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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Movimento CFC considera «expulsão» dos pescadores da Ilha de Faro «desumana»

O movimento autárquico «Com Faro no Coração» (CFC) considerou a «expulsão» dos pescadores da Ilha de Faro como «desumana e ilegal», no seguimento do anúncio feito pela autarquia farense de que há casa novas para realojamento no Montenegro.
 
«Está em causa uma pressão desumana da "nova coligação Macário/PS" para expulsar da Ilha a classe piscatória, que aí se fixou há mais de um século (1890)», acusou o movimento.

Para o CFC, esta medida «é ilegal face ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), pois este determina o realojamento na própria Ilha e obriga à aprovação prévia de planos, o que não se verifica».

«Está em causa um esbanjamento superior a 20 milhões euros para demolições no Concelho, num país às portas da bancarrota. Só para as casas que a Câmara agora anunciou são 6 milhões e o Município vai pedir 2 milhões, apesar dos pescadores recusarem sair», acrescentou.

O CFC repudia ainda a utilização da expressão «pescadores vão ter casas novas», já que «apresentar as casas como se fosse uma benesse é o cúmulo do cinismo e uma provocação, pois os pescadores nada pediram e têm recusado sair da Ilha».

«Para o CFC, por direito natural, legitimidade e humanismo, ninguém poderá expulsar os pescadores, "cortando" as ancestrais raízes que os ligam à Ilha», conclui o movimento.
 
In: Barlavento Online
 
Estava aqui a pensar, e porque não fazem a demolição do parque de campismo que não é mais que um condomínio de luxo para meia dúzia e se constrói nesse espaço prédios de apartamentos para os pescadores viverem condignamente, e poderem continuar a sua vida. Os prédios podiam ter umas garagens para os lados da Ria para os homens do mar poderem por os seus apetrechos e poderem ter o barco, logo junto a sua casa. Para além disso podia-se construir um pontão onde os barcos poderiam ficar atracados, como  que existem na doca de Faro, junto aos bombeiros voluntários. Que acham da ideia?
 
Luís Passos

quarta-feira, 6 de abril de 2011

DOSSIER EXPLOSIVO - BARRA DA FUSETA

DOSSIER VALENTINA



Caros,

Tendo em conta o interesse que este assunto tem suscitado, resolvi fazer uma compilação de posts do Blog Faro é Faro, do blog Polvo do Algarve e do Blog Olhão Livre, para que quem quiser saber mais sobre a situação vergonhosa que se vem vivendo na Fuseta.

Simplificando, a Fuseta é uma vila piscatória situada no concelho de Olhão. Desde há muitos anos que uma comunidade de pescadores, mariscadores e homens do mar habitam aquela zona, praticando essencialmente a pesca artesanal, quer com redes, aparelhos, covos, etc.

Para poderem sair para o mar, tinham de atravessar uma barra, conhecida como barra da Fuseta, que é uma barra movel, que ao longo dos anos tem mudado de posição, conforme é o normal movimento migratório das barras.

Entretanto, a Câmara de Olhão aprovou a construção de prédios em zona muito próxima do Preia-Mar, na baixa da Fuseta.

Com os temporais violentos que vieram nestes últimos Invernos, a Ilha foi sacudida por um temporal que encerrou a antiga barra e abriu outra (por processo natural) onde existiu uma barra em tempos.

Com receio que essa barra atingisse os prédios construídos a poucos metros da linha de maré, decidiu-se fechar a barra que a natureza tinha aberto para abrir outra mais a baixo.

Ao fim de poucas semanas a barra estava já assoreada, e neste momento só se entra ou sai na Preia-Mar, e em alguns casos, colocando em risco o pescadores devido a tormenta.

Aqui ficam então os posts:
  1. Faro é Faro - Valentina Calixto inaugura a nova Barra da Fuseta
  2. Faro é Faro - Pescadores dizem que a nova barra é um "cemitério"
  3. Faro é Faro - Fuseta:  - Barra nova já fechada
  4. Faro é Faro - O polvo contrataca
  5. Polvo do Algarve - As barras da Valentina
  6. Polvo do Algarve - Cadê os estudos; Valentina?
  7. Polvo do Algarve - Contornando o direito Europeu
  8. Polvo do Algarve - As barras da Valentina na barrela
  9. Faro é Faro - Comissão Europeia ataca de novo
  10. Polvo do Algarve - Barra da Fuseta: E agora Valentina?
  11. Polvo do Algarve - Asneiras de Valentina e não só
  12. Polvo do Algarve - E agora, Valentina?
  13. Polvo do Algarve - Fuseta: O que é uma construção
  14. Polvo do Algarve - Branqueamento na CEE?
  15. Olhão Livre: - Barra da Fuseta: É só mentiras
  16. Olhão Livre: - Movimento de Cidadania "Somos Olhão" exige a reabertura da Barra que o mar abriu e o Polis fechou
  17. Olhão Livre: - Barra da Fuseta: A cambalhota
  18. Olhão Livre: - Barra da Fuseta:  Moscas Varegentas
  19. Olhão Livre: - Barra da Fuseta: O princípio do fim 
  20. Olhão Livre: - O POLIS E A BRUXA VALENTINA (actualização 20/4)
    Assim, aqui vos deixo a colecção de 19 posts de 3 blogs que contam o escândalo que foi a abertura da barra da Fuseta, e mostram como foram atirados ao mar milhões de euros, dinheiro que o pais precisa urgentemente em tempo de crise.

    Deixo-lhe a analise e as conclusões serão suas... caro leitor!

