sábado, 5 de fevereiro de 2011

A geração do Baby-boom - Os destruidores de Portugal

Retirado dos Comentários do Blasfémias:

Aprecio a capacidade da nomenclatura que nos desgoverna e que vive bem neste sistema, de dar a volta ao texto e de hipocritamente passar as culpas para uma geração inteira.
A culpa na verdade é única e exclusiva dum sistema político que pôs o Estado ao serviço de uma suposta elite que, para se governar economicamente, desgovernou este país.
A tríade banqueiros, empresas de construção civil e grandes escritórios de advogados, corromperam os políticos para olharem para o lado enquanto saqueavam os impostos dos contribuintes e as remessas da CEE.
Este dinheiro fácil levou aos investimentos sem risco na compra das EDPs, Galps, PTs, Brisas, e a investimentos desnecessários para encher os bolsos a algumas Mota Engil deste país.
Naturalmente que os investimentos com algum risco, como por exemplo, a renovação da indústria textil, do calçado, na metalomecânica, nos moldes, nos componentes electrónicos e na transformação de matéria prima nacional ficaram na gaveta ou foram feitos por quem não tinha capacidade financeira para os potenciar.
E mesmo que tenham sucesso nestes empreendimentos, como não têm o suporte da banca e dos grandes lobies dos partidos do alterne, são obrigados a suportar impostos de caixão à cova, para produzirem têm de pagar à EDP balúrdios pela energia de má qualidade, para exportarem os produtos que fabricam têm de pagar os combustíveis a preços nas nuvens e circular e transportá-los em auto estradas com custos de luxo.
Pois são estes investimentos que geram o maior número de empregos e o maior número de exportações!
Pode, por exemplo, o Berardo ser acusado de não investir na indústria de produção dos chamados “bens transacionáveis” se ganha milhões na especulação bolsista sem qualquer risco?
Quem foram os responsáveis pela implementação desta política que destruiu o tecido produtivo português e que não permite a sua reconstrução impedindo o crescimento económico deste país e a criação de empregos de qualidade e com salários mais justos?
Foi toda uma geração ou foram só alguns como o Mário Soares, Cavaco Silva e a sua quadrilha de futuros malfeitores, Durão Barroso, Vitor Constâncio, José Sócrates e o seu bando de abutres, António Guterres, Pina Moura, Durão Barroso, Teixeira dos Santos, etc.?
E com isto não pretendo ilibar “Este povo não presta” de Luís Manuel Cunha, que votou nesta escumalha, pois foi enganado por uma comunicação social e pelos fazedores de opinião bem conhecidos que vivem nesta lama como o peixe na água.

Enquanto este pais não perceber que em vez de andar com joguinhos de especulação bolsista e imobiliária tem de investir no sector dos bens transaccionáveis porque é isso que produz riqueza, gera emprego e coloca o dinheiro a circular permitindo uma repartição mais justa, não vai a lado nenhum. De facto esta geração do Baby-Boom deixou o nosso pais de gatas.

Vamos ver se a geração de 80 e 90 tem unhas para o re-erguer!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos


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