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sábado, 2 de julho de 2011

Documentario completo - "Let's Make Money"

Para quem quiser compreender o mundo actual, um documentário OBRIGATÓRIO!

Com legendas em Português!

Parte I


Parte II

 
Parte III
 
Parte IV

ParteV

ParteVI
 
ParteVII

ParteVIII

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ingleses dizem que preferem ver Grécia na bancarrota que ajudar!

O chanceler  do Tesouro britânico declarou ontem que o Reino Unido ficará de fora de um segundo plano de resgate à Grécia e o mayor de Londres pediu ontem a Atenas que abandone o euro.

 
 
Se o Le Monde e os jornais alemães iniciaram hoje uma campanha publicitária paga pelas multinacionais alemãs e francesas a favor do euro ("O euro é necessário"), o The Telegraph, em Londres, noticiava que o chanceler do Tesouro inglês (ministro das Finanças) George Osborne foi muito claro de que o Reino Unido ficará de fora de um novo pacote de resgate à Grécia e que um debate de urgência entre deputados britânicos, de todos os partidos, discutira cenários em que a Grécia seria forçada a abandonar o euro.
Também, o mayor de Londres, Boris Johnson, declarou, na sua coluna no Daily Telegraph, que a Grécia deveria regressar à sua antiga moeda, o dracma. E o antigo secretário dos negócios estrangeiros inglês Jack Straw, dos trabalhistas, foi mais longe ao declarar que um fim "rápido" do euro seria preferível a uma "morte lenta" da moeda única.
As posições britânicas contrastam com a reafirmação por parte de japoneses e chineses do seu apoio às iniciativas europeias de emissão de obrigações pela Facilidade Europeia de Estabilização Financeira, que se destinam a suportar os planos de resgate.


Meus caros, a coisa está negra, a Grécia parece uma esponja, todo o dinheiro que lá entra e absorvido de imediato, nem se sabe para onde vai...

Deste modo, alguns países já estão fartos de contribuir. Mas por outro lado, foram estes que impingiram a Grécia "brinquedos caros" como submarinos, material militar, etc.

Por outro lado, a Grécia para entrar no clube do Euro "falsificou o exame de admissão", martelando as suas contas, aldrabando, iludindo. A economia Grega é uma mistificação, toda a gente rouba, toda a gente foge aos impostos, a produtividade é baixa e a organização das entidades é má.

Portugal pode ser arrastado para uma situação idêntica caso não tenha juízo. Se as medidas de austeridade não fizerem efeito, se não conseguirmos por a nossa economia a crescer e cortarmos na despesa, havemos de chegar a uma altura que não temos dinheiro para honrar os nossos compromissos, e aí ninguém nos vai querer ajudar e será o "salve-se quem poder".

Se a Grécia sair do Euro, poderão outros países também sair do Euro, e no caso de Portugal, voltar ao Escudo seria péssimo, porque a nossa divida está em Euros, e ao desvalorizar o Escudo a nossa divida só iria aumentar cada vez mais, diminuir o poder de compra das famílias e disparar a inflação.

Vamos ficar atentos ao caso grego, que poderá vir em breve a servir-nos de espelho.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Keiser Report: - Situação na Grécia e eventual saida da Grécia do Euro


Grécia está prestes a sair da zona Euro. O FMI quer recolher directamente impostos na Grécia, o que significa uma entrega completa de soberania.

Vamos ver se Portugal não segue o mesmo caminho! Um programa a não perder!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Portugal tem de implementar 13 medidas até final do mês

Até ao final de Junho, Portugal terá de implementar 13 das 213 medidas acordadas com a 'troika' no âmbito do resgate financeiro.
O ministério das Finanças publicou hoje as 213 medidas da ‘troika' que terão de ser implementadas até ao final do ano. Até ao final de Junho, Portugal terá de implementar as 13 seguintes:

- Reforçar a estabilidade financeira e melhorar a monitorização do sector bancário
1. Estabelecer um programa para a realização de inspecções especiais in-situ para validar os dados sobre os activos que os bancos prestam como inputs para a avaliação de solvabilidade.

2. Solicitar aos bancos que apresentem planos de financiamento a médio prazo específicos para cada instituição alcançar uma posição de financiamento estável com base no mercado.

3. Solicitar aos bancos que apresentem planos que descrevam como tencionam atingir os novos requisitos de capital através de soluções de mercado.

4. A estrutura do grupo estatal CGD será racionalizada, de forma a aumentar a base de capital da sua actividade bancária central, conforme seja necessário. Espera-se que a CGD aumente o seu capital até ao novo nível requerido por via de recursos internos ao grupo, e que melhore a governação do grupo. Tal incluirá a definição de um calendário mais ambicioso para a já anunciada venda do negócio segurador do grupo, de um programa para a alienação gradual de todas as subsidiárias non core e, se necessário, de uma redução das actividades no estrangeiro.

5. Iniciar um processo para a venda do BPN de acordo com um calendário acelerado e sem um preço mínimo. MFAP 33 2.10.

6. Sujeito à aprovação ao abrigo das regras de concorrência da UE, as autoridades comprometem-se a facilitar a emissão de obrigações bancárias garantidas pelo Estado até ao montante de 35 mil milhões de euros, incluindo o previsto no pacote existente de medidas de apoio. (2)

7. As autoridades reforçarão o mecanismo de apoio à solvabilidade bancária, de acordo com as regras dos auxílios de Estado da UE, com recursos até ao montante de 12 mil milhões de euros disponibilizados ao abrigo do programa. 

- Melhorar a competitividade
8. Transpor o Terceiro Pacote de Energia.
9. Assegurar uma concorrência mais efectiva transpondo a nova directiva
relativa ao enquadramento regulamentar das comunicações electrónicas da UE (Directiva de Melhor Regulação).

10. Pendências em tribunal: Realizar uma auditoria dos processos pendentes a
fim de definir medidas mais precisas. Auditoria às acções pendentes, incluindo processos executivos, insolvências, processos tributários e laborais.

11. Com base na auditoria (aos processos pendentes), definir melhor as medidas existentes e avaliar a necessidade de medidas adicionais para acelerar a resolução das pendências.

- Reforçar a gestão financeira pública e reduzir os riscos orçamentais
12.Introduzir de imediato as alterações legislativas necessárias para melhorar a monitorização, reduzir os custos operacionais e suspender temporariamente a criação de novas entidades públicas ou quase públicas (incluindo empresas públicas) ao nível das Administração Local.

13. Aprovar uma definição padronizada de responsabilidades contingentes.

In: Diário Económico

terça-feira, 24 de maio de 2011

GNR promoveu 40 coronéis para travar mal-estar contra generais

A Guarda Nacional Republicana promoveu, no início deste ano, 40 novos coronéis, aumentando assim o número de oficiais desta patente para cerca de uma centena. Tratou-se de uma medida de excepção no âmbito do que o Governo decidiu para a função pública, mas que, dentro da própria instituição provocou contestação, uma vez que se mantêm em suspenso as promoções para cerca de 10 mil guardas. Estas promoções serviram, por outro lado, para tentar travar a insatisfação dos oficiais de carreira por não chegarem aos lugares máximos da hierarquia, entregues a 11 generais oriundos do Exército.

Com as promoções de Janeiro deste ano (com retroactivos a Janeiro de 2010) a GNR passou a ter mais de um terço dos seus coronéis a desempenhar serviços administrativos. Apenas 27 dos oficiais com esta patente estão a comandar unidades, 18 correspondentes aos distritos do continente, duas relativas à Madeira e Açores e mais sete móveis.

"Na GNR os postos não são comandados por oficiais [na PSP o comando das esquadras está entregue a comissários e subcomissários, os quais já pertencem à classe de oficiais], mas por sargentos. Os oficiais da GNR estão, na sua maioria, dispersos por serviços burocráticos, de estudos e planeamentos", explicou ao PÚBLICO o presidente da Assembleia Geral da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) José Manageiro.

Este dirigente sindical, assim como dois capitães-majores que preferiram manter o anonimato, entendem que o não aproveitamento para tarefas operacionais de grande parte dos oficiais formados internamente "é um factor de desmotivação" e "um desperdício de recursos". "É incompreensível que, após 100 anos de existência, a GNR continue sem ter um só comandante por si formado", dizem.

Os actuais 11 generais que estão ao serviço da GNR cumprem, todos eles, comissões de três anos. Por norma são destacados para esta força quando se aproximam do final da sua carreira no Exército. É, dizem os contestatários, um modo de enriquecer o currículo e, ao mesmo tempo, engrossar o valor da reforma.

O aumento de promoções junto dos oficiais generais (onde se incluem os coronéis) não é acompanhado pelas classes abaixo, nomeadamente os guardas. De acordo com José Manageiro há cerca de 10 mil efectivos à espera de poderem ascender a guardas principais e, ao mesmo tempo, nota-se, cada vez mais, a falta de pessoal nos postos. "A suspensão dos cursos de admissão ao longo dos últimos três anos fez com que, actualmente, exista uma falta de cerca de mil guardas", refere o dirigente da APG.

Para José Manageiro a componente operacional da GNR pode estar seriamente ameaçada, tanto mais que os sucessivos cortes orçamentais não deixam antever uma melhoria a curto prazo. "A falta de liquidez na GNR não é segredo para ninguém", refere o sindicalista, confirmando as sucessivas reclamações que dão conta de falhas relativamente à existência de viaturas, combustíveis e outros materiais.
 

Pois é, em plena crise, com milhares de praças, soldados e oficiais de patente inferior que estão com as promoções congeladas, estes "senhores" para se poderem reformar com uma pensão de reforma mais alta. Com o pais em crise.
 
É preciso ter uma ousadia... que despudor. Só mesmo em Portugal!
Cumprimentos cordiais
 
Luís Passos

sexta-feira, 20 de maio de 2011

FMI arrasa Grécia. Novos cortes a caminho

Governo grego aplica mais austeridade: 6 mil milhões de euros.

O programa de ajustamento da Grécia está a descarrilar e o governo tem de aplicar maior austeridade, no valor de 6 mil milhões de euros, para conseguir reduzir o défice orçamental de 10,5% do PIB em 2010 para 7,6% no final deste ano.

O ministro grego das Finanças, George Papaconstantinou, anunciou ontem que o novo pacote de austeridade será especificado nos próximos dias, apenas um mês depois de o executivo ter definido um plano de 26 mil milhões de euros que incluía já parte das receitas do seu programa de privatizações (50 mil milhões de euros até 2015).

O empréstimo de 110 mil milhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional à Grécia implica a "estrita condicionalidade", ou seja, um programa agressivo de consolidação orçamental e reformas estruturais. Se a Grécia não cumprir as metas definidas, arrisca-se a não receber as próximas tranches do empréstimo.

Ontem, o líder da missão do FMI na Grécia, Poul Thomsen, deixou um aviso sério: "A visão que parece estar a impor-se é a de que o programa do governo não está a funcionar. O programa irá descarrilar sem o reforço das reformas estruturais nos próximos meses."

As palavras duras do FMI seguiram-se à exigência dos ministros das Finanças europeus e do comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, para que a Grécia avance rapidamente nas reformas económicas e no programa de privatizações.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e Olli Rehn admitiram na terça-feira que poderia haver uma "reestruturação suave" da dívida grega, com o alargamento das maturidades dos empréstimos. Porém, o Banco Central Europeu veio ontem contrariar essa opção: "A reestruturação da dívida acabará com parte ou mesmo a totalidade do capital dos bancos gregos e por isso é uma receita para a catástrofe", disse Jurgen Stark, membro do conselho-executivo do BCE.
 

É com esta e outras noticias que começamos a perceber o porque do afastamento de Strauss-Khan da direcção do FMI.
As medidas aplicadas a Grécia não estão a resultar e o pais está cada vez mais endividado. Segundo li num artigo do Finantial Times, já se estava a preparar um segundo pacote de ajuda na ordem dos 70 mil milhões de euros, e era Strauss-Khan quem liderava o processo.
Mais uma vez a Grécia encaminha-se para a catástrofe. Agora estou convencido que os estados deviam ter privatizado alguns sectores da economia no tempo das vacas gordas e ter conseguido um bom valor pela sua participação, porque agora em tempo de vacas magras vai ser tudo privatizado ao desbarato. Quem agradece são os grandes grupos económicos que vão comprar barato. Alias... não sejamos ingénuos, esta crise foi provocada para permitir essa transferência de riqueza, e transferir divida privada da banca para os estados (o povo que pague a crise).
 
Se houvesse políticos dignos desse nome, nada disso teria acontecido, pois não se teriam endividado os países, tinham-se privatizado sectores na altura própria e hoje estaríamos bem melhor.
 
No meu entender o estado não deve possuir empresas de transportes, energia, investimento, etc etc. O que o estado deve fazer é ser o regulador e árbitro da actividade económica, fazer aplicar a justiça, recolher os impostos, promover e fazer chegar a educação a todos, garantir a equidade, fazer as leis, garantir a segurança e a soberania nacional, emitir moeda, garantir a saúde para todos e promover o estado social.

Assim não teríamos abusos de privados, porque a acção reguladora do estado seria firme, teríamos um mercado mais competitivo, teríamos mais investimento e mais emprego e um pais mais rico. 
Mas não, temos um estado que representa mais de 50% da economia nacional, uma administração publica monstruosa, uma burocracia idêntica à dos Faraós e um sistema de justiça que faz da vara saca-rolhas. Assim não saímos do buraco em que nos afundamos cada vez mais... tal como os gregos.

É preciso intervir já... termos um governo capaz, que se entendam entre si (coisa que não acontece hoje), que trabalhem pelo desenvolvimento económico nacional, que tenham sentido de estado e capacidade de vencer os desafios que ai se aproximam. Caso contrário vamos acabar como os gregos. Não tarda muito e estará em breve uma reestruturação da divida grega.

E nós... com a economia actual, ainda não recebemos o dinheiro do FMI, mas não tarda muito está ai uma reestruturação da divida a porta! 

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Estatisticas do PS

(click na imagem para ampliar)

O meu voto já está decidido! EM BRANCO! FORA COM ESTA CAMBADA!

No dia 5 não fique em casa! Vá votar! O seu voto é importantíssimo! Mostre o lenço branco a esta canalha e mostre-lhe a porta da Rua!

DIA 5 VOTE EM BRANCO, POR UM PORTUGAL MELHOR!

Cumprimentos

Luís Passos

terça-feira, 17 de maio de 2011

A Crise Grega: - Artigo do Jornal Der Spiegel

O jornal Alemão Der Spiegel publicou um artigo excelente sobre a situação económica na Grécia. O artigo refere que os baillouts sucessivos nada tem ajudado a situação grega, os juros estão a ser insuportáveis, apesar da Grécia registar uma boa performance económica.

Já está a congeminar-se que a ideia da Grécia retirar-se do euro será inevitável, e muito provavelmente, Portugal é o senhor que se segue!



Cumprimentos cordiais,

Luís Passos

Pacote de ajuda a Portugal foi aprovado em Bruxelas

Os ministros das Finanças europeus aprovaram o pacote de resgate a Portugal, no valor de 78 mil milhões de euros. 
 
Os ministros das Finanças da União Europeia deram luz verde ao pacote de ajuda a Portugal, no valor de 78 mil milhões de euros.
O anúncio foi feito pelo porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj. Os responsáveis pelas Finanças chegaram a um "acordo político" numa reunião extraordinária do Eurogrupo alargada aos responsáveis da União Europeia, em Bruxelas.

O Eurogrupo vai formalizar ainda esta noite a parte do empréstimo correspondente ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) enquanto os ministros da União Europeia irão terça-feira dar o seu acordo definitivo à parte correspondente do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF).
A assistência financeira a Portugal vai ser repartida em partes iguais de 26 mil milhões de euros pelo FEEF, MEEF e Fundo Monetário Internacional (FMI), o que dá um total de 78 mil milhões.
Esta tarde, Teixeira dos Santos, o ministro das Finanças português, já se tinha manifestado, à entrada para a reunião, "confiante" na aprovação da assistência a Portugal.

"Creio que os problemas mais delicados que havia que resolver a nível europeu foram portanto esclarecidos e resolvidos, e daí que eu esteja numa posição, eu diria, relativamente confortável e confiante perante a reunião que vamos ter daqui a pouco", sustentou Teixeira dos Santos.

Para receber a assistência financeira, Portugal comprometeu-se a realizar um programa de três anos, entre Junho de 2011 e meados de 2014, que inclui reformas estruturais para assegurar um aumento do potencial de crescimento da economia, a criação de empregos e a melhoria da competitividade.
O programa inclui ainda uma estratégia de consolidação dos desequilíbrios das contas públicas, que inclui a redução do défice orçamental para 3% do PIB até 2013, e um regime de apoio ao sistema bancário até 12 mil milhões de euros.


Vamos lá ver... assim dizia o ceguinho. Mas aquilo que vejo neste momento, para além da economia (que Portugal não tem e precisa para pagar a divida) a grande ameaça a Portugal são... os seus próprios políticos, que parecem garotitos de escola primária a dizerem uns aos outros... Eu contigo não brinco, que será o mesmo neste caso de dizer... Eu contigo não formo governo!

Cristo, ao que isto chegou... gente doida a extremar posições, a degladiarem-se de forma indigna, são todos um vazio de ideias, um vazio de conteúdos, os programas eleitorais são uma treta. O que de facto interessa é o programa que assinaram com o FEEF/FMI, e esse sim, é que vai ser cumprido independentemente de quem ocupar a cadeira em São Bento.
Agora a pergunta que já paira no ar é... será que Portugal precisa de recorrer a um instrumento de reestruturação da divida? Será que se vai aguentar com 5,7% de Juros, com uma taxa de crescimento anual da economia de menos de 1% e com uma inflação de quase 4%?

O problema é que o dinheiro não cresce nas árvores, e sem economia que gere receitas não vai dar.  Isto vai dar um trambolhão, e como diz Medina Carreira, a questão já não é se vai dar ou não, mas sim QUANDO!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos 

BES pede ajuda do Estado para emitir dívida

O BES vai emitir até 1.250 milhões de euros em dívida recorrendo ao mecanismo de apoio à banca actualmente em vigor. 
 
 O BES solicitou ao Banco de Portugal a concessão de uma garantia do Estado para uma emissão de obrigações não subordinadas até ao montante de 1.250 milhões de euros, com maturidade de três anos. Trata-se de uma operação de liquidez.

Mas para isso, o BES terá de levar à Assembleia Geral de 9 de Junho uma alteração aos seus estatutos. Isto é, os accionistas do BES terão de conceder autorização ao seu Conselho de Administração para deliberar aumentar o capital no caso de um eventual accionamento da garantia a ser prestada pelo Estado Português. Ou seja, se o BES não pagar, o Estado entra no capital do banco, sendo para isso necessário um aumento de capital. Fonte do BES disse que essa é apenas uma mera possibilidade teórica.

Na próxima AG o BES vai ainda propor retirar o valor nominal às acções que compõe o seu capital social, tal como fez o BCP.


É uma vergonha, ao que isto chegou, o Sr. Ricardo Salgado andou a espicaçar o PS para fazer obras faraónicas, financiadas obviamente... pelo BES.

Neste momento o BES encontra-se com um péssimo rácio de capitais próprios e não consegue fazer um aumento de capital como outros bancos fizeram, o caso do BCP e do BPI. Ou seja, o BES está tecnicamente ilíquido (para não dizer insolúvel que seria muito forte).

O grande problema do BES foi que comprou julgo que perto de 40.000 milhões de euros em dívida nacional. Como o rating da Republica está um nível acima de Lixo, o rating do BES foi também afectado por essa classificação, dado que até saber, é detentor de pelo menos 40.000 milhões de euros de divida portuguesa.

O Estado ao tornar-se uma vez mais como avalista, está a aumentar as suas responsabilidades financeiras. Todas estas informações que ficam registadas na base de dados, são tomadas em consideração pelos actuais e futuros credores do Estado e pelas agências de rating.

Todas estas garantias constituem uma séria ameaça aos contribuintes, já que uma eventual nacionalização dos bancos implicará necessariamente um imediato aumento generalizado de impostos. 

Enfim... parece que o saque ao bolso dos contribuintes está para ficar...

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Movimento É o povo, pá! “ataca” centros de emprego

Apareceram de cara tapada e colaram cartazes, como quando em Março “invadiram” as instalações do BPN para lá colarem cartazes a acusar “O vosso roubo custou 13 milhões”. Na última madrugada, os alvos do movimento É o povo pá! foram os centros de emprego e, nos cartazes que deixaram colados nos vidros, lê-se “Não queremos subsídios, queremos emprego”.
 
 Foi assim nas instalações do IEFP na Rua da Saudade, no centro do Porto, foi assim em mais 30 cidades do país. Objectivo: “Chamar a atenção para a questão do desemprego e para a forma como são chamados os desempregados deste país, porque achamos que os centros de emprego perderam a vocação que tinham, centrada numa política nacional de combate ao desemprego e de criação de emprego, para se transformarem em centros fiscalizadores dos desempregados”, explicou ao PÚBLICO um dos membros do movimento.

“Não aceitamos que [os centros de emprego] sejam locais onde somos ameaçados, vigiados e fiscalizados como se não ter emprego fosse um crime que nos devesse ser imputado”, lê-se no texto que acompanhou o protesto.

Percebe-se, pelo uso da primeira pessoa do plural, que está desempregado quem dá a voz pela iniciativa no Porto. E pouco mais se sabe, porque os dinamizadores do movimento É o povo pá! insistem em manter-se sob anonimato. “Queremos que se fale do que andamos a fazer e não de quem somos”. O inusitado das acções visam garantir a mediatização das iniciativas, reforçando assim objectivo de “somar protesto ao protesto” social.

Na acção sobre o BPN, surgiram em forma de interrogação “E o povo, pá?”. Agora, o nome trocou o ponto de interrogação por um de exclamação. Na próxima acção, que há-de ser imposta pela conjuntura, logo se vê. Entretanto, os passos do movimento podem ser acompanhados aqui.
 

Penso que esta será uma boa maneira fazer notar a roubalheira que tem ocorrido em Portugal por meia duzia de mafiosos que ocuparam os cargos de poder até então.
 
De forma ordeira e pacifica, fazendo passar a sua mensagem!
 
Quanto aos centros de emprego, realmente o actual modelo não serve para nada, nem ajuda as pessoas a encontrar emprego. Penso que terá de ser revisto, actualizado e enquadrado nas actuais necessidades.
 
Cumprimentos cordiais
Luís Passos

terça-feira, 26 de abril de 2011

O que pode acontecer se Portugal reestruturar a sua dívida

O Económico mostra-lhe os quatro cenários possíveis se Portugal reestruturar a sua dívida. 

Apesar de ultimamente falar-se sobre a inevitabilidade da Grécia ter de reestruturar a sua dívida, os especialistas referem que a probabilidade de Portugal vir a "sofrer do mesmo mal" é reduzido. Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, refere que "ainda é muito cedo para se falar disso". Porém, na semana passada, a Moody's deixou o alerta referindo que o risco de uma reestruturação da dívida nacional está a aumentar. Qualquer rescalonamento da dívida trata-se sempre de um processo penoso para emitentes e credores. Para o Estado, a reestruturação reflecte-se de duas formas: por um lado, a República terá menos custos com as suas emissões obrigacionistas; por outro, verá a sua credibilidade beliscada junto dos investidores, que colocará em causa o financiamento externo durante longos anos. Para os investidores, qualquer operação de reestruturação da dívida irá repercutir-se em pesadas penalizações na carteira.

1 - Prolongamento da maturidade
O Estado pode optar por aumentar a data de vencimento das obrigações para lá do ano que estava previamente acordado no momento da sua emissão. Isto significa que uma obrigação que inicialmente atingiria a maturidade dentro de 10 anos, apenas vencerá dentro de 20 anos, por exemplo. Com esta operação, o Estado ganha tempo pois estará a empurrar para a frente a responsabilidade de devolução do valor nominal da obrigação. Já o investidor terá de esperar mais tempo do que inicialmente tinha estipulado para reaver o seu dinheiro, continuando a receber o cupão da obrigação até à nova data de maturidade.

2 - Redução da taxa de cupão
As obrigações do Tesouro pagam, por norma, cupões anuais. Isto é, de 12 em 12 meses, o Estado paga aos investidores um juro. Actualmente, por exemplo, a obrigação a 10 anos, que vencerá a 15 Abril de 2021, paga todos os anos um cupão de 3,85%. Assim, para reduzir os custos com esta emissão, actualmente com um saldo-vivo de 7.510 milhões de euros, o Estado poderá optar por cortar a taxa de cupão em 100 pontos base, por exemplo. Dessa forma, nos próximos 10 anos, em vez de pagar anualmente 289 milhões de euros de juros passaria a pagar 214 milhões de euros.

3 - Rescalonamento do prazo e da taxa de cupão
Uma operação de reestruturação da dívida mais radical seria vincada na conjugação das duas situações anteriores: adiar por mais alguns anos a data de vencimento das obrigações e cortar a taxa de cupão desses títulos. Com esta medida, a República consegue dilatar o pagamento da obrigação ao mesmo tempo que reduz o custo com os juros. Foi isso que a Argentina fez em 2001 com cerca de 95 mil milhões de dólares da sua dívida, o maior ‘default' até à data. As consequências dessa decisão foram dolorosas, perdurando até hoje, com o acesso ao financiamento em moeda estrangeira e à emissão de dívida a médio e longo prazo completamente vedados.

4 - ‘Haircut' da obrigação
O processo de reestruturação da dívida mais radical passaria por um corte no valor nominal da obrigação, isto é, o Estado decidisse realizar um ‘haircut' das suas obrigações. Desta forma, caso o ‘haircut' fosse de 20%, por exemplo, os obrigacionistas só seriam reembolsados em 80% do valor da dívida. E numa situação extrema, o Estado poderia até decidir fazer um ‘haircut' de 100%, eliminando qualquer responsabilidade de pagar as suas obrigações. O México chegou a tomar esta decisão em 1867, quando o governo de Benito Juárez, líder liberal na "Guerra da Reforma", decidiu não pagar cerca de 100 milhões de pesos emitidos pelo Imperador Maximilian. Qualquer uma das situações reflectem-se em constrangimentos brutais para investidores, que vêm as regras mudar a meio do jogo, como para o Estado, que sofre uma forte penalização sobre a sua credibilidade.

Subsídios de férias e Natal em títulos do Tesouro de novo em cima da mesa

A hipótese de pagar os subsídios de Natal aos funcionários públicos em títulos do tesouro volta a ser equacionada. A questão foi levantada pela troika que está em Lisboa a avaliar as contas portuguesas e o pedido de ajuda financeira, adianta hoje o Diário Económico. O grupo conclui que as medidas do PEC IV foram mal avaliadas.

Segundo o jornal, a medida pode já ser aplicada este ano, mas como as negociações para a ajuda financeira só terminarão depois dos funcionários públicos já terem recebido o subsídio de férias deste ano, provavelmente só se aplicará para já ao subsídio de Natal. A medida seria aplicada até ao final do processo de consolidação orçamental das contas públicas e do programa de ajuda externa.

O Diário Económico lembra que esta foi uma das medidas adoptadas em 1983, quando da primeira vinda do FMI a Portugal, mas que nessa altura só abrangeu o subsídio de Natal e uma parte desse pagamento era mesmo assim feita em dinheiro.

In: Publico

Tal como o Blog Faro é Faro já havia adiantado em posts anteriores, a probabilidade dos subsídios de férias e de Natal serem pagos em títulos é bem elevada. Dado que o estado precisa urgentemente de liquidez, precisa de reduzir o deficit e de pagar com o que sobrar as dividas inerentes a despesa corrente primária.

Contudo, com estas medidas violentas ao bolso da população não podem ser isoladas; elas são boas medidas porque matam dois coelhos de uma só vez. Ajudam a parar o consumo e dado que não produzimos nada, importamos tudo ajuda a baixar o deficit externo; por outro lado ajuda a estimular a poupança e melhora a criação de activos (e por sua vez ajuda a controlar as disponibilidades e baixar a divida geral do estado). Mas devem ser acompanhadas de uma diminuição da despesa corrente primária, porque caso o estado tome estas medidas mas não faça cortes na despesa primária, este sacrifício não serve de nada.

Vamos la ver se não acontece como no passado em que o estado aumentou os impostos e em vez de reduzir a despesa corrente primária... não reduziu... até a aumentou na proporção do aumento dos impostos. O resultado foi que ficamos na mesma... o povo sacrificou-se e o estado que se viu com uma folga, toca de aumentar a despesa.

Vai ser preciso andar de olho em cima desta gente! E o povo tem de se mentalizar... e já o disse em posts anteriores, tem de se mentalizar... temos de voltar a viver com o mesmo padrão de vida que tínhamos nos anos 80 e 90. A época do consumismo de massas já se foi. O paradigma agora é outro.

Ainda me recordo no final dos oitentas... até a meio da década de 90... um bom barómetro para avaliar a situação é o parque automóvel. Antigamente uma família tinha 1 carro... 2 no máximo. Normalmente um carro como Citroen BX, um Rover 213, um Renault 25, um Ford Sierra, ou mesmo um Alfa Romeo 33 eram considerados carros de luxo. A grande maioria dos Portugueses andava com Renaults 4 e 5, Simca 1100, VW carocha, VW Golf, Opel Corsa, Opel Kadett, Ford Escort, o Mini, o Citroen 2CV entre muitos outros e uma grande maioria nem carro tinha.

As pessoas ainda não perceberam que não podem ter todos um BMW em cada garagem porque o pais não tem produtividade para tal. Para podermos comprar os BMs os Mercedes e essas coisas todas o pais tem de produzir mais e das duas uma, ou produzimos aqui em Portugal carros tão bons ou melhores que esses que as pessoas não precisem de os importar, ou então temos de produzir outros produtos para exportar para compensar essas importações. É simples!

Caso contrário o deficit externo vai disparar de novo!
Ou Portugal se mentaliza que para ter coisas tem as produzir, ou produzir algo em sua substituição... ou então vamos ser pedintes para o resto da vida!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Reuniões entre Movimentos "alternativos" e a Troika do FMI

É falso que o MayDay Lisboa - que representa trabalhadores precários e movimentos alternativos - se reúna hoje com a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), a fim de poderem discutir a actual situação laboral em Portugal. André Albuquerque, daquele movimento, confirmou ao PÚBLICO que tudo não passou de "falsa reunião".

 "Tratou-se de uma falsa reunião. Não íamos mesmo ser recebidos pela troika e por isso fizemos a acção de manhã, frente ao ministério das Finanças", disse André Albuquerque, actor e uma das pessoas que dá a cara pelo movimento em Portugal.

André Albuquerque leu ao PÚBLICO a declaração feita hoje frente ao ministério, após a acção do movimento:

O MayDay Lisboa foi convocado pela troika que está em Portugal para conversações sobre a precariedade laboral, pelo que nos apresentámos esta manhã com uma pequena comissão de representantes do movimento.

O MayDay Lisboa ficou bastante surpreendido com a atitude da troika em relação às questões laborais, tendo havido um reconhecimento por parte da mesma que a injustiça a nível do trabalho se reflecte directamente na vida das pessoas.

Assim sendo a troika garantiu ao MayDay que vai encetar uma luta dura ao trabalho ilegal e precário, especialmente sob a forma dos falsos recibos verdes, contratos temporários contínuos e estágios não remunerados.

Afiançou ainda que vai combater o desemprego e primar por uma melhoria das condições de vida dos portugueses pois, segundo os senhores [Rasmus] Rüffer e [Massimo] Suardi, as economias têm como objectivo melhorar a vida das pessoas.

O sr. [Poul] Thomsen prometeu ao MayDay que haverá averiguações acerca das responsabilidades da dívida soberana distinguindo claramente a dívida privada da dívida pública. Consequentemente vão averiguar quanto é que o sector financeiro e a banca devem e intimá-los a pagar. O MayDay ficou ainda a saber que a troika vai propor políticas económicas progressistas no sentido de reduzir o medo e a incerteza que ocorrem no país, através da consolidação e reforço dos direitos fundamentais no trabalho e na vida.

Informaram-nos ainda que se foram necessários cortes salariais, estes far-se-ão apenas a nível dos cargos mais bem remunerados pela simples razão lógica que um corte num salário multimilionário é preferível a centenas de cortes em salários mais baixos, sem acarretar o peso social de prejudicar um número muito maior de pessoas que já vivem com menos possibilidades. O sr. Thomsen assumiu perante a troika a ideia de que o Serviço Nacional de Saúde não será destruído e que o dinheiro da Segurança Social e dos fundos de pensões não será usado para jogar nas bolsas.

Saímos, portanto, bastante optimistas desta reunião, estando o MayDay confiante nas promessas da troika e esperando que os resultados desta intervenção externa sejam tão benéficos para Portugal quanto têm sido para todos os países onde essa ajuda tem entrado.

Em retribuição pela gentileza de nos receberem, o MayDay convidou a troika a estar presente no Largo de Camões no dia 1 de Maio pelas 13h00.

Os senhores Thomsen, Rüffer e Suardi garantiram a sua presença no evento e pediram ao povo português para estar presente com a sua força e com as suas opiniões nas ruas de todo o país para que assim possa contribuir efectuar a democracia participativa e decidir o destino do país.

Esta reunião não aconteceu mas podia ter acontecido.


O MayDay é um protesto de trabalhadores precários que se realiza no 1º de Maio. A iniciativa começou em Milão em 2001 e, desde então, espalhou-se por várias cidades europeias e do Mundo. O MayDay Lisboa arrancou em 2007 e prepara reuniões semanais em Lisboa que, de acordo com André Albuquerque, têm tido uma afluência que tem variado entre as 20 e as 40 pessoas.


Atenção a estes movimentos "alternativos". Estejam atentos, a política (até a recente!) está cheia de gente que procura aparecer acima da política (como se isso fosse possível), sem objectivos partidários,como novidade mas que no fundo no fundo não são tanto assim. Na volta logo aparecem organizados, com os seus chefes a mandar, com uma organização que em nada, no plano organizativo, em nada se distingue das organizações políticas e sociais já existentes. Salvaguardando as devidas distâncias não se esqueçam do que se passou com o (...) Fernando Nobre.

O fim do estado social

Quero convida-los a ler este post "Pagar as dívidas" de José Pedro Nunes, publicado no blog Delito de Opinião.

Portugal tem de aprender a viver dentro das suas possibilidades, e o povo vai ter de perceber isso. Se não houver dinheiro para manter o sistema nacional de saúde, para manter o ensino publico gratuito ou pelo menos nos moldes actuais, para manter um conjunto de prestações sociais... querem fazer o que?
Os cofres estão vazios, Portugal tem um deficit externo medonho,  o deficit orçamental então desde que o FMI vai descobrindo isto e aquilo não para de subir, já vai em 9,1% do PIB. Com taxas de juro na casa dos dois dígitos, e um enorme encargo, não é possível.

As pessoas têm de se mentalizar... que vão ter de voltar a viver com menos, ter um nível de vida mais regrado, não ter determinados luxos.

Hoje aconteceu um pormenor engraçado, fui a Junta de Freguesia levar uns documentos excedentários dos censos, no caminho encontrei um ex-colega de escola. Vinha a conduzir a sua carrinha BMW 320d, novinha, tinha acabado de sair da garagem de uma casa nova que ele comprou aqui perto da minha. Nenhum daqueles bens está pago... irá paga-lo ao longo da sua vida... penso eu... em empréstimos a perder de vista. Tal como ele, muitas outras pessoas estão em situação idêntica. Agora pergunto... havia necessidade de se endividar daquela forma, sendo ele tão novo, cerca de 31 anos?

Tinha necessidade de comprar casa tão cara? Não poderia alugar uma por uns tempos até equilibrar as finanças e ter pelo menos 30% do valor de aquisição da casa nova e financiar eventualmente o resto com um empréstimo? Em vez de ter comprado um BMW... uma vez que teve de recorrer ao crédito para o comprar... não poderia ter comprado outra marca mais barata? Certamente poderia... mas não seria a mesma coisa.

Este encontro fez-me pensar imenso... e leva-me a generalizar um pouco para o Português comum... A malta quer é bons carros, boas casas, grandes vidas... depois... logo se vê como é que se paga. O que conta é a imagem... ostentação... o ter em vez de o ser...

Poderá o leitor pensar... olha-me para este... deve estar é com inveja de não ter um BMW igual ou ainda melhor, ou ter uma casa igual...

Bem isso a mim não me preocupa... porque a casa onde vivo... É MINHA, e está paga à muitos anos. O carro que conduzo, não é um BMW, mas comprei-o a pronto. Não tenho encargos nem empréstimos.

Não vivo uma vida de luxo... pois não, mas não estou preocupado com a crise, porque se vier não me afectará... pois nada devo a ninguém. 

O problema aqui, e é este o assunto a que queria chegar com este post, é que até a uns bons 10 a 20 anos atrás, as pessoas só chegavam a ter bens de luxo quando atingiam uma certa idade, digamos a partir dos 45, 50 anos, pois de uma longa carreira de trabalho, de poupanças e sacrifícios, e então nessa altura comprava-se então o Mercedes de sonho, ou o BMW, ou mudava-se para uma casa maior, ou cometia-se assim uma extravagancia.

Hoje em dia não... economicamente e matematicamente falando, o que as pessoas estão a fazer é a antecipar o consumo. Ou seja... estão a consumir já para pagar depois. Isto cria um enorme problema. Primeiro porque a liquidez que deveria estar a ser canalizada para actividades produtivas como industria, comércio, actividades lucrativas está ser desviada para particulares comprarem bens e serviços, o que não gera qualquer rendibilidade e aumenta o endividamento e  o deficit externo (porque são importações). O desequilibro induzido nas contas é imenso, levando a que no futuro como a pessoa em questão já antecipou as suas compras, perca poder aquisitivo futuro, fazendo com isso diminuir a procura interna primária e a insolvência das famílias (no caso de divida excessiva) devido a alterações de conjuntura.

Por isso se vê cada vez mais gente nova (30 a 40 anos) com grandes sinais exteriores de riqueza. Não que realmente tenham grande sucesso profissional, trata-se apenas de uma antecipação de consumo, coisa que na velhice lhes irá sair muito cara... O Prof. Medina Carreira bem vai avisando... façam um bom pé de meia, porque vão precisar dele na velhice.

Mas o Povo Português sempre foi vaidoso, e sempre gostou de privilegiar o ter... e de se pavonear com esses achievements...

É por isso que hoje... estamos na bancarrota! Já pensaram nisso?

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

domingo, 24 de abril de 2011

Otelo Saraiva de Carvalho: - "Pedem-me para fazer outro 25 de Abril"

Otelo Saraiva de Carvalho, o estratega do 25 de Abril de 1974, é hoje outro homem, a quem o julgamento da história não perdoou até agora os seus desvios de extrema-esquerda em nome da democracia directa, mas de quem o povo da rua não se esquece.  
Pede-lhe até para fazer outro golpe militar, que endireite o País: "Todos os dias, quando ando na rua, pedem-me para fazer outro 25 de Abril. São os taxistas, são os populares."
Considera, todos estes anos depois, que os portugueses pouco mudaram desde a madrugada em que liderou o derrube de um regime com 48 anos: "O povo está sempre à espera que alguém faça alguma coisa". E continua pouco preocupado em ser politicamente correcto, explica: "O povo está sempre nas encolhas, e dizem: 'É preciso que vocês façam, que nós apoiamos.'"
Ainda há dias, devido a declarações a propósito do seu novo livro, "O Dia Inicial", Otelo voltou a agitar as águas ao referir que não valia a pena ter-se feito o 25 de Abril para agora os portugueses se confrontarem com o estado de profunda crise em que Portugal está. Palavras que fizeram vir Vasco Lourenço, o seu camarada de revolução, explicar a verdadeira razão de ser do 25 de Abril, mas que não evitam a sensação que paira no ar sobre os desvios no caminhos que Abril abriu há 37 anos.

In: DN

Realmente, a verdadeira revolução a ser feita é como dizia o falecido Hernâni Lopes, o que os portugueses precisam de "revolucionar" é a sua postura: Ética profissional e Responsabilidade social bastariam para mudar este desgraçado país do "salve-se quem puder".
O que é preciso é fazer um 24 de Abril, para voltar a decência, a honestidade, o patriotismo, à competência, à verdade...


O resto são tretas... o FMI está ai a porta e teremos de viver com ele... temos e de limpar o pais desta corja de arrivistas que andam ai pela politica, e eleger pessoas com curriculum, provas dadas, competência, reputação ilibada e notório saber.

Assim vamos lá... haja vontade... e persistência!


Luis Passos

sábado, 23 de abril de 2011

Entrevista de Mário Soares ao Jornal i Online (com video)


Uma entrevista oportuna, porém tardia, devia ter dito isto mais cedo! No entanto, há ali nas entrelinhas da entrevista um denotar de um jogo de interesses. Enfim... faz o que eu digo não faças o que eu faço... para bom entendedor...

Entrevista de Alexandre Soares dos Santos a Fatima Campos Ferreira


"Portugal precisa de dar corda aos sapatos" - A. Soares dos Santos

Estado 'trava' refeições a pobres

Instituições de solidariedade queixam-se de não poder alargar apoio devido a regras "incompreensíveis". 



A Segurança Social considera que estes espaços funcionam indevidamente, pondo em causa regras de higiene e segurança alimentar, e "travou" a distribuição das refeições. As situações foram denunciadas pelo presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), e o responsável e presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) assegura que se multiplicam pelo País. "Tem sido generalizado quando as instituições fazem um esforço para ajudar quem mais precisa", diz Manuel Lemos. 
 
IN: DN
 
Meus senhores, com tanta gente a passar fome, ainda se põem com questões comezinhas? Mas está tudo grosso ou que? Acho muito bem que as misericórdias violem a lei e distribuam a sopinha que a muitos vai aconchegar o estômago... já que é a única refeição quente que vão fazer durante o dia.
 
Parece que este pais esqueceu os valores da solidariedade e da entre ajuda!...
Epáh... se não podem ajudar... não compliquem!!!
 
Cumprimentos 
Luis Passos