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos

    segunda-feira, 28 de março de 2011

    Abertura da barra da Fuzeta leva Estado a tribunal

    (Clickar na imagem para ver em tamanho real e poder ler)

    Manter vivo o ecossistema da ria Formosa, defende o investigador Alveirinho Dias, implica intervenções sistemáticas, mas "há muitos interesses, alguns escondidos", nas dragagens

    Idálio Revez
     
    • A Comissão Europeia vai avançar com um processo contra o Estado português por violação de uma directiva do Ambiente, devido à realização de obras na Fuzeta sem avaliação de impacto ambiental.
    A sociedade Polis da Ria Formosa gastou mais de um milhão de euros a fechar e a abrir barras e os pescadores continuam sem condições de navegabilidade.
    No final do Verão passado, a sociedade Polis e a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve mandaram fechar uma barra que o mar abriu durante os temporais de 2010 - rompeu o cordão dunar e demoliu as casas de férias que tinham sido, clandestinamente, construídas há décadas. O fecho da barra foi considerado uma obra de "emergência", invocando-se que estavam em perigo actividades ligadas ao turismo e à manutenção de viveiros. António Terramoto, do movimento cívico Somos Olhão, queixou-se à Direcção-Geral do Ambiente da Comissão Europeia, alegando que a obra violava a directiva sobre avaliação de impacto ambiental e que tinha sido "ignorada" a posição dos pescadores, que sempre se manifestaram contra os trabalhos realizados.
    Pareceres contraditórios
    A reclamação popular teve acolhimento junto das autoridades europeias. "É nossa intenção propor à Comissão que intente um processo contra Portugal tendo por objecto a incorrecta transposição de várias disposições da Directiva 85/337/ CEE", lê-se na resposta enviada aos queixosos. As intervenções a realizar no ecossistema da ria Formosa, defende Alveirinho Dias, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve, devem obedecer a um projecto "global", para que não se continue a gastar dinheiro sem fim à vista, numa espécie de medir forças com o mar.
    A seguir ao encerramento da barra, que a natureza abriu, foi aberta outra, mais a nascente, para permitir a navegabilidade. Cinco dias depois, os barcos ficavam encalhados, devido ao assoreamento. Alveirinho Dias, convidado a participar num debate na Fuzeta, promovido pelo PSD, reconheceu o papel "delicado do decisor", a ARH e a sociedade Polis. As obras foram suportadas por estudos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a "assessoria" técnica da Universidade do Algarve, que forneceram, aparentemente, informação contraditória sobre onde e como se deveria proceder à abertura da barra da Fuzeta. O investigador defende que deveria existir uma draga na região para fazer o "trabalho sistemático" que é necessário naquele ecossistema, não apenas pelo seu valor ambiental, mas principalmente por ser a maternidade das espécies piscícolas da região. "Deve-se contratar empresas de dragagens, quando efectivamente é preciso fazer dragagens", salientou Alveirinho Dias, não fazendo sentido a contratação para proceder, exemplificou, a casos pontuais da retirada de dez mil metros cúbicos de areia. Por isso, sustentou, que "há muitos interesses, alguns escondidos", no negócio das dragagens. Quanto aos relatórios que serviram de suporte à decisão política, o especialista admitiu que "os termos são dúbios e depois as pessoas interpretam como quiserem". A direcção-geral da Comissão Europeia informou, na carta enviada ao reclamante, que as autoridades portuguesas "esclareceram que os trabalhos nestas barras foram intervenções de emergência em consequência das intempéries do Inverno de 2009/2010". António Terramoto contrapôs: "Situação de emergência de há muito era a dragagem das barras existentes, por forma a torná-las navegáveis em condições de segurança."
    Alveirinho Dias fez notar que os sistemas das ilhas-barreira são dinâmicos e que, "a partir do momento em que se intervém, as consequências perduram para todo o futuro".
    Políticos criticam "autoritarismo técnico”
    O mar é que deve dizer onde abrir uma barra
    O líder do PSD do Algarve, Luís Gomes, mostra-se contra o "autoritarismo técnico" que fechou uma barra e abriu outra, na Fuzeta, contra a opinião da comunidade piscatória. Mas o dirigente partidário, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, também acusou a ARH de adoptar "decisões políticas", quando isso não lhe compete. 0 ex- vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Olhão João Pereira frisa que a obra da Fuzeta colheu apoio unânime na assembleia municipal. Questionado sobre a polémica, Alveirinho Dias (na foto) preocupa-se como são gastos dinheiros públicos: Em vez de uma nova barra, "seria mais barato comprar um BMW para cada pescador e pagar-lhes a gasolina", para transportarem o pescado para Santa Luzia ou Olhão. Quanto custa o acesso ao mar? A estimativa poderá chegar aos cinco milhões de euros. E a melhor localização para uma barra na Fuzeta? "Durante o temporal o mar diz onde vai abrir a barra", disse o especialista."

    Noticia dada em primeira mão pelo Blog  Olhão Livre 

    Penso que com esta muitos não contavam, e ainda a procissão vai no adro...
    Este não é o unico processo que o grupo Somos foi responsavel pela denuncia, existe outro sobre a qualidade das aguas das etares, que pode ser lido neste post do Faro é Faro cujo oficio da Comissão Europeia pode ser visto em anexo.

    Penso que se se actuar com diligência e propriedade cabeças vão rolar em breve! 
    Espero que seja em BREVE, porque a nossa Ria Formosa não aguenta mais esta gente insana que não sabe o que anda a fazer... É urgente!

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos 

    POOC - Plando de Ordenamento da Orla Costeira


    Caros,

    Leiam o excelente post do Blog Olhão Livre sobre POOC, nomeadamente a zona entre V.R.S.Antonio e Vilamoura.

    A situação é escandalosa, neste momento a sociedade Polis da Ria Formosa devia planear e executar uma serie de obras de beneficiação da Ria Formosa e Ilhas barreira de forma a aumentar a sustentabilidade desta. 

    Quando o Polis foi anunciado havia uma grande expectativa, dado que pensou-se que iriam ficar resolvidos o problema do tratamento de esgotos, o problema dos galgamentos oceânicos nas ilhas barreira e ia-se melhor as acessibilidades. Nada disto.

    O que se fez foi gastar 1 milhão de Euros na abertura e fechamento da barra da Fuseta em circunstâncias muito suspeitas, que deixou pescadores e viveiristas sem acesso ao Mar abaixo da Preia-Mar. Agora querem demolir todas as casas da Praia de Faro... Bem até concordo com a demolição de algumas, mas o que eles querem fazer é vergonhoso... Destina-se a desalojar os habitantes locais para depois entregar as ilhas para exploração turística.

    O proprio regulamento da Ria Formosa vai nesse sentido, dado que os locais já não podem desembarcar em 90% do território da Ria Formosa, não se pode apanhar marisco, não se pode passear, não se pode andar de barco... querem roubar a Ria aos locais para depois a entregar a terceiros para exploração turística.

    E isso já se começou a ver... nos canais onde antigamente se pescava agora isso acabou, porque os senhores das maritimo-turisticas querem silencio para poderem passear os seus barcos carregados de turistas para o tão falado "BIRD WATCHING".

    Nem 8 nem 80... tem de haver um meio termo. As actividades turisticas são bem vindas, porque geram receita e emprego, mas não podem impedir os habitantes locais das suas tradições e costumes. Isso seria um erro gravíssimo.

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos

    sábado, 12 de março de 2011

    Demolições na Praia de Faro deixam de pé menos de 100 edifícios

    Apenas 85 dos 374 imóveis públicos e privados identificados na zona de influência do Plano de Pormenor da Praia de Faro não serão demolidos, segundo a proposta de plano atualmente em cima da mesa e a que o barlavento.online teve acesso.




    A intervenção na área desafetada do Domínio Público Marítimo, sob a alçada da Câmara de Faro, vai ser profunda, caso esta proposta vingue e contam-se pelos dedos os edifícios a Sul da avenida que atravessa esta zona balnear que vão ficar de pé.

    Um cenário que já havia sido admitido pela presidente da Sociedade Polis Ria Formosa Valentina Calixto e avançado na edição impressa desta semana do «barlavento».

    Esta responsável anunciou, entre outras novidades, que a Praia de Faro vai ser classificada como «a zona de maior risco» da Ria Formosa, mas não adiantou números. Estes podem ser deduzidos da proposta de plano.

    «Das análises efetuadas às vulnerabilidades do sistema dunar da praia de Faro, observa-se que toda esta área é uma zona de risco. Minorar esse risco é possível apenas através da reconstrução dunar», acreditam os autores do Plano, encomendado pela Sociedade Polis.

    «Para tal, é necessário remover e demolir edificado e ocupações que neste momento se encontram em zonas sensíveis à reconstrução dunar. Como princípio ordenador, e considerando o eixo longitudinal definido pelas Avenidas Nascente e Poente da Praia de Faro, considera-se que todas as construções e ocupações a sul deste eixo deverão ser demolidas e removidas dando lugar à reconstrução dunar», lê-se no documento.

    Apesar de serem abertas algumas exceções, decorrentes de uma avaliação que inclui diversos fatores, desde a localização à estabilidade do edifício, estas são bem poucas.

    Uma ideia que fica clara no mapa que identifica as casas que ficam e as que são para demolir.

    Feitas as contas às frações registadas pelos autores do plano, que ascendem a 374, e aos edifícios que são identificados como a manter, fica o número de 289 imóveis a demolir.

    Um número que aumenta se se tiver em conta os fogos que realmente existem, já que há edifícios com mais que uma casa de habitação e frações com mais do que um edifício.

    Por outro lado, há que considerar que, em muitos casos, não se trata de edifícios de habitação, já que neles se incluem estabelecimentos comerciais e edifícios públicos pertencentes a diversas entidades.


    Avenida da Praia também será reconstruída
    A estrada que atravessa a ilha também vai sofrer alterações profundas, começando pelo seu recuo em cerca de 25 metros, em direção à Ria Formosa em boa parte da sua extensão e passando pelo levantamento de todo o pavimento e a sua substituição.

    Isto levará a que alguns dos edifícios que hoje se encontram a Norte da estrada fiquem em zona de renaturalização e por isso tenham que ser demolidos.

    «As atuais Avenidas, Nascente e Poente, serão descompactadas e removidos os seus pavimentos, de forma a devolver permeabilidade a todos os pavimentos e solos da Praia de Faro», defende o plano.

    «Em seu lugar propõe-se um pavimento único, recuando a localização dos antigos arruamentos para norte de forma a permitir os acertos de cota que a reconstrução dunar necessita. Este pavimento será preferencialmente em cubos de pedra, permitindo drenagem natural em toda a sua extensão», acrescentam.


    Com Faro no Coração considera plano «esbanjamento de dinheiros públicos»
    O teor da proposta apresentada às entidades e associações que compõem a comissão específica que irá discutir a proposta de plano no dia 17 de março, já motivou reações por parte da oposição.

    O movimento «Com Faro no Coração» (CFC), que apoiou José Vitorino nas últimas autárquicas, já veio a público denunciar o que considera «um crime que lesa Faro, pela destruição com esbanjamento de milhões, falta de respeito pelos residentes e atividades comerciais e roubo da fruição deste importante espaço de lazer dos farenses».

    O plano prevê a demolição de alguns estabelecimentos comerciais e equipamentos da Praia de Faro, entre os quais o Centro Náutico, a escola, o Parque de Campismo, o bar Sui Generis, o restaurante Paquete e o restaurante Camané.

    Ao mesmo tempo que deita abaixo casas, a Sociedade Polis prevê a construção de novos edifícios, em madeira e sobre estacas, que minimizem o seu impacto.

    Alguns deles serão destinados a atividades comerciais.
    ~m«Destruir e voltar a construir» todos os edifícios previstos no plano é algo que o movimento considera ser «um esbanjamento de dinheiros públicos», prejudicando os afetados.

    «É um Plano de destruição que, infelizmente, não constitui surpresa, pois é a prática radical que o engenheiro Macário Correia sempre defendeu e praticou, embora na campanha eleitoral tivesse enganado os eleitores», defendeu o CFC.

    O Plano, no entanto, não foi encomendado pela Câmara de Faro, mas pela Sociedade Polis Ria Formosa.

    Por Hugo Rodrigues In Barlavento Online

    quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

    ILHA DE FARO SOB RISCO IMINENTE

    Associação de Utentes da Ilha de Faro

    Comunicado de imprensa
    A AUIF (Associação dos Utentes da Ilha de Faro) encontra-se extremamente preocupada com a falta de uma solução para travar o processo de erosão costeira que desde há muito se faz sentir na Ilha de Faro. Esta situação, que se agrava particularmente no Inverno, quando a agitação marítima é mais intensa, poderá causar danos irreversíveis na Ilha nos próximos dias, face à previsão de forte ondulação (5 metros) que coincidirá com a existência de marés vivas.

    Já este Inverno por diversas vezes se registaram galgamentos da duna, que obrigaram a cortes no acesso à Ilha de Faro e ao derrube de casas na zona poente. Esta situação é particularmente grave, quando existem na Ilha de Faro dezenas de famílias que ali habitam de forma permanente, e que assim se vêem isoladas, impedidas de aceder ou sair da Ilha e com os seus bens sob permanente ameaça.

    A tudo isto as Autoridades do Ambiente com responsabilidades sobre esta faixa da costa, assistem de forma passiva, mesmo depois de inúmeros estudos que ao longo de décadas têm sido realizados pelos (ditos) melhores especialistas nacionais. A Sociedade POLIS Ria Formosa, que tem nas suas linhas de programação uma intervenção para solucionar esta situação, continua a alimentar os mesmos especialistas de sempre, com a encomenda de mais estudos. Os mesmos cujas propostas de intervenção apontam para acções como as que recentemente ocorreram na Fuzeta, onde foram gastos 1 milhão de euros que o mar levou em 2 dias; ou os 6 milhões de euros gastos na alimentação artificial da zona de Vale do Lobo, que deveriam durar 10 anos, mas onde, decorridos 6 meses, parte substancial da areia já desapareceu.

    As soluções destesespecialistas passam sempre pelo derrube das construções existentes (curiosamente a zona mais frágil da Ilha de Faro é a central, onde curiosa e praticamente não existem construções). Como é,
    certamente, do conhecimento da POLIS Ria Formosa existem outras soluções, talvez mais dispendiosas (à partida), mas mais eficazes, duradoiras e mais baratas a médio/longo prazo. São vários os exemplos de sucesso por esse Mundo fora, mas aqui na Ilha de Faro, a solução que se parece perspectivar é uma vez mais precária, com resultados que todos antecipam ser de curta duração. Como se já não bastasse tanto descrédito, o próprio Presidente da Câmara Municipal de Faro recentemente reconheceu em entrevista a um órgão de informação regional que “até agora tem havido muitos estudos e pouca acção … trabalho concreto só mesmo o vento e as marés é que o fizeram”.

    Mas não ficou por aqui Macário Correia, pois não deixou de ironizar sobre a actuação da Sociedade POLIS Ria Formosa, afirmando que “Há mais papeis (sobre a Praia de Faro) do que grãos de areia. Acho que deveria haver mais cuidado com o uso dos dinheiros públicos”. Curiosamente a Câmara Municipal de Faro é um dos accionistas da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa S.A. - Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria Formosa.

    Por estas razões urge intervir, basta de palavreado e estudos! Se os responsáveis e especialistas de sempre não têm nem estratégia, nem soluções efectivas ou capacidade para resolver este problema, que se demitam! Esperemos que não o façam apenas depois de a duna romper, de metade da Ilha de Faro desaparecer e do próprio aeroporto poder vir a ser afectado. A Ilha de Faro, os seus habitantes e utentes merecem mais respeito e melhor sorte.

    Ilha de Faro, 15 de Fevereiro de 2011
    A Direcção

    segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

    Comissão Europeia ataca de novo!!!!

    Caros,

    Conforme li hoje no blog do Polvo do Algarve, a comissão europeia respondeu a queixa apresentada por António Terremoto sobre a situação da Barra da Fuseta e de Cacela, tendo a comissão achado que houve erros na transposição da legislação comunitária, e por isso, vai mover um processo contra Portugal.

    Pode-se ver aqui o documento original:

     (clickar para ampliar  - Cortesia do Polvo do Algarve)

    O que é certo é que as anteriores queixas que António Terremoto tem feito em Bruxellas tem todas acabado em processos contra o estado português com as consequências inerentes.
    Mas duvido que aqui internamente alguém faça alguma coisa a Engª. Valentina Calixto, quanto muito promovem-na como fizeram a Ana Gomes e mandam-na para um taxo melhor para tira-la do sitio onde tá e acalmar um pouco as hostes.

    Assim é este pais... quem não o conhece... que o compre...

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos

    segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

    O POLVO CONTRATACA!!!

    Caros,

    Como já vai sendo habito, o Sr. António Terremoto, é um verdadeiro terremoto (pelos menos para os lados da Valentina Calixto) no que toca a por o dedo na ferida nos problemas relacionados com a Ria Formosa.

    Desta vez seguiu para Bruxelas uma denuncia dos mandos e desmandos da ARH no que toca a abertura das barras e alimentação de praias com areia, sem que para tal tenham sido efectuados quaisquer estudos, ou se foram, não são conhecidos os seus pressupostos.

    Tenho a certeza absoluta, tal como já aconteceu à pouco tempo que Bruxelas vai ouvir o Sr. António Terremoto tal como já aconteceu na questão das ETARS, que Bruxelas instaurou um processo a Portugal.

    Bem haja, Sr. António Terremoto, de-lhes com força, que o polvo já está com os tentáculos todos torcidos e com as ventosas todas afanadas... não tarda muito está na panela de pressão... estufado!!!!

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos

    Olhão, 5 de Dezembro de 2010
    À
    Comissão Europeia
    Direcção-Geral do Ambiente
    1049 Bruxelles
    Belgique
    V. Ref: CHAP(2010)2145 /EU PILOT 1273/ENVI
    Acuso a recepção da V. carta datada de 22. 11. 2010, cujo conteúdo contesto nos seguintes termos:
    1- As autoridades nacionais justificam as suas acções com a legislação nacional, quando o que está em causa é a legislação comunitária, o que pressupõe desde logo que as respectivas transposições não são executadas da forma mais adequada.
    2- Ainda assim, cabe-me dizer que o Estado português , procedeu à elaboração dos Planos de Ordenamento das Área Protegidas, nomeadamente os da Orla Costeira, em toda a sua extensão nacional sem ter procedido à Avaliação Ambiental Estratégica a que estaria obrigado se atempadamente tivesse procedido à transposição da Directiva nº 2001/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, e o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura-V. R. S. António é um deles.
    3- Ao invocar a legislação nacional, as autoridades portuguesas deveriam ter em conta, não apenas a parte que lhes interessa, mas toda a legislação, como por exemplo a Lei nº 64/93, que estabelece o Regime Jurídico de Incompatibilidades e Impedimentos de Titulares de Cargos Políticos e de Altos Cargos Públicos e determina o impedimento daquelas autoridades de servir de arbitro ou perito, em qualquer processo em que intervenha o Estado e demais pessoas colectivas publicas, pelo que o Instituto de Conservação da Natureza, e a ARH estariam impedidos de se pronunciar sobre a matéria em apreciação.
    4- Vejamos então o que diz o POOC na SUBSECÇÃO I, Praias, artigo 23º, nº 5:
    -A realização de operações de alimentação artificial de praias fica sujeita às seguintes regras:
    a) Os trabalhos são definidos através de estudos e projectos específicos e devem incluir a respectiva monitorização a aprovar pela entidade competente;
    5- É falso que a intervenção esteja programada no POOC e muito menos que preveja a alimentação artificial das Praias de Quarteira/Forte Novo a um ritmo de 200.000m3 por biénio. As autoridades portuguesas andam confusas e devem ter lido outro plano de ordenamento que não o constante da Resolução do Concelho de Ministros nº 103/2005. Convido a Comissão Europeia a instar as autoridades portuguesas a pronunciar-se sobre que articulado fundamentam as suas declarações, que as considero erradas e de má-fé. A intervenção permitiu a reposição de 1.250.000 m3 de areia, valor muito acima do declarado pelas autoriades.
    6- De qualquer forma, conclui-se da leitura da alínea a) que seriam necessários estudos e projectos específicos, dos quais ninguém tem conhecimento a não ser as autoridades portuguesas.
    7- Quanto à relocalização da Barra da Fuzeta, vêm as autoridades divagar sobre o galgamento oceânico, que abriu uma nova barra, no enfiamento do canal de navegação. Tais declarações visam distorcer a verdade dos factos, pois no lado norte da Ilha da Armona, e em toda a sua extensão, existe e sempre existiu um canal de navegação. Em estudos realizados pela Universidade do Algarve datados de 2004, era previsível aquele galgamento e consequente abertura da barra, encerrada artificialmente, seu ponto de origem.
    8- A área balnear que agora serve de justificação é, no contexto das migrações das barras de areia, tão móvel quanto as barras pelo que carece de fundamentação. E ainda menos sentido faz falar no risco para a segurança de pessoas e bens. Primeiro, porque bens já não existem em cima da ilha; segundo porque as pessoas procuram precisamente a barra por ter mais corrente e renovação de agua.
    9- A obra efectuada, e que está a ser objecto de forte contestação por parte da comunidade piscatória local, já que a barra aberta artificialmente aberta põe em risco quem vive da faina piscatória , não está prevista no POOC pelo que convido a Comissão Europeia a instar as autoridades a enunciar em que artigo se prevê tais obras.
    10- Vêm as autoridades portuguesas invocar a situação de emergência para rematar a sua fundamentação, o que me parece completamente despropositado. A invocação de declaração de emergência tem de ser fundamentada e até hoje é desconhecida qualquer fundamentação nesse sentido pelo que convido mais uma vez essa Comissão a instar as autoridades nacionais a mostrar os seus fundamentos.
    11- Quanto à abertura da Barra de Cacela, as autoridades nacionais mais uma vez fogem ás suas responsabilidades. De facto a agitação marítima provocou a enchente do delta de enchente de maré. Admito uma intervenção de emergência, mas nunca a opção encontrada, até porque na oportunidade tive o cuidado de documentar que a mesma fora encomendada. O Plano de Ordenamento da Ria Formosa actual e também o anterior previam um plano anual de dragagens, como forma de evitar situações como a que se viveu na Península de Cacela. A negligência e a incúria das autoridades nacionais com particular ênfase para o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade nesta matéria é gritante. De qualquer forma, a migração das barras indica o movimento Oeste/Este pelo que a abertura desta barra no extremo Este da Península de Cacela está condenada ao fracasso. Às autoridades nacionais não restava outra solução que a dragagem da Barra do Lacem ou deslocalizá-la ainda mais para Oeste.
    12- Por outro lado, estas intervenções foram executadas ao abrigo do Programa Polis Litoral da Ria Formosa, cujo Relatório Ambiental estava sujeito à Avaliação Ambiental Estratégica previsto na Directiva nº 2001/42/CE.
    13- A Avaliação Ambiental Estratégica prevê um conjunto de procedimentos que as autoridades nacionais omitiram, habituadas que estão à violação sistemática da legislação ambiental, dela fazendo mera retórica.
    14- Assim as autoridades disponibilizaram o Relatório Ambiental e procederam à Consulta Publica do mesmo. Estavam, porem obrigadas à elaboração de uma Declaração Ambiental, na qual constaria:
    - As observações apresentadas durante a consulta publica realizada e os resultados da respectiva ponderação, devendo ser justificado o não acolhimento dessas observações.
    A informação sobre a forma como foi elaborada a Declaração Ambiental, deveria ser publicada na pagina da internet da entidade responsável, o que não aconteceu, pelo que não pode ser dado como concluído o processo de Avaliação Ambiental Estratégica do Relatório Ambiental do Programa Polis Litoral da Ria Formosa.
    15- A utilização dos dinheiros públicos sejam nacionais ou comunitários não podem ser objecto de decisões ou acções com fundamentos contrários ao respectivo Direito.
    16- Analise à luz de:
    Directiva do Conselho nº 85/337/CEE de 27/06/1985 (Documento 1433 Versão 3, em vigor desde 26-05-2003)
    Título: Projectos públicos e privados no ambiente
    Descritores: Gestão e planeamento do ambiente, Avaliação dos impactes sobre o ambiente, Estudos de Impacte Ambiental, Princípio da Prevenção, Princípio da Precaução, Princípio do poluidor-pagador, Dano ambiental
    Com as alterações introduzidas por:
    31997L0011
    Directiva 97/11/CE do Conselho de 3 de Março de 1997 que altera a Directiva 85/337/CEE relativa à avaliação dos efeitos de determinados projectos públicos e privados no ambiente
    Jornal Oficial nº L 073 de 14/03/1997 p. 0005 - 0015
    Artigo 2°
    1. Os Estados-membros tomarão as disposições necessárias para garantir que, antes de concedida a aprovação, os projectos que possam ter um impacte significativo no ambiente, nomeadamente pela sua natureza, dimensão ou localização, fiquem sujeitos a um pedido de aprovação e a uma avaliação dos seus efeitos. Estes projectos são definidos no artigo 4.°.
    2. A avaliação do impacto no ambiente pode ser integrada nos processos de aprovação dos projectos existentes nos Estados-membros, ou na falta deles, noutros processos ou em processos a estabelecer para responder aos objectivos da presente directiva.
    «3. Sem prejuízo do disposto no artigo 7º, os Estados-membros podem, em casos excepcionais, isentar um projecto específico, na totalidade ou em parte, das disposições previstas na presente directiva.».
    Neste caso, os Estados-membros:
    Examinarão a conveniência de outras formas de avaliação;
    b) Colocarão à disposição do público interessado a informação recolhida através das outras formas de avaliação nos termos da alínea a), a informação relativa à isenção e os motivos para a concessão da mesma,
    informarão a Comissão, antes de concederem a aprovação, dos motivos que justificam a isenção concedida e fornecer-lhe-ão as informações que porão, sempre que aplicável, à disposição dos seus nacionais.
    «Artigo 4º
    1. Sem prejuízo do disposto no nº 3 do artigo 2º, os projectos incluídos no anexo I serão submetidos a uma avaliação nos termos dos artigos 5º a 10º
    2. Sem prejuízo do disposto no nº 3 do artigo 2º, os Estados-membros determinarão, relativamente aos projectos incluídos no anexo II:
    a) Com base numa análise caso a caso;
    ou
    b) Com base nos limiares ou critérios por eles fixados;
    se o projecto deve ser submetido a uma avaliação nos termos dos artigos 5º a 10º
    Os Estados-membros podem decidir aplicar os dois procedimentos referidos nas alíneas a) e b).
    3. Quando forem efectuadas análises caso a caso ou fixados limiares ou critérios para efeitos do disposto no nº 2, serão tidos em conta os critérios de selecção relevantes fixados no anexo III.
    4. Os Estados-membros assegurarão que a decisão adoptada pelas autoridades competentes ao abrigo do nº 2 seja disponibilizada ao público.».
    Anexo II
    PROJECTOS ABRANGIDOS PELO N.º 2 DO ARTIGO 4.°
    10. Projectos de infra-estruturas
    k) Obras costeiras destinadas a combater a erosão marítimas tendentes a modificar a costa como, por exemplo, construção de diques, pontões, paredões e outras obras de defesa contra a acção do mar, excluindo a manutenção e a reconstrução dessas obras.
    ANEXO III
    CRITÉRIOS DE SELECÇÃO REFERIDOS NO Nº 3 DO ARTIGO 4º
    2. Localização dos projectos
    Deve ser considerada a sensibilidade ambiental das zonas geográficas susceptíveis de serem afectadas pelos projectos, tendo nomeadamente em conta:
    - a riqueza relativa, a qualidade e a capacidade de regeneração dos recursos naturais da zona,
    - a capacidade de absorção do ambiente natural, com especial atenção para as seguintes zonas:
    a) zonas húmidas,
    b) zonas costeiras,
    d) reservas e parques naturais,
    e) zonas classificadas ou protegidas pela legislação dos Estados-membros; zonas de protecção especial designadas pelos Estados-membros, nos termos das Directivas 79/409/CEE e 92/43/CEE,
    f) zonas nas quais as normas de qualidade ambiental fixadas pela legislação comunitária já foram ultrapassadas,
    3. Características do impacte potencial
    Os potenciais impactes significativos dos projectos deverão ser considerados em relação aos critérios definidos nos pontos 1 e 2 supra, atendendo especialmente à:
    - extensão do impacte (área geográfica e dimensão da população afectada),
    17- Na transposição da Directiva para o Direito interno no nº 10, alínea k) do Anexo II do Decreto-Lei 69/2000, as autoridades nacionais adulteram o espírito da Directiva quando escrevem Obras costeiras de combate à erosão marítimas, tendentes a modificar a costa, como, por exemplo, diques, pontões, paredões e outras obras de defesa contra a acção do mar, quando não previstos em plano de ordenamento da orla costeira….
    !8- Com este expediente, e tendo em conta que os planos de ordenamento da orla costeira não foram objecto da Avaliação Ambiental Estratégica, as autoridades nacionais arrogam-se o direito de executar todo o tipo de intervenção fugindo à Avaliação de Impacto Ambiental em Zonas de Elevada Sensibilidade, e que constam dos critérios referidos no nº 3 do artigo 4º da Directiva em questão.
    19- Aliás as isenções estão previstas no nº3 do artigo 2º que define quanto aos procedimentos a ter e incumpridos pelas autoridades nacionais.
    20- As isenções serão analisadas caso a caso ou com base em limiares ou critérios pré-definidos pelos Estados membros, o que não se vislumbra no Plano de Ordenamento Vilamoura/Vila Real de Santo António ou em qualquer outra legislação.
    21- No preambulo do Decreto-Lei 197/2005, pode ler-se a dado passo: Procede-se à transposição parcial da Directiva nº 2003/35/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Maio, relativa à participação do publico na elaboração de certos planos e programas relativos ao ambiente, na parte que altera a Directiva nº 85/337/CE, do Conselho, de 27 de Junho, alterada pela Directiva nº 97/11/CE, do Conselho, de 3 de Março.
    22- Pelo que se me afigura mais que legitima a participação do publico, o que vem sendo negado pelas autoridades nacionais e é objecto de contestação da população local.
    23- Do exposto, parece-me que as autoridades nacionais violam as Directivas 2001/42/CE, 85/337/CE, 97/11/CE e 2003/35/CE, pelo que defendo a suspensão dos apoios comunitários até à reposição da legalidade, que passa, obviamente pela participação do publico no processo de decisão.
    Com os meus cumprimentos, sou
    António Manuel Ferro Terramoto

    Fuseta: - Barra nova já fechada

    Os pescadores da Fuseta avisaram e o mar deu-lhes razão. A nova barra, aberta oficialmente há uma semana, ficou sem condições de navegabilidade, depois de a forte ondulação ter danificado uma parte do canal.




    Depois de ter sido aberta ao tráfego marítimo, na sexta-feira, com pompa e circunstância pela Sociedade Polis Ria Formosa, que garantiu a navegabilidade em segurança, apesar dos protestos dos pescadores, que manifestaram opinião contrária, insurgindo-se contra a obra na qual foi investido quase um milhão de euros, a nova barra da Fuzeta, no concelho de Olhão, acabou por ser encerrada, ontem, devido ao assoreamento como consequência do mau tempo. 

    Numa reunião marcada para hoje, em Faro, os pescadores vão exigir à presidente da Sociedade Polis Ria Formosa, Valentina Calixto, que sejam efectuadas novas alterações, com dragagens para desassorear o canal e desta vez, pelo menos, até três metros de profundidade, além da construção de uma barra fixa, com pontões de pedra, como sempre defenderam.

    "O mau tempo nos últimos dias veio dar-nos razão ainda mais cedo do que esperávamos. A nova barra coloca em risco a nossa actividade. Agora, para pescarmos vamos ver o que conseguimos fazer ao tentar sair para o mar através daquele buraco que abriram ao meio da ilha da Fuzeta, que não tem condições de segurança. Para fazerem o que fizeram, mais valia não terem feito nada. Os técnicos sabem mas é do ponto de vista deles, apenas do papel. Querem que a gente vá acreditando, mas de promessas estamos fartos", disse ao DN José Romeira, tripulante da embarcação Bela Princesa, receando a ocorrência de mais acidentes mortais naquela zona, como se verificou há anos. No porto da Fuzeta estão registadas cerca de 70 embarcações de pesca, que se dedicam sobretudo à captura de polvo e marisco. 


    Conforme eu já havia escrito neste post, Pescadores da Fuzeta dizem que a nova barra é um “cemitério”e ainda neste post com o vídeo da inauguração, Valentina Calixto inaugura a nova Barra da Fuseta, bem como nos diversos posts do blog Olhão Livre, nomeadamente FUSETA, QUE SORTE A DO LEAL E DA BARRA? e ainda Barra da Fuzeta, 1 milhão de euros para a abertura de um cemitério, veio-se ontem a confirmar que tudo o que foi aqui afirmado estava correcto.

    A barra está literalmente fechada, e já é impossível navegar, dentro em breve deixará de existir.

    Entretanto foi gasto 1 milhão de euros que durou 1 semana. E quem é responsabilizado? Eu bem dizia no meu post que achava que era um desperdício e que não ia durar 1 semana, acertei em cheio.

    Isto só vem provar os desmandos e a maluquice e corrupção que anda na cabecinha destas pessoas que nos governam e de quem está por detrás destas. Vergonhoso

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos

    quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

    Pescadores da Fuzeta dizem que a nova barra é um “cemitério”



    Criticam as obras que “não servem para nada” e reclamam a construção de pontões fixos para garantir segurança aos barcos. Presidente da Sociedade Polis Ria Formosa Valentina Calixto recusa tal ideia por motivos técnicos, mas admite “ajustar” trabalhos na zona, após avaliação.

    A nova barra da Fuzeta, no concelho de Olhão, abriu, na sexta-feira, ao tráfego marítimo, com a garantia por parte da Sociedade Polis Ria Formosa, entidade responsável pela obra, de permitir condições de navegabilidade em segurança.

    Porém, os pescadores mostraram-se logo indignados com as obras levadas a efeito, considerando que “assim não servem para nada, pois sem a construção de pontões fixos é que não existem condições de segurança para quem aqui trabalha”.

    Na sexta-feira houve uma visita com jornalistas ao local para apresentação da conclusão de “uma primeira fase de emergência dos trabalhos” que custaram 980 mil euros, no âmbito de um conjunto de intervenções junto ao núcleo da Fuzeta, desde meados de Maio, que incluíram o fecho e o reforço do cordão numa extensão superior a mil metros e a abertura de um canal com a mesma dimensão e cinquenta metros de largura, além de dois metros de profundidade, em consequência dos temporais que assolaram a zona.
     
    Valentina Calixto, presidente da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, organismo responsável pela empreitada, explicou a pescadores que “os estudos técnicos e o enquadramento legal ao nível do Plano de Ordenamento da Orla Costeira e do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa não permite fixar a barra com estruturas”.

    “Tecnicamente, desaconselham a fazer-se barras com pedras porque dessa forma vamos transferir problemas de segurança para outras áreas da ilha da Fuzeta. Os sistemas têm um dinamismo próprio e o que se pretende é mantê-lo, dando-lhes segurança”, acrescentou Valentina Calixto.

    Referiu, ainda, que “esta empreitada foi concluída nestes termos e vamos agora avaliar a evolução natural nos próximos tempos relativamente à barra, em que há uma comissão de pescadores que nos dará nota das dificuldades que vão sentir, no sentido de podermos ajustar uma eventual necessidade de fazer alguma pequena dragagem ainda na zona de saída. É um trabalho que exige uma manutenção e uma verificação contínuas”.

    Os pescadores da Fuzeta é que não se conformam com a nova barra. “É o novo cemitério da Fuzeta, um papa-mortos. Isto foi bom para o negócio das dragagens de uma empresa espanhola, que ganhou muito dinheiro”, desabafou ao barlavento.online um pescador, não escondendo a sua revolta.
    Já José Romeira, tripulante da embarcação «Bela Princesa», disse ao nosso jornal que os profissionais do setor lutam há já muitos anos por uma barra fixa, com três metros de profundidade em dragagens “e até hoje não se conseguiu esse objetivo”.
     
    “Foi aberto, agora, um buraco ao meio da ilha da Fuzeta, que não tem condições de segurança perante o mau tempo para sairmos para a faina. Para fazerem o que fizeram, mais valia não terem feito nada. Os técnicos sabem mas é do ponto de vista deles, apenas do papel. Querem que a gente vá acreditando, mas de promessas estamos fartos”, lamentou aquele pescador, que receia a ocorrência de mais acidentes mortais na barra da Fuzeta.

    Opinião diferente é a do presidente da Junta de Freguesia José Brás Bernardino, para quem a obra “vai permitir aos pescadores entrarem e saírem em segurança” da zona com as suas embarcações.

    “E vai também proporcionar, é claro, outras condições aos barcos de recreio”, acrescentou o autarca.

    Na zona da Fuzeta estão registadas cerca de 70 embarcações de pesca, que se dedicam sobretudo à captura de polvo e marisco, a que se juntam quase novecentas ligadas à atividade turística.

    In: Barlavento
     
    Já o blog Olhão Livre, neste post sobre o assunto havia afirmado que esta barra nova é uma verdadeira ratoeira, bem como um desperdício de 1 milhão de euros, que não tarda muito estará deitado à rua e a barra novamente fechada.

    Muito provavelmente com os temporais que ainda vão decorrer no mês de Dezembro, irá abrir uma nova barra no local onde a natureza determinar, e não vale a pena lutar contra isso. Será um desperdício inútil de dinheiro.

    Enfim... e um fartar de vilanagem...

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos 

    domingo, 28 de novembro de 2010

    Valentina Calixto inaugura a nova Barra da Fuseta


    Tenho muitas duvidas sobre isto, a ARH mandou fechar a barra que foi criada pela própria natureza e abriu outra 800 metros mais abaixo. 

    Penso que este procedimento se prende com a construção de edifícios junto da baixa mar, que ficariam em perigo com a barra que a natureza abriu.
    Assim, como se verifica pela entrevista, toda a zona do canal da barra esta já assoreado, conforme se verifica neste post do blog Olhão Livre, e necessita de intervenção para manutenção das condições de navegabilidade. Já foi gasto perto de 1 milhão de euros e parece que vai ser gasto ainda mais.

    Enfim... estou algo apreensivo com o que está a passar na nossa Ria... É muito disparate junto... espero que a natureza se encarregue de repor a situação mais conveniente. Só lamento o dinheiro gasto que fazia falta para outras coisas em tempo de crise.

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos


    segunda-feira, 8 de novembro de 2010

    O Polvo não dá descanso a Valentina Calixto

    Carissimos,

    O Sr. António Terremoto não desarma, e no blog o "Polvo do Algarve" ataca novamente e sem piedade a Engª. Valentina Calixto.

    Aqui fica a ultima actualização!

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos


    Olhão, 8 de Novembro de 2010
    À
    Procuradoria –Geral da Republica
    Rua da Escola Politécnica, 140
    1269-269 Lisboa
    Assunto: Eng. Valentina Calixto
    Questões prévias:
    1- Sabe a Procuradoria-Geral que a legislação actual, quer em matéria criminal ou administrativa para os titulares de cargos políticos ou de altos cargos públicos, é-lhes bastante tolerante com a introdução de normas de especial atenuação.
    A corrupção resulta da execução de actos administrativos contrários ao Direito, e anda de mãos dadas com a falta de transparência.
    Enquanto o País afunda e a maioria do Povo português vê os seus rendimentos diminuírem, emerge uma classe parasitaria que vive de expedientes, à sombra da impunidade da classe politica, conduzindo o País para os lugares cimeiros no ranking internacional da corrupção.
    À Procuradoria-Geral, ao Ministério Publico, cabe-lhes neste contexto, impor a Tolerância Zero em matéria de transparência na gestão da coisa publica, levando a juízo os faltosos, sem o complexo de perder a acção.
    De outra forma, a imagem que passa para o cidadão anónimo, é o de um Ministério Publico castrado pelo poder politico e castrante do cidadão disposto a lutar pela transparência da Administração Publica.
    2- Em relação á minha exposição de 14 de Setembro e objecto da V. comunicação de 01/10/2010, oficio nº 20624/2010, Proc. Nº 156/2004-LH, tenho a dizer que aquele oficio é muito pouco esclarecedor, pois limita-se a informar ter sido dado cumprimento ao deposito da declaração da inexistência de incompatibilidades e impedimentos, relativamente aos cargos ocupados pela engenheira Maria Valentina Filipe Coelho Calixto, sem especificar em que datas ocorreram aqueles depósitos, impedindo o cidadão de pedir a destituição da visada se as declarações tiverem sido efectuada fora do prazo.
    A opacidade da comunicação, aos olhos do cidadão anónimo, fá-lo desacreditar na Instituição, que deve pautar a sua atitude pelo rigor e transparência.
    3- A minha exposição mereceu referencia por parte do senhor Procurador-adjunto, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, no despacho de arquivamento do Processo Administrativo nº 3/2010, sem que dele me tenha dado conhecimento. Parece-me que o senhor Procurador-adjunto, em nome da transparência se não de Direito, estaria obrigado a comunicar da decisão sobre a denuncia apresentada.
    Pelos erros e omissões sistemáticas constatadas nos despachos de arquivamento que envolvem titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos proferidos pelo senhor Procurador-adjunto parece-me ser já altura para procedimento disciplinar em relação a este magistrado.
    Do Despacho de Arquivamento:
    - No exercício do contraditório a engenheira Valentina Calixto diz em resumo:
    -A CCDR-Algarve e a ARH-Algarve não são entidades publicas independentes, antes fazendo parte da administração directa do Estado (CCDR) e indirecta do Estado (ARH), pelo que se mostra afastada a aplicabilidade directa do regime da Lei nº 64/93 aos cargos referidos pelo denunciante, apenas lhe sendo aplicáveis algumas normas, por remissão do Estatuto dos Cargos Dirigentes (ECD) aprovado pela 24/2004.
    O senhor Procurador-adjunto, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, vem no seguimento do raciocínio da engenheira Valentina Calixto, dar provimento às razões invocadas, dizendo:
    -A CCDR-Algarve, de acordo com o artigo 1º do Decreto-Lei nº 134/2007, é um serviço periférico da administração directa do Estado, no âmbito do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR).
    - Por sua vez a ARH-Algarve, de acordo com o artigo 1º do Decreto-Lei 208/2007, é um instituto publico periférico integrado na administração indirecta do Estado.
    - Consequentemente, em razão dos cargos que exerceu na CCDR-Algarve e que actualmente exerce na ARH-Algarve, a engenheira Valentina Calixto esteve e está sujeita ao Estatuto do Pessoal Dirigente (EPD) aprovado pela Lei nº 2/2004, com alterações introduzidas pelas Leis nº 51/2005, e 64-A/2008, pois que exerceu e exerce cargos dirigentes, como tal previstos no artigo 2º, nº 3 do EPD.
    Contestando:
    Em primeiro lugar, importa desde logo esclarecer se a CCDR-Algarve é ou não uma entidade publica independente.
    Decreto-Lei nº 134/2007:
    As Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, são serviços públicos periféricos da administração directa do Estado, no âmbito do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, dotado de autonomia administrativa e financeira, e para a prossecução das suas atribuições exercem