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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Faro é Faro comemora Abril


Caros,

O blog Faro é Faro, para assinalar os 37 anos do 25 de Abril de 1974, publicou umas serie de documentários para tentar explicar as pessoas mais jovens e fazer re-lembrar as mais velhas o que foi o 25 de Abril, quais as causas que estivaram por detrás e como ocorreram os eventos.

É bem certo que o pais que herdamos hoje após o 25 de Abril é bem pior que o que entregamos. Mas a culpa também foi nossa, pela nossa passividade perante os políticos, por votarmos em partidos como se de clubes de futebol se tratasse. É bem certo que Abril trouxe algumas coisas boas, um sistema de saúde universal, um sistema de ensino publico gratuito, trouxe liberdade de expressão e de movimentação. 

No entanto, não soubemos avaliar bem a conjuntura, e por passividade, por desinteresse fomos cedendo o interesse nacional aos interesses mesquinhos de grupos sectários, que tomaram o poder e os orçamentos de estado de assalto, roubando, espoliando, fazendo pouco dos portugueses até nos levarem ao estado a que chegamos... à bancarrota.

E agora? Agora é preciso que os portugueses se definam, se unam em torno da causa nacional e digam que politicas queremos... queremos um estado social garantista? Mas a nossa economia neste momento não o permite, é preciso fazer escolhas, fazer sacrifícios, fazer cortes em salários e pensões, reduzir a despesa, reformar a segurança social, reformar a justiça, criar leis laborais adequadas a situação actual e que permitam que o pais progrida economicamente, criar leis contra a corrupção, criar atractividade económica, apostar na educação e promover a coesão nacional.

O futuro nacional depende de todos nós... a liberdade que conquistámos em Abril nada vale se não a conseguirmos manter. Para sermos livres e independentes temos de honrar os nossos compromissos, não dever nada a ninguém, viver com o que a nossa economia produz (sem extravagancias e devaneios novo-ricos), sermos solidários para com os que mais precisam, procurarmos fazer cada vez mais e melhor em casa, nos nossos empregos, na nossa vida social e familiar. Temos de lutar pela liberdade... todos os dias em todos os actos que praticamos... sendo honestos, isentos, competentes e patrióticos.

A liberdade é como a vida... só a merece que sabe conquistá-la todos os dias!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Humor de Abril

Os Antecedentes do 25 de Abril

Ao ver os vídeos que seguem, irá compreender a génese, as causas e os acontecimentos que levaram a eclosão do 25 de Abril e o seu desfecho. Um documento histórico a não perder!

Parte 1

Parte 2


Parte 3

 
Parte 4

 
Parte 5

 
Parte 6

 
Parte 7


Parte 8

 
Parte 9

Documentário: - No dia em que publicámos o futuro

Caros,

Apresento-vos um documentário sobre a situação imediatamente antes do 25 de Abril, a guerra colonial, os diversos planos para por fim à dita bem como a conjuntura politica e social da época.

Uma peça histórica a não perder!


Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV
 

Documentário - O dia que Sagueiro Maia saiu à Rua

Parte I


Parte II

 
Parte III

 

25 Abril - Quanta ignorância


É triste ouvir tanta asneira... ninguém conhece a história recente do nosso pais! Vergonhoso!
Para quase toda a gente... é só mais um feriado... um dia que não se trabalha!

No entanto o Salazar foi eleito como o maior Português de Sempre...  tal foi o legado que os políticos do pós 25 de Abril deixaram... corrupção, falta de ética, falta de honra e um pais na bancarrota.
Teria sido melhor se não se tivesse feito Abril? Ninguém pode afirmar!

No entanto o povo português, já antes do Estado Novo era assim, macambúzio, como dizia Guerra Junqueiro: 

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este,finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. [.] A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos [.] sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, [.] vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."   - Pátria 1896
 Teria sido o Estado Novo que imbecilizou os Portugueses, ou é algo que já vem de trás... Eu acredito mais na segunda hipótese; o Estado novo ajudou... mas isto não é defeito é feitio... não há nada a fazer.

Já fomos um povo heróico, no tempo de D. João II (O príncipe perfeito)... já demos novos mundos ao mundo... hoje somos a vergonha da Europa.


O povo português tem de deixar de ser Sebastiânico e coitadinho; tem de deixar de ser Sebastiânico porque ninguém lhe vai resolver os problemas, tal D. Sebastião num cavalo branco, se não formos nós a resolver os nosso próprios problemas ninguém os resolverá; e tem de deixar de ser coitadinho, sempre a chorar pelos cantos... ai isto, ai aquilo, e acusar a sorte de ser madrasta. A sorte fazê-mo-la nós.

Se o pais nos próximos meses... não acordar para a vida... não auguro nada de bom para o futuro de Portugal... Quem for jovem e sem família e altamente qualificado, que saia daqui enquanto é tempo... 


Se não houver uma revolução a serio neste pais... e que apareçam lideres a altura (não é a arraia miúda que temos hoje no poder, baixos em moral e sem conhecimentos), pessoas com notório saber, reputações ilibadas e curriculums irrepreeensíveis, com experiência de vida não vejo grande futuro para este pais. Ainda vamos ser uma nova Albânia na Europa.


Cumprimentos cordiais


Luís Passos
 
Faz agora, precisamente as 00:22 que a Musica Grandola Vila Morena foi para o ar na Antena da Rádio Renascença, faz precisamente neste momento exacto 37 anos.
 
Porém, 37 anos volvidos, encontramos um pais bem diferente do que encontramos em Abril, em alguns aspectos para melhor, temos um sistema de saúde, um sistema de ensino público, as condições de vida em certa parte são melhores. 
 
Contudo, perdemos a liberdade, antes éramos perseguidos pela PIDE, agora perdemos o emprego. Somos na mesma explorados pelo grande capital, só que antes éramos escravizados, agora somos auto-escravizados.   

Uma onda de corrupção nunca vista atravessa o pais de norte a sul, são todos a roubar, os políticos não tem sentido de estado, somos governados por dois partidos que são duas metades do mesmo nada, e que nada contribuem para o desenvolvimento nacional.
 
Urge fazer um novo 25 de Abril para colocar o pais de novo no seu caminho.
Cumprimentos cordiais

Faro, 25 de Abril de 2011 as 0:22

Revolucao dos Cravos - Grandola, Vila Morena


Versão de  Amália Rodrigues - simplesmente sublime

Proclamação da Junta de Salvação Nacional e Formação do 1º Governo


1º COMUNICADO DO MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS


Comunicado lido após os primeiros pontos estratégicos estarem tomados.


Voz de Joaquim Furtado - Rádio Clube Português


domingo, 24 de abril de 2011

Aconteceu há 37 anos - A revolução dos Cravos

A musica do dia: E depois do Adeus

 
A musica que deu inicio à revolução que ocorreu esta madrugada, à 37 anos atrás.
O compositor da musica é José Calvário, que nesta altura tinha pouco mais de 23 anos, e a letra é de José Nisa.

Para mim a musica mais fantástica de sempre nos festivais da RTP, e porventura a figurar entre o TOP10 das musicas mais fantásticas que já foram à Eurovisão.


Intervenção externa é 120 vezes as de 1977 e 83 juntas

Crédito de 80 mil milhões de euros a Portugal vai servir para resolver os mesmos problemas detectados no passado, diz FMI.


O valor do plano de intervenção externa a anunciar dentro de algumas semanas será 120 vezes maior do que as duas linhas de crédito concedidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1977 e 1983, mostram dados comparáveis disponibilizados pela instituição.
Face à dimensão da economia, a diferença também é notória: somados, os dois primeiros planos de ajustamento rondaram 1% do PIB; o novo programa vale 46%.

IN: DN

Era a frase preferida dos ignorantes que pensavam que o dinheiro caía do céu. No próprio dia 25 de Abril de 1974, Salgueiro Maia (com 29 anos de idade e deslumbrado com a "festa"), mandou um dos seus soldados ir abastecer uma Chaimite. O soldado respondeu que não tinha dinheiro. Ele gritou-lhe: «Se se recusarem em abastecer, apontas-lhes com a G3! Isto agora é tudo nosso!» Agora temos muitas ruas "Salgueiro Maia", "25 de Abril" e "1º. de Maio". Mas também temos uma colossal dívida para ser paga por nós e pelas gerações vindouras, e o FMI não aceita os nomes das ruas como garantia bancária.

Otelo Saraiva de Carvalho: - "Pedem-me para fazer outro 25 de Abril"

Otelo Saraiva de Carvalho, o estratega do 25 de Abril de 1974, é hoje outro homem, a quem o julgamento da história não perdoou até agora os seus desvios de extrema-esquerda em nome da democracia directa, mas de quem o povo da rua não se esquece.  
Pede-lhe até para fazer outro golpe militar, que endireite o País: "Todos os dias, quando ando na rua, pedem-me para fazer outro 25 de Abril. São os taxistas, são os populares."
Considera, todos estes anos depois, que os portugueses pouco mudaram desde a madrugada em que liderou o derrube de um regime com 48 anos: "O povo está sempre à espera que alguém faça alguma coisa". E continua pouco preocupado em ser politicamente correcto, explica: "O povo está sempre nas encolhas, e dizem: 'É preciso que vocês façam, que nós apoiamos.'"
Ainda há dias, devido a declarações a propósito do seu novo livro, "O Dia Inicial", Otelo voltou a agitar as águas ao referir que não valia a pena ter-se feito o 25 de Abril para agora os portugueses se confrontarem com o estado de profunda crise em que Portugal está. Palavras que fizeram vir Vasco Lourenço, o seu camarada de revolução, explicar a verdadeira razão de ser do 25 de Abril, mas que não evitam a sensação que paira no ar sobre os desvios no caminhos que Abril abriu há 37 anos.

In: DN

Realmente, a verdadeira revolução a ser feita é como dizia o falecido Hernâni Lopes, o que os portugueses precisam de "revolucionar" é a sua postura: Ética profissional e Responsabilidade social bastariam para mudar este desgraçado país do "salve-se quem puder".
O que é preciso é fazer um 24 de Abril, para voltar a decência, a honestidade, o patriotismo, à competência, à verdade...


O resto são tretas... o FMI está ai a porta e teremos de viver com ele... temos e de limpar o pais desta corja de arrivistas que andam ai pela politica, e eleger pessoas com curriculum, provas dadas, competência, reputação ilibada e notório saber.

Assim vamos lá... haja vontade... e persistência!


Luis Passos

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Concerto de Rua - ARCM


24 Abril, Domingo, 23h – Rua Conselheiro Bívar – frente ao BA


 
Concerto: 25 de Abril, 10 Bandas 10 Músicas
A Associação R. C. de Músicos lançou o desafio. Os músicos responderam. Um espectáculo onde músicas, palavras e vontades se unem para comemorar Abril. Com os projectos musicais: Original Electro Groove, NOME, Últimos Suspeitos, Dirty, Get Loud, Osmose, Smente, Base Poética, F.M.I., Los Percebes Entendidus e como convidado especial, o Grupo de Percussão BOMBRANDO.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Otelo: "Precisávamos de um homem com a inteligência de Salazar"

"Precisávamos de um homem com a inteligência e a honestidade do ponto de vista de Salazar” afirma Otelo Saraiva de Saraiva de Carvalho, em entrevista que hoje pode ler no WEEKend do Negócios.
 

 

O capitão de Abril classifica ainda o antigo ditador como um "crânio" e diz que a sua prisão, no âmbito do processo FP-25, foi urdida pelo PCP. Otelo Saraiva de Carvalho acaba de lançar o livro "O Dia Inicial", no qual narra hora a hora os acontecimentos que se viveram no 25 de Abril de 1974. A não perder.

IN: I online

Fiquei estupefacto com o que li... ainda li 2x para ter a certeza que estava a ler correctamente!
Depois disto... já acredito em tudo!!!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ex-autarca José Vitorino acusa Macário Correia de impor "lei da mordaça" no 25 de Abril

O ex-presidente da Câmara de Faro, José Vitorino, acusou hoje o actual autarca Macário Correia de impor a “lei da mordaça” no dia 25 de Abril por decidir cancelar a habitual sessão solene.
 
“Numa conduta de anti-democracia, o presidente da Câmara [de Faro] impõe a lei da mordaça à Assembleia Municipal no dia da Liberdade, ao decidir pôr fim à habitual sessão solene do 25 de Abril em que usavam da palavra as forças autárquicas”, lamenta o antigo autarca e líder do movimento de cidadãos “Com Faro no Coração” (CFC).

A nível nacional, porque a Assembleia da República está dissolvida, o Presidente da República “convidou os ex-presidentes para reflectir no 25 de Abril (…) Em Faro, Macário Correia impede que os representantes do povo falem” e em vez disso impõe uma palestra”, acusa o ex-autarca.

Para José Vitorino é ”inqualificável a repressão verbal a que submete a Assembleia Municipal, que é o órgão democrático mais importante da autarquia, como se nela mandasse ou tivesse tutela”, lê-se no comunicado de imprensa enviado hoje à comunicação social.

“Pelos munícipes e pela dignidade e identidade de Faro, CFC manifesta o mais forte repúdio por este condenável e inimaginável acto do engenheiro Macário Correia”, acrescenta a nota de imprensa.

O autarca Macário Correia não quis comentar as acusações de José Vitorino.
 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Se soubesse como o País ia ficar, não fazia a revolução - Otelo Saraiva de Carvalho

Lisboa, 13 abr (Lusa) - Otelo Saraiva de Carvalho ouve todos os dias populares dizerem-lhe que o que faz falta é uma nova revolução, mas, 37 anos depois, garante que, se soubesse como o país ia ficar, não teria realizado o 25 de abril.

Aos 75 anos, Otelo mantém a boa disposição e fala da revolução dos cravos como se esta tivesse acontecido há dois dias.

Recorda os propósitos, enumera nomes, sabe de cor as funções de cada um dos intervenientes, é rigoroso nas memórias, embora reconheça que ainda hoje vai sabendo de contributos de anónimos que revelam, tantas décadas depois, o papel que desempenharam no golpe que deitou por terra uma ditadura de 48 anos.
Essa permanente atualização tem justificado, entre outros propósitos, a sua obra literária, como o mais recente "O dia inicial", que conta a história do 25 de abril "hora a hora".

Apesar de estar associado ao movimento dos "capitães de abril" e aceitar o papel que a história lhe atribuiu nesta revolução, Otelo não esconde algum desânimo. Ele, que se assume como um "otimista por natureza".
"Sou um otimista por natureza, mas é muito difícil encarar o futuro com otimismo. O nosso país não tem recursos naturais e a única riqueza que tem é o seu povo", disse, em entrevista à Agência Lusa.
Otelo lamenta as "enormes diferenças de carácter salarial" que existem na sociedade portuguesa e vai desfiando nomes de personalidades públicas, cujo vencimento o indigna.

"Não posso aceitar essas diferenças. A mim, chocam-me. Então e os outros? Os que se levantam às 05:00 para ir trabalhar na fábrica e na lavoura e chegam ao fim do mês com uma miséria de ordenado?", questiona, sem esconder o desânimo.

Para este eterno capitão de abril, o que mais o desilude é "questões que considerava muito importantes no programa político do Movimento das Forças Armadas (MFA) não terem sido cumpridas".
Uma delas, que considera "crucial", era a criação de um sistema que elevasse rapidamente o nível social, económico e cultural de todo um povo que viveu 48 anos debaixo de uma ditadura".

"Este povo, que viveu 48 anos sob uma ditadura militar e fascista merecia mais do que dois milhões de portugueses a viverem em estado de pobreza", adiantou.

Esses milhões, sublinhou, significa que "não foram alcançados os objetivos" do 25 de abril.
Por esta, e outras razões, Otelo Saraiva de Carvalho garante que hoje em dia não faria a revolução, se soubesse que o país iria estar no estado em que está.

"Pedia a demissão de oficial do exército, nunca mais punha os pés no quartel, pois não queria assumir esta responsabilidade", frisou.
Otelo justifica: "O 25 de abril é feito em termos de pensamento político, com a vontade firme de mudar a situação e desenvolver rapidamente o nível económico, social e cultural do povo. Isso não foi feito, ou feito muito lentamente".
 "Fizeram-se coisas importantes no campo da educação e da saúde, mas muito delas têm vindo a ser cortadas agora outra vez", lamentou.
"Não teria feito o 25 de abril se pensasse que íamos cair na situação em que estamos atualmente. Teria pedido a demissão de oficial do Exército e, se calhar, como muitos jovens têm feito atualmente, tinha ido para o estrangeiro", concluiu.

SMM.
Lusa

Agora "Camarada" Otelo... agora é tarde para chorar sobre o leite derramado... o mal já está feito! Agora é continuar... e ver o que se pode fazer... O grande problema Português continua a ser a falta de liderança. 

Portugal precisa de um novo D. João II (o príncipe perfeito) para por este pais de novo na ordem, relançar a economia e nos tirar deste pântano.

Cumprimentos cordiais
Luís Passos

terça-feira, 5 de abril de 2011

Portugal, um País próximo da Revolta Social?

O que começou por ser a “Revolução dos Jasmins” na Tunísia e que rapidamente se alastrou a outros países árabes, com maior ou menor sucesso, não pode deixar ninguém indiferente. Isto demonstra que sim, é possível. As pessoas quando o desejam, muitas vezes motivadas já pelo desespero, conseguem triunfar sobre a repressão, a corrupção e a tirania.

Africa é um continente de profundos contrastes. Possui imensos recursos naturais, tem das mais belas paisagens do Mundo e paradoxalmente continua subdesenvolvido. Infelizmente tem sido palco de muitos conflitos, sejam eles étnicos, tribais e religiosos. Com o patrocínio da ONU procurou-se instituir eleições “livres” em muitos dos países que aí se encontram. Estas “democracias” não são mais que cleptocracias ou autocracias. Tenho dúvidas se em África haverá mesmo alguma democracia digna desse nome. 

Claro que em Portugal a situação é totalmente diferente. Temos uma democracia “imperfeita” pois está assente numa partidocracia em que os dois partidos do arco governativo, pela situação confortável que têm, só estão interessados em manter o “status quo”. Isso viu-se recentemente quando ambos inviabilizaram uma proposta que pretendia limitar os vencimentos dos gestores públicos ao do Presidente da República. Na prática, estes partidos alternantes são iguais nos seus propósitos. Servirem-se do País quando chegam ao poder distribuindo cargos pelas respectivas clientelas. Até nas nossas embaixadas já se colocam “boys”. A única coisa que realmente muda, são os protagonistas. Tudo o resto se mantém. E é curioso que o que estes partidos da governação têm em comum são as clientelas externas que, indiferentemente de quem está no poder, pretendem continuar a beneficiar dos habituais tratamentos de “favor”. Por isso é que fazem “donativos” para ambos os partidos. Claro que devem alegar que assim contribuem para a consolidação do nosso sistema democrático!

Se tivermos em conta que estas revoltas sociais no Magrebe tiveram na sua génese o elevado desemprego, a miséria, a corrupção e o nepotismo, então pouco faltará para que Portugal tenha também esses ingredientes no peso certo. Não será por acaso que no Facebook e nos correios electrónicos de muita gente já circula um apelo à concentração de 1 milhão de pessoas a exigir a demissão de toda a classe política. Os argumentos são bastante válidos e pertinentes, os quais passo a transcrever de seguida:


““ Exmos, Senhores,
Cá vai um importante contributo, para que o Ministro das Finanças -e todos vocês não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não sabe em que mais cortar. Acabou o recreio e o receio!Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulice, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos!   
Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.
    Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.
    Nenhum governante fala em:
    1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;
    2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;
    3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
    4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
    5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e não são verificados como podem ser auditados?
    6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;
    7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200€ ? por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75€, ? nas Juntas de Freguesia.
    8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;
    9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
    10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
    11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;
    12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;
    13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis...
    14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA...;
    15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...
    16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
    17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
    18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;
    19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
    20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
    21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
    22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
    23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado;
    24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;
    25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
    26. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";
    27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
    28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
    29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
    30. Pôr os Bancos a pagar impostos. “”
Perante isto, resta saber até quando a classe política vai continuar a subestimar os Portugueses, confiando sempre no chavão de que somos um povo de brandos costumes. É que já não há mais nenhuma face para dar tal é o número de “estaladas” que recebemos.
Na minha modesta opinião… a contagem decrescente já começou.


Caros,

Penso que só num caso extremo poderá dar-se uma revolta em Portugal semelhante à da Tunísia, por diversas razões:
 - O Povo português é manso, e avesso a essas aventuras;
 - Para tal acontecer teria de o pais bater na parede totalmente, sem hipótese de recuperar, ou seja, ficar sem dinheiro para pagar reformas e pensões e a economia entrar numa espiral recessiva que o desemprego chegue aos 30% ou mais, e pelo menos 60% nas camadas jovens.
 - Teria de haver um aumento da cidadania e consciência e espírito nacional, o povo português é muito individualista, só quando lhe forem ao bolso em forte é que vai tomar medidas, até lá, pimenta no cu dos outros... é refresco.
 - As pessoas militam nos partidos políticos como se de clubes de futebol se tratasse. Eu tenho vários amigos em alguns partidos, que quando os critico, mesmo eles sabendo que tenho razão, ficam ofendidos, era como se eu chegasse ao pé de um benfiquista e dissesse que o clube dele é uma bosta! Isso impede as pessoas de pensarem racionalmente e pela sua cabeça, levando a votarem com "clubite" e não no estrito interesse da nação.

Se repararem o 25 de Abril só aconteceu porque foi no decurso da crise dos oficiais milicianos, porque havia a guerra colonial e os militares já estavam fartos dela e por fim por pressões e "ajudas" americanas. 

Não estão criadas as condições para outro 25 de Abril, e tenho muitas duvidas que algo de bom saísse dele. Basta ver o nosso passado recente.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos