sábado, 30 de outubro de 2010

AS ORIGENS DO "MONSTRO"

Há uns anos atrás, Cavaco Silva escreveu um influente artigo de opinião, onde o crescimento explosivo da despesa pública foi apelidado como um "monstro". Sabendo que a situação actual se deve exactamente ao facto deste "monstro" estar fora de controlo (bem como devido ao nosso elevado endividamento externo), é importante perceber as origens do elevado crescimento da despesa pública nacional. Neste sentido, vale a pena perguntar: quando é que o monstro "apareceu"? Será que foi nos tempos dos governos de António Guterres? Nos governos actuais? Ou será que foi anteriormente? Para podermos responder adequadamente a estas questões, vale a pena olharmos para o passado e vermos então a evolução da despesa pública nacional. 
Assim, num trabalho recente, eu e o João Jalles, da Universidade de Cambridge, tentámos perceber melhor as grandes tendências do crescimento económico nacional nas últimas décadas e calculámos uma série de indicadores económicos, entre os quais se encontra a despesa pública.
Os resultados em relação ao consumo público e o PIB nacional são bastante elucidativos sobre as origens do “monstro”. Neste sentido, o gráfico abaixo mostra o crescimento de tendência (isto é, sem flutuações) do consumo público e do PIB nacional nos últimos 100 anos. Como podemos ver, e contrariamente ao que às vezes se apregoa, o crescimento do “monstro” começou durante o regime Salazarista, principalmente a partir dos anos 1950, quando os gastos públicos aumentaram tremendamente. Assim, a ideia de que o regime Salazarista controlou as despesas do Estado é mais um mito do que a realidade. A verdade é que a chamada “ditadura” financeira foi levada a cabo principalmente nas primeiras 3 décadas do regime salazarista, mas foi posteriormente relaxada nas décadas seguintes. Assim, a partir dos anos 50, e seguindo as tendências de outros países, as despesas estatais aumentaram muito rapidamente.   
                          Gráfico _ Crescimento de tendência do consumo público em Portugal, 1910-2009
 
O crescimento do Estado não só continuou na década seguinte, como foi até mais impulsionado com o advento das guerra coloniais. Quando o PIB abrandou a partir da década de 1970, mas os gastos públicos mantiveram um elevado crescimento, estavam criadas as condições para um crescimento exponencial do nosso Estado. Como podemos ver, o pico do crescimento dos gastos públicos ocorreu em meados dos anos 1970, quando os governos democráticos mantiveram a rápida expansão do Estado, investindo em Educação, na Saúde e na Segurança Social. É natural que tal tenha acontecido, pois, como José da Silva Lopes argumenta num excelente artigo editado no volume “História Económica de Portugal”, editado por Pedro Lains e Álvaro Ferreira da Silva, as despesas públicas nacionais nessas áreas eram muito inferiores à média dos outros países no mundo ocidental. 
E foi assim que nessa década, as despesas públicas aumentaram 9,5% ao ano, apesar de o crescimento da economia ter abrandado para os 1,5% ao ano. 
É verdade que desde então o ritmo de crescimento do consumo público baixou de ritmo, mas, mesmo assim, permaneceu vários pontos percentuais acima da taxa de crescimento da economia nacional. Com efeito, é perfeitamente patente que, nos últimos 60 anos, o crescimento dos gastos do Estado tem sido muitíssimo mais acentuado do que o crescimento do produto nacional (linha picotada).
Vale igualmente a pena realçar que o declínio da taxa de crescimento dos gastos públicos foi travado no final dos anos 90, quando, durante o crescimento do Estado foi mais uma vez impulsionado pelos governos de António Guterres, quando o crescimento anual das despesas públicas foi muito elevado. A partir dessa altura, a taxa de crescimento de tendência do consumo público tem permanecido praticamente inalterada, e nenhum dos governos da última década conseguiu travar o despesismo do Estado. Os gastos públicos continuaram a crescer a ritmos mais elevados do que o PIB nacional, aumentando inexoravelmente o peso do Estado na economia. Como a economia estagnou na última década, estavam criadas as condições para que o "monstro" ficasse fora de controlo, contribuindo para a lamentável situação actual.

80% dos portugueses diz que governação é "má" ou "muito má"



Segundo o DN, a contribuir para a queda do PS no Barómetro de Outubro está a análise que é feita da actuação do Governo. Isto porque 80% dos inquiridos definiu como "má" ou "muito má" a governação socialista.

Deste "bolo", 41% definem mesmo como "muito má" a actuação do Executivo liderado por José Sócrates, um valor que aumentou em 11% relativamente a Junho.
Relevante é que nenhum dos inquiridos avaliou como "muito bom" o trabalho do Governo. Já o "bom" foi apenas dado por 12 % dos inquiridos, o que, mesmo assim, significa uma queda de 8% relativamente à última sondagem.

Caderneta de Cromos


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Navio "SERPA PINTO" da Companhia Colonial de Navegação

Caros,

Aqui vos deixo uma foto do antigo paquete "Serpa Pinto" que em tempos já foi o melhor navio de passageiros português.


Fonte: SHIPS & THE SEA - BLOGUE dos NAVIOS e do MAR

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Nos próximos dez anos não podemos investir em betão

Esta é a solução para o país, apelidada de "simples" por Fernando Ulrich, presidente do BPI, esta manhã numa conferência. João Salgueiro foi outro dos intervenientes que focou que o país só vai sair da armadilha da dívida, quando crescer o suficiente para pagar os juros

  

A receita para endireitar as contas do país é "simples", garantiu hoje Fernando Ulrich no IX Seminário de Reflexão Estratégica organizado pela Centromarca, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.
Radical, o presidente do Banco BPI revelou a solução: "Os dez milhões de portugueses têm que perceber que nos próximos dez anos não se vai investir em autoestradas, aeroportos, TVG (comboio de alta velocidade), nem na construção de escolas ou universidades".

"É simples", enfatizou com ironia Ulrich. O patrão do BPI fica boquiaberto com o facto de, mesmo apesar da crise, "ainda existirem pessoas que não mudaram de visão". "É impressionante a quantidade de pessoas que ainda pensam em betão!".

"O pouco dinheiro que houver será para o essencial, para delinear estratégias que tornem o país mais competitivo", avisa. Uma mensagem que Ulrich 'desafia' o Presidente da República, primeiro-ministro e restantes governantes.

O tema em cima da mesa foi ambicioso, "Reflexão sobre a organização empresarial, a sua responsabilidade na sociedade portuguesa, perspetivas para o futuro e novos caminhos", e o painel, além de Ulrich, incluiu D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, Carlos Costa, governador do Banco de Portugal e advogado Pedro Rebelo de Sousa, enquanto presidente do Instituto Português de Corporate Governance.

Subsídio de desemprego paga trabalho em empresas 

Voltando à participação do presidente do BPI e ao seu discurso, regra geral provocatório, Ulrich deixou no ar uma sugestão para amenizar a subida do desemprego e, ao mesmo tempo, ser uma boa ação de responsabilidade social por parte das empresas. "Quem está empregado está integrado socialmente, quem perdeu o emprego acaba por ficar excluído pois não evolui, refletiu.

Uma solução, que ajudaria à coesão social, seria "acomodar parte do subsídio de desemprego para uma série de pessoas desempregadas irem trabalhar para as empresas que estivessem dispostas a recebê-las", sugeriu, acrescentando que "neste momento o BPI não precisa de recursos humanos, mas estaria disposto a aderir a uma iniciativa deste tipo, desde que a lei não me obrigasse a ficar com esses quadros". 

Nesse período, frisou o gestor, as pessoas não estariam estagnadas, ganhavam competências e a empresa beneficiaria também com a experiências desses novas colaboradores.
"Se esta partilha de custos (Estado e sector privado) for um imperativo nacional, o BPI até podia incorporar 500 trabalhadores, assim como estou convencido que grandes empresas como a PT ou EDP teriam capacidade para isso. Mas as pequenas também, integrando um ou dois trabalhadores em situação de desemprego".

Ou, então, "diminuem-se os salários a todos para as empresas integrarem mais pessoas", atirou.
Esta questão levou às mudanças que se esperam para o mercado de trabalho. Um novo modelo de desenvolvimento económico passa por adaptar a realidade "ao facto da idade da reforma vir a aumentar, por exemplo, e isso obriga-nos a encontrar soluções como horários reduzidos", interveio Pedro Rebelo de Sousa. O advogado não resistiu a introduzir também alguma polémica no debate: "Como é que se pode pagar 14 salários a quem trabalha dez meses?".

A economia tem que crescer para pagar a dívida

João Salgueiro, ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos, e uma das vozes mais incómodas no que toca a apontar os grandes erros de política económica de finanças públicas cometidos nos últimos anos, participou na sessão de abertura do debate.

Para o economista não há voltar a dar: "Para se sair desta armadilha do custo da dívida externa é necessário que a economia cresça mais do que os juros que nos são cobrados". Não será fácil, reconhece Salgueiro, mas é possível com "políticas de longo prazo que invertam o défice de poupança nacional (os italianos financiam o próprio défice, por exemplo) e que estimulem a economia a produzir e criar riqueza". Os eixos e que o tecido empresarial tem que se focar são: exportação, quadros válidos e terem produtos inovadores.

"Os tiros na banca e no off-shore da Madeira são tiros errados porque não é assim que se cria confiança para a poupança em Portugal".

Os outros pilares devem ser uma "educação profissionalizante e mais exigente, justiça em tempo útil e acabar com a burocracia do Estado que ainda emperra a atividade económica".

Além disso, "tem que nos ser dito de onde veio o descontrolo orçamental de 2009, em que estado está a dívida acumulada entretanto, quais são as responsabilidades do país que aí vêm com os custos das parcerias público-privadas, com a sub-dotação das empresas públicas e também com o BPN". Estas foram algumas das questões lançadas por João Salgueiro, cujas respostas é que permitirão traçar uma estratégia.

A crise das finanças públicas não se resolve "com aumento de impostos, transferências de fundos de pensões ou com a venda de imóveis não nos leva a lado nenhum. Só apagam fogos".

Muitas vezes apelidado de pessimista, João Salgueiro referiu que, "pela primeira vez os portugueses acreditam que temos um problema". "Hoje quem diz que temos que mudar já não é um pessimista, mas sim um otimista", concretizou.

E alertou que "ao falarem da possíbilidade da vinda do Fundo Monetário Internacional (FMI), governantes e ex-governantes estão a dizer que acham que esta crise é igual às outras crises". Nada podia ser mais errado, considera João Salgueiro, para quem "esta crise é de mudança de paradigma".

"Seja qual for o Orçamento do Estado não nos vai dar uma saída", referiu, porque "nos falta o trabalho de casa, nomeadamente a concretização, no devido tempo, do PRACE - Programa de Re-estruturação da Administração Central do Estado, onde já estava a lista de fusões e extinções de organismos públicos". João Salgueiro frisou que "estava tudo previsto", mas não se fez.
A culpa? "Grande parte do problema é a classe dirigente política. Em França ou na China, por exemplo, é difícil entrar para a política, enquanto por cá se recruta nas jotas...".

1º responsabilidade social da empresa é ser competitiva

A mudança, opinou Carlos Costa, passa também por alterar o modelo social vigente, "que confunde proteção do trabalhador com proteção do posto de trabalho". "Determinadas funções de coesão estão a ser transferidas para as empresas", critica o governador do Banco de Portugal. "A proteção do rendimento e do trabalho é necessário, mas não pode impedir a reorganizaçãop das empresas". Caso contrário "não será possível a necessária transformação".

A primeira responsabilidade social da empresa, referiu Carlos Costa, é "manter-se competitiva e garantir a satisfação das expetativas dos stakeholders". Para isso é necessário transparência nas contas e um dado que, neste campo, causa alarme "e me preocupa é o rácio de alavancagem das empresas. Assistimos a uma lógica de desinvestimento de quem participa no capital das empresas". Ou seja, Carlos Costa põe o dedo na ferida: "há desconfiança". "Tem que haver compromisso e consenso entre cada uma das partes interessadas na empresa. Não podem estar lá com um pé de fora. O auto-financiamento das empresas dá confiança aos trabalhadores, por exemplo".

E enfatiza "tenho toda a simpatia por ações de responsabilidade social das empresas, mas isso não é a sua função, é apenas um contributo. O que lhes compete é serem produtivas". É nesta medida que, na opinião do governador, as empresas "criam coesão, que é um fator crítico do seu sucesso".
O resumo de Carlos Costa não é animador: "temos um sector produtivo que é fraco e um Estado que assumiu responsabilidades que não pode cumprir".

Urge uma sociedade que "seja capaz de regenerar os seus valores em torno da transformação e da inclusão. É fundamental integrar as novas realidades sociais e não deixar que as empresas fiquem reféns de quadros normativos que as limitam em termos de competitividade".

As pessoas têm que saber a verdade

"Quando recebi o convite pensei se convidam um homem de Deus para um debate destes é porque isto está muito mau", a tirada pertenceu a D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e arrancou risos à plateia.
O bispo focou a ganância e a cobiça subjacentes à crise atual e apelou a "uma racionalização dos bens, optar pela austeridade não agrada a economia, mas é o único modo de corrigir o consumismo".

A longo prazo, considera D. Carlos Azevedo, a estratégia (que se inclui nas ações de responsabilidade social) deve passar por "estar presente em países que são necessitados", mas frisa que "a deslocalização só para a exploração não é sustentável".

Também o bispo auxiliar de Lisboa avizinha tempos em que "as pessoas vão ter que encontrar modos de trabalhar menos horas e de partilhar o emprego, o que vai obrigar a uma mudança nos estilos de vida".
"É, por isso, necessário que seja bem explicado à sociedade as razões desta situação. Tem que haver honestidade e as engenharias financeiras e políticas não nos dão a conhecer a realidade", concluiu.

In: Expresso

China pondera comprar dívida pública portuguesa

O presidente chinês Hu Jintao vem a Lisboa na próxima semana e na bagagem pode trazer "dinheiro" para investir na dívida pública portuguesa. 




 De acordo com a agência de notícias Bloomberg, a China está a considerar apostar na compra de dívida pública portuguesa, no âmbito da visita oficial que o presidente chinês Hu Jintao vai efectuar a Portugal na próxima semana.

A "China sempre teve uma posição positiva e favorável em considerar" a compra de dívida pública de países onde faz uma visita oficial, disse a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Fu Ying, citado pela agência de notícias.

"A situação económica e financeira em Portugal tem sido sempre o centro das nossas atenções", disse a vice-ministra dos Negócios Estrangeiras chinesa, Fu Ying, ao ser questionada pela agência Lusa em Pequim sobre a possibilidade de a China adquirir parte da dívida portuguesa.

Segundo realçou, "a Europa tem sido sempre um dos principais mercados para o investimento das reservas da China em divisas".

"Temos vontade para participar nos esforços dos países europeus para recuperar da crise", afirmou Fu Ying, antiga embaixadora da China em Londres e responsável pelas relações com a Europa, citada pela Lusa.

Referindo-se ainda a Portugal, Fu Ying manifestou-se confiante que o país conseguirá ultrapassar a crise atual.

"Acreditamos que as medidas tomadas pelo Governo português conduzirão à recuperação dos sectores económico e financeiro de Portugal", disse.

O presidente chinês Hu Jintao vai realizar na próxima semana uma visita de Estado a Portugal e a França.

China dá a mão à Grécia a troco de negócios no porto do Pireu
A China parece estar disposta a entrar em força na Europa, através da porta escancarada pelos países mais endividados, aproveitando oportunidades de negócio a preços de saldo a troco da compra de dívida pública.

Já no início do mês, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, fizera uma escala em Atenas a caminho de Bruxelas para participar na cimeira anual UE-China. Na capital grega, ofereceu apoio através da compra de obrigações do Tesouro grego. Em contrapartida, assinou contratos chorudos: A China vai fornecer seis navios para os armadores gregos, entre eles dois de carga e um petroleiro.

O contrato foi assinado no quadro de um acordo bilateral que prevê a criação de um fundo de cinco mil milhões de euros para financiar a compra de navios chineses pelos armadores gregos, e duplicar o comércio bilateral, para oito mil milhões de euros, até 2015.

Já em Junho, o gigante naval chinês Cosco "atracara" no porto ateniense do Pireu, assumindo a gestão de um dos molhes, após a assinatura de um contrato por 35 anos, no valor de 3,3 mil milhões de euros, estando em curso a construção de um terceiro, que quase triplicará o volume de carga que o porto grego pode comportar.

O "Daily Telegraph" escrevia então que os chineses querem construir a partir do Pireu uma "rota da seda moderna", e que esse será o ponto de partida de uma rede de portos, centros de logística e caminhos-de-ferro para distribuírem os seus produtos por toda a Europa e concorrer com Roterdão – o maior porto da Europa.

 In: Jornal de Negocios

Portugal vai fazer uma triste figura no Conselho Europeu

Excelente video da SIC publicado num excelente artigo do expresso:

Artº de João Vieira Pereira na SIC

Cumprimentos cordiais

Luis Passos

Debate sobre o Orçamento de estado - Obrigatorio Ver!!!!

Caros,

Vejam bem este debate moderado por Judite de Sousa com José Cantiga Esteves, José Silva Lopes e ainda com João Salgueiro.

Debate RTP sobre o Orçamento

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

A proposito de Cavaco Silva, no Blasfémias

A proposito de Cavaco Silva, no Blasfémias

Se quisermos ser honestos não podemos dissociar Cavaco Silva da actual crise e do mais que provável desastre nacional.
Há causas próximas e causas remotas.
As causas remotas prendem-se com a actividade politica de Cavaco já desde o final da década de 70 como Ministro das Finanças e como 1º Ministro.
A sua influência no modelo económico que Portugal optou, após a entrada na CEE, foi um fiasco completo.
Foi bom para quem enriqueceu à custa dos subsídios, privatizações pré-concertadas e especulação bolsista.
Cavaco deixou o Governo em 1995 com um déficit à volta de 7%.
As causas mais próximas, prendem-se com a história da boa e má moeda e principalmente como PR.
Segundo os especialistas económicos deste blogue, Cavaco é o típico «caneisiano tuga».
O que mais me impressiona, como é que a direita liberal económica e a direita dos valores, aposta em Cavaco.
E ainda estranho mais como é que o PSD vive há mais de 25 anos refém dos humores de Cavaco e com uma reverência a este que roça o mais ridículo e primário.
Mas todos nós sabemos que a Direita tuga é uma anedota pegada!
Os maiorais do regime – que são basicamente os mesmos que emergiram ncom o 25 de Abril e que formam o bloco central de interesses – até já têm um «coelho» para tirarem da cartola.
Em 2005 os mesmos maiorais tinham um «inginheiro», a tal «boa moeda» no entender de Cavaco.
Business as usual.

Arlindo da Costa

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A situação em Portugal - Vista por Timothy Bancroft-Hinchey

Caros,

Leiam este texto fabuloso publicado no jornal Russo PRAVDA. O artigo e fa-bu-lo-so e descreve a situação portuguesa de uma forma tão clara, cristalina e objectiva que me deixou de queixo a banda... literalmente!!!

Pena que está escrito em inglês... quem não souber ler inglês... poix... digam que se forem muitos eu traduzo o artigo todo, que ainda é grande e posto aqui.


Leitura Obrigatória!!!!!

Cumprimentos cordiais 

Luís Passos

Cavaco Silva: "Sinto tristeza com a situação que vivemos"



Caros,

Já leram a entrevista do Sr. Presidente da Republica Aníbal Cavaco Silva ao Expresso?? Não?


Foi primeiro-ministro durante dez anos, é Presidente há cinco, eventualmente recandidata-se. Era este Portugal que esperava encontrar?
Não. As minhas ambições para Portugal, nas quais me tenho empenhado ao longo da minha vida política, apontavam para um Portugal muito diferente. Eu sei bem a situação em que deixei Portugal em 1995 e tenho muito orgulho. Aliás, relatórios internacionais que são isentos sobre a situação portuguesa, ou as palavras de Jacques Delors, um socialista francês, deixaram-me algum orgulho. Eu tinha a ambição, que não abandono, que Portugal se aproxime da média do rendimento da UE. Eu acredito que podemos apesar de tudo vencer. Já passámos por situações muito difíceis, acredito na vontade inabalável do povo português de ultrapassar as dificuldades. Lembro-me bem dos acordos com o FMI, participei na delegação técnica que fez as negociações, mas Silva Lopes explicou, e bem, que neste caso é diferente. Aconselhava que se ouvissem as suas palavras, é um homem muito conhecedor, analisa muito bem as matérias e é sério na sua apresentação.

Então Sr. Presidente, tem vergonha da situação em que vivemos? E diz isso com toda a desfaçatez? Então enquanto presidente não poderia ter tomado as medidas e as iniciativas para corrigir o que de mal estava a ser feito? O Presidente da Republica é o garante do bom funcionamento das instituições; se estas não estavam a funcionar bem cabe-lhe a si, Sr. Presidente, o dever de garantir que estas assim funcionem.

Agora não adianta chorar sobre o leite derramado. O mal está feito. Resta agora ver o que se pode fazer e minorar os danos que assolam este desgraçado pais.

O pior de tudo, é que não vejo alternativa no horizonte a esta cambada de políticos corruptos e vende-pátrias que temos hoje, precisávamos de um novo Salazar...

O triste pais...

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vitoria do Grupo "Somos Olhão" - O famoso aterro de Olhão



Caros,

Parece que este grupo de cidadãos de Olhão conseguiu fazer com que a comunicação social noticiasse o que se estava a passar relativamente ao aterro que a Câmara andou a fazer na zona da Horta da Câmara, junto ao novo Hotel de 5 estrelas.

De facto as fotos iniciais que vi na net a mim nunca me enganaram, era o camião VOLVO com a matricula DS e uma grua montada na báscula, que é propriedade do município.

Parece que foi denunciada a situação às autoridades e isso vai ter reflexos. Isto é muito positivo. Esta gente de Olhão está a trabalhar e a fazer coisas. Em Faro ta tudo morto e parado. Isto faz-me lembrar a revolução francesa, em que os Olhanenses correram com os franceses na meia légua, e libertaram Faro. Isto é gente com fibra, não são estas moscas mortas dos farenses... para muita mágoa minha... que sou farense... até debaixo de água.

Veja os comentários na comunicação social:

 - IOL Diário

 - TVI 24

 - Jornal Publico

 - Radio Renascença

 - EMM Newsbrief

 - JN - Jornal de Noticias

Segundo o grupo Somos Olhão, o pior é que nessas noticias o presidente da C.M.Olhão diz que retirou o entulho do sitio, o que é falso! O que ele fez foi mandar espalhar os montes de entulho,em direcção à horta da CMO por onde entrava o camião que serviu de transporte a esses resíduos da construção civil.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Plano Inclinado - Reforma do Serviço Nacional de Saude


Caros,

Aqui vos deixo mais uma edição do programa Plano Inclinado, com Medina Carreira, Mário Crespo e o convidado João Semedo.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

sábado, 23 de outubro de 2010

O burlão e os lorpas

Excelente texto do Blog "Era mais um fino" da autoria de Luis Melo.

Em todos os países do mundo há burlões, e Portugal não é excepção. A verdade é que além dos burlões tem também de haver lorpas para que a burla seja consumada. E diga-se, também os há… muitos.
Há dias tive conhecimento de uma burla mirabolante. Um casal novo pensava em ter um filho, mas queria garantir que tinha condições para o fazer e dar-lhe uma vida condigna. Como a vida está difícil pensaram bem e resolveram poupar algum dinheiro antes de partir para a aventura de ser pais.

