quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Groundforce: Ministro dos Transportes lamenta mas defende combate ao défice



 O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações lamentou hoje os alegados 300 despedimentos na empresa de assistência em terra em aviões Groundforce, afirmando que situação deve ser encarada no âmbito de processos de reestruturação. 

António Mendonça, que falava à margem da apresentação do plano de atividades da Inspeção Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), afirmou ter conhecimento da situação do possível despedimento de trabalhadores da Groudforce.

"Tenho conhecimento", afirmou o ministro, acrescentando lamentar a situação.
"Em primeiro lugar, tudo aquilo que diz respeito a despedimentos temos que lamentar. É óbvio, ninguém fica satisfeito", disse o ministro.

O governante acrescentou que é importante ter presente que "há processos de reestruturação ao nível das diferentes empresas que visam precisamente atacar situações de défice que são insustentáveis".

Segundo o ministro, "são processos de reestruturação e é nesse quadro que devemos encarar a situação".
António Mendonça sublinhou ainda não ter tido qualquer contacto com a Groundforce.

O jornal Público noticia hoje que a Groundforce vai encerrar a operação na base de Faro, onde trabalham cerca de 300 pessoas, para "travar a derrapagem das contas".

A empresa de handling, detida a 100 por cento pela transportadora aérea estatal TAP, apresentou perdas de 12,2 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2010 e decidiu reduzir drasticamente os custos, segundo o jornal.

A Groundforce possui atualmente bases operativas de assistência a bagagens no Porto, Lisboa, Faro, Porto Santo e Funchal.

Outra das medidas no setor empresarial do estado (SEE), definida no âmbito do Orçamento de Estado para 2001, é a indicação para a redução de 20% do número de membros das administrações das empresas públicas e uma descida média de 5% dos salários dos trabalhadores que recebam em termos brutos mais de 1.550 euros por mês.

In: Observatório do Algarve

1 comentário:

  1. Este caso não pode nem deve ser dissociado da privatização da TAP. Como em outras situações, primeiro restrutura-se e depois vende-se. a Ground Force foi pensada e criada para este fim. E se há anos que sabem dos defices sucessivos e acumulados, porque não puseram em andamento um plano de reestruturação que permitisse viabilizar a empresa? O dinheiro da venda da TAP faz muita falta ao governo de José Socrates. Essa é que é a verdade. Cresce o sector financeiro; cresce a economia; cresce o desemprego; cresce a miseria. Que raio de desenvolvimento este?

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