quinta-feira, 25 de novembro de 2010

RECEITAS PARA VENCER A CRISE

Caros,

Aqui vos deixo mais uma receita para vencer a crise, desta vez uma receita de frango, que é uma carne barata e fácil de cozinhar e sobretudo, saudável.

Frango Frito com Castanhas

Ingredientes

  • 1 frango do campo cortado em pedaços pequenos
  • 1 kg de castanhas congeladas
  • 185g de cogumelos de conserva
  • 1 cebola grande picada
  • 60g de margarina
  • 3 colheres de sopa de óleo
  • 80 ml de brandy
  • 80 ml de Vinho do Porto
  • Limão q.b.
  • Sal q.b.
  • Pimenta q.b.
  • Óleo para frita
Preparação

1. Tempere o frango com sal, pimenta e sumo de limão.
Misture bem.

2. Num tacho leve ao lume as 3 colheres de sopa de óleo, a margarina e a cebola. Mexa e deixe refogar um pouco.

3. Junte o frango.
Deixe fritar em lume brando durante 40 minutos. Mexa e tape. Mexa de vez em quando para não agarrar no fundo.

4. Entretanto, frite as castanhas em óleo quente. Depois de douradinhas, retire-as para um prato com papel absorvente.

5. Quando o frango estiver loirinho e tenrinho, junte os cogumelos, o brandy e o Vinho do Porto.
Mexa e deixe o alcool evaporar em lume forte durante 2 minutos.

6. Junte as castanhas e envolva tudo. Deixe cozinhar mais 2 minutos.

Sirva acompanhado de gomos de limão.


Receita do site: Sabor Intenso

Hitler e a economia Portuguesa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

RECEITAS PARA VENCER A CRISE

Caros,

A partir de agora vou começar a publicar uma serie de receitas de culinária económicas de modo a dar ideias de como com pouco se possa fazer uma refeição equilibrada. Infelizmente, o tempo da opulência e das grandes refeições já lá vai. Agora é preciso poupar e enganar o estômago.

Aqui fica a primeira receita, Bacalhau Pobre.

Cumprimentos cordiais

BACALHAU POBRE

INGREDIENTES:

4 postas de bacalhau demolhado
1,500 kg de batatas
2 cebolas
2 dentes de alho
3,5 dl de azeite
8 ovos
1 ramo de salsa
1 folha de louro
Sal e pimenta q.b.
Óleo para fritar

PARA O POLME:
1 ovo
1 colher (sopa) bem cheia de farinha
3 colheres (sopa) de água
 
PREPARAÇÃO:
Corte o bacalhau em cubos, deite-os para um tacho, cubra com água fria, leve ao lume, deixe levantar fervura, retire do lume, escorra e reserve a água.

Prepare o polme misturando todos os ingredientes de modo a obter uma massa lisa. Passe os cubos de bacalhau pela massa e leve-os a fritar em óleo. Depois retire-os e deixe-os escorrer.

Descasque as batatas, corte-as em rodelas e leve-as a fritar no óleo onde fritou o bacalhau. Retire e deixe escorrer.

Descasque as cebolas e os alhos, corte as cebolas em rodelas, esmague os alhos, deite tudo para um tacho, junte o azeite, leve ao lume, adicione o louro e deixe cozinhar até a cebola ficar transparente. Junte 4 colheres (sopa) da água de cozer o bacalhau, tempere de pimenta e rectifique o sal.

Coloque, dentro do tacho da cebola, camadas alternadas de bacalhau, batatas e salsa. Bata os ovos, junte-os ao tacho, reduza o lume e deixe cozinhar, sacudindo o tacho de vez em quando, até que os ovos fiquem cozinhados. Sirva polvilhado com salsa picada e acompanhe com salada a gosto. 
 

Receita retirada do blog:  democracia em portugal???
 
 

plano-inclinado: Serviço Nacional de Saúde - Prof. Manuel Antunes

Caros,

Devido a motivos de natureza profissional tenho andado mais arredado do blog, mas espero agora ter um pouco mais de disponibilidade para continuar a escrever neste espaço.

Deixo-vos aqui, como já vai sendo habito, mais uma edição do programa Plano Inclinado, desta vez o debate é sobre o Serviço Nacional de Saúde e o convidado e o Prof. Manuel Antunes.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Desemprego... com uma pitada de humor!


Ainda se lembram? Hoje alguém se atrevia a dizer isto na situação actual de desemprego? Cavaco, cavaco, não te ponhas fino... e vamos ter aqui uma revolução!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

terça-feira, 16 de novembro de 2010

RECEITAS ALGARVIAS

Bolo de Azeite e Mel


O azeite e o mel são produtos tradicionais do Algarve. Na serra Algarvia, sobretudo na zona de Cachopo era normal fazer-se este bolo de azeite e de mel para se comer nas épocas festivas, sobretudo no Natal.

Assim deixo-vos esta receita que encontrei por acaso no blog "http://paracozinhar.blogspot.com/" para a vossa satisfação.

Ingredientes :

4 ovos
300g de açúcar
2clh sopa de mel
1dl de azeite
2,5dl de leite
250g de farinha de trigo
1clh sobremesa de fermento em pó
1clh chá de erva doce
1clh chá de canela

Preparação:

Bata muito bem os ovos com o açúcar e o mel. Junte o azeite e depois o leite em fio, sem parar de bater. Acrescente a farinha misturada e peneirada com o fermento, a erva doce e a canela. Misture tudo muito bem sem bater.
Deite a massa numa forma untada e polvilhada com farinha e leve ao forno já quente (180ºC)  por 40 minutos. Deixe arrefecer e desenforme.

Bom Apetite! 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Plano-Inclinado: A Nossa Crise: Origem e Natureza

Caros,

Mais uma edição do programa Plano Inclinado da Sic noticias, neste caso sobre a Economia Nacional, a origem e a natureza da nossa crise.

Medina Carreira, Mario Crespo e ainda o convidado desta semana o Eng. Ângelo Correia. Um programa a não perder.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

domingo, 14 de novembro de 2010

Perguntas pertinentes de um deputado sobre o programa Polis da Ria Formosa


Caros,

Vejam bem o video, segundo diz o deputado, e bem, com o problema que temos na nossa ria de esgotos por tratar, andamos a perder tempo e a gastar dinheiro a fazer levantamentos de habitações e a ver se são 1ª ou 2ª habitação para eventualmente demolir.

Enquanto isso, cidades como Olhão, despejam os seus esgotos sem tratamento na Ria Formosa e nada está previsto em termos de intervenção nesse sentido.

Para finalizar, onde está o orçamento da Sociedade Polis da Ria Formosa para 2010??? Já agora também gostaria de saber!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Como os autarcas cortaram no endividamento e saíram do buraco

Prescindiram de motoristas e secretárias e conduzem carros mais modestos: os segredos dos autarcas portugueses que mais reduziram o endividamento entre 2007 e 2009
Caros,

Vejam este excelente artigo do I online sobre como alguns autarcas portugueses conseguiram aplicar verdadeiros planos de austeridade nas suas autarquias diminuindo o endividamento dessas câmaras em alguns casos em cerca de 73% (É OBRA!!!)

Realmente seria interessante ver alguns dos cortes aqui apresentados ser aplicados em Faro, por exemplo o presidente Macário Correia deixar de andar com o Volvo S80 com motor de 6 cilindros e passar a andar com um económico Volkswagen Passat a Diesel como tem o presidente de Câmara de Marvão.

Fazer cortes nas fotocopias, cortes nos telemóveis (por exemplo inibindo chamadas fora do horário de expediente e aos fins de semana), cortes nas benesses e nos privilégios de alguns chefes de departamento, fim da distribuição de automóveis para utilização total a vereadores e altos cargos.

Fazer uma melhor gestão dos recursos humanos, usando alguma criatividade, de modo a fazer mais com menos.

Criar uma central de compras, eventualmente até coligada com outros municípios vizinhos como por exemplo Olhão e Loulé, de modo a conseguir-se comprar em quantidade produtos de uso corrente a preço muito mais satisfatório.

Cortar nas festas, pagodes, forrobodós e ramboias, que em tempo de crise, se quase não há pão, muito menos há circo. Falar por exemplo com a Associação dos Músicos do Armindo e convidar artistas locais para alguns eventos em vez de pagar um balúrdio aos Quim Barreiros & companhia. Além disso é um serviço que a câmara está a prestar a cultura local.

E podíamos ficar aqui a despejar um monte de iniciativas que a câmara poderia tomar, mas cabe aos políticos arranjar essas soluções, ter a criatividade e a objectividade necessária ao cargo que ocupam.
Porque, meus amigos políticos, se não têm essa competência e jogo de cintura, e ainda vêm com essa tanga de apontem la os problemas e já agora com solução... então... demitam-se... que eu vou para o vosso lugar fazer o que tem de ser feito. Tenho dito!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos


José Junqueiro: "Só as autarquias podem ajudar-se"

O elevado endividamento dos municípios é a principal preocupação do secretário de Estado da Administração Local. Com o Orçamento do Estado em vias de aprovação, José Junqueiro exorta: "Não se deve prometer o que não se pode pagar".
 
 
Foi publicada hoje no Jornal de Noticias uma entrevista com o Presidente da Associação Nacional de Municípios, o Sr. José Junqueiro.
 
Uma das frase chave que retiro desta entrevista é esta:
Mas só as autarquias podem ajudar-se a si próprias, mudando hábitos de gestão, hierarquizando prioridades e percebendo que o discurso no poder local tem de ser diferente. Não se deve prometer o que não se pode pagar, nem querer ter o que quer que seja só porque o vizinho do lado tem.
Penso que em Faro isto aplica-se que nem uma luva, é preciso mudar os hábitos de gestão, acabar com o despesismo, acabar com a pequena corrupção parasitária, disciplinar os serviços e sobretudo ter um plano estratégico... Saber o que se quer e para onde se vai. É o que faz falta em Faro, básicamente...

Vejam a entrevista aqui

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Timor-Leste disponível para comprar dívida portuguesa

Timor-Leste poderá vir a comprar, em breve, títulos de dívida pública portuguesa, disse hoje em Macau o Presidente timorense, José Ramos-Horta.  



Depois da visita do presidente Chinês Hu-Jintao que veio assinar uma serie de diplomas, da maioria dos quais eram parcerias em negócio com entidade portuguesa (claro, com interesse estratégico para a China), mas da divida publica, Hu-Jintao nem quis saber...

Ou seja, os Chinocas vieram comer as polpinhas e os ossos... os cães que os comam.
Timor que está na situação que todos conhecemos, em que Portugal tem dado apoio monetário, humano e ao nível de equipamentos e infraestruturas, vai agora usar o dinheiro do fundo petrolífero para comprar divida portuguesa?

A compra de dívida pública portuguesa é avaliada à luz da diversificação de investimentos do Fundo do Petróleo timorense, que terá mais de 6 000 milhões de dólares (€4,38 mil milhões).  

Instado a comentar quanto poderia Timor-Leste investir, Ramos-Horta disse que é um tema que não lhe compete, mas assegurou que o investimento poderá ser "discutido quando o senhor primeiro ministro Sócrates visitar Timor-Leste".  Espero que o possa fazer muito brevemente tendo já manifestado interesse em visitar (Timor-Leste)", disse, salintando que Sócrates "agora está muito interessado em visitar" o país.  

Leiam o artigo e vejam o vídeo do Expresso aqui

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Grécia põe ilha a venda para tentar salvar a economia

Tentativa desesperada para pagar as dividas do pais, derivado a dificuldade que o estado grego tem tido para se financiar, resolve colocar a venda parte da ilha de Mykonos.


Há poucos que se dizem "seriamente ricos" tanto quanto para poderem possuir uma pequena ilha ao sol. Para Sir Richard Branson possui Neckar, no Caribe, os irmãos Barclay bilionário preferem Brecqhou nas Ilhas do Canal, enquanto Aristóteles Onassis casou Jackie Kennedy em Skorpios, sua hideway grega.

Agora, a Grécia está tornando mais fácil para os ricos e famosos realizar seus sonhos através do concurso para venda, ou oferecer concessões a longo prazo, algumas das suas 6.000 ilhas numa tentativa desesperada de pagar suas dívidas estratosféricas. 

Parece que decidiram seguir a sugestão dada pelos alemães no inicio da crise.

O jornal britânico The Guardian descobriu uma área em Mykonos, um dos principais destinos turísticos da Grécia, é um dos locais de venda. A área é um terço de propriedade do governo, que está à procura de um comprador disposto a injectar capital e desenvolver um complexo turístico de luxo, de acordo com uma fonte próxima às negociações.
 
A Grécia tomou medidas desesperadas, depois da injecção de € 110 bilhões da ajuda da UE e do FMI no mês passado, após uma década de gastos excessivos e depois que os investidores nervosos terem feito subir a taxa de juro dos empretimos.


A ideia é a venda de uma ilha - ou convencer um membro do jet-set internacional para assumir um contrato de arrendamento a longo prazo - que ajude a impulsionar os seus cofres. O site Private Islands mostra Nafsika 1.235 hectares, no mar Jónico, à venda a interesses privados por 15 milhões de €. Mas outras estão em oferta de proprietários privados por menos de € 2 milhões - menos de uma casa em Mayfair e Chelsea. Algumas das numerosas ilhas do país são minúsculas que mal podia caber uma espreguiçadeira.
 
Leiam o artº sobre isto aqui: The Guardian
 
Então e Portugal que já está tão mau como a Grécia, e com a Câmara de Faro falida, não tardam muito e começam a por as nossas ilhas em venda. A nível nacional poderiam pensar em vender as Berlengas ou a Madeira. Mas não me parece, primeiro porque existem interesses chineses inconfessáveis na exploração das riquezas da nossa plataforma continental, não foi por acaso que o presidente Jintao veio a Portugal agora, além de outros interesses. Segundo porque são zonas militarmente estratégicas.

As ilhas da Ria Formosa há muito que são muito cobiçadas pelos especuladores turisticos, até porque é a única zona do Algarve que ainda não está conspurcada de construção. Mas qualquer dia o nosso governo, e o Macário Correia que anda esfaimado por dinheiro, ainda se lembram de vender a Ilha Deserta para fazer la um Resort. Não é nada que me espantasse...

Os Farenses, os verdadeiros Farenses tem é de estar de olho aberto para não deixar isso acontecer.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Transporte Fluvial para a Praia de Faro - Antes e Depois

Para recordar:

ANTES



DEPOIS


O transporte na Ria Formosa antigamente tinha muito mais charme que nos dias de hoje. Os barcos do Cantiguinha Gavião e Isabel Maria, e ainda o Ria Formosa eram barcos insígnia, que levavam a fina flor da sociedade Farense para os banhos na ilha de Faro.

Hoje o transporte é asséptico, sem alma, sem charme, e pelos vistos... sem seguro (ihih).

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Ponte da Praia de Faro - Antes e Depois

Para matar saudades...


ANTES



DEPOIS



Como era bonita a ponte, com a sua guarda de alvenaria pintada de branco. Agora e um corrimão de metal sem estetica nenhuma.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Marcas de um tempo que já não volta

Caros,

No fim de semana passado, fui dar uma voltinha a pé até ao cais comercial.

Fui visitar o novo cais de embarque para as ilhas, obra vergonhosamente incompleta, apesar das parangonas do Eng. Macário Correia, e observar o ambiente circundante.

Por detrás do espaço afecto ao cais comercial, junto ao antigo cais do Penisga, encontrei alguns barcos e equipamentos cujo estado de degradação são e sinal efectivo da decadência de algumas actividades que anteriormente eram rainhas na Ria Formosa.


Esta era uma draga de sucção que foi adquirida pela empresa SOFAREIA, para agilizar o processo de extracção de areias na Ria Formosa, em substituição das tradicionais dragas de balde. Penso que este equipamento trabalhou muito pouco tempo e recordo-me de sofrer avarias frequentes.

Outro sinal de uma era já passada e a embarcação "João Brás" também da empresa SOFAREIA, encostado ao antigo cais de descarga.


Era habitual ver este barco carregado de areia, geralmente com a linha de agua muito acima da marca de bordo livre, geralmente com a agua a banhar o convés.

Depois havia toda uma maquinaria de lavagem, selecção e tratamento da areia, pesagem de camiões, enfim... a quantidade de empregos que esta actividade gerava. Havia ainda uma empresa concorrente, a AREIA RIO, que também operava um barco semelhante.

Com o encerramento do Porto de Faro, e o fim da actividade comercial, deixou de haver necessidade de dragar o canal e manter determinadas cotas... Foi o declínio desta actividade.

Como o Carmo e Brás fechou, já não vinham madeiras exóticas para serem descarregadas, e como agora o combustível já não vem para Faro, mas sim para Huelva (gasolina, diesel, gás, GPL, JET A-1) e depois e distribuído por camião cisterna, o Porto de Faro perdeu a sua importância estratégica.

Foi o fim de um ciclo económico, foi o fim de uma era de alguma prosperidade em Faro.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Buraco das contas públicas

PGR cria página para cidadãos denunciarem actos de corrupção

“Corrupção denuncie aqui”. A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem desde hoje no seu sítio na Internet ( http://www.pgr.pt/ ) uma página para a denúncia de actos de corrupção e fraudes.


As denúncias podem ser feitas de forma anónima e serão analisadas pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). A PGR explica que precisa das denúncias dos cidadãos porque “a corrupção ocorre normalmente num círculo fechado de indivíduos, muitas das vezes protegidos por regimes de segredo profissional”.

“Por esse motivo, o conhecimento de dados sobre o relacionamento entre os indivíduos suspeitos ou os efeitos nefastos dos seus actos para o interesse público, pode ser determinante para o sucesso da investigação. Combater e eliminar a corrupção é uma responsabilidade de todos e quem não denúncia, conhecendo os factos relevantes, tem também a sua quota de culpa”, explica ainda a PGR.

“Assim, todos aqueles que se sentiram directamente afectados pela prática de actos de corrupção ou que dispõem de informação privilegiada, são convidados a utilizar este meio para contactarem com as autoridades responsáveis pela investigação.”, acrescenta.

A página dá ainda exemplos de indicadores de corrupção e fraude, como "percentagens de comissão anormalmente altas", "reuniões privadas com agentes públicos que tenham a seu cargo a negociação dos contratos ou com empresas interessadas nesses contratos" e "presentes ou dádivas não justificadas", por exemplo.

O autor da denúncia terá obrigatoriamente de indicar o sector de actividade em que ocorreram os factos, descrevê-los com o maior detalhe possível, revelar as datas, identificar os suspeitos e as empresas e indicar como teve conhecimento.

É, no entanto, facultativa por parte do autor da denúncia a indicação do valor aproximado das quantias envolvidas ou a entrega de documentos que possam comprovar as suspeitas, bem como assumir a sua identidade.

"Todos aqueles que se sentiram directamente afectados pela prática de actos de corrupção ou que dispõem de informação privilegiada são convidados a utilizar este meio para contactarem com as autoridades responsáveis pela investigação", apela o DCIAP, liderado pela procuradora geral adjunta Cândida Almeida.

Ao autor da denúncia será ainda atribuída uma chave de acesso, para poder aceder à comunicação e tomar conhecimento da investigação.
 
In: Publico

Isto é de dar dó... significa que a Procuradoria Geral da Republica não sabe nem consegue combater a corrupção e espera que os cidadãos normais se transformem em verdadeiros PIDES ao serviço da PGR.

Além disso o PGR se fosse uma pessoa vertical e com ética até tremia em receber ainda mais queixas que as que já recebe, dado que a justiça não consegue resolver e dar vazão aos casos que tem entre mãos. E mais... se alguém fizer uma denuncia de uma situação envolvendo personalidades públicas, assim é mais fácil decretar-se a destruição das provas e castigar quem as puser à mostra.
 
Quando pessoas como o Sr. António Terramoto tem vindo a denunciar imensos casos de corrupção, os seus pedidos tem sido atendidos a conta cotas, mas para abrir uma via verde da denuncia... já está... e duvido que aquilo sirva para alguma coisa...
Haja paciência... Cumprimentos cordiais,

Luís Passos

Groundforce: Ministro dos Transportes lamenta mas defende combate ao défice



 O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações lamentou hoje os alegados 300 despedimentos na empresa de assistência em terra em aviões Groundforce, afirmando que situação deve ser encarada no âmbito de processos de reestruturação. 

António Mendonça, que falava à margem da apresentação do plano de atividades da Inspeção Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), afirmou ter conhecimento da situação do possível despedimento de trabalhadores da Groudforce.

"Tenho conhecimento", afirmou o ministro, acrescentando lamentar a situação.
"Em primeiro lugar, tudo aquilo que diz respeito a despedimentos temos que lamentar. É óbvio, ninguém fica satisfeito", disse o ministro.

O governante acrescentou que é importante ter presente que "há processos de reestruturação ao nível das diferentes empresas que visam precisamente atacar situações de défice que são insustentáveis".

Segundo o ministro, "são processos de reestruturação e é nesse quadro que devemos encarar a situação".
António Mendonça sublinhou ainda não ter tido qualquer contacto com a Groundforce.

O jornal Público noticia hoje que a Groundforce vai encerrar a operação na base de Faro, onde trabalham cerca de 300 pessoas, para "travar a derrapagem das contas".

A empresa de handling, detida a 100 por cento pela transportadora aérea estatal TAP, apresentou perdas de 12,2 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2010 e decidiu reduzir drasticamente os custos, segundo o jornal.

A Groundforce possui atualmente bases operativas de assistência a bagagens no Porto, Lisboa, Faro, Porto Santo e Funchal.

Outra das medidas no setor empresarial do estado (SEE), definida no âmbito do Orçamento de Estado para 2001, é a indicação para a redução de 20% do número de membros das administrações das empresas públicas e uma descida média de 5% dos salários dos trabalhadores que recebam em termos brutos mais de 1.550 euros por mês.

In: Observatório do Algarve

Trabalhadores da Groundforce não foram avisados do encerramento da base em Faro

A operação da empresa de assistência em terra, detida pela TAP, vai fechar por motivos de contenção de custos, afectando 336 postos de trabalho.



A decisão, que vem no seguimento das medidas de cortes de custos contidas no Orçamento do Estado para 2011, não foi comunicada oficialmente aos trabalhadores, denunciam os sindicatos.

Tanto o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) como o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), que representam os técnicos de assistência em terra, afirmaram ao PÚBLICO que não foram notificados oficialmente pela administração da Groundforce, apesar de o encerramento da operação em Faro ser apontada, por fontes próximas do processo, como uma das medidas para travar a derrapagem financeira da empresa.

A empresa de handling, detida a 100 por cento pela transportadora aérea estatal TAP, apresentou perdas de 12,2 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2010 e a sua venda está, neste momento, em cima da mesa.

Isto porque o Estado também controla outra empresa da mesma área de actividade, a Portway (que pertence ao universo da gestora aeroportuária ANA), sendo obrigado, por questões de concorrência, a desfazer-se de um dos activos.

Os serviços prestados em Faro pela Groundforce, que chegou a ter como accionista os espanhóis da Globalia, deverão passar agora para as mãos da Portway.

A empresa de handling da TAP convocou os jornalistas para um encontro que vai decorrer hoje e durante o qual irá "revelar (...) um conjunto de medidas destinadas a reforçar a viabilização" da empresa, refere um comunicado enviado ontem às redacções. A conferência de imprensa vai irá contar com a presença do administrador-delegado da Groundforce, Fernando Melo.

A Groundforce possui actualmente bases operativas de assistência a bagagens no Porto, Lisboa, Faro, Porto Santo e Funchal. Trabalha para cerca de duas centenas de companhias aéreas. Os dados mais recentes apontam para a assistência a 17 milhões de passageiros e a gestão de 120 mil toneladas de carga que passam pelos aeroportos onde a companhia presta os seus serviços.

In: Publico

Grande parte do pessoal que lá trabalhava era do concelho de Faro, concelho este que já se encontra fortemente fustigado pelo desemprego. Nuvens negras se avizinham brevemente, se as empresas continuam a falir e a fechar, não sei o que vai ser do Algarve. Se até o sector do Turismo, que empregava mais de 80% da população (empregos directos e indirectos) já está como está, imagine-se no futuro com uma economia a cair, com decréscimo da procura interna e com a retracção da procura externa e o facto de haver outros mercados com igual oferta e preços mais baixos, não auguro bom futuro para o Algarve no próximo ano.

Deus queira que eu esteja enganado.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A saída para a crise passa por...

O Expresso recolheu as sugestões de 35 economistas, gestores e empresários para ajudar a economia a sair do buraco.
Deixe também aqui as suas sugestões para salvar Portugal.

 

O povo costuma dizer que "cada cabeça sua sentença". Se forem então mais de 30 cabeças, as sentenças serão certamente muitas mais. Mas nada como ter muitas ideias quando se trata de tentar encontrar uma saída para o buraco negro em que a economia nacional parece estar mergulhada. 

O Orçamento do Estado para 2011 foi aprovado na generalidade, depois de uma longa novela de negociação entre PS e PSD, mas os mercados não estão muito confiantes. A proposta alemã de, juntamente com criação de um fundo permanente de resgate europeu, obrigar os investidores a suportar parte das perdas, levou à subida dos juros nos países da crise soberana. A Irlanda está no olho do furacão a um pequeno passo de recorrer a ajuda externa e Portugal viu a taxa da sua dívida a dez anos bater o máximo de setembro. 

Ao mesmo tempo, as perspetivas de crescimento não são nada animadoras. Portugal, que teve um dos piores crescimentos a nível mundial na última década, deverá repetir o feito nos próximos anos. A julgar pelas projeções do Fundo Monetário Internacional, o ritmo de crescimento previsto até 2015 só conseguirá bater a Venezuela e a débil Grécia, que, esta semana, chegou ao primeiro lugar da lista de países com maior risco de incumprimento da sua dívida soberana calculado pela empresa CMA Datavision.

Perante este estado de coisas, o Expresso pediu a um conjunto alargado de economistas, muitos com experiências governativas, gestores e empresários que apresentassem as suas propostas concretas para ajudar Portugal a sair da crise. Primeiro, para reequilibrar as contas públicas e, depois, para tentar voltar a crescer. 

Ao todo, participaram 35 pessoas que contribuíram com dezenas de propostas, muitas das quais repetidas ou muito semelhantes. O diagnóstico há muito que está feito e o caminho a seguir também não parece difícil de identificar. Falta por vezes vontade ou coragem para avançar com o tratamento. 

João César das Neves, professor da Universidade Católica, resume em poucas palavras o que é preciso fazer: "A única forma de sair da crise é trabalhar mais e melhor, poupar mais, investir mais e melhor e ter imaginação, criatividade e improvisação. O resto é conversa".
  
Uma espécie de desvalorização

Uma das soluções mais defendidas passa por uma desvalorização cambial simulada, já que Portugal não tem moeda própria desde que entrou na zona euro, em 1999. A ideia, apresentada com algumas variantes por diversos dos especialistas ouvidos pelo Expresso, passa por reduzir a taxa social única (TSU) paga pelas empresas, reduzindo o custo do trabalho, e agravando o IVA, penalizando o consumo.

Assim, os bens seriam produzidos a um custo mais baixo - de preferência nos sectores transacionáveis - e poderiam ser mais competitivos no exterior. Em compensação o consumo interno, de bens importados, por exemplo, seria mais caro. Para compensar a perda de receita, além do IVA, há quem defenda o agravamento dos impostos sobre a propriedade, como é o caso do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Foi, aliás, o que propôs recentemente a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

João Ferreira Machado, diretor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, aposta numa "redução (permanente) em 20 pontos percentuais da Taxa Social Única (que assim se situaria nos 3%) financiada pela imposição (temporária, por dois ou três anos) de uma taxa única de IVA de 21%". Há quem sugira também, em contrapartida da TSU, um agravamento dos impostos sobre a propriedade e a revisão das deduções fiscais, como é o caso de Manuel Caldeira Cabral da Universidade de Minho.

Outro ponto em que convergem muitas das sugestões é a necessidade de emagrecer o Estado, reduzindo entidades - há quem fale na extinção de 5000 organismos públicos - e funcionários públicos. Tudo para travar a despesa pública. A ideia de criar uma entidade que fiscalize as contas - algo que o Governo já se comprometeu com o PSD no âmbito do acordo do Orçamento do Estado - é também recorrente. 

Olhar para o sistema fiscal

Entre as dezenas de propostas, houve também alguma sintonia em relação à necessidade de alterar o sistema fiscal. (ver as cinco principais propostas ao lado). Mas surgiram igualmente algumas ideias inesperadas, para o que tem sido o discurso dominante sobre a situação económica. Pedro Maia Gomes, da Universidade Carlos III de Madrid, propõe um imposto extraordinário sobre os lucros dos bancos nos últimos 10 anos e também, na área da educação, a criação de um programa nacional da matemática e da lógica para melhorar a capacidade de raciocínio dos jovens entre o 5º e o 9º anos de escolaridade.

Daniel Bessa, da Escola de Gestão do Porto e colunista do Expresso, defende o corte de 7% nos salários dos funcionários públicos em 2010 (o equivalente ao subsídio de Natal) ou, em alternativa, receber certificados de aforro que não poderiam ser movimentados.

A verdade é que, com estas ou outras medidas, nada garante que o cenário de um recurso à ajuda exterior esteja completamente afastado. Ferraz da Costa diz mesmo que, caso não seja possível haver acordos políticos, é preferível pedir imediatamente o apoio do FMI e da Comissão Europeia.

Emagrecer o estado

Se há ponto em que as opiniões convergem é na necessidade de reduzir o Estado. O leque de soluções varia mas passa, quase sempre, pela redução do número de organismos, de funcionários e da despesa. Sérgio Rebelo, da Universidade de Northwestern, não tem dúvidas de que para conseguir resolver o problema orçamental, Portugal terá que crescer. Por isso, defende a indexação das reformas e benefícios sociais ao andamento da economia. Mas a curto prazo são necessários cortes. Há quem defenda reduções do número de funcionários - Ferreira Machado propõe rescisões de 15% ao longo dos próximos dois a três anos e Lebre de Freitas fala em 5% dos trabalhadores com piores avaliações - ou a eliminação do subsídio de Natal. Daniel Bessa propõe pagar o subsídio de Natal com certificados de aforro que não poderiam ser movimentados durante cinco anos (em alternativa a uma tributação extraordinária) e adotar medidas semelhantes em 2011. A ideia de criar uma agência de controlo das contas públicas e rever as parcerias público-privadas foi também citada várias vezes. Paulo Trigo Pereira, do ISEG, recomenda ainda a suspensão das transferências fiscais para as regiões e o respeito pela norma do travão da despesa que está na Constituição.

Rever a fiscalidade

Portugal tem um sistema fiscal complexo e pouco competitivo. É um diagnóstico recorrente e que justifica, por isso, a atenção de vários dos especialistas ouvidos pelo Expresso. O cardápio de alterações é alargado mas o tópico fiscalidade aparece com frequência na lista de ideias para ajudar Portugal a sair da crise. Rogério Fernandes Ferreira, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, defende uma reforma fiscal, com redução de taxas, simplificação dos impostos e revisão de muitas deduções. Augusto Mateus e Daniel Bessa, dois ex-ministros da Economia, estão preocupados com o investimento e recomendam a isenção (total ou parcial) do pagamento de IRC às empresas que invistam os lucros obtidos. Uma das propostas mais inesperadas surge de Pedro Maia Gomes, docente na Universidade Carlos III em Madrid, que sugere um imposto extraordinário sobre os lucros da banca nos últimos 10 anos. Entre as muitas propostas, há quem defenda cortes no IRC, uma taxa única de IVA a 21% (eliminando as tributações intermédia e reduzida) ou a criação de uma flat tax (taxa plana) no IRS. O fim do pagamento por conta de IRC é também referido como essencial para defender as pequenas e médias empresas. 
 
Promover o crescimento

A receita campeã para ajudar Portugal a crescer é o recurso a uma espécie de desvalorização cambial. Uma recomendação que não é nova e que foi sugerida por vários dos economistas. A ideia é reduzir a taxa social única paga pelas empresas, para baixar o custo do fator trabalho, e ao mesmo tempo compensar com subida de impostos. Economistas como Ricardo Reis, Manuel Caldeira Cabral ou Ferreira Machado preconizam este tipo de política, embora com graduações diferentes. Para estimular as exportações e apoiar as empresas, são também propostos benefícios fiscais aos sectores exportadores, linhas de crédito, licenciamentos mais rápidos e, entre outras coisas, o Estado pagar mais depressa aos fornecedores. Este último ponto foi sublinhado pelo presidente da Unicer, Pires de Lima. Existe também uma forte preocupação com a concorrência e com a necessidade de reforçar a intervenção da Autoridade da Concorrência (AdC), partilhada por Abel Mateus, ex-presidente da AdC, e por vários outros economistas, como Luís Cabral. É também defendida mais concorrência em alguns sectores, o fim dos direitos especiais (golden shares) e a privatização da CGD e RTP. O mar deve, segundo várias opiniões, ser objeto de atenção e a legislação laboral flexibilizada.
 
Educação, Justiça e Saúde

São três sectores sempre referidos quando se fala em melhorar o país. A lentidão da Justiça é algo que grande parte dos especialistas ouvidos pelo Expresso mudaria sem hesitar. E há quem vá mais longe. Fernando Augusto Morais, da Associação Nacional de PME, defende que os órgãos superiores, como o procurador-geral da República, o provedor ou os juízes do Tribunal Constitucional, deveriam ser eleitos. Na área da Educação, essencial num país com fraca qualificação dos recursos humanos, surgem várias propostas, como aumentar a concorrência entre as escolas, fazer exames obrigatórios todos os anos e exames de admissão nas universidades (refere Luís Portela, da Bial), e até um programa nacional de matemática e de lógica (sugerido por Pedro Maia Gomes) para os alunos do 5º ao 9º anos de escolaridade. Na Saúde, destaca-se a proposta de Daniel Bessa de suspender o Serviço Nacional de Saúde, que seria substituído por um provisório, até haver um novo onde os contribuintes acima do quarto escalão de IRS deixariam de ter comparticipação. Uma alteração de fundo que poderia implicar uma revisão da Constituição já que o documento fala em saúde tendencialmente gratuita. 
 
Mudar a política

Em tempo de austeridade, a organização do Estado também não deve ser poupada. A criação de círculos uninominais (em vez das listas partidárias para o Parlamento), a redução do número de deputados, a extinção dos governos civis e até de municípios (Mira Amaral, por exemplo, quer extinguir empresas municipais) foram algumas das propostas para melhorar a organização política do Estado. O advogado especialista em direito fiscal Nuno Sampayo Ribeiro defende o fim do nepotismo no Estado e a aposta na pontualidade, no rigor e no escrúpulo. João Proença, da UGT, gostaria de ver combatida a concorrência desleal e o economista Álvaro Santos Pereira mostrou-se preocupado com a corrupção. Ferraz da Costa quer rever o sistema de governo, aumentando as legislaturas para cinco anos e criando um sistema que favoreça maiorias absolutas. Há também propostas para despartidarizar a administração pública, fazendo com que os funcionários progridam pelo mérito e não pelo cartão partidário. Jorge Rebelo de Almeida, da Vila Galé, propõe a revisão do funcionamento dos executivos camarários, que actualmente têm elementos dos vários partidos consoante os resultados obtidos nas eleições.

Aumentar a poupança

O endividamento do Estado, das empresas e das famílias é um dos principais problemas da economia portuguesa. É necessário travar a fundo porque não é possível Portugal continuar a endividar-se no exterior ao ritmo dos últimos anos. Silva Lopes defende medidas fiscais para incentivar a poupança das empresas, como tributar mais os dividendos em IRS, por exemplo, aliviando os impostos sobre os lucros. Do lado do Estado, há a ideia de avançar com um orçamento de base zero em que todas as despesas fossem justificadas e analisadas caso a caso. Álvaro Santos Pereira traça uma meta ambiciosa de ter um défice orçamental e um défice externo a zero em 2016. Para melhorar as contas externas do país e travar o sistemático recurso ao endividamento externo, parte da solução passa por melhorar a balança comercial. Por isso, para quase todos os vários economistas a aposta nos sectores ligados à exportação é essencial e a canalização dos investimentos públicos para estas atividades é fundamental, como frisa, por exemplo, o professor do ISEG João Ferreira do Amaral. Ferraz da Costa, numa perspetiva mais negra, defende mesmo uma reestruturação de parte da dívida externa.

In: Expresso

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Plano Inclinado: Instabilidade política nacional

Caros,

Aqui vos deixo a ultima edição do programa Plano Inclinado, com Medina Carreira, Mário Crespo e o convidado da semana - Ângelo Correia.

O tema da semana é a instabilidade politica nacional.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos


O Cais de Embarque para as Ilhas no Cais Comercial de Faro

Caros,

No domingo fui passear a pé até ao cais novo pelas salinas do neves pires, foi uma passeata agradável. Desde os meus tempos de miúdo que não ia ao cais a pé.

Quando para meu espanto deparo-me com esta situação no tão afamado e badalado cais de embarque para as ilhas. Reparam nas fotos:









O espaço da zona de embarque era um verdadeiro terreiro, cheio de covas, montes de terra e um gradeamento de protecção que é um verdadeiro perigo para quem dele se aproxima.

Não há qualquer sinalética, existe apenas um pequeno apoio para proteger das intempéries, será que está bem dimensionado para o numero de passageiros que aqui irão passar???

Não existe um horário dos barcos afixado, nem dos autocarros de apoio a cidade, nem sequer um pequeno quiosque de venda de bilhetes e informações.

Tudo bem que agora é inverno e o numero de passageiros deve ser diminuto, mas e no verão? como vai ser?

Falavam ai de tanta pompa e circunstância que se ia fazer a ligação as ilhas e isto e aquilo, estive la a tarde toda de domingo e não vi um barco da carreira chegar.

Já estão definidas as carreiras? Quem foi a empresa que ganhou a concessão? Foi a Silnido?
Onde estão os horários? Quantos passageiros serve esta linha por dia?

Quando acabam a obra do cais que aquilo não está em condições de ser usado, e alguém pode magoar-se a serio?

São perguntas que gostaria de ver respondidas!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

O Polvo não dá descanso a Valentina Calixto

Carissimos,

O Sr. António Terremoto não desarma, e no blog o "Polvo do Algarve" ataca novamente e sem piedade a Engª. Valentina Calixto.

Aqui fica a ultima actualização!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos


Olhão, 8 de Novembro de 2010
À
Procuradoria –Geral da Republica
Rua da Escola Politécnica, 140
1269-269 Lisboa
Assunto: Eng. Valentina Calixto
Questões prévias:
1- Sabe a Procuradoria-Geral que a legislação actual, quer em matéria criminal ou administrativa para os titulares de cargos políticos ou de altos cargos públicos, é-lhes bastante tolerante com a introdução de normas de especial atenuação.
A corrupção resulta da execução de actos administrativos contrários ao Direito, e anda de mãos dadas com a falta de transparência.
Enquanto o País afunda e a maioria do Povo português vê os seus rendimentos diminuírem, emerge uma classe parasitaria que vive de expedientes, à sombra da impunidade da classe politica, conduzindo o País para os lugares cimeiros no ranking internacional da corrupção.
À Procuradoria-Geral, ao Ministério Publico, cabe-lhes neste contexto, impor a Tolerância Zero em matéria de transparência na gestão da coisa publica, levando a juízo os faltosos, sem o complexo de perder a acção.
De outra forma, a imagem que passa para o cidadão anónimo, é o de um Ministério Publico castrado pelo poder politico e castrante do cidadão disposto a lutar pela transparência da Administração Publica.
2- Em relação á minha exposição de 14 de Setembro e objecto da V. comunicação de 01/10/2010, oficio nº 20624/2010, Proc. Nº 156/2004-LH, tenho a dizer que aquele oficio é muito pouco esclarecedor, pois limita-se a informar ter sido dado cumprimento ao deposito da declaração da inexistência de incompatibilidades e impedimentos, relativamente aos cargos ocupados pela engenheira Maria Valentina Filipe Coelho Calixto, sem especificar em que datas ocorreram aqueles depósitos, impedindo o cidadão de pedir a destituição da visada se as declarações tiverem sido efectuada fora do prazo.
A opacidade da comunicação, aos olhos do cidadão anónimo, fá-lo desacreditar na Instituição, que deve pautar a sua atitude pelo rigor e transparência.
3- A minha exposição mereceu referencia por parte do senhor Procurador-adjunto, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, no despacho de arquivamento do Processo Administrativo nº 3/2010, sem que dele me tenha dado conhecimento. Parece-me que o senhor Procurador-adjunto, em nome da transparência se não de Direito, estaria obrigado a comunicar da decisão sobre a denuncia apresentada.
Pelos erros e omissões sistemáticas constatadas nos despachos de arquivamento que envolvem titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos proferidos pelo senhor Procurador-adjunto parece-me ser já altura para procedimento disciplinar em relação a este magistrado.
Do Despacho de Arquivamento:
- No exercício do contraditório a engenheira Valentina Calixto diz em resumo:
-A CCDR-Algarve e a ARH-Algarve não são entidades publicas independentes, antes fazendo parte da administração directa do Estado (CCDR) e indirecta do Estado (ARH), pelo que se mostra afastada a aplicabilidade directa do regime da Lei nº 64/93 aos cargos referidos pelo denunciante, apenas lhe sendo aplicáveis algumas normas, por remissão do Estatuto dos Cargos Dirigentes (ECD) aprovado pela 24/2004.
O senhor Procurador-adjunto, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, vem no seguimento do raciocínio da engenheira Valentina Calixto, dar provimento às razões invocadas, dizendo:
-A CCDR-Algarve, de acordo com o artigo 1º do Decreto-Lei nº 134/2007, é um serviço periférico da administração directa do Estado, no âmbito do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR).
- Por sua vez a ARH-Algarve, de acordo com o artigo 1º do Decreto-Lei 208/2007, é um instituto publico periférico integrado na administração indirecta do Estado.
- Consequentemente, em razão dos cargos que exerceu na CCDR-Algarve e que actualmente exerce na ARH-Algarve, a engenheira Valentina Calixto esteve e está sujeita ao Estatuto do Pessoal Dirigente (EPD) aprovado pela Lei nº 2/2004, com alterações introduzidas pelas Leis nº 51/2005, e 64-A/2008, pois que exerceu e exerce cargos dirigentes, como tal previstos no artigo 2º, nº 3 do EPD.
Contestando:
Em primeiro lugar, importa desde logo esclarecer se a CCDR-Algarve é ou não uma entidade publica independente.
Decreto-Lei nº 134/2007:
As Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, são serviços públicos periféricos da administração directa do Estado, no âmbito do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, dotado de autonomia administrativa e financeira, e para a prossecução das suas atribuições exercem os poderes da autoridade do Estado na área geográfica de actuação (art. 1º e 4º, D.L. nº 134/2007).
Temos assim uma entidade publica, dotada de autonomia administrativa, financeira e autoridade, o que configura de acordo com Parecer do Concelho Consultivo da PGR a entidade publica independente:
A entidade publica independente prevista na Constituição e na lei, a que se refere a alínea d) do artigo 3º da Lei nº 64/93, de 26 de Agosto, é aquela que para o exercício das suas competências, dispõe de poderes de autoridade.
Sendo assim, a engenheira Valentina Calixto e o senhor Procurador-adjunto, ao refugiarem-se no conceito abstracto de serviço periférico e omitindo que a CCDR-Algarve é dotada de autonomia administrativa, financeira e autoridade, incorrem em erro, já que as CCDR são entidades publicas independentes.
A ARH_Algarve é um instituto publico criado pelo decreto-lei 208/2007, que em matéria de incompatibilidades e impedimentos do pessoal dirigente passou a ser disciplinado pelo actual Estatuto do Pessoal Dirigente aprovado pela Lei 2/2004 e alterada pela Lei 51/2005.
Assim o nº 3 do artigo 2º diz:
São designadamente, cargos de direcção superior de 1º grau os de director-geral, secretario-geral, inspector-geral e presidente…..
Pelo que a engenheira Valentina Calixto exerce um cargo de direcção superior de 1º grau.
Diz o nº 3 do artigo 17º:
Aos titulares dos cargos de direcção superior são ainda aplicáveis com as necessárias adaptações, os artigos 5º, 9º, 9º-A, 11º, 12º e 14º e o nº4 do artigo 13º da Lei nº 64/93, de 26 de Agosto.
Importa pois, ver o que nos diz o articulado da Lei 64/93 e que possa ser aplicável em matéria de incompatibilidades e impedimentos, ressaltando o artigo 9º-A, que diz:
Sem prejuízo da aplicabilidade das disposições adequadas do Código de Procedimento Administrativo, aprovado pelo decreto-lei nº 442/91, de 15 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo decreto-lei nº 6/96, de 31 de Janeiro, os titulares de órgãos de soberania, de cargos políticos e de altos cargos públicos que, nos últimos três anos anteriores à data da investidura no cargo tenham detido, nos termos do artigo 8º, a percentagem de capital em empresas neles referida ou tenham integrado corpos sociais de quaisquer pessoas colectivas de fins lucrativos não podem intervir:
a) Em concursos de fornecimento de bens ou serviços ao Estado e demais pessoas colectivas publicas aos quais aquelas empresas e pessoas colectivas sejam candidatos.
Posta a questão nestes termos e dado que a engenheira Valentina Calixto não interveio directamente, efectivamente não lhe podem ser imputados desvios das suas responsabilidades administrativas, nesta matéria.
Daqui resulta, que o despacho de arquivamento é pouco claro, denotando uma atitude precipitada e pouco cuidada, não indo ao fundo da questão, o que cria a imagem de que o senhor Procurador-adjunto foge à responsabilização dos titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos.
A Lei 12/96, destinava-se especificamente aos Institutos Públicos e seus dirigentes, composta por 5 artigos, de simples compreensão e simplesmente impeditiva, foi revogada pela Lei nº 2/2004, que como vimos bastante permissiva, indiciando desde logo actos como os presentes, e que deveriam merecer dessa Procuradoria-Geral uma maior atenção. Não significa isto que a Procuradoria-Geral assuma o papel de força de bloqueio da acção governativa, mas antes uma acção rigorosa e fiscalizadora da transparência dos actos públicos.
A engenheira Valentina Calixto está dotada de um poder imenso, tutelando todo o Domínio Publico Hídrico incluindo o Marítimo. Para se compreender até onde vai esse poder convem esclarecer que o Domínio Publico Marítimo abrange a faixa terrestre com 50 metros de profundidade contados a partir da linha do mar no preia-mar da maior maré viva do ano, ou seja abrange todas as Praias do Algarve.
Tal faixa é de uma importância e valor incalculáveis, tanto para investidores como para as autarquias, que sujeitas à sua tutela, fazem dela uma dirigente poderosa, convindo estar nas suas boas graças.
Os contratos da empresa Algarser, cujo presidente é o conjugue da engenheira Valentina Calixto, em áreas por ela tuteladas, são bem mais que os indicados pelo senhor Procurador-adjunto e também são varias as autarquias e outras entidades que os requisitam, conforme documento anexo, extraído do Portal Base do Governo, onde se constata a limpeza das Praias de Quarteira, Vilamoura, ou as do sector nascente do concelho de Lagoa.
Curiosamente, a Câmara Municipal de Olhão, adquiriu uma varredora – mecânica por cerca de oitenta mil euros e vem contratando os serviços de varredora – mecânica da Algarser por 74. 375.00 euros.
O leque de autarquias e entidades adjudicantes envolvem os Municípios de Olhão, Tavira, Loulé, Lagoa, a Associação de Municípios Loulé – Faro, a Algar e até a Portimão Turismo, E.M. .
Chegados aqui, cabe à Procuradoria-Geral, encetar as investigações para apuramento das responsabilidades criminais previstas pela Lei nº 34/87 com as alterações das Leis nº 108/2001, nº 30/2008, nº 41/2010, sendo certo que enquanto vice-presidente da CCDR-Algarve, a empresa Algarser estava impedida de celebrar contratos com o Estado e enquanto Presidente da ARH-Algarve tem a função de administrar e fiscalizar ao actos nas áreas por si tuteladas, susceptíveis de gerarem conflitos de interesses com a actividade económica da empresa Algarser, na qual tem interesses indirectos.
Aproveito ainda para fazer um reparo final: o Ministério Publico nestas situações e sempre que possível deveria extrair certidões com vista ao procedimento criminal e não ficar à espera que o cidadão sem qualquer formação jurídico o faça, sob pena de ser este a sentar-se no lugar do infractor, por denuncia caluniosa.
Sem mais, sou
António Manuel Ferro Terramoto

A classe média está a chegar à sopa dos pobres

Ficaram sem ter como pôr comida na mesa e começam agora a engrossar as filas nas instituições que prestam ajuda assistencial. Muitos dos 280 mil portugueses que dependem dos cabazes do Banco Alimentar contra a Fome são da classe média. Tinham emprego, férias, acesso à net e tv por cabo, cartão de crédito. Ficaram com uma casa para pagar ao banco, um subsídio de desemprego que tarda a chegar - quando chega - ou que já acabou. Um carro que já não sai da garagem.


Chegam à Assistência Médica Internacional (AMI), à Caritas ou às Misericórdias e pedem comida, ajuda para pagar os livros dos filhos, a mensalidade da casa, a conta da farmácia. Pedem, sobretudo, que não lhes divulguem o nome, porque nunca se imaginaram na posição de quem faz o gesto de estender a mão a pedir ajuda. "São pessoas que [nas cantinas comunitárias] comem viradas para a parede, têm vergonha de ser vistas ali, se lhes perguntamos o nome, fogem...", ilustra Manuel Lemos, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em cujos refeitórios comunitários (que substituíram as velhíssimas sopas dos pobres) "a procura aumentou entre 200 a 250 por cento".

Ainda nos refeitórios das misericórdias, as médias etárias baixaram "dos 65 ou mais para os 42 anos ou menos", calcula Manuel Lemos. E que quem ali vai já não são só os sem-abrigo, os velhos e os inempregáveis do costume. Prova-o a forma como se vestem. "São pessoas arranjadas e cuidadas, nota-se que já tiveram a vida mais equilibrada. Ficaram desempregadas, ou aconteceu-lhes outro qualquer desarranjo, mas naturalmente não deitaram a roupa fora...", conjectura o padre Rubens, da Igreja do Marquês, no centro do Porto, onde noite sim, noite sim, comem cerca de 200 pessoas, num serviço que foi concebido no ano passado para 40 (ver texto ao lado).

Na maioria das vezes, os pedidos chegam por email. "Desde o ano passado que nos chegam pedidos de professores, advogados, engenheiros: profissões que nada fazia prever que precisariam de ajuda institucional", diz Daniela Guimarães, educadora social na Cáritas do Porto. Por causa destes novos utentes, a Cáritas ampliou a sua oferta, que era alimentar e de vestuário. "Este ano criámos apoio medicamentoso, e, entre Janeiro e Outubro, investimos 5063 euros em medicação. Os apoios pontuais para pagar a água, a luz ou renda também não existiam, mas as pessoas começaram a chegar aqui já com a luz cortada ou com as casas em situação de execução fiscal e tivemos que começar a intervir aí também."

Na distribuição de roupa também houve alterações. "As terças-feiras à tarde continuaram a ser maioritariamente para os sem-abrigo e depois abrimos mais um dia para as outras pessoas que sempre viveram bem e que de repente...". E que repente ficam com os bolsos vazios a sugerir a necessidade de um emprego. Pessoas que, mesmo com emprego, de repente baixam a cabeça para contar que o dinheiro já não chega sequer para o café diário. "Há dias uma funcionária pública contava-me que, perante as colegas, disse que o médico a proibira de tomar café, porque tinha vergonha de assumir que não tinha dinheiro para as acompanhar." 
 
Na maior parte das vezes, os pedidos chegam quando a retaguarda familiar já se desmoronou. E depois há "os recibos verdes, que não se encaixam nas "gavetas", porque não preenchem os requisitos para nenhum tipo de apoio", nota Daniela Guimarães.

Fechados em casa com fome

Menos mal quando pedem ajuda. Nos centros Porta Amiga, da AMI, 7026 pessoas pediram apoio social no primeiro semestre de 2010. Cerca de 75 por cento do total de 2009. A maioria entre os 21 e os 59 anos, ou seja, com idade para estar a trabalhar. Mas a coordenadora regional do Porto da AMI, Cristina Andrade, lamenta é pelos que não chegam a sair de casa. "Há muita gente fechada em casa, a passar fome. Com vergonha de sair porque nunca na vida pensaram ter que recorrer a uma instituição. Antes de cá chegarem, já venderam o recheio da casa, acumularam dívidas e só vêm quando as coisas estão em tribunal ou quando não têm para dar de comer aos filhos", relata. E insiste numa ideia que há-de repetir várias vezes: "Pedir ajuda é um direito, as pessoas têm que perder a vergonha de o fazer."

Não é algo que vá acontecer facilmente, na óptica do sociólogo Elísio Estanque. "Há aqui uma inconsistência de status. Do ponto de vista simbólico, as pessoas criaram uma imagem e um estatuto de classe média, mas agora vêem-se aflitas porque os orçamentos deixaram de cobrir os consumos a que estavam habituadas, e, portanto, deixaram de ter meios para responder em coerência com essa expectativa simbólica." "Escondem-se, porque ninguém gosta de ostentar a sua miséria, muito menos pessoas que tinham projectado para o exterior um estatuto diferente", especifica o autor do estudo Classes e Desigualdades Sociais em Portugal, publicado em 1997, em co-autoria com José Manuel Mendes. A situação actual só surpreende quem não andou atento aos números. Em 2003, o INE dizia que 20,4 por cento da população estava em risco de pobreza, ou seja, tinha rendimentos inferiores a 414 euros mensais. Em 2008, José Sócrates orgulhava-se de ter reduzido essa taxa para os 18,9 por cento. Se tivéssemos olhado para aqueles números antes das transferências sociais, percebíamos que a taxa de pobreza tinha aumentado na realidade de 41,3 por cento, em 2003, para os 41,5 em 2008. Agora, "o cenário está pior, com um peso muito maior de desempregados entre os pobres", reflecte Bruto da Costa, sem, contudo, arriscar números. Para percebermos como chegamos aqui temos que recuar alguns anos. "Por causa do crescimento económico, do desenvolvimento da administração pública e de um processo de concentração urbana muito brusco, entre outros factores, os trabalhadores começaram a acreditar que podiam pertencer à classe média e isso, aliado à facilidade de crédito, ajudou a que ficassem mais disponíveis para a compra de casas, assim como para os empréstimos para aquisição de carros, telecomunicações, equipamentos de longa duração. Tudo isso criou a ilusão de que a condição de classe média era sólida e estável. Ora, na verdade isso nunca aconteceu, porque as pessoas estavam era endividadas e o que esta crise está a provocar agora é um enorme defraudar dessa expectativa", acentua Estanque. Voltamos aos números: em Agosto, o incumprimento no crédito à habitação ascendia aos 1.957 milhões. E a casa é a última coisa que as pessoas deixam de pagar. "Enquanto tiverem um tecto não são sem-abrigo e conseguem esconder a miséria em que vivem", sublinha Cristina Andrade. No crédito ao consumo, a taxa de incumprimento é um pouco maior: sete por cento do total, ou seja, 1232 milhões de euros. Estanque olha para estes números e vê "uma classe média minimalista que está a atrofiar-se muito rapidamente". No mesmo sentido vai a análise do sociólogo Boaventura Sousa Santos. "A classe média é composta por aqueles que conseguem planear a vida, a ida dos filhos para a universidade, a compra do carro, as férias. Ora, as condições que tornaram possível o seu aparecimento estão a ser destruídas", constata, para concluir que, "se as democracias valem o que vale a classe média, então é evidente que a democracia portuguesa está a cometer suicídio".
 

domingo, 7 de novembro de 2010

Macário declara Falencia da Câmara Faro

 
Caros,
Penso que talvez não seja este o caminho, hipotecar o futuro da cidade nos próximos 20 anos quando ainda existem hipóteses válidas para ajudar a tirar a Câmara do buraco... é no mínimo loucura.

Existem decerto interesses, acordos e jogadas de bastidores que levaram a que fosse esta a decisão. A mim não me enganam, não foi por acaso que o PS na Assembleia Municipal se absteve e deixou passar o famigerado plano de reequilíbrio financeiro.

Nem Maomé diz do toucinho aquilo que os deputados do PS disseram do plano, e depois vão viabiliza-lo? Então se é mau, se está cheio de erros e inconsistências, se é um garrote para os próximos 20 anos e se ainda não se esgotaram todas as hipóteses, para que ir por este caminho.

Cada dia estou mais convencido que o Macário Correia vai ser o coveiro desta cidade!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos