sábado, 16 de outubro de 2010

Desemprego subiu mais no Algarve, Madeira e Açores em Setembro


 
Algarve, Madeira e Açores foram as regiões onde o número de desempregados inscritos nos centros de emprego mais subiu em setembro, em termos homólogos, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

O Algarve tinha mais 22,3 por cento de inscritos, totalizando os 21.668 desempregados, enquanto a Madeira tinha mais 20 por cento, somando 15.144 desempregados inscritos.
Nos Açores, o número de pessoas inscritas nos centros de emprego aumentou 19,9 por cento para 5.686 desempregados.

De acordo com o IEFP, comparativamente a agosto, o desemprego só não aumentou no Alentejo (onde caiu 0,9 por cento).
No Norte, a região do país que concentra o maior número de pessoas sem emprego (44,7 por cento), o desemprego continua também a crescer, com o número de inscritos nos centros a subir 8 por cento para 246.574.

Em Lisboa e Vale do Tejo, onde se localizam 29,6 por cento do número de inscritos, existiam, no final de setembro, 165.714 desempregados (mais 9,9 por cento do que no mesmo mês de 2009).
No centro do país, o número de desempregados inscritos subiu 5 por cento para 77.553 pessoas em setembro, face ao mesmo mês de 2009, enquanto no Alentejo subiu 5,5 por cento para 23.481 pessoas.
No que respeita à oferta de emprego, o número de ofertas disponíveis, no final do mês de setembro, totalizou as 21.503, menos 2,3 por cento do que no mesmo mês do ano passado e inferior em 3,3 por cento, face a agosto.

O número de colocações efetuadas ao longo do mês através dos centros de emprego de todo o país, por sua vez, totalizou as 7.444, mais 6 por cento do que em setembro de 2009 e mais 25,2 por cento.
De acordo com os dados do IEFP, mais de metade das colocações (59,7 por cento) foram feitas em apenas quatro grupos profissionais: pessoal dos serviços de proteção e segurança, trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústria transformadora, outros operários, artífices e trabalhadores similares e trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio.

In: Observatório do Algarve

De facto verifica-se um acentuar do desemprego no Algarve, especialmente nas áreas mais técnicas, construção, manutenção e alguns serviços.

Nas empresas do sector da engenharia onde eu trabalho, nomeadamente no sector eléctrico, a situação de falta de liquidez, salários em atraso, não pagamento a fornecedores, entre outras situações é uma situação recorrente. Não é a empresa A, a empresa B ou a C, são todas. Todas estão na mesma situação e não há volta a dar-lhe. Muitas PME vão desaparecer até ao final do ano, muita gente vai ficar desempregada, e com o posterior aumento de impostos, então aí é que vai ser o golpe de misericórdia num sector já por si moribundo.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

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