A pressão da opinião pública finlandesa e o debate sobre a reestruturação da dívida grega estão a enervar os investidores. Risco de default regressa aos 40% e juros a 2, 3 e 5 anos disparam.
A probabilidade de incumprimento da dívida soberana portuguesa num horizonte de 5 anos voltou a subir acima dos 40%, um regresso aos níveis de risco de default do período de crise mais aguda entre 31 de março e 5 de abril (nas vésperas do pedido de resgate por parte do governo português), segundo dados da CMA DataVision.
A distância entre o risco português e irlandês amplia-se; a probabilidade de bancarrota em Dublin mantém-se no patamar dos 37%, apesar de também estar em alta.
Fruto deste agravamento do risco, as yields (juros implícitos) das Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas no mercado secundário estão a disparar nas maturidades de menor prazo, a 2, 3 e 5 anos. Os juros a 5 anos estão em 10,42%, novo máximo histórico e manifestam tendência para a subida, segundo dados da Bloomberg.
Vários elementos estão a toldar a "calma" dos mercados financeiros da dívida. As sondagens na Finlândia apontam para 50% do eleitorado contra o resgate a Portugal. Os finlandeses vão a votos no próximo domingo e os resultados eleitorais podem vir a ter implicações na posição oficial da Finlândia no seio da zona euro.
A par desta contenda política, os investidores no mercado da dívida soberana estão inquietos com a perspetiva de uma reestruturação da dívida grega num prazo mais curto do que o previsível, o que iria colocar em cheque toda a estratégia da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional para evitar a todo o custo processos de reestruturação e reescalonamento de dívidas soberanas na zona euro. Caindo a primeira peça do dominó, o contágio ficaria na ordem do dia.
Juros da dívida espanhola disparam também
Hoje de manhã, as yields em todas as maturidades das obrigações espanholas estão em alta acentuada, com variações na subida diária entre 1,5% e 2,2%. A maior pressão concentra-se nas maturidades a 2 e 3 anos, as de menor prazo, onde os juros estão ainda no patamar dos 3%. Também o risco de default de Espanha aumentou, estando agora em 18,4%. No dia do pedido de resgate por parte de Portugal fechou em 16,4%.
IN: Expresso
Nota do Faro é Faro
O facto dos políticos portugueses não se conseguirem entender está a ser a pedra de toque para a nova crise que se está a criar à volta da crise.
A falta de confiança em Portugal anda pelas ruas da amargura, os nossos políticos não conseguem definir um plano, uma estratégia um caminho para Portugal. Andam as voltas em joguetes politico-partidários.
Chega-se a triste conclusão que os partidos que temos apenas existiam para tomarem de assalto o orçamento para o distribuírem pelas suas clientelas... nada mais.
O pais está feito em fanicos, não temos industria, não temos comércio com expressão, exportamos pouco, temos um estado caro e despesista. O estado social vai acabar dentro de pouco tempo, ouvi hoje no telejornal que em alguns hospitais já estão a pedir aos doentes para trazer lençóis, roupa lavada e medicação de casa, brevemente vai entrar em colapso.
As parecerias publico-privadas, que foi um desvario de loucura em que muitas empresas do regime, tipo Motta-Engil e amigos meteram dinheiro do contribuinte ao bolso de uma forma louca, roubando os portugueses de uma forma inaudita. Deviam sentar-se no banco dos réus.
A situação já e pior do que 1890... e só espero que não venhamos a perder a independência por causa de meia dúzia de políticos malucos e banqueiros gananciosos.
Aquilo que estou a ver é que, tal como os romanos diziam, o povo português não consegue governar-se sozinho, precisa de alguém com punho de ferro para por isto em ordem. Segundo um gráfico que Medina Carreira mostrou, Portugal apenas teve as contas controladas no período do Estado Novo, ou seja, debaixo de uma ditadura forte, em que não havia "pão partido para malucos". Não se roubava, nem se gastava dinheiro mal gasto. Hoje é fartar de vilanagem, roubos escandalosos despesismo, o estado paga tudo... baixa produtividade no sector publico, justiça que não funciona, etc etc.
Tudo somado da a crise que temos hoje. Vamos levar anos a pagar as nossas dividas.
Só em parcerias publico-privadas temos 59,6 mil milhões de euros.
Carregue neste link para ver a lista das parcerias publico-privadas (com fotografias) no site do jornal Expresso.
Foi uma orgia de dinheiro mal gasto... e agora as próximas gerações estão hipotecadas, pelo desvario de meia dúzia, que dentro de alguns anos estarão mortos, e por isso não sentirão mais nada, mas o resto do pessoal que cá fica... ficará a sofrer na pele e no bolso os privilégios, despesismo e corrupção de meia dúzia.
Por isso é urgente fazer-se uma revolução silenciosa e colocar essa gente toda no banco dos réus, confiscar-lhe os bens e proibi-los de voltar a ocupar cargos públicos. Tem de ser um acto simbólico para moralizar o pais. Para alem disso é necessário inverter os valores que hoje vigoram. A população portuguesa tornou-se tolerante para com a corrupção e as mal feitorias. É necessário denunciar, não compactuar, desmascarar todos aqueles que andam a roubar o estado... fazer com que as pessoas voltem a adquirir (se é que alguma vez tiveram) sentido de estado.
Ai sim... podemos fazer um Portugal melhor.
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
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