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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Paulo Portas aceitou pagar 30 milhões de euros a mais por submarinos

Paulo Portas aceitou pagar 30 milhões de euros a mais pelos dois submarinos adquiridos ao consórcio alemão German Submarine Consortium (GSC), em 2004, quando assumia a pasta da Defesa. Apesar de o ex-ministro ter pedido que a qualidade do equipamento fosse reduzida, por questões económicas, aceitou pagar o valor inicialmente acordado pelos navios.
 
 Segundo um documento de 29 de Abril de 2004 do responsável pelo Grupo de Projecto dos Novos Submarinos (GPSS), capitão-de-mar-e-guerra Rui Rapaz Lérias, hoje citado pelo “Jornal de Notícias”, o preço dos submarinos, 712 milhões de euros, “não sofreu qualquer alteração relativamente ao valor da adjudicação”, apesar da “configuração dos submarinos ter sido degradada”.

Paulo Portas enviou na altura ao GPSS uma “orientação no sentido de se reduzirem as capacidades dos submarinos tendo em vista reduzir o seu preço de aquisição”. O responsável do GPSS indica no mesmo documento citado pelo “JN” que a orientação de Portas foi seguida e as reduções das capacidades técnicas dos submarinos ficaram avaliadas em valores de 18 a três milhões de euros, chegado a um valor total de 21 milhões de euros. Foi ainda contabilizada uma outra redução de dez milhões por se abdicar do empréstimo de dois submarinos usados que a Armada portuguesa iria usar até chegar o novo equipamento. Ficaria, assim, prevista uma redução de cerca de 30 milhões de euros.

Porém, segundo contas do relatório do GPSS, estes cortes não se verificaram na factura paga pelo Estado. Assim, no contrato assinado entre o ex-ministro Paulo Portas e o consórcio alemão configuram os 712 milhões de euros inicialmente acordados, ou seja, “não houve qualquer alteração relativamente ao valor da adjudicação”, segundo o relatório de Rui Rapaz Lérias.

Paulo Portas recusou-se a reagir de imediato a este relatório, remetendo para amanhã ou quarta-feira uma reacção ao documento.


Esta historia ainda está muito mal explicada... Aguarda-se novos episódios

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ex-quadros da Ferrostaal acusados de corrupção nos contratos com Portugal

O Ministério Público de Munique acusou dois ex-quadros da empresa alemã Ferrostaal do pagamento de mais de 62 milhões de euros em “luvas” para garantir encomendas de submarinos de Portugal e da Grécia, noticiou hoje a agência Bloomberg.
 
Os dois acusados, que não foram identificados, são um antigo membro do conselho de administração e um ex-director da empresa. Os investigadores também pediram ao tribunal que a Ferrostaal seja citada no processo criminal, o que permitirá confiscar os lucros obtidos pela empresa com as vendas.

Segundo a Bloomberg, estas informações foram divulgadas pelos investigadores depois de ter sido noticiado que falharam as conversações com a Ferrostaal para resolver a questão. O jornal Handelsblatt noticiou hoje que a falta de acordo entre o Ministério Público de Munique e a Ferrostaal se deve à recusa da empresa em pagar uma multa de 196 milhões de euros. A Ferrostaal, com sede em Essem, Alemanha, não fez ainda qualquer comentário à decisão do Ministério Público.

O Estado Português contratualizou com o consórcio alemão German Submarine Consortium (GSC) - de que faz parte a Man Ferrostaal - a compra de dois submarinos em 2004, quando Durão Barroso era primeiro-ministro e Paulo Portas era ministro da Defesa Nacional.

Entretanto, a 25 de Janeiro deste ano, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), Carlos Alexandre, decidiu levar a julgamento os nove arguidos no caso dos submarinos/contrapartidas. Os arguidos estão todos acusados, em co-autoria, de falsificação de documentos e burla qualificada.

Os portugueses acusados são José Pedro Sá Ramalho, Filipe Mesquita Soares Moutinho, António Parreira Holterman Roquete, Rui Moura Santos, Fernando Jorge da Costa Gonçalves, António Lavrador Alves Jacinto e José Mendes Medeiros. Os arguidos alemães da Man Ferrostaal são Antje Malinowski e Winfried Hotten.

Neste processo está em causa um contrato de contrapartidas entre o Estado Português e o GSC e a sua execução para a compra de submarinos. A par do caso das contrapartidas, o DCIAP continua a investigar o processo principal relacionado com a compra de dois submarinos à Ferrostaal.
 

Há muita coisa escondida ainda, isto ainda é a ponta do icebergue. O portuguesinho é danado para receber luvas... e a classe politica então... upa upa...
 
Luis Passos

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Juiz Carlos Alexandre perde «grandes processos»

Segundo a informação da TVI, o Governo quer retirar ao juiz Carlos Alexandre metade dos grandes processos de corrupção e grande criminalidade no Estado, com base em estatísticas falsas, que criam a necessidade artificial de nomear um segundo juiz. 

O titular do Tribunal Central, nos últimos anos, foi o responsável pela maioria das buscas e ordens para julgar políticos, banqueiros e grandes empresários. Carlos Alexandre foi o juiz que autorizou buscas para apurar suspeitas de corrupção no processo Freeport, que permitiu ao Ministério Público invadir os maiores bancos e grupos económicos no Processo Furacão, que prendeu Oliveira e Costa e pronunciou todos os arguidos dos processos Portucale e das contrapartidas pela compra dos submarinos.

Agora, o magistrado vai deixar de ser o titular exclusivo do Tribunal Central de Instrução Criminal. Este projecto do Governo, que visa reorganizar os tribunais de Lisboa, propõe a redução de 63 juízes na nova comarca da capital mas, contra a corrente, a nomeação de mais um para o Tribunal Central.

Assim se vê, o poder instalado anda doido; com as revelações das trafulhices, roubalheira e afins que tem sido perpetradas em Portugal nos últimos 20 anos e por isso quer desalojar quem ainda faz trabalho útil. A próxima a ir na virada será Maria José Morgado. Este pais é de facto uma ditadura... agora não tenho qualquer duvida, quando não há respeito pela separação de poderes, quando tudo é uma mixórdia, politica e justiça juntas, isto não vai acabar bem.


Cumprimentos cordiais

Luís Passos