Os 2 recebiam pouco e tinham as despesas correntes para pagar, mas resolveram fazer um sacrifício pelo filho desejado e começaram a meter num banco 25% do que ganhavam. O gerente de conta disse-lhes que ia investir o dinheiro num produto sem risco e que garantia um aumento da poupança. Ficaram maravilhados e deram autorização.

Passados uns tempos foram saber como estava a sua poupança e foram surpreendidos com a notícia de que “a coisa tinha corrido mal” e que já só tinham metade do dinheiro investido. Ficaram preocupados, mas o gerente disse que era uma questão conjuntural e que “a coisa ia melhorar”, garantindo a recuperaração. O casal acreditou no gerente e nem sequer reparou no seu carro novo.

Obviamente que sem surpresa, passados uns meses, a notícia ainda era pior: o dinheiro tinha desaparecido todo. Inocente, o jovem casal não sabia o que fazer, e desesperado voltou a acreditar no bem falante gerente, que lhes pediu mais dinheiro para, agora com outro produto, recuperar o perdido e ainda ir buscar lucros. Mais uma vez anuiram e voltaram a não reparar no pormenor do relógio Breitling que o gerente trazia no pulso.
Algumas semanas volvidas, alertado por alguns amigos, o casal foi ao banco confrontar o gerente com a coincidência de o seu dinheiro desaparecer à medida que o próprio gerente ia aparecendo com sinais exteriores de riqueza. Apanhado com a boca na botija, o gerente disse que se o denunciassem corriam o risco de nunca mais recuperar o dinheiro.

Dirigiram-se então à direcção do banco. Esta, com medo que o caso saísse a público e que destruísse a imagem do banco, resolveu encobrir a situação dizendo que realmente corriam o risco de ficar mesmo sem o dinheiro. Aconselharam o casal a não denunciar o caso e esperar que o dinheiro se recuperasse.
… Como diz muitas vezes o meu avô… “Enquanto houver lorpas“.

Legenda:
- Casal = Povo português
- Banco = Estado português
- Gerente = José Sócrates
- Poupança = Impostos
- Aumento da poupança = Educação, Saúde, Justiça, Emprego
- Carro novo = TGV
- Relógio breitling = novo aeroporto
- Direcção do banco = barões da política, comentadores, banqueiros
- Não denunciar o caso = aprovação do OE 2011.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bin Laden comenta a Introdução das portagens nas SCUTS

As Portagens nas SCUT

Faro: Câmara licencia os primeiros guardas-noturnos

Segundo a Agência Lusa, a Câmara de Faro anunciou hoje o licenciamento dos “dois primeiros guardas-noturnos” na cidade, decisão que disse servir para “reforçar a segurança de pessoas e bens” e tornar a capital algarvia “mais segura”.


“Estes profissionais efetuam patrulhamento de proximidade e visibilidade, todos os dias do ano, no horário noturno, garantindo a segurança dos subscritores e dos seus bens, para dissuadir os indivíduos que, pela calada da noite, vagueiam pelas ruas com o intuito de fazerem o reconhecimento, para de seguida tentarem avançar para a prática de actos ilícitos”, explicou a autarquia.

A câmara, que espera ver o número aumentar, disse ainda que “os guardas-nocturnos funcionarão em estreita articulação e colaboração com as forças de segurança da respetiva área e constituirão uma indiscutível mais-valia para promover um clima de segurança essencial para o bem-estar dos cidadãos”.

Nova frequência da TSF em Faro


A partir do próximo dia 19 de Outubro, esta terça-feira, a frequência da TSF em Faro, passará dos actuais 90.90MHz, para uma nova frequência a emitir em 101.60MHz.
 
A mudança de frequência vai permitir uma melhor cobertura da TSF no Algarve, visto que a anterior frequência (90.90MHz) era fortemente interferida por estações de rádio espanholas.

O homem que todos querem ver pelas costas



Mas na verdade o homem de quem todos dependem. Falo de José Sócrates naturalmente. O PS vive na esperança que o PSD ou o PR façam aquilo que em devido tempo o PS não fez: criar uma situação que leva à saída de Sócrates de cena. Infelizmente para o PS agora é tarde: as alternativas à liderança de José Sócrates foram empalidecendo de cada vez que o PS se tornou cúmplice do indefensável e disse sim ao que bem sabe que devia ter dito não.

Sócrates é ignorantíssimo, fútil, não tem sentido de Estado e tomou decisões na sua vida académica, profissional e política que a maior parte dos portugueses, até o conhecerem como primeiro-ministro, repudiaria liminarmente. Mas tem uma noção agudíssima do poder. Enquanto o exerceu de facto transformou o aparelho de Estado na sua máquina e fez de cada português um dependente do Estado.

Continua a fazê-lo agora, quando já não se pode dizer que exerce o poder porque neste momento trata sim ou de arranjar uma situação que lhe permita sair condignamente ou de conseguir uma legitimidade reforçada no cargo de primeiro-ministro.

José Sócrates começou por dizer que se demitiria caso o Orçamento fosse chumbado. Qualquer primeiro-ministro de um governo minoritário em Portugal sabe que pode ter um orçamento chumbado. Até agora José Sócrates nem sequer se deu ao trabalho de explicar essa sua decisão. Aceita-se como natural. E nele é natural. Este é um exemplo. Mas podem arranjar-se centenas deles.

Em tempos de crise homens assim transmitem uma imagem de segurança que não é irrelevante quando se sabe que se têm de ganhar eleições e sobretudo enfrentar forte contestação. Certamente que muitos desejariam ver Sócrates pelas costas. Mas são ainda mais aqueles que no seu partido e fora dele temem o vazio que essa ausência poderia gerar.

In: Publico 22/10/2010

Portugal já é capa do Financial Times

Portugal may miss consolidation goal, titula o Financial Times. Já estão mais rápidos no gatilho. À rapidez não deve ser inteiramente estranho o facto de as obrigações de referência (10 anos) estarem à beira dos 6%, de novo - comenta o blog "Cachimbo de Magritte".

Na verdade as coisas estão negras para o território Luso, aumentamos a despesa corrente primária em cerca de 5,5%, andamos a brincar aos ricos a fazer coisas que não podíamos pagar, auto estradas para onde ninguém quer ir, mas se derem prejuízo, o estado paga; hospitais e pontes em P.P.Privadas; desorçamentação, empurrar despesas que dependem do O.E. para as empresas e institutos da esfera do estado para maquiar as contas... enfim. 

Agora meus meninos... toga a pagar... Já se ve ao longe o avião do FMI a aterrar na Portela.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Entrevista de Teixeira dos Santos foi de rir à gargalhada


Retirado do "Blasfémias"

Teixeira diz que parceria Caia/Poceirão tem impacto limitado no OE (serão milhões de euros todos os anos durante 30 anos, mas não serei ministro tanto tempo)

Novos aumentos de impostos? “Não faço exercícios de futurologia”
(Quando os faço nunca acerto)
Se o OE não for aprovado “está em causa a independência do país” (lembrei-me disso agora)
“Não podemos ter um pacote de medidas para português ver. É para os mercados verem” (fizemos o PEC II para português ver e não resultou)
Recorrer ao fundo de pensões da PT “não é sinal de descontrolo orçamental” (só falhamos o objectivos em 2700 mil milhões de euros)
“Situação do BPN impôs um custo para evitar uma catástrofe financeira no país” (Era um banco pequenino mas com um grande risco sistémico)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Sebastianismo empedrenido de alguns

 Excelente post do "Blasfémias"


"Os portugueses vivem de há muito, pelo menos desde 1578 e de Alcácer-Quibir, a ilusão de que alguém – que não eles – os há-de salvar e resgatar da triste condição em que vão vivendo, oferecendo-lhes um futuro grandioso. Chama-se a isto sebastianismo, mito que tem tido as mais variadas manifestações, ao longo dos anos. Só nestes últimos cem, a espera d’ O Encoberto deu-nos a República, Sidónio, Salazar, Marcello, a Revolução de Abril e a CEE. De todos e de cada um destes acontecimentos e personalidades esperava-se que tirassem o país e os portugueses da apagada e vil tristeza em que viviam. Os resultados foram, porém, quase sempre piores do que as situações anteriores. Agora, a actualização do mito chama-se «Estado Social». Os políticos do regime enchem a boca com ele, como se se tratasse de uma panaceia que curará todos os nossos males. Os resultados estão, entretanto, por aí, à vista de todos. Só não vê quem não quer."
 Penso que ainda há muita gente por ai que ainda pensa que vai vir um salvador agarrar nisto... acho que estão muito enganados... e vamos todos bater com os cornos na parede..

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Um ano passou e Faro Parou!!! - Macário Correia

Caros, 

 Decorreu um ano desde a realização das eleições autárquicas, e até agora não se viu grandes melhorias na cidade de Faro.

O Eng. Macário Correia prometeu mundos e fundos, disse que conhecia a cidade por dentro e por fora, que conhecia a Câmara e os seus problemas, que já tinha solução para tudo e todos.

 O que se viu e que é um gestor impreparado, não fazia ideia quais eram os problemas da cidade, e tem feito uma gestão do tipo "navegação à vista", sem qualquer estrategia.

Foi o caso da semana da recepção ao caloiro, o caso do arranque do ano escolar, a gestão da Fagar, o caso dos estacionamentos, a horta urbana, a gestão dos equipamentos desportivos (preços), a limpeza da cidade, a politica de taxas e licenças, enfim... não saia daqui hoje só a enumerar as deficiências.

Por fim, até o próprio partido já acha que o Eng. Macário Correia é uma ameaça ao próprio partido, e até a JSD colocou um cartaz a dizer que Faro está parado.

E muita humilhação junta, até o próprio partido está contra ele, é triste, 1 ano e muito pouco tempo. 

Se calhar o melhor é o Eng. Macário demitir-se e convocar-se eleições antecipadas, assim salvava-se a cidade.

Deixo-vos aqui um excelente Post do blog "O palrador" entitulado "O rei vai nu" que descreve bem a situação surreal que se vive em Faro.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

O REI VAI NU

 Nunca como hoje o slogan da JSD Faro foi tão actual “Um ano passou e Faro parou”. A cidade está, efectivamente, parada.

O sonho de refazer de Faro uma Capital, slogan de candidato sebastiânico que há um ano chegou a Faro dizendo que faria tudo o que faltava, e depressa, foi mito que se desfez prematuramente.


O primeiro ano de mandato fica marcado por um conjunto de medidas pífias, sem utilidade ou consequência, como o regulamento dos aparelhos de ar condicionados nas fachadas (alguém notou alguma diferença?), as riscas amarelas a impedir o estacionamento na berma da estrada sem qualquer preocupação em criar alternativas para o estacionamento dos carros, a guerra com os moradores da Horta das Figuras, o ataque descabelado ao brio profissional dos funcionários da autarquia ou a guerra travada com os Bombeiros Municipais.


As obras da Câmara desapareceram, nada mexe, e as muitas obras das Instituições Particulares de Solidariedade Social em lares, creches e jardins de infância, deixadas pelo anterior executivo do PS, estão todas atrasadas e as instituições a passar por graves constragimentos financeiros já que a Câmara não está a cumprir com a sua comparticipação financeira.


Fizeram-se regulamentos, criaram-se comissões, mudaram-se as chefias internas da autarquia, despediram-se pessoas e trouxeram-se outras, muitas outras, particularmente da Câmara de Tavira, mas a qualidade do serviço prestado pela autarquia não melhorou, de que são prova o inicío atabalhoado e cheio de falhas do ano escolar (a resvalar mesmo para a incompetência) e dos jardins e espaços verdes que ficaram durante seis meses ao completo abandono.


Mais, Macário Correia não conseguiu cumprir nenhuma das suas promessas, mesmo aquelas que afirmava serem simples, como a ciclovia para a Praia de Faro, a conclusão do Pavilhão Gimnodesportivo ou a definição dos limites territoriais entre Faro e Loulé. Até mesmo aquelas que se apresentavam faceis ainda não arrancaram, como as obras do Programa Polis e as obras de abastecimento de água e esgotos ao interior de Faro, processos que ficaram preparados pela anterior Câmara.


