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domingo, 26 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ingleses dizem que preferem ver Grécia na bancarrota que ajudar!

O chanceler  do Tesouro britânico declarou ontem que o Reino Unido ficará de fora de um segundo plano de resgate à Grécia e o mayor de Londres pediu ontem a Atenas que abandone o euro.

 
 
Se o Le Monde e os jornais alemães iniciaram hoje uma campanha publicitária paga pelas multinacionais alemãs e francesas a favor do euro ("O euro é necessário"), o The Telegraph, em Londres, noticiava que o chanceler do Tesouro inglês (ministro das Finanças) George Osborne foi muito claro de que o Reino Unido ficará de fora de um novo pacote de resgate à Grécia e que um debate de urgência entre deputados britânicos, de todos os partidos, discutira cenários em que a Grécia seria forçada a abandonar o euro.
Também, o mayor de Londres, Boris Johnson, declarou, na sua coluna no Daily Telegraph, que a Grécia deveria regressar à sua antiga moeda, o dracma. E o antigo secretário dos negócios estrangeiros inglês Jack Straw, dos trabalhistas, foi mais longe ao declarar que um fim "rápido" do euro seria preferível a uma "morte lenta" da moeda única.
As posições britânicas contrastam com a reafirmação por parte de japoneses e chineses do seu apoio às iniciativas europeias de emissão de obrigações pela Facilidade Europeia de Estabilização Financeira, que se destinam a suportar os planos de resgate.


Meus caros, a coisa está negra, a Grécia parece uma esponja, todo o dinheiro que lá entra e absorvido de imediato, nem se sabe para onde vai...

Deste modo, alguns países já estão fartos de contribuir. Mas por outro lado, foram estes que impingiram a Grécia "brinquedos caros" como submarinos, material militar, etc.

Por outro lado, a Grécia para entrar no clube do Euro "falsificou o exame de admissão", martelando as suas contas, aldrabando, iludindo. A economia Grega é uma mistificação, toda a gente rouba, toda a gente foge aos impostos, a produtividade é baixa e a organização das entidades é má.

Portugal pode ser arrastado para uma situação idêntica caso não tenha juízo. Se as medidas de austeridade não fizerem efeito, se não conseguirmos por a nossa economia a crescer e cortarmos na despesa, havemos de chegar a uma altura que não temos dinheiro para honrar os nossos compromissos, e aí ninguém nos vai querer ajudar e será o "salve-se quem poder".

Se a Grécia sair do Euro, poderão outros países também sair do Euro, e no caso de Portugal, voltar ao Escudo seria péssimo, porque a nossa divida está em Euros, e ao desvalorizar o Escudo a nossa divida só iria aumentar cada vez mais, diminuir o poder de compra das famílias e disparar a inflação.

Vamos ficar atentos ao caso grego, que poderá vir em breve a servir-nos de espelho.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Keiser Report: - Situação na Grécia e eventual saida da Grécia do Euro


Grécia está prestes a sair da zona Euro. O FMI quer recolher directamente impostos na Grécia, o que significa uma entrega completa de soberania.

Vamos ver se Portugal não segue o mesmo caminho! Um programa a não perder!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Juncker: Grécia corre o risco de não receber próxima tranche do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pode não libertar os 12 mil milhões de euros da tranche do empréstimo à Grécia prevista para Junho, caso Atenas não dê garantias de que é capaz de se refinanciar ao longo dos próximos 12 meses, advertiu hoje o presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
 
O Governo de George Papandreou está sob forte pressão europeia para cumprir o pacote de medidas de austeridade anunciadas esta semana, mas chumbadas pela oposição. Neste quadro, Juncker entende que os “[responsáveis] europeus têm de reconhecer que o envio [de mais uma tranche da ajuda], por parte do FMI, a 29 de Junho, pode não ser operacionalmente implementado”, segundo cita a agência Reuters.

A equação foi admitida pelo presidente do eurogrupo durante uma conferência no Luxemburgo, onde Juncker disse que, se assim for, terá de ser a Europa a suportar sozinha a fatia da ajuda em causa.

Mas logo a seguir dramatizou essa hipótese, dizendo que ela não funcionaria, devido ao facto de os parlamentos de alguns países europeus (que têm de dar aval sobre o financiamento europeu a resgates financeiros) não concordarem com isso. Juncker referia-se aos casos dos hemiciclos holandês alemão, finlandês, este último que, depois de muitas incertezas e face a muita pressão externa, acabou por aprovar o resgate a Portugal.

As instituições internacionais exigem a Atenas mais medidas de correcção orçamental para o executivo tentar chegar à meta de 7,4 por cento de défice este ano, apesar de a própria Comissão Europeia já ter revisto as previsões em alta para os 9,5 por cento.

Do lado grego, a dramatização já tinha sido feita pelo próprio governo, com o ministro das Finanças, George Papaconstantinou, a dizer que se o país não receber a próxima tranche da ajuda, não conseguirá assumir os compromissos sem os 12 mil milhões de euros esperados e que entraria em incumprimento.
 

Pois é... a reestruturação da divida Grega já é inevitável, resta saber é quando e que consequências é que essa reestruturação da divida terá... quer para a Grécia, quer para Portugal.

Neste momento se Portugal não tiver juízo cairá facilmente numa situação bem pior que grega, dado que Portugal apresenta um crescimento economico de cerca de 1%, sendo que este ano e no próximo irá verificar-se uma contracção (crescimento negativo), a ver este não se mantém no tempo. A par disso, uma inflação de perto de 4%, e com uma taxa de juro média dos empréstimos da FEEF/FMI de 5,7%. Isto sem falar nos pagamentos que Portugal terá de fazer relativos a empréstimos contraídos no passado. É insustentável, ou Portugal corta brutalmente na despesa, ou então, brevemente iremos ter de reestruturar a nossa divida. E aí... é que vão ver como elas mordem!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

sexta-feira, 20 de maio de 2011

FMI arrasa Grécia. Novos cortes a caminho

Governo grego aplica mais austeridade: 6 mil milhões de euros.

O programa de ajustamento da Grécia está a descarrilar e o governo tem de aplicar maior austeridade, no valor de 6 mil milhões de euros, para conseguir reduzir o défice orçamental de 10,5% do PIB em 2010 para 7,6% no final deste ano.

O ministro grego das Finanças, George Papaconstantinou, anunciou ontem que o novo pacote de austeridade será especificado nos próximos dias, apenas um mês depois de o executivo ter definido um plano de 26 mil milhões de euros que incluía já parte das receitas do seu programa de privatizações (50 mil milhões de euros até 2015).

O empréstimo de 110 mil milhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional à Grécia implica a "estrita condicionalidade", ou seja, um programa agressivo de consolidação orçamental e reformas estruturais. Se a Grécia não cumprir as metas definidas, arrisca-se a não receber as próximas tranches do empréstimo.

Ontem, o líder da missão do FMI na Grécia, Poul Thomsen, deixou um aviso sério: "A visão que parece estar a impor-se é a de que o programa do governo não está a funcionar. O programa irá descarrilar sem o reforço das reformas estruturais nos próximos meses."

As palavras duras do FMI seguiram-se à exigência dos ministros das Finanças europeus e do comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, para que a Grécia avance rapidamente nas reformas económicas e no programa de privatizações.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e Olli Rehn admitiram na terça-feira que poderia haver uma "reestruturação suave" da dívida grega, com o alargamento das maturidades dos empréstimos. Porém, o Banco Central Europeu veio ontem contrariar essa opção: "A reestruturação da dívida acabará com parte ou mesmo a totalidade do capital dos bancos gregos e por isso é uma receita para a catástrofe", disse Jurgen Stark, membro do conselho-executivo do BCE.
 

É com esta e outras noticias que começamos a perceber o porque do afastamento de Strauss-Khan da direcção do FMI.
As medidas aplicadas a Grécia não estão a resultar e o pais está cada vez mais endividado. Segundo li num artigo do Finantial Times, já se estava a preparar um segundo pacote de ajuda na ordem dos 70 mil milhões de euros, e era Strauss-Khan quem liderava o processo.
Mais uma vez a Grécia encaminha-se para a catástrofe. Agora estou convencido que os estados deviam ter privatizado alguns sectores da economia no tempo das vacas gordas e ter conseguido um bom valor pela sua participação, porque agora em tempo de vacas magras vai ser tudo privatizado ao desbarato. Quem agradece são os grandes grupos económicos que vão comprar barato. Alias... não sejamos ingénuos, esta crise foi provocada para permitir essa transferência de riqueza, e transferir divida privada da banca para os estados (o povo que pague a crise).
 
Se houvesse políticos dignos desse nome, nada disso teria acontecido, pois não se teriam endividado os países, tinham-se privatizado sectores na altura própria e hoje estaríamos bem melhor.
 
No meu entender o estado não deve possuir empresas de transportes, energia, investimento, etc etc. O que o estado deve fazer é ser o regulador e árbitro da actividade económica, fazer aplicar a justiça, recolher os impostos, promover e fazer chegar a educação a todos, garantir a equidade, fazer as leis, garantir a segurança e a soberania nacional, emitir moeda, garantir a saúde para todos e promover o estado social.

Assim não teríamos abusos de privados, porque a acção reguladora do estado seria firme, teríamos um mercado mais competitivo, teríamos mais investimento e mais emprego e um pais mais rico. 
Mas não, temos um estado que representa mais de 50% da economia nacional, uma administração publica monstruosa, uma burocracia idêntica à dos Faraós e um sistema de justiça que faz da vara saca-rolhas. Assim não saímos do buraco em que nos afundamos cada vez mais... tal como os gregos.

É preciso intervir já... termos um governo capaz, que se entendam entre si (coisa que não acontece hoje), que trabalhem pelo desenvolvimento económico nacional, que tenham sentido de estado e capacidade de vencer os desafios que ai se aproximam. Caso contrário vamos acabar como os gregos. Não tarda muito e estará em breve uma reestruturação da divida grega.

E nós... com a economia actual, ainda não recebemos o dinheiro do FMI, mas não tarda muito está ai uma reestruturação da divida a porta! 

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

terça-feira, 17 de maio de 2011

A Crise Grega: - Artigo do Jornal Der Spiegel

O jornal Alemão Der Spiegel publicou um artigo excelente sobre a situação económica na Grécia. O artigo refere que os baillouts sucessivos nada tem ajudado a situação grega, os juros estão a ser insuportáveis, apesar da Grécia registar uma boa performance económica.

Já está a congeminar-se que a ideia da Grécia retirar-se do euro será inevitável, e muito provavelmente, Portugal é o senhor que se segue!



Cumprimentos cordiais,

Luís Passos

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Grécia: "Entrámos em território de reestruturação da dívida"

Jens Bastian, analista da Eliamep, uma fundação independente, em Atenas, acha que o filme desta tragédia grega começa a ser claro: ontem o resgate, hoje a reestruturação da dívida, amanhã o default.

Foi uma quinta-feira negra para os juros da dívida soberana e o risco de default da República Helénica. O sentimento nestes mercados esteve em ebulição.

A probabilidade de incumprimento da dívida grega num horizonte de cinco anos subiu de 66,76% ontem para 67,60%, segundo a CMA DataVision. Os juros exigidos pelos tomadores de dívida pública grega no mercado secundário dispararam na maturidade a 2 anos, subindo para os 23%. Também os juros a 3 anos se encontram próximo desse patamar - fecharam em 22,68%. Os juros para as maturidades a 5 anos encontram-se acima de 16% e os juros para o prazo de 10 anos perto de 15%. Uma situação insustentável que separa a Grécia em quase dezassete pontos percentuais da Venezuela, o segundo país com maior risco de bancarrota a nível mundial.
Por que razão esta corrida louca está a acontecer?
Um especialista em Atenas aponta uma primeira razão: "As yields - juros implícitos - dos títulos gregos a 2 e 3 anos já estão a apostar em que a opção de re-estruturação da dívida acabará por se concretizar no segundo semestre de 2011, depois de se ter concluído o processo de resgate de Portugal", diz ao Expresso Jens Bastian, da Fundação Helénica para a Política Europeia e Internacional, um instituto independente de investigação e formação, sediado em Atenas. "Logo que o assunto de Portugal esteja resolvido, é provável que a avaliação pela troika [CE/BCE/FMI] em meados de junho [andamento do programa de intervenção] seja sombria em relação à situação económica e orçamental e sobre a perspetiva para 2012", acrescenta.
No entanto, Bastian é de opinião que há uma outra linha de pressão: "Os mercados dos títulos estão a desafiar a intenção do governo grego de tentar voltar ao mercado de capitais para se financiar no próximo ano. Para os traders deste mercado, a intenção grega é ou ficção científica ou suicídio fiscal. As yields para os títulos a 10 anos são hoje 600 pontos base mais altas do que quando em maio passado o primeiro-ministro Papandreou na remota ilha de Kastelorizo resolveu pedir o resgate internacional".
Olhando para a evolução do custo dos credit defaut swaps (seguros contra o risco de bancarrota a cinco anos) o nível atual é mais do dobro do que foi atingido em 2 de maio quando foi aprovado o resgate no valor de €110 mil milhões. O risco de default andava, na altura, entre os 45-47% e hoje está em mais de 67%.

Política económica por megafone


Mas o contexto negativo em que se move o governo grego do PASOK (da família socialista) tem, ainda, outra "ajuda" de peso: "Com exceção honrosa do Fundo Monetário Internacional no meio da cacofonia de vozes que se fazem ouvir, todas as outras partes envolvidas - Comissão Europeia, Banco Central Europeu, ministros das Finanças da zona euro e o próprio governo grego - estão a conduzir a política económica por megafone". A discussão sobre a estratégia face a este primeiro caso de resgate na zona euro é feita na praça pública dia sim dia sim pelas entidades-chave. Perentório, Bastian exclama: "Isto é uma receita para o fracasso!".
A pergunta fatal, a finalizar, não poderia ser outra: onde é que esta situação tumultuosa vai conduzir? Jens Bastian é muito claro sobre o filme grego: "Há um ano atrás estávamos na fase de resgate, agora entrámos em território da reestruturação da dívida. Daqui a um ano? Daqui a um ano estaremos na fase D - de default".


Atenção, atenção, estamos aqui a olhar par os gregos, mas também devíamos olhar para a nossa situação. O pais precisa de crescer pelo menos a 3% ao ano para podermos pagar o empréstimo que o FEEF/FMI nos vai fazer, caso contrário vai-nos acontecer o mesmo que os gregos. E depois como vai ser? Saída do Euro, empobrecimento generalizado, emigração em massa.

Vamos la ter um pouco de juizinho, este pais precisa de investimentos de fundo, precisamos de produzir riqueza e diminuir o deficit externo.

Mas para que alguem queira vir investir aqui é preciso mudar todo o sistema de justiça, no sistema fiscal e ainda melhorar o sistema de educação. Temos de produzir gente mais preparada e com skills, não é essa merda da novas oportunidades que é uma farsa.
Depois disso, acredito que o pais possa crescer a 3% ou mais por ano.

Cumprimentos cordiais
Luís Passos

domingo, 17 de abril de 2011

Vídeo: Com reestruturação de dívida grega há risco de contágio a Portugal e Espanha

Ricardo Líbano, analista da IG Markets, fala sobre uma eventual reestruturação de dívida na Grécia, o risco de contágio a outros periféricos, e as medidas que o governo chinês deverá adoptar para controlar a inflação, no comentário diário. Veja aqui o vídeo.
 
"Uma reestruturação de dívida tem implicações directas na moeda única devido ao risco sistémico que isso representa", explica Ricardo Líbano face à possiblidade de uma reestruturação da dívida grega.

No entanto, o analista não acredita que a União Europeia "não aja no sentido de evitar essa eventualidade", na medida em que um cenário de reestruturação de dívida dos periféricos "terá implicações gravíssimas no sistema financeiro".
 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Portugal já está a pagar mais caro do que a Grécia para se endividar

O Estado português colocou no mercado 1.005 milhões de euros num leilão duplo de bilhetes do Tesouro. No prazo a 12 meses, o mais longo, Portugal aceitou pagar uma taxa de 5,902%.
O IGCP acabou de vender 1.005 milhões de euros num leilão duplo de bilhetes do Tesouro, a seis e a doze meses, ligeiramente acima do montante indicativo. Foi colocada uma maior quantidade de bilhetes no prazo mais curto.

Portugal vendeu 455milhões de euros em dívida a 12 meses, pagando uma taxa de 5,902%, e mais 550milhões de euros no prazo a seis meses. Nesse prazo mais curto, o juro médio foi de 5,117%.

Nas anteriores emissões comparáveis, Portugal tinha pago um juro de 4,331% (12 meses) e de 2,984% (seis meses).

O juro acabou por ficar abaixo das estimativas consensuais entre os analistas contactados pelo Negócios, mas todos os especialistas avisaram que a baixa liquidez dos títulos e a forte volatilidade dos últimos dias tornava impossível fazer prognósticos convictos.

Portugal terá beneficiado da participação de alguns bancos nacionais e entidades ligadas ao Estado, soube o Negócios antes do leilão, como o Fundo da Segurança Social, que tem vindo a intensificar a compra de dívida pública portuguesa.

Isto numa altura em que os bancos privados se mostram, pela voz dos seus líderes, cada vez mais indisponíveis para continuar a participar nos leilões de dívida pública portuguesa.

No leilão desta manhã, a procura superou em 2,3 vezes a oferta na dívida a seis meses e em 2,6 vezes no prazo mais longo.

O montante indicativo, até mil milhões de euros, era comum às duas linhas. A agência que gere o crédito público português comprometia-se apenas a colocar um mínimo de 300 milhões de euros em cada uma das maturidades


Em resumo:
- 550 milhões de euros a seis meses à taxa média ponderada de 5,117%
- A Grécia "conseguiu", a 8 de Março, uma taxa de 4,75% para o mesmo prazo;
- 455 milhões de euros a 12 meses: 5,902%.
Estão a aproveitar-se de Portugal estar sem governo e a deriva, para subir e muito a taxa de juro. Se não fosse a segurança social ter comprado divida, tínhamos batido nos 7% a curto prazo.

O facto de o governo ter caído neste momento foi uma péssima ideia como se está a verificar, por muito mau que o governo Sócrates fosse, era preferivel faze-lo cair mais a frente com uma moção de censura, talvez em Novembro, não agora! O resultado para a economia nacional está a ser devastador. Cada dia que passa a coisa fica mais dificil...

Onde está esse incompetente Cavaco? 

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Estado arrisca pagar hoje taxas mais altas que a Grécia

Atenas pagou 4,75% recentemente por dívida a seis meses. Portugal arrisca pagar 5% hoje


Portugal vai hoje ao mercado realizar o leilão de dívida mais imprevisível dos últimos tempos. O Estado conta colocar entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses e arrisca-se a pagar uma taxa de juro mais elevada do que a verificada no último leilão realizado pela Grécia, há menos de um mês atrás. A procura é outro dos aspectos a preocupar os especialistas, depois da decisão dos bancos portugueses em parar com as compras de dívida do Estado. O Estado divulgou ontem dados relativos à execução orçamental e revela que o Governo e o maior partido da oposição reafirmaram o seu compromisso em atingir as metas orçamentais.
 G
Os operadores de mercado contactados pelo Diário Económico referem que as taxas dos BT a seis meses podem sair na fasquia dos 5%, em linha com o mercado secundário. A 8 de Março, a Grécia vendeu títulos a seis meses com uma ‘yield' de 4,75%. Recorde-se que apesar de ter recebido apoio financeiro, Atenas tem realizado leilões de dívida de curto prazo. Já na maturidade a 12 meses, a indicação do mercado é de uma ‘yield' entre os 6% e os 6,25%, apesar de os especialistas alertarem para a imprevisibilidade do leilão de hoje.

In: Economico

A coisa está preta e ainda por cima, neste leilão Portugal não tem compradores definidos. 
Existe uma pressão por parte do governo para que as seguradoras comprem, tal como já referi em post anterior, mas mesmo assim, nada garante que a taxa de juro não seja superior a grega.

O facto do pais estar neste momento sem governo pode-nos facilmente colocar numa situação muitíssimo mais grave do que podíamos imaginar, este tempo perdido muito dificilmente vai ser recuperado.

Faz-me lembrar de um aluno que só se lembra de estudar na véspera de um teste, estuda tudo a pressa, e depois na hora do teste troca tudo... e tem negativa. Portugal vai pelo mesmo caminho.


Cumprimentos

Luís Passos

quinta-feira, 31 de março de 2011

Barry Eichengreen: "Portugal terá de reestruturar a sua dívida"

A revista Economist considerou-o um dos cinco economistas com ideias mais importantes para o mundo pós-crise, lado a lado de Raghuram Rajan, Robert Shiller, Kenneth Rogoff e Nouriel Roubini.
Para o norte-americano Barry Eichengreen, que foi consultor do FMI no final dos anos 90, a Grécia, a Irlanda e Portugal vão ter de fazer haircuts (corte no montante da dívida), de preferência com garantias colaterais do fundo de resgate do euro. O professor da Universidade de Berkely, na Califórnia, diz que não podem ser só os contribuintes a pagar a factura do ajustamento orçamental.

Portugal vai conseguir evitar um resgate da UE e do FMI?
Duvido muito. A questão não é se consegue evitar, mas quando será esse resgate.

Mas recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) será suficiente para resolver os problemas de Portugal e também da Grécia ou da Irlanda?
Acrescentar mais dívida ao FEEF em cima de dívida já existente não vai, por si só, resolver o problema. Uma solução duradoura requer também a reestruturação de dívidas que são insustentáveis (o que inclui a dívida da Grécia, da Irlanda e de Portugal).

Teremos, então, de reestruturar a dívida?
Tornou-se claro que Portugal, tal como a Grécia e a Irlanda, terá de reestruturar a sua dívida. Os mercados, ao penalizarem os títulos de dívida portugueses como o têm feito, indicam que já chegaram à mesma conclusão. Usar dinheiro do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira e do Fundo Monetário Internacional para "adocicar" o acordo com os detentores de obrigações, de modo a fazer esta reestruturação da forma mais ordeira possível, seria melhor do que outro empréstimo de resgate, como os empréstimos iniciais à Grécia e à Irlanda, que negam a necessidade de reestruturação. Não podemos ser bem-sucedidos a fazer uma desvalorização interna (reduzindo salários, pensões e outros custos), num país altamente endividado, se deixarmos intocado o valor da dívida. Esta é a contradição fundamental que está no âmago das actuais dificuldades europeias.

Mas a reestruturação da dívida não coloca o risco de contágio dentro da zona euro?
Uma reestruturação da dívida feita como deve ser e tranquilizando os investidores de que a Europa está, finalmente, a pôr a crise para trás das costas, não tem de ser uma fonte de contágio.

O que devia a Europa fazer para eliminar esse risco de contágio? Os países deveriam, por exemplo, reestruturar a dívida ao mesmo tempo?
Seria ideal ter a Grécia, Portugal e Irlanda a renegociar a dívida em simultâneo, embora a capacidade de a União Europeia (UE) orquestrar isto seja questionável.

A Espanha também estaria envolvida nesse processo?
Do meu ponto de vista, a Espanha é um caso diferente, não só por ter um nível menor de dívida, mas porque metade do seu sistema bancário está nas mãos de dois grandes bancos, que têm a maior parte dos seus negócios fora da Europa e, por isso, estão numa posição financeira mais forte.

Acha que é possível criar um consenso na Europa sobre a necessidade de aqueles países reestruturarem a dívida?
Eventualmente, os mercados irão forçar a isso, provavelmente já no Verão, se as autoridades europeias, começando pela chanceler alemã Angela Merkel, não o fizerem.

Que tipo de reestruturação da dívida pode ser feita?
Em primeiro lugar, os governos têm de reiterar o seu compromisso com o rigor orçamental no futuro. Em segundo, devem oferecer aos investidores um menu de novas obrigações em troca dos seus títulos antigos. Alguns irão manter a quantia principal inalterada, mas a taxa de juro será reduzida e a maturidade será alargada. Os bancos irão, provavelmente, preferir esta alternativa, de modo a não serem obrigados a registar perdas nos seus balanços. Noutros casos, os títulos serão reduzidos a metade, mas terão maturidades mais reduzidas e serão facilmente vendidos. Os fundos de investimento irão, provavelmente, preferir esta solução. O FEEF poderá fornecer garantias colaterais a estas novas obrigações, garantindo que são seguras, o que encorajaria os investidores a aceitar este acordo.


O que os testes de stress que estão a ser aplicados à banca devem supostamente identificar é precisamente esse risco. Espero que estes testes sejam agora feitos de uma maneira mais séria e credível do que da última vez, embora tenha dúvidas acerca disso. A testes de stress realistas, que incluem cenários realistas de reestruturação dos títulos de dívida, deveria juntar-se a injecção de fundos públicos para fortalecer os bancos mais fracos. O problema é que em países como a Alemanha há uma discussão em curso sobre quem deve pagar pela injecção de capital: os Estados, o governo federal ou outra entidade. A Alemanha tem de se apressar e tomar decisões.

Num artigo recente, avisou de que estamos a caminho de uma nova crise financeira, que seria precipitada pelo aumento das taxas de juro nos EUA. Quando é que isso irá acontecer e que países serão afectados?
Os mercados emergentes, que estão agora a receber os últimos fluxos de capital dos países avançados, irão assistir a uma reversão desses fluxos, o que irá deixar os seus bancos e mercados financeiros em sérias dificuldades - pelo menos naqueles países emergentes que estão menos preparados. Quando isso pode acontecer? Quando a Fed aumentar as taxas de juro. Suspeito que começará a fazê-lo em 2012. Por isso, é melhor prepararmo-nos.

In: Publico

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ex-Ministro Grego dos Transportes levou porrada de cidadãos


Caros,

O Ex-Ministro dos Transportes grego foi violentamente agredido por populares quando saia do parlamento.

Amigos, se isto não é "democracia directa", não sei o que lhe chamar!!! eheh...

Há muito governante português que merecia tratamento semelhante... 

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

domingo, 14 de novembro de 2010

Grécia põe ilha a venda para tentar salvar a economia

Tentativa desesperada para pagar as dividas do pais, derivado a dificuldade que o estado grego tem tido para se financiar, resolve colocar a venda parte da ilha de Mykonos.


Há poucos que se dizem "seriamente ricos" tanto quanto para poderem possuir uma pequena ilha ao sol. Para Sir Richard Branson possui Neckar, no Caribe, os irmãos Barclay bilionário preferem Brecqhou nas Ilhas do Canal, enquanto Aristóteles Onassis casou Jackie Kennedy em Skorpios, sua hideway grega.

Agora, a Grécia está tornando mais fácil para os ricos e famosos realizar seus sonhos através do concurso para venda, ou oferecer concessões a longo prazo, algumas das suas 6.000 ilhas numa tentativa desesperada de pagar suas dívidas estratosféricas. 

Parece que decidiram seguir a sugestão dada pelos alemães no inicio da crise.

O jornal britânico The Guardian descobriu uma área em Mykonos, um dos principais destinos turísticos da Grécia, é um dos locais de venda. A área é um terço de propriedade do governo, que está à procura de um comprador disposto a injectar capital e desenvolver um complexo turístico de luxo, de acordo com uma fonte próxima às negociações.
 
A Grécia tomou medidas desesperadas, depois da injecção de € 110 bilhões da ajuda da UE e do FMI no mês passado, após uma década de gastos excessivos e depois que os investidores nervosos terem feito subir a taxa de juro dos empretimos.


A ideia é a venda de uma ilha - ou convencer um membro do jet-set internacional para assumir um contrato de arrendamento a longo prazo - que ajude a impulsionar os seus cofres. O site Private Islands mostra Nafsika 1.235 hectares, no mar Jónico, à venda a interesses privados por 15 milhões de €. Mas outras estão em oferta de proprietários privados por menos de € 2 milhões - menos de uma casa em Mayfair e Chelsea. Algumas das numerosas ilhas do país são minúsculas que mal podia caber uma espreguiçadeira.
 
Leiam o artº sobre isto aqui: The Guardian
 
Então e Portugal que já está tão mau como a Grécia, e com a Câmara de Faro falida, não tardam muito e começam a por as nossas ilhas em venda. A nível nacional poderiam pensar em vender as Berlengas ou a Madeira. Mas não me parece, primeiro porque existem interesses chineses inconfessáveis na exploração das riquezas da nossa plataforma continental, não foi por acaso que o presidente Jintao veio a Portugal agora, além de outros interesses. Segundo porque são zonas militarmente estratégicas.

As ilhas da Ria Formosa há muito que são muito cobiçadas pelos especuladores turisticos, até porque é a única zona do Algarve que ainda não está conspurcada de construção. Mas qualquer dia o nosso governo, e o Macário Correia que anda esfaimado por dinheiro, ainda se lembram de vender a Ilha Deserta para fazer la um Resort. Não é nada que me espantasse...

Os Farenses, os verdadeiros Farenses tem é de estar de olho aberto para não deixar isso acontecer.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um rasgo de lucidez no Parlemento Europeu

Caros,

Deixo-vos aqui o discurso de Daniel Cohn-Bendit no parlamento europeu sobre a questão da Grécia.

A Grécia continua a endividar-se com taxas de juro acima dos 6%, e com uma economia completamente destroçada e mergulhada em impostos.

No entanto os países continuam a emprestar dinheiro a Grécia para que esta continue a comprar-lhes armas, e a consumir produtos desses países, não permitindo que se apliquem reformas essenciais ao turn-around do pais.

Penso que esta situação é muito semelhante à portuguesa.

Meditem bem...


Cumprimentos cordiais

Luís Passos