale (o fabricante original do Concorde) não tinha interesse em que este continuasse a voar. Obrigava a ter stock de peças, equipas especializadas para dar suporte a uma aeronave da qual só existia uma dúzia de exemplares em exploração comercial. Umas contas de merceeiro decidiram o fim de um ícone da aviação comercial.

    O recorde da viagem mais rápida à volta da Terra continua a pertencer ao Concorde, resultado da tecnologia dos anos 1960 e 1970. E acho que vai continuar a ser assim por décadas, quem sabe se para sempre.

    R.I.P. Concorde...

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