Pior, apesar de toda a propaganda, os dados que hoje são conhecidos demonstram que a nível financeiro a maioria de direita não foi capaz de estancar a despesa corrente da Câmara de Faro. Pelo contrário, a coligação de direita será responsável por um aumento da despesa corrente em 2010.


Apenas um ano depois da tomada de posse da actual maioria de direita (21 de Outubro de 2009) o descontentamento e o divórcio da generalidade dos cidadãos de Faro face à sua Câmara não encontram paralelo com qualquer outro executivo municipal de que haja memória.


Tal como o Rei Sol no auge do absolutismo – “L'État c'est moi”, Macário Correia acredita que “a Câmara é ele” e que basta olhar para o seu umbigo para descobrir o que o outro (cidadão) pensa, deseja e anseia. Só este egocentrismo pode explicar o uso autoritário que faz do poder, o medo que exerce sobre aqueles que dependem de si ou precisam da Câmara, a falta de paciência para ouvir quem pensa diferente e a total obstinação sobre a verdade absoluta, a sua.


Bem podem os arautos da fé apregoar um trabalho sobre-humano e invisível, o escriba oficial tecer loas infindáveis e cheias de adjectivos, a claque partidária e empregada aplaudir à passagem do senhor que, tal como na estória, haverá sempre alguém que grita: "o rei vai nu!".

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

plano-inclinado: Proposta de Orçamento do Estado em análise

Caros,

Aqui vos deixo mais um capitulo do plano inclinado, desta vez sobre análise do Orçamento de Estado.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos


ZTAM - Gasolina (legendado)

Lapso no O.E. - Dotação que estava para a Ascendi afinal é para banca


Finanças explicam dotação de 587 milhões de euros como pagamento para instituições que financiaram estradas.

Os 587 milhões de euros que no Orçamento do Estado para 2011 surgem como pagamento para a Ascendi será, afinal, para a banca, especificamente para as instituições que financiaram algumas estradas, esclarece o Ministério das Finanças.

Para 2011, essa dotação extraordinária, que consta do Orçamento do Ministério das Finanças para 2011, "refere-se à regularização de pagamentos a instituições que financiaram as concessões Aenor e a SCUT Interior Norte e que dizem respeito a reequilíbrios financeiros acordados em 2006 e 2008", esclareceu ao Negócios o ministério das Finanças.
No relatório do Orçamento do Estado para 2011 essa dotação estava explicada como pagamento à Ascendi, da Mota-Engil e BES, que afinal só receberá este ano os 150 milhões de euros, também inscritos no Orçamento, mas para 2010.

Jornais espanhóis criticam sistema para pagar portagens

Fonte: Agencia Lusa


Cinco dias após o início da cobrança de portagens nas antigas SCUT, os jornais espanhóis continuam a dar voz às críticas dos automobilistas, sobretudo galegos, ao «complicado» e «caro» sistema implantado no litoral norte português.

«Portugal transforma-se num labirinto para os milhares de galegos que se deslocam todos os anos ao aeroporto do Porto (Sá Carneiro) ou a grandes superfícies comerciais como o Ikea. Evitar o desembolso dos 77 euros do polémico chip é praticamente impossível», escreve o Faro de Vigo na sua edição de terça-feira.

Este diário galego salienta que a introdução do «complexo sistema de 'teleportagem'» nas auto-estradas Norte Litoral (A28) e Grande Porto (A41 e A42) «obriga a adquirir um dispositivo electrónico em todos os trajectos directos» ao aeroporto Sá Carneiro e ao Ikea, dois locais muito procurados pelos visitantes da Galiza.

«A única alternativa rápida para chegar ao Porto sem necessidade de comprar o chip passa pela auto-estrada A3 desde Valença (15,7 euros de portagem ida e volta)», realça o Faro de Vigo, notando que, contudo, para se fazer o trajecto final até ao aeroporto, é necessário percorrer estradas muito congestionadas, correndo-se o risco de perder o voo.
Num comentário a esta notícia, um leitor nota que fica mais barato pagar a multa do que comprar o dispositivo electrónico.

Efectivamente, a lei determina o pagamento de uma coima de «10 vezes a taxa de portagem, com um mínimo de 25 euros e um máximo de 125 euros».
Quem passar sem pagar pelos pórticos da A41 pagará o valor mínimo (25 euros), que é menor do que o preço do dispositivo (27 euros), acrescido do carregamento não reembolsável de 50 euros (automóveis ligeiros) ou 100 euros (pesados) por cada três meses, o que perfaz 77 a 127 euros.
Depois de o utilizar, o condutor pode optar por devolver o dispositivo, desde que esteja em bom estado, mas só receberá, no máximo, 22,70 euros, porque lhe serão descontados 4,30 euros pela primeira semana de aluguer (nas restantes, o aluguer é de 1,40 euros).
O diário El Mundo também fez as contas e concluiu que Portugal implementou «a portagem mais cara e caótica do Mundo», dado que viajar da Galiza para o Porto implica pagar 77 euros por um percurso de 76 quilómetros.

«A forma de pagamento é tão complicada que a maioria dos condutores, por ignorância ou por desrespeito, não efectuaram o pagamento no primeiro dia de funcionamento», refere o El Mundo, na sua edição de domingo.

Num artigo de opinião publicado domingo no Xornal de Galicia, o jornalista López Prado considera a implementação do novo sistema de portagens no Norte de Portugal «um autêntico assalto».

«O que aconteceu na sexta-feira nas suas [dos cidadãos portugueses] auto-estradas é algo que o senso comum rejeita em pleno século 21», afirma López Prado.

Lusa / SOL

Governo anuncia extinção de entidades que não existem

por RUI PEDRO ANTUNES - DN ECONOMIA



São pelo menos nove os organismos que o Governo anunciou que iria extinguir no próximo ano e que, afinal, já não existem ou cujo encerramento já estava previsto para este ano. Da lista de 50 organismos, cerca de 18% são, assim, extinções 'virtuais' - em 2011 já não existiriam, ou não deviam existir, por ordem do Governo.

O Governo anunciou que vai extinguir 50 organismos públicos, mas o DN verificou que pelo menos nove destas entidades já não existem ou já iam, de qualquer forma, ser extintas este ano. A percentagem de extinções "virtuais" em 2011 ronda, assim, os 18% do total de entidades que o Executivo revelou querer encerrar.

Na lista - avançada como mais um passo para o corte na despesa no Orçamento do Estado para 2011, com ganhos de cem milhões de euros por corte na despesa - é publicitada a extinção da Inspecção-Geral de Jogos (IGJ) e a sua integração na ASAE. Acontece que, na prática, a IGJ já havia tido ordem de extinção em Abril de 2006, através de uma resolução do Conselho de Ministros. A IGJ não foi, então, incluída na ASAE - como estava previsto no PRACE (Programa de Restruturação da Administração Central do Estado) - mas integrada no Turismo de Portugal.

A IGJ é, no entanto, apenas um dos exemplos. Na Justiça, o Governo anunciou a extinção dos Serviços Sociais do ministério, que já não existem (ou não deviam existir) desde Janeiro de 2008, como anunciou a tutela no seu site: "O Ministério da Justiça já concretizou o processo de extinção orgânica dos seus Serviços Sociais e a integração das respectivas atribuições na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça", pode ainda ler-se no portal.

O mesmo aconteceu com a Estrutura de Missão Lojas do Cidadão de Segunda Geração, cuja extinção, tendo em conta uma resolução do Conselho de Ministros assinada pelo próprio primeiro-ministro, devia ter sido decretada a 16 de Maio deste ano, uma vez que foi criada em 2008 e tinha como "duração máxima" 24 meses. Outro dos organismos que o Executivo revelou que irá encerrar é a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental. Ora, já quando foi criado, o organismo tinha como data-limite de duração o dia 20 de Abril de 2006 ou a entrega de uma proposta portuguesa nesta área junto da Secretaria-Geral das Nações Unidas, entrega essa que já foi feita (em 2009). Ou seja, tendo em conta a legislação, o organismo já deveria (também) estar extinto.

Na lista de extinções está também o Hospital Condes de Castro Guimarães que, como o DN avançou, já tinha as portas fechadas desde Fevereiro. O Executivo justificou-se dizendo que, apesar de encerrada, a unidade continua a ter custos.

Há ainda quatro organismos cujo fecho já estaria, de qualquer forma, previsto para 2010. A Estrutura de Missão Parcerias em Saúde, o Observatório das Políticas Locais da Educação, a Estrutura de Missão do SIRESP e o Gabinete para o Desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional são entidades que - de acordo com resoluções ou contratos - já previam a extinção para antes de 31 de Dezembro de 2010. Ou seja, o Governo anunciou para 2011 o fim de entidades que por essa altura já estarão, à luz da legislação, extintas.
Curiosa é também a extinção da Comissão para a Optimização dos Recursos Educativos, pois foi criada há pouco mais de dois meses.

O Governo anunciou a extinção de todos estes organismos como mais uma medida de corte da despesa do Estado. A lista dos 50 organismos foi apresentada aquando a divulgação da proposta de Orçamento para 2011.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Faro: Festa do Cosmos na Associação de Músicos



No ia 23 de Outubro a Associação Reacreativa e Cultural de Músicos, em Faro, acolhe a Cosmoparty – art, uma festa que junta quatro DJ, um Vj, e uma mostra de arte em torno do tema: Cosmos. Tudo a partir das 23:00 horas. Actuam os DJ, Mário F., Pedro Nunez, Von Tuga e Vasco Fortes. O VJ é Zayle. Mostra de arte sobre comos por Zizizane.

Banco alimentar parlamento - AVENTAR

A malta do Blog "Aventar", por causa das declarações do deputado Ricardo Gonçalves, resolveu recolher à porta de uma grande superfície bens alimentícios para criar um cabaz para ofertar ao dito deputado, dado que coitadinho, com uns miseráveis 5200€ por mês passa fome, coitadinho.

Deixo-vos os videos da operação:

 
 

O 13º Mês não existe - É apenas um acerto de contas!!!


Os INGLESES e os AMERICANOS pagam à semana e, claro, administrativamente é uma seca! Mas... diz-se que há sempre uma razão para as coisas.
Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de MATEMÁTICA mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa, que é esta que constrói mitos paternalistas e abençoados que a malta mais pobre, estupidamente atenta e obrigada, come sem pensar!  

Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos (lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas brilhantes teorias...

Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º mês. Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.. Perguntarão porquê?
Respondo: - Porque o 13º mês não existe.
O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema capitalista, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam. Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.
Suponhamos que você ganha € 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de € 8.400,00 por um ano de doze meses.

€ 700*12 = € 8.400,00
Em Dezembro, o "generoso patrão cristão" manda então pagar-lhe o conhecido 13º mês: € 8.400,00 + 13º mês = € 9.100,00

Ora bem, € 8.400,00  (Salário anual) + € 700,00 (13º mês) = € 9.100 (Salário anual mais o 13º mês). O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.
Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer umas simples contas que aprendeu no 1º Ciclo: se o trabalhador recebe € 700,00 mês e o mês tem quatro semanas,  significa que ganha por semana € 175,00.
Isto é: € 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = € 175,00 (Salário semanal)

Se o ano tem 52 semanas, multiplicaremos € 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) e o resultado será de € 9.100,00.
Ou seja, € 175,00 (Salário semanal) * 52 (número de semanas anuais) = € 9.100.00. O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º mês. Surpresa, surpresa? Onde está portanto o 13º Mês?
A explicação é simples: embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse facto simples. A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas. No final do ano o "generoso patrão" presenteia o trabalhador com um 13º mês, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

SE O GOVERNO RETIRAR O 13º MÊS AOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA, O ROUBO É DUPLO.

Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes. Não existe nenhum 13º mês! O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual..  

CONCLUSÃO: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional!