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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Movimento CFC considera «expulsão» dos pescadores da Ilha de Faro «desumana»

O movimento autárquico «Com Faro no Coração» (CFC) considerou a «expulsão» dos pescadores da Ilha de Faro como «desumana e ilegal», no seguimento do anúncio feito pela autarquia farense de que há casa novas para realojamento no Montenegro.
 
«Está em causa uma pressão desumana da "nova coligação Macário/PS" para expulsar da Ilha a classe piscatória, que aí se fixou há mais de um século (1890)», acusou o movimento.

Para o CFC, esta medida «é ilegal face ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), pois este determina o realojamento na própria Ilha e obriga à aprovação prévia de planos, o que não se verifica».

«Está em causa um esbanjamento superior a 20 milhões euros para demolições no Concelho, num país às portas da bancarrota. Só para as casas que a Câmara agora anunciou são 6 milhões e o Município vai pedir 2 milhões, apesar dos pescadores recusarem sair», acrescentou.

O CFC repudia ainda a utilização da expressão «pescadores vão ter casas novas», já que «apresentar as casas como se fosse uma benesse é o cúmulo do cinismo e uma provocação, pois os pescadores nada pediram e têm recusado sair da Ilha».

«Para o CFC, por direito natural, legitimidade e humanismo, ninguém poderá expulsar os pescadores, "cortando" as ancestrais raízes que os ligam à Ilha», conclui o movimento.
 
In: Barlavento Online
 
Estava aqui a pensar, e porque não fazem a demolição do parque de campismo que não é mais que um condomínio de luxo para meia dúzia e se constrói nesse espaço prédios de apartamentos para os pescadores viverem condignamente, e poderem continuar a sua vida. Os prédios podiam ter umas garagens para os lados da Ria para os homens do mar poderem por os seus apetrechos e poderem ter o barco, logo junto a sua casa. Para além disso podia-se construir um pontão onde os barcos poderiam ficar atracados, como  que existem na doca de Faro, junto aos bombeiros voluntários. Que acham da ideia?
 
Luís Passos

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Algarve/Polis: Pescadores da praia de Faro vão ter casa no Montenegro

Os moradores da praia de Faro com primeira habitação podem vir a ter casa no Montenegro uma vez que o Ministério das Finanças aprovou a transferência de verbas para aquisição de 12 lotes naquela freguesia, disse à Lusa fonte municipal.

A aprovação da transferência das verbas previstas para aquisição de 12 lotes na Freguesia de Montenegro (Faro), para o realojamento dos agregados de primeira habitação foi feita a 17 de junho pelo Ministério das Finanças, especificou a mesma fonte.

O protocolo entre a Sociedade Polis Ria Formosa, Câmara de Faro e Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH) para realojar famílias com primeira habitação na Praia de Faro também já foi aprovado, adiantou.

A “requalificação ribeirinha e a aquisição de terrenos – revisão orçamental”, foi um dos pontos da ordem de trabalhos votado favoravelmente esta madrugada na Assembleia Municipal de Faro.

A bancada do PSD, CDS, PS e BE votou a favor e a CDU e o movimento cívico “Com Faro no Coração” abstiveram-se.

Com a aprovação, em Assembleia Municipal, da requalificação ribeirinha e a aquisição de terrenos, vai avançar também a execução de um porto de abrigo para os pescadores da praia de Faro.

O lançamento da obra do Parque Ribeirinho está em curso, prevendo-se a aquisição de três parcelas de terreno, acrescentou a autarquia de Faro.

O "Polis Litoral Ria Formosa" é um plano estratégico de requalificação e valorização da Ria Formosa, cujo investimento total é superior a 87 milhões e é constituído por uma sociedade em que os municípios de Faro, Olhão, Loulé e Tavira participam com capital social.

Faro, com 14 por cento do capital social, vai entrar com 3.150 milhões de euros para pagar em cinco vezes, com prazos de seis meses. 

domingo, 10 de abril de 2011

Uma noticia interessante sobre a praia de Faro mas que estranhamente anda no silêncio.


POLIS- PSD Faro recusa Moção que manifesta o seu repúdio e contesta a Proposta de Plano de Pormenor da Praia de Faro elaborado pela Sociedade Polis.

No passado sábado, dia 02 de Abril de 2011, o PSD/Faro reunido em Assembleia de Militantes, recusou uma Moção (que a seguir se transcreve) apresentada pelos militantes, José Limão e Valter Alfaiate, em que era proposto que o PSD/Faro manifestasse público repúdio pela Proposta de Plano de Pormenor da Praia de Faro.
De salientar, que todos os dirigentes do PSD/Faro presentes na referida Assembleia de Militantes, incluindo o seu Presidente, David Santos votaram contra a referida proposta.

Desta forma, o PSD/Faro, fazendo tábua rasa de anteriores tomadas de posição públicas e dando o dito por não dito, vem desta forma mostrar que não tem quaisquer ideias a apresentar às populações afectadas e, mais do que isso, coloca-se ao lado de todos aqueles que pretendem, de forma cega e utilizando critérios mais do que discutíveis, “correr” com todos aqueles, que ao longo das últimas décadas retiraram o seu sustento e o das suas famílias daquela zona do Concelho de Faro.

MOÇÃO

Tendo em consideração que:

1- O PSD/Faro sempre se bateu pela requalificação das Ilhas Barreira, ao invés da renaturalização, e pela realização de um levantamento exaustivo das habitações existentes, preservando sempre as primeiras habitações, e, a existirem demolições, que as mesmas ocorram apenas em casos de necessária salvaguarda das dunas, e em casos que coloquem em risco a segurança dos próprios habitantes, salvaguardado o direito a realojamento;

2- O Polis traz algumas mais valias para o Concelho de Faro e para as suas populações, nomeadamente no que diz respeito à requalificação e reabilitação da Zona Ribeirinha de Faro;

3- A actual Proposta de Plano de Pormenor da Praia de Faro não serve os interesses das populações e, muito menos contribui, para o desenvolvimento de Faro e para o reforço da sua capitalidade;

A Assembleia de Secção Faro do PSD, reunida em plenário no dia 02 de Abril de 2011, vem manifestar o seu mais profundo repúdio por, mais uma vez, o poder centralista do “Terreiro do Paço”, vir cegamente, implementar um plano cego, de operacionalidade mais que duvidosa e afirmar que o PSD/Faro fará, como sempre, a defesa intransigente das habitações dos mariscadores, viveiristas e pescadores e dos direitos dos comerciantes e empresários, bem como dos moradores em casa de primeira habitação, lutando por todos os meios, contra a implementação da actual Proposta de Plano de Pormenor da Praia de Faro.

Faro, 02 de Abril de 2011

Subscritores:

José Limão
Valter Alfaiate

quarta-feira, 30 de março de 2011

Suspenção do POOC

Antonieta Guerreiro apresenta relatório sobre a suspensão e a revisão do POOC Vilamoura-Vila Real de Santo António 

No mesmo dia em que apresentou, em sede de Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, o relatório sobre a petição que solicitava a suspensão e a revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura-Vila Real de Santo António, Antonieta Guerreiro enviou um requerimento e várias perguntas à tutela para que se pronunciasse sobre esta matéria. Nas diligências efectuadas no âmbito do seu relatório foi solicitado ao ministério um parecer que nunca chegou a ser emitido.
Mas mesmo depois de elaborado o relatório a deputada algarvia do PSD não quis deixar passar em branco esta página sobre «o importante e controverso» ordenamento da orla costeira algarvia, coincidente com o cordão dunar da Ria Formosa, uma área tão sensível que agora é considerado património nacional.
Assim, Antonieta Guerreiro, considerando os anúncios da ministra de que seria feita uma revisão ao POOC em causa, requereu do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local «a avaliação efectuada à implementação e desenvolvimento do POOC Vilamoura-Vila Real de Santo António, pois deduz-se que antes de qualquer revisão é necessário efectuar uma avaliação ao trabalho desenvolvido».
Noutro documento enviado à tutela a deputada colocou várias questões que se transcrevem:

1. A extensão entre a Armona-Olhão e Armona-Fuzeta corresponde a uma área de baldios onde se reproduzem e desenvolvem os bivalves, as duas margens estão separadas por um canal que não tem mais de 30 metros de largura. Na margem ocidental, prevê o POOC que será refeita a Praia dos Cavacos, numa extensão de cerca de 1.000 metros. Até agora ainda não foi respondida à questão colocada pelos peticionários “como compreender que a presença de meia dúzia de produtores na margem sul tenham impacto negativo e a presença de centenas de pessoas, estranhas ao meio, separadas por 30 metros não tenham o mesmo impacto?”;

2. Qual o impacto que as ETARES têm sobre a qualidade dos bivalves ai produzidos?

3. Qual a capacidade de carga de produção de bivalves da Ria Formosa no actual cenário de redução baldios produtivos?

4. Quando se diz que está em causa a capacidade de carga da Ria Formosa, omitindo que há apenas uma transferência de lugares, não se está, na prática, a reduzir a área de cultivo e a redução do número de viveiros? 

5. Não é isto um ataque ao desenvolvimento social e económico de uma actividade tradicional da Ria Formosa? 

6. Não é estranho que se aumente a área de fundeadores e fomente a náutica de recreio ao mesmo tempo em que se restringe a navegação dos pescadores e mariscadores?

7. O que pensa a tutela sobre a suspensão do POOC? Concorda? 

8. Foi efectuada alguma avaliação ao POOC vigente?

Segundo a deputada Antonieta Guerreiro «não é admissível que o ministério fique sem dar resposta a estas e outras questões depois dos vários anúncios que a ministra fez sobre a revisão deste plano de ordenamento. É muito importante saber o que foi feito, em que condições foi feito, o que está mal, o que é preciso mudar e como mudar. Não é aceitável que seja equacionada uma revisão – deste ou de outro plano - sem que haja uma avaliação ao trabalho efectuado. No contexto político actual, os algarvios têm o direito de saber qual é o ponto da situação, já que a tutela não respondeu às questões colocadas no âmbito da petição cujo relatório apresentei hoje na Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local».


Já era sem tempo, este POOC é uma verdadeira desgraça, é fundamentalista, não respeita as tradições nem as populações, e ia no sentido de transformar a Ria num Museu Vivo apenas para ser contemplado de longe.

Nada disso, a Ria tem de ser usufruída, as suas riquezas tem de ser exploradas, mas claro, tudo com o devido controlo e respeito pelo ecossistema. Quero uma Ria Viva, não um Museu moribundo e a definhar para contentamento dos ecologistas. 

Para além dos referidos, outro objectivo era desalojar os residentes das ilhas barreira e renaturaliza-las para depois permitir a exploração turística da zona por entidades privadas.

O regulamento do Parque Natural da Ria Formosa, que ainda é mais escandaloso que o POOC também devia ser suspenso. Porque não deixa os naturais viverem as suas tradições, nem que usufruam da nossa Ria; não se pode navegar nos canais, não se pode pescar nos canais e esteiros, não se pode desembarcar nos parchais nem apanhar isca, enfim... e so proibições.  No entanto, os operadores da maritimo-turisticas podem navegar com os barcos deles em todos os canais e ainda por cima com motores a 2 tempos que poluem muito mais que os a 4 tempos e ainda largam óleo queimado na agua, fazem barulho bem como as muitas pessoas aos gritos e a rir-se dentro dos barcos (nós não podemos la ir pq fazemos muito barulho e perturbamos os passarinhos), estes já podem fazer tudo... Enfim... 

Nota-se que a ideia e desalojar os locais para que se possa instalar uma industria de turismo que tome conta de tudo...  Vergonhoso... A Ria é de todos e para todos!

Isto é que era urgente tratar... suspender o RPNRF... URGENTE!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

segunda-feira, 28 de março de 2011

Abertura da barra da Fuzeta leva Estado a tribunal

(Clickar na imagem para ver em tamanho real e poder ler)

Manter vivo o ecossistema da ria Formosa, defende o investigador Alveirinho Dias, implica intervenções sistemáticas, mas "há muitos interesses, alguns escondidos", nas dragagens

Idálio Revez
 
• A Comissão Europeia vai avançar com um processo contra o Estado português por violação de uma directiva do Ambiente, devido à realização de obras na Fuzeta sem avaliação de impacto ambiental.
A sociedade Polis da Ria Formosa gastou mais de um milhão de euros a fechar e a abrir barras e os pescadores continuam sem condições de navegabilidade.
No final do Verão passado, a sociedade Polis e a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve mandaram fechar uma barra que o mar abriu durante os temporais de 2010 - rompeu o cordão dunar e demoliu as casas de férias que tinham sido, clandestinamente, construídas há décadas. O fecho da barra foi considerado uma obra de "emergência", invocando-se que estavam em perigo actividades ligadas ao turismo e à manutenção de viveiros. António Terramoto, do movimento cívico Somos Olhão, queixou-se à Direcção-Geral do Ambiente da Comissão Europeia, alegando que a obra violava a directiva sobre avaliação de impacto ambiental e que tinha sido "ignorada" a posição dos pescadores, que sempre se manifestaram contra os trabalhos realizados.
Pareceres contraditórios
A reclamação popular teve acolhimento junto das autoridades europeias. "É nossa intenção propor à Comissão que intente um processo contra Portugal tendo por objecto a incorrecta transposição de várias disposições da Directiva 85/337/ CEE", lê-se na resposta enviada aos queixosos. As intervenções a realizar no ecossistema da ria Formosa, defende Alveirinho Dias, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve, devem obedecer a um projecto "global", para que não se continue a gastar dinheiro sem fim à vista, numa espécie de medir forças com o mar.
A seguir ao encerramento da barra, que a natureza abriu, foi aberta outra, mais a nascente, para permitir a navegabilidade. Cinco dias depois, os barcos ficavam encalhados, devido ao assoreamento. Alveirinho Dias, convidado a participar num debate na Fuzeta, promovido pelo PSD, reconheceu o papel "delicado do decisor", a ARH e a sociedade Polis. As obras foram suportadas por estudos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a "assessoria" técnica da Universidade do Algarve, que forneceram, aparentemente, informação contraditória sobre onde e como se deveria proceder à abertura da barra da Fuzeta. O investigador defende que deveria existir uma draga na região para fazer o "trabalho sistemático" que é necessário naquele ecossistema, não apenas pelo seu valor ambiental, mas principalmente por ser a maternidade das espécies piscícolas da região. "Deve-se contratar empresas de dragagens, quando efectivamente é preciso fazer dragagens", salientou Alveirinho Dias, não fazendo sentido a contratação para proceder, exemplificou, a casos pontuais da retirada de dez mil metros cúbicos de areia. Por isso, sustentou, que "há muitos interesses, alguns escondidos", no negócio das dragagens. Quanto aos relatórios que serviram de suporte à decisão política, o especialista admitiu que "os termos são dúbios e depois as pessoas interpretam como quiserem". A direcção-geral da Comissão Europeia informou, na carta enviada ao reclamante, que as autoridades portuguesas "esclareceram que os trabalhos nestas barras foram intervenções de emergência em consequência das intempéries do Inverno de 2009/2010". António Terramoto contrapôs: "Situação de emergência de há muito era a dragagem das barras existentes, por forma a torná-las navegáveis em condições de segurança."
Alveirinho Dias fez notar que os sistemas das ilhas-barreira são dinâmicos e que, "a partir do momento em que se intervém, as consequências perduram para todo o futuro".
Políticos criticam "autoritarismo técnico”
O mar é que deve dizer onde abrir uma barra
O líder do PSD do Algarve, Luís Gomes, mostra-se contra o "autoritarismo técnico" que fechou uma barra e abriu outra, na Fuzeta, contra a opinião da comunidade piscatória. Mas o dirigente partidário, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, também acusou a ARH de adoptar "decisões políticas", quando isso não lhe compete. 0 ex- vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Olhão João Pereira frisa que a obra da Fuzeta colheu apoio unânime na assembleia municipal. Questionado sobre a polémica, Alveirinho Dias (na foto) preocupa-se como são gastos dinheiros públicos: Em vez de uma nova barra, "seria mais barato comprar um BMW para cada pescador e pagar-lhes a gasolina", para transportarem o pescado para Santa Luzia ou Olhão. Quanto custa o acesso ao mar? A estimativa poderá chegar aos cinco milhões de euros. E a melhor localização para uma barra na Fuzeta? "Durante o temporal o mar diz onde vai abrir a barra", disse o especialista."

Noticia dada em primeira mão pelo Blog  Olhão Livre 

Penso que com esta muitos não contavam, e ainda a procissão vai no adro...
Este não é o unico processo que o grupo Somos foi responsavel pela denuncia, existe outro sobre a qualidade das aguas das etares, que pode ser lido neste post do Faro é Faro cujo oficio da Comissão Europeia pode ser visto em anexo.

Penso que se se actuar com diligência e propriedade cabeças vão rolar em breve! 
Espero que seja em BREVE, porque a nossa Ria Formosa não aguenta mais esta gente insana que não sabe o que anda a fazer... É urgente!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos 

POOC - Plando de Ordenamento da Orla Costeira


Caros,

Leiam o excelente post do Blog Olhão Livre sobre POOC, nomeadamente a zona entre V.R.S.Antonio e Vilamoura.

A situação é escandalosa, neste momento a sociedade Polis da Ria Formosa devia planear e executar uma serie de obras de beneficiação da Ria Formosa e Ilhas barreira de forma a aumentar a sustentabilidade desta. 

Quando o Polis foi anunciado havia uma grande expectativa, dado que pensou-se que iriam ficar resolvidos o problema do tratamento de esgotos, o problema dos galgamentos oceânicos nas ilhas barreira e ia-se melhor as acessibilidades. Nada disto.

O que se fez foi gastar 1 milhão de Euros na abertura e fechamento da barra da Fuseta em circunstâncias muito suspeitas, que deixou pescadores e viveiristas sem acesso ao Mar abaixo da Preia-Mar. Agora querem demolir todas as casas da Praia de Faro... Bem até concordo com a demolição de algumas, mas o que eles querem fazer é vergonhoso... Destina-se a desalojar os habitantes locais para depois entregar as ilhas para exploração turística.

O proprio regulamento da Ria Formosa vai nesse sentido, dado que os locais já não podem desembarcar em 90% do território da Ria Formosa, não se pode apanhar marisco, não se pode passear, não se pode andar de barco... querem roubar a Ria aos locais para depois a entregar a terceiros para exploração turística.

E isso já se começou a ver... nos canais onde antigamente se pescava agora isso acabou, porque os senhores das maritimo-turisticas querem silencio para poderem passear os seus barcos carregados de turistas para o tão falado "BIRD WATCHING".

Nem 8 nem 80... tem de haver um meio termo. As actividades turisticas são bem vindas, porque geram receita e emprego, mas não podem impedir os habitantes locais das suas tradições e costumes. Isso seria um erro gravíssimo.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

sábado, 12 de março de 2011

Demolições na Praia de Faro deixam de pé menos de 100 edifícios

Apenas 85 dos 374 imóveis públicos e privados identificados na zona de influência do Plano de Pormenor da Praia de Faro não serão demolidos, segundo a proposta de plano atualmente em cima da mesa e a que o barlavento.online teve acesso.




A intervenção na área desafetada do Domínio Público Marítimo, sob a alçada da Câmara de Faro, vai ser profunda, caso esta proposta vingue e contam-se pelos dedos os edifícios a Sul da avenida que atravessa esta zona balnear que vão ficar de pé.

Um cenário que já havia sido admitido pela presidente da Sociedade Polis Ria Formosa Valentina Calixto e avançado na edição impressa desta semana do «barlavento».

Esta responsável anunciou, entre outras novidades, que a Praia de Faro vai ser classificada como «a zona de maior risco» da Ria Formosa, mas não adiantou números. Estes podem ser deduzidos da proposta de plano.

«Das análises efetuadas às vulnerabilidades do sistema dunar da praia de Faro, observa-se que toda esta área é uma zona de risco. Minorar esse risco é possível apenas através da reconstrução dunar», acreditam os autores do Plano, encomendado pela Sociedade Polis.

«Para tal, é necessário remover e demolir edificado e ocupações que neste momento se encontram em zonas sensíveis à reconstrução dunar. Como princípio ordenador, e considerando o eixo longitudinal definido pelas Avenidas Nascente e Poente da Praia de Faro, considera-se que todas as construções e ocupações a sul deste eixo deverão ser demolidas e removidas dando lugar à reconstrução dunar», lê-se no documento.

Apesar de serem abertas algumas exceções, decorrentes de uma avaliação que inclui diversos fatores, desde a localização à estabilidade do edifício, estas são bem poucas.

Uma ideia que fica clara no mapa que identifica as casas que ficam e as que são para demolir.

Feitas as contas às frações registadas pelos autores do plano, que ascendem a 374, e aos edifícios que são identificados como a manter, fica o número de 289 imóveis a demolir.

Um número que aumenta se se tiver em conta os fogos que realmente existem, já que há edifícios com mais que uma casa de habitação e frações com mais do que um edifício.

Por outro lado, há que considerar que, em muitos casos, não se trata de edifícios de habitação, já que neles se incluem estabelecimentos comerciais e edifícios públicos pertencentes a diversas entidades.


Avenida da Praia também será reconstruída
A estrada que atravessa a ilha também vai sofrer alterações profundas, começando pelo seu recuo em cerca de 25 metros, em direção à Ria Formosa em boa parte da sua extensão e passando pelo levantamento de todo o pavimento e a sua substituição.

Isto levará a que alguns dos edifícios que hoje se encontram a Norte da estrada fiquem em zona de renaturalização e por isso tenham que ser demolidos.

«As atuais Avenidas, Nascente e Poente, serão descompactadas e removidos os seus pavimentos, de forma a devolver permeabilidade a todos os pavimentos e solos da Praia de Faro», defende o plano.

«Em seu lugar propõe-se um pavimento único, recuando a localização dos antigos arruamentos para norte de forma a permitir os acertos de cota que a reconstrução dunar necessita. Este pavimento será preferencialmente em cubos de pedra, permitindo drenagem natural em toda a sua extensão», acrescentam.


Com Faro no Coração considera plano «esbanjamento de dinheiros públicos»
O teor da proposta apresentada às entidades e associações que compõem a comissão específica que irá discutir a proposta de plano no dia 17 de março, já motivou reações por parte da oposição.

O movimento «Com Faro no Coração» (CFC), que apoiou José Vitorino nas últimas autárquicas, já veio a público denunciar o que considera «um crime que lesa Faro, pela destruição com esbanjamento de milhões, falta de respeito pelos residentes e atividades comerciais e roubo da fruição deste importante espaço de lazer dos farenses».

O plano prevê a demolição de alguns estabelecimentos comerciais e equipamentos da Praia de Faro, entre os quais o Centro Náutico, a escola, o Parque de Campismo, o bar Sui Generis, o restaurante Paquete e o restaurante Camané.

Ao mesmo tempo que deita abaixo casas, a Sociedade Polis prevê a construção de novos edifícios, em madeira e sobre estacas, que minimizem o seu impacto.

Alguns deles serão destinados a atividades comerciais.
~m«Destruir e voltar a construir» todos os edifícios previstos no plano é algo que o movimento considera ser «um esbanjamento de dinheiros públicos», prejudicando os afetados.

«É um Plano de destruição que, infelizmente, não constitui surpresa, pois é a prática radical que o engenheiro Macário Correia sempre defendeu e praticou, embora na campanha eleitoral tivesse enganado os eleitores», defendeu o CFC.

O Plano, no entanto, não foi encomendado pela Câmara de Faro, mas pela Sociedade Polis Ria Formosa.

Por Hugo Rodrigues In Barlavento Online

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ILHA DE FARO SOB RISCO IMINENTE

Associação de Utentes da Ilha de Faro

Comunicado de imprensa
A AUIF (Associação dos Utentes da Ilha de Faro) encontra-se extremamente preocupada com a falta de uma solução para travar o processo de erosão costeira que desde há muito se faz sentir na Ilha de Faro. Esta situação, que se agrava particularmente no Inverno, quando a agitação marítima é mais intensa, poderá causar danos irreversíveis na Ilha nos próximos dias, face à previsão de forte ondulação (5 metros) que coincidirá com a existência de marés vivas.

Já este Inverno por diversas vezes se registaram galgamentos da duna, que obrigaram a cortes no acesso à Ilha de Faro e ao derrube de casas na zona poente. Esta situação é particularmente grave, quando existem na Ilha de Faro dezenas de famílias que ali habitam de forma permanente, e que assim se vêem isoladas, impedidas de aceder ou sair da Ilha e com os seus bens sob permanente ameaça.

A tudo isto as Autoridades do Ambiente com responsabilidades sobre esta faixa da costa, assistem de forma passiva, mesmo depois de inúmeros estudos que ao longo de décadas têm sido realizados pelos (ditos) melhores especialistas nacionais. A Sociedade POLIS Ria Formosa, que tem nas suas linhas de programação uma intervenção para solucionar esta situação, continua a alimentar os mesmos especialistas de sempre, com a encomenda de mais estudos. Os mesmos cujas propostas de intervenção apontam para acções como as que recentemente ocorreram na Fuzeta, onde foram gastos 1 milhão de euros que o mar levou em 2 dias; ou os 6 milhões de euros gastos na alimentação artificial da zona de Vale do Lobo, que deveriam durar 10 anos, mas onde, decorridos 6 meses, parte substancial da areia já desapareceu.

As soluções destesespecialistas passam sempre pelo derrube das construções existentes (curiosamente a zona mais frágil da Ilha de Faro é a central, onde curiosa e praticamente não existem construções). Como é,
certamente, do conhecimento da POLIS Ria Formosa existem outras soluções, talvez mais dispendiosas (à partida), mas mais eficazes, duradoiras e mais baratas a médio/longo prazo. São vários os exemplos de sucesso por esse Mundo fora, mas aqui na Ilha de Faro, a solução que se parece perspectivar é uma vez mais precária, com resultados que todos antecipam ser de curta duração. Como se já não bastasse tanto descrédito, o próprio Presidente da Câmara Municipal de Faro recentemente reconheceu em entrevista a um órgão de informação regional que “até agora tem havido muitos estudos e pouca acção … trabalho concreto só mesmo o vento e as marés é que o fizeram”.

Mas não ficou por aqui Macário Correia, pois não deixou de ironizar sobre a actuação da Sociedade POLIS Ria Formosa, afirmando que “Há mais papeis (sobre a Praia de Faro) do que grãos de areia. Acho que deveria haver mais cuidado com o uso dos dinheiros públicos”. Curiosamente a Câmara Municipal de Faro é um dos accionistas da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa S.A. - Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria Formosa.

Por estas razões urge intervir, basta de palavreado e estudos! Se os responsáveis e especialistas de sempre não têm nem estratégia, nem soluções efectivas ou capacidade para resolver este problema, que se demitam! Esperemos que não o façam apenas depois de a duna romper, de metade da Ilha de Faro desaparecer e do próprio aeroporto poder vir a ser afectado. A Ilha de Faro, os seus habitantes e utentes merecem mais respeito e melhor sorte.

Ilha de Faro, 15 de Fevereiro de 2011
A Direcção

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Comissão Europeia ataca de novo!!!!

Caros,

Conforme li hoje no blog do Polvo do Algarve, a comissão europeia respondeu a queixa apresentada por António Terremoto sobre a situação da Barra da Fuseta e de Cacela, tendo a comissão achado que houve erros na transposição da legislação comunitária, e por isso, vai mover um processo contra Portugal.

Pode-se ver aqui o documento original:

 (clickar para ampliar  - Cortesia do Polvo do Algarve)

O que é certo é que as anteriores queixas que António Terremoto tem feito em Bruxellas tem todas acabado em processos contra o estado português com as consequências inerentes.
Mas duvido que aqui internamente alguém faça alguma coisa a Engª. Valentina Calixto, quanto muito promovem-na como fizeram a Ana Gomes e mandam-na para um taxo melhor para tira-la do sitio onde tá e acalmar um pouco as hostes.

Assim é este pais... quem não o conhece... que o compre...

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Governo pondera criar novas áreas de protecção para aves marinhas



A designação de novas áreas de protecção especial para aves marinhas nas zonas da Berlenga, Figueira da Foz e Ria Formosa está a ser ponderada pelo Governo, revelou hoje o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

A análise técnica que está mais adiantada é a da Berlenga, processo sobre o qual “houve mesmo alguma interacção de discussão pública”. Ainda assim, adiantou, nenhuma das classificações é iminente e cada uma delas não avançará “sem a devida discussão pública e audição das partes interessadas”.

“O dever de estender a Rede Natura 2000 ao mar faz parte da agenda europeia. Portugal tem a vantagem de ter havido um estudo, o projecto Life, que avaliou onde estão as zonas particularmente ricas para certas aves marinhas e é esse estudo que fundamenta as propostas técnicas que estamos a apreciar”, referiu.

Humberto Rosa explicou que a classificação implica “deveres particulares de não interferência e protecção das aves” sem que se anteveja a necessidade de impor restrições significativas.

Isto porque o facto de as aves permanecerem nesses locais actualmente “denota compatibilidade com as práticas que lá decorrem, nomeadamente piscatórias”.

“A própria actividade piscatória acaba às vezes por ser benéfica, ao gerar, por exemplo, restos que as próprias aves podem aproveitar. Creio que os pescadores são um pouco os nossos tutores das aves marinhas no sentido de as respeitarem e até poderem ser proactivos na sua conservação”, disse o governante.

A nossa amiga Floripes comentou:

O hipócrita de Humberto Rosa sabe muito bem, que no Parque Natural da Ria Formosa, que já é Rede NATURA 2000, e que faz parte de Convenção de Ramsar, as aves continuam a morrer aos milhares nas lagoas assassinas da ETARs das Aguas do Algarve. Este ano no verão a história repetiu-se,e as aves que deviam ser protegidas foram novamente assassinadas,o publico on line e a comunicação social divulgou o crime as aves mortas foram mandadas autopsiar e onde estão os resultados,tudo indica que seja Botulismo,que é mortal para as aves que frequentam as lagoas de decantação dessas ETARS obsoletas, que destroem a biodiversidade na Ria Formosa por não tratarem os esgotos,como mandam as leis PORTUGUESAS, E AS LEIS DA UNIÃO EUROPEIA. Em Ano de defesa da biodiversidade, morreram as aves,nas ETARs, assim como os cavalos marinhos na Ria Formosa desapareceram em 80% os bivalves morreram como nunca,as irozes em Agosto morreram aos milhares sendo vistas a boiar na ria pelos pescadores e pelos viveiristas,mas disso não fala Humberto Rosa! Para quê criar mais reservas para as aves se o Estado não cumpre o seu dever, que é defender as aves no espaço da Rede Natura 2000 na Ria Formosa??? SOS Ria Formosa
 
Na  minha análise pessoal, penso que o que se aproximam são novas medidas sancionatórias, impedindo os locais de usufruir da Ria Formosa, roubando literalmente a Ria Formosa dos Farenses e demais populações ribeirinhas para depois entregar esses territórios a entidades para exploração turística. Trata-se de um primeiro passo para desalojar os locais para depois outros poderem vir tomar conta. Se isto não é um esbulho, um roubo, um assalto à mão desarmada, não sei o que lhe chamar... nem o Conde de Essex pilhou Faro desta forma... e já lá vão quase 500 anos.

Cumprimentos cordiais
Luís Passos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Comissão Europeia levanta processo de infracção

Caros,

A algum tempo, o Sr.António Terremoto havia apresentado uma queixa na Comissão Europeia a propósito dos esgotos e das ETARS existentes na Ria Formosa. Várias aves apareceram mortas junto de algumas ETAR, e no caso da ETAR de Olhão, foi necessário por um vaporizador gigante para disfarçar o cheiro nauseabundo.

Assim, a Comissão Europeia, depois de anunciar que ia estudar o caso, conforme foi dito neste post, Comissão Europeia Responde , agora a mesma comissão vem afirmar que já analisou e que levantou um processo de contra ordenação contra o estado português por violação de diversas disposições nacionais e comunitárias.

Mais uma vez dou os meus parabéns ao Sr. António Terremoto, que aos poucos vai dizimando o polvo.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos


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Fuseta: - Barra nova já fechada

Os pescadores da Fuseta avisaram e o mar deu-lhes razão. A nova barra, aberta oficialmente há uma semana, ficou sem condições de navegabilidade, depois de a forte ondulação ter danificado uma parte do canal.




Depois de ter sido aberta ao tráfego marítimo, na sexta-feira, com pompa e circunstância pela Sociedade Polis Ria Formosa, que garantiu a navegabilidade em segurança, apesar dos protestos dos pescadores, que manifestaram opinião contrária, insurgindo-se contra a obra na qual foi investido quase um milhão de euros, a nova barra da Fuzeta, no concelho de Olhão, acabou por ser encerrada, ontem, devido ao assoreamento como consequência do mau tempo. 

Numa reunião marcada para hoje, em Faro, os pescadores vão exigir à presidente da Sociedade Polis Ria Formosa, Valentina Calixto, que sejam efectuadas novas alterações, com dragagens para desassorear o canal e desta vez, pelo menos, até três metros de profundidade, além da construção de uma barra fixa, com pontões de pedra, como sempre defenderam.

"O mau tempo nos últimos dias veio dar-nos razão ainda mais cedo do que esperávamos. A nova barra coloca em risco a nossa actividade. Agora, para pescarmos vamos ver o que conseguimos fazer ao tentar sair para o mar através daquele buraco que abriram ao meio da ilha da Fuzeta, que não tem condições de segurança. Para fazerem o que fizeram, mais valia não terem feito nada. Os técnicos sabem mas é do ponto de vista deles, apenas do papel. Querem que a gente vá acreditando, mas de promessas estamos fartos", disse ao DN José Romeira, tripulante da embarcação Bela Princesa, receando a ocorrência de mais acidentes mortais naquela zona, como se verificou há anos. No porto da Fuzeta estão registadas cerca de 70 embarcações de pesca, que se dedicam sobretudo à captura de polvo e marisco. 


Conforme eu já havia escrito neste post, Pescadores da Fuzeta dizem que a nova barra é um “cemitério”e ainda neste post com o vídeo da inauguração, Valentina Calixto inaugura a nova Barra da Fuseta, bem como nos diversos posts do blog Olhão Livre, nomeadamente FUSETA, QUE SORTE A DO LEAL E DA BARRA? e ainda Barra da Fuzeta, 1 milhão de euros para a abertura de um cemitério, veio-se ontem a confirmar que tudo o que foi aqui afirmado estava correcto.

A barra está literalmente fechada, e já é impossível navegar, dentro em breve deixará de existir.

Entretanto foi gasto 1 milhão de euros que durou 1 semana. E quem é responsabilizado? Eu bem dizia no meu post que achava que era um desperdício e que não ia durar 1 semana, acertei em cheio.

Isto só vem provar os desmandos e a maluquice e corrupção que anda na cabecinha destas pessoas que nos governam e de quem está por detrás destas. Vergonhoso

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

domingo, 14 de novembro de 2010

Perguntas pertinentes de um deputado sobre o programa Polis da Ria Formosa


Caros,

Vejam bem o video, segundo diz o deputado, e bem, com o problema que temos na nossa ria de esgotos por tratar, andamos a perder tempo e a gastar dinheiro a fazer levantamentos de habitações e a ver se são 1ª ou 2ª habitação para eventualmente demolir.

Enquanto isso, cidades como Olhão, despejam os seus esgotos sem tratamento na Ria Formosa e nada está previsto em termos de intervenção nesse sentido.

Para finalizar, onde está o orçamento da Sociedade Polis da Ria Formosa para 2010??? Já agora também gostaria de saber!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

domingo, 7 de novembro de 2010

Pesca Lúdica: Pescadores da apanha do marisco preparam manifestações de norte a sul do país


 Retirado do Diário de Noticias Online de hoje:

Os pescadores da apanha de marisco preparam manifestações de norte a sul do país para mostrar ao Governo o descontentamento em relação à regulamentação da pesca lúdica, que consideram estar a destruir a identidade das regiões litorais.
Em declarações à agência Lusa, David Rosa, um dos representantes das Comissões de Pescadores e População, explicou que em causa está o descontentamento contra as lei da pesca lúdica e da apanha do marisco, em vigor há três anos, que "destrói a iniciativa privada local e o convívio" nas zonas costeiras.
"É a identidade da nossa região", sublinhou David Rosa, referindo-se à costa Vicentina, mas lembrando que esta lei "prejudica todo o litoral do país".

Já era sem tempo, só agora é que se aperceberam disso? Estão a impedir os locais de prosseguir com as tradições que sempre tiveram, da apanha de bivalves nas épocas festivas (natal, pascoa), a apanha de isco para a pesca, bem como está em causa a própria actividade de pesca lúdica, porque apesar de tudo não se pode pescar dentro de canais onde antes se pescava.

Para alem disso, proibiram as embarcações da demais população de navegar em determinados canais (quase todos só se pode navegar no canal principal e no do ramalhete) para depois os meninos das maritimo-turísticas poderem invadir a vontade, porque com embarcações de pescadores fundeadas em canais estreitos não dava jeito para  passar com os barquinhos deles... alguns bem maiores que o meu que tem mais de 6 metros... Depois criaram zonas de interdição total onde ninguém pode ir, dizem que é para não pisarem os ovinhos dos passarinhos, mas a policia marítima anda lá de MOTO 4 a acelerar e pisar tudo e mais alguma coisa e isso já não faz mal, é só hipocrisia.

A meu ver, e depois de efectuarem estas demolições, passado algum tempo, isto vai ser tudo entregue a patos bravos para construção de resorts e centros turísticos de natureza. A nossa Ria vai ficar desfigurada, amputada, conspurcada com essa canalha que vai invadir o nosso espaço sagrado.

Quanto ao polis, acho que será uma oportunidade perdida, podia ter-se aproveitado esse dinheiro para acabar com o flagelo dos esgotos, melhorar infraestruturas existentes (cais, pontões, etc), criar programas de conservação e manutenção da biodiversidade entre muitas outras coisas. Mas não, optaram por demolições e pouco mais... para além disso não tenho conhecimento de mais nada positivo que o polis tenha feito.

Enfim... Vamos la ver se este movimento que agora está  a nascer dá alguns frutos, porque aqui por Faro, o povo e manso, papou com o POOC e voltou a papar com o novo Regulamento do Parque Natural da Ria Formosa e engoliu tudo calado e as secas....

Triste povo este...

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vitoria do Grupo "Somos Olhão" - O famoso aterro de Olhão



Caros,

Parece que este grupo de cidadãos de Olhão conseguiu fazer com que a comunicação social noticiasse o que se estava a passar relativamente ao aterro que a Câmara andou a fazer na zona da Horta da Câmara, junto ao novo Hotel de 5 estrelas.

De facto as fotos iniciais que vi na net a mim nunca me enganaram, era o camião VOLVO com a matricula DS e uma grua montada na báscula, que é propriedade do município.

Parece que foi denunciada a situação às autoridades e isso vai ter reflexos. Isto é muito positivo. Esta gente de Olhão está a trabalhar e a fazer coisas. Em Faro ta tudo morto e parado. Isto faz-me lembrar a revolução francesa, em que os Olhanenses correram com os franceses na meia légua, e libertaram Faro. Isto é gente com fibra, não são estas moscas mortas dos farenses... para muita mágoa minha... que sou farense... até debaixo de água.

Veja os comentários na comunicação social:

 - IOL Diário

 - TVI 24

 - Jornal Publico

 - Radio Renascença

 - EMM Newsbrief

 - JN - Jornal de Noticias

Segundo o grupo Somos Olhão, o pior é que nessas noticias o presidente da C.M.Olhão diz que retirou o entulho do sitio, o que é falso! O que ele fez foi mandar espalhar os montes de entulho,em direcção à horta da CMO por onde entrava o camião que serviu de transporte a esses resíduos da construção civil.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ilha e casas correm o risco de desaparecer

Noticia retirada do Jornal de Noticias de hoje:


Ilha e casas correm o risco de desaparecer

Estudos alertam para risco de rompimento do cordão dunar - Marisa Rodrigues

A ilha de Faro corre sérios riscos de desaparecer à semelhança do que aconteceu com a da Fuseta durante o último Inverno. Se o mar destruir as casas, como se prevê, a autarquia promete realojamento. Os moradores temem o pior.

A revelação foi feita ontem pela presidente da sociedade Polis. Valentina Calixto assegura que "há quatro equipas técnicas distintas que chegaram à mesma conclusão". O mesmo é dizer que há fortes possibilidade de o mar avançar e romper o cordão dunar, arrastando as casas de construção precária que ainda resistem nas duas extremidades da ilha.

Ana Maria e João Cruz acreditam no péssimo das previsões. Moram na ilha há mais de 20 anos numa casa em perigo iminente. As marés-vivas no primeiro trimestre deste ano provocaram a derrocada do quintal e nem as pedras de grandes dimensões que ali foram colocadas depois para reforçar a estrutura da habitação evitaram o sobressalto deste fim-de-semana. "As ondas com cerca de cinco metros voltaram a tocar na parede. Não tenho dúvidas de que isto um dia vem mesmo abaixo", desabafa o morador.

Durante a madrugada de ontem o mar "engoliu" o areal, galgou muros e inundou a estrada de acesso às casas, arrastando areia que teve de ser removida por máquinas da autarquia. Os acessos voltaram a estar cortados e o parque de estacionamento esteve interdito.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, durante os próximos 15 dias, enquanto houver marés-vivas, "a única solução é ir removendo a areia e bombear a água". Estão previstas intervenções de fundo, como alterar o traçado da vida, mas essas "só deverão começar em 2011".
Nessa altura deverá ter início o processo de realojamento dos residentes nas cerca de 60 casas classificadas como de primeira habitação.

Uma intervenção que não será pacífica. Muitos moradores vivem da pesca e de reformas de pouco mais de 300 euros e dizem não ter dinheiro para uma renda.

Tal como já havia alertado em posts anteriores, este ano vai acontecer na Ilha de Faro algo semelhante ao que sucedeu na Fuseta, e muito provavelmente, se os ventos se proporcionarem com marés vivas, a abertura de uma nova barra. É uma questão de tempo. Quem viver... Verá!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O novo muro de Berlim na Praia de Faro


Caros,

Segundo o blog O palrador esta é a proposta que o atelier "RUA" elaborou e que foi recebeu o 3º Prémio no concurso lançado pelo PS.

Este projecto do atelier "RUA" consistia na requalificação e ordenamento da frente de mar da Praia de Faro divide-se em três fases progressivas.

Numa primeira fase previa-se intervir, de forma cirúrgica, nos pontos críticos existentes, requalificando a circulação e criando um elemento longitudinal que estrutura e equipa a Praia (muro habitado). Este muro é o elemento que interliga as três fases. Na primeira fase o muro torna-se num corpo que estrutura o espaço público, contendo todas as infra-estruturas necessárias.

A intervenção da primeira fase transforma a imagem caótica e desordenada da Praia numa imagem unificada e apelativa e promove a redução da sobrecarga exercida através do condicionamento da circulação automóvel. 
A segunda fase do processo consiste na demolição dos edifícios actualmente existentes na Ilha, mantendo-se os espaços públicos. 
A terceira fase do processo completa a renaturalização, resistindo o eixo longitudinal criado na primeira fase que agora, engolido pela duna, apenas oferece um percurso de superfície em toda a extensão da Praia, ligando os vários acessos e apoios balneares/pesca construídos de forma sustentável e não perturbadora do ecossistema.

As duas últimas fases pretendiam constituir um alerta para a necessidade de pensar hoje a Ilha de Faro numa perspectiva futura. Pretendia-se devolver a duna à natureza, criando as condições para o uso humano de forma a não prejudicar o seu funcionamento como duna e “ilha-barreira”.
 Este projecto foi apenas um case-study... não foi nem será colocado em prática.

Penso que Macário segundo disse nas suas declarações quer desviar o caminho mais para norte de modo a afasta-lo da duna primária.  Mas a zona da depressão já e por si só limitada pelas actuais construções, não sendo possível desviar o caminho.

Estará o Eng. Macário Correia a pensar fazer uma nova estrada nas traseiras das casas do lado da ria? Não me parece exequível e as marés se encarregariam de o destruir. 

Outra solução seria reduzir eliminar o parque de estacionamento de um dos lados, para mover a estrada para junto de um dos passeios e construir do outro lado, junto ao eixo da actual estrada um "Muro de Berlim" para conter as areias.

Sinceramente... só ideias completamente doidas!!! E não sei quem são os engenheiros que honram a sua ordem e o seu código deontológico que embarcam nestes delírios. Não é execuível. Ponto!!!

Só havia uma solução! Era acabar com a estrada na ilha, e colocar uma passadeira de madeira tal como a que já existe até a barrinha em que só fosse possível transitar a pé, de bicicleta ou de mota! A areia assim já podia circular de um lado para o outro sem problema.

Claro... e demolir todas as construções, indemnizando, obviamente, quem tivesse as casas legais.
Construir casas em madeira como as da Rusticasa para alojar os pescadores 

Assim podia ser que ria formosa durasse mais tempo!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

domingo, 10 de outubro de 2010

Fotografias da Praia de Faro em Fevereiro de 2010

Aqui vos deixo estas fotografias da Praia de Faro, de Fevereiro deste ano, penso que da autoria de Bluewater68, apresentadas no blog ma ke jeto, mosso.

Este inverno vai acontecer algo semelhante, se não bem pior.

Acham que é alterando o acesso a ilha que se resolvem estes problemas? O problema de fundo já está encontrado a muito tempo e as soluções também, podem ler aqui alguns dos estudos e fazer download dos mesmos.

Agora pergunto... Será que há coragem politica para as implementar?

Cumprimentos cordiais

Luís Passos





terça-feira, 28 de setembro de 2010

Receitas da Ria Formosa

Polvo no Forno

Esta é uma boa receita para fazer em casa, num sabado ou num domingo para saborear com a mulher, namorada, amante... sei lá... LOL.. ;)

Já experimentei e gostei muito, aqui vos deixo  a receita.





Ingredientes para 2 pessoas:

1 polvo com cerca de 1 Kg
2 cebolas
1 folha de louro
2 malaguetas
sal q.b.
azeite q.b.
salsa
pimenta q.b.
2 dentes de alho
10 batatinhas pequenas

Preparação:

Coza o polvo na panela de pressão juntamente com 1 cebola, a folha de louro, a salsa e uma malagueta. Deve escaldar primeiro o polvo (introduzindo-o na água a ferver, antes de o colocar a cozer na panela de pressão) e só depois o deve cozer cerca de 20 minutos. Depois de cozido tempere de sal e deixe ferver mais uns minutos.
À parte dê também uma fervura nas batatinhas, cozendo-as com a pele durante alguns minutos.
Num tabuleiro que vá ao forno coloque a cebola cortada em meias luas, e tempere com um pouco de sal, pimenta, a malagueta e uma folha de louro. Coloque os polvo cortado e rodeie com as batatinhas. Regue abundantemente com azeite e tempere com o alho picado.
Leve ao forno até as batatainhas acabarem de cozer e o polvo estar tostadinho.
Sirva com uma salada ou legumes cozidos.

Bom Apetite!

Receita retirada daqui.

sábado, 25 de setembro de 2010

Atropelos Urbanísticos e Poluição na Ria Formosa

Caros,

Deixo-vos aqui um bom programa para o fim de semana, vejam esta edição do programa BIOSFERA do canal 2 da RTP, que retrata de forma bem pragmática os problemas actuais da Ria Formosa.

Aqui são denunciadas grande parte dos problemas da Ria Formosa. Gostaria de ler os vossos comentários sobre este temática... 

Vamos discutir a Ria... 

Luis Passos


PARTE I
 

PARTE II