Caros,
Decorreu um ano desde a realização das eleições autárquicas, e até agora não se viu grandes melhorias na cidade de Faro.
O Eng. Macário Correia prometeu mundos e fundos, disse que conhecia a cidade por dentro e por fora, que conhecia a Câmara e os seus problemas, que já tinha solução para tudo e todos.
O que se viu e que é um gestor impreparado, não fazia ideia quais eram os problemas da cidade, e tem feito uma gestão do tipo "navegação à vista", sem qualquer estrategia.
Foi o caso da semana da recepção ao caloiro, o caso do arranque do ano escolar, a gestão da Fagar, o caso dos estacionamentos, a horta urbana, a gestão dos equipamentos desportivos (preços), a limpeza da cidade, a politica de taxas e licenças, enfim... não saia daqui hoje só a enumerar as deficiências.
Por fim, até o próprio partido já acha que o Eng. Macário Correia é uma ameaça ao próprio partido, e até a JSD colocou um cartaz a dizer que Faro está parado.
E muita humilhação junta, até o próprio partido está contra ele, é triste, 1 ano e muito pouco tempo.
Se calhar o melhor é o Eng. Macário demitir-se e convocar-se eleições antecipadas, assim salvava-se a cidade.
Deixo-vos aqui um excelente Post do blog "O palrador" entitulado "O rei vai nu" que descreve bem a situação surreal que se vive em Faro.
Cumprimentos cordiais
Luís Passos
O REI VAI NU
Nunca como hoje o slogan da JSD Faro foi tão actual “Um ano passou e Faro parou”. A cidade está, efectivamente, parada.
O sonho de refazer de Faro uma Capital, slogan de candidato sebastiânico que há um ano chegou a Faro dizendo que faria tudo o que faltava, e depressa, foi mito que se desfez prematuramente.
O primeiro ano de mandato fica marcado por um conjunto de medidas pífias, sem utilidade ou consequência, como o regulamento dos aparelhos de ar condicionados nas fachadas (alguém notou alguma diferença?), as riscas amarelas a impedir o estacionamento na berma da estrada sem qualquer preocupação em criar alternativas para o estacionamento dos carros, a guerra com os moradores da Horta das Figuras, o ataque descabelado ao brio profissional dos funcionários da autarquia ou a guerra travada com os Bombeiros Municipais.
As obras da Câmara desapareceram, nada mexe, e as muitas obras das Instituições Particulares de Solidariedade Social em lares, creches e jardins de infância, deixadas pelo anterior executivo do PS, estão todas atrasadas e as instituições a passar por graves constragimentos financeiros já que a Câmara não está a cumprir com a sua comparticipação financeira.
Fizeram-se regulamentos, criaram-se comissões, mudaram-se as chefias internas da autarquia, despediram-se pessoas e trouxeram-se outras, muitas outras, particularmente da Câmara de Tavira, mas a qualidade do serviço prestado pela autarquia não melhorou, de que são prova o inicío atabalhoado e cheio de falhas do ano escolar (a resvalar mesmo para a incompetência) e dos jardins e espaços verdes que ficaram durante seis meses ao completo abandono.
Mais, Macário Correia não conseguiu cumprir nenhuma das suas promessas, mesmo aquelas que afirmava serem simples, como a ciclovia para a Praia de Faro, a conclusão do Pavilhão Gimnodesportivo ou a definição dos limites territoriais entre Faro e Loulé. Até mesmo aquelas que se apresentavam faceis ainda não arrancaram, como as obras do Programa Polis e as obras de abastecimento de água e esgotos ao interior de Faro, processos que ficaram preparados pela anterior Câmara.
Pior, apesar de toda a propaganda, os dados que hoje são conhecidos demonstram que a nível financeiro a maioria de direita não foi capaz de estancar a despesa corrente da Câmara de Faro. Pelo contrário, a coligação de direita será responsável por um aumento da despesa corrente em 2010.
Apenas um ano depois da tomada de posse da actual maioria de direita (21 de Outubro de 2009) o descontentamento e o divórcio da generalidade dos cidadãos de Faro face à sua Câmara não encontram paralelo com qualquer outro executivo municipal de que haja memória.
Tal como o Rei Sol no auge do absolutismo – “L'État c'est moi”, Macário Correia acredita que “a Câmara é ele” e que basta olhar para o seu umbigo para descobrir o que o outro (cidadão) pensa, deseja e anseia. Só este egocentrismo pode explicar o uso autoritário que faz do poder, o medo que exerce sobre aqueles que dependem de si ou precisam da Câmara, a falta de paciência para ouvir quem pensa diferente e a total obstinação sobre a verdade absoluta, a sua.
Bem podem os arautos da fé apregoar um trabalho sobre-humano e invisível, o escriba oficial tecer loas infindáveis e cheias de adjectivos, a claque partidária e empregada aplaudir à passagem do senhor que, tal como na estória, haverá sempre alguém que grita: "o rei vai nu!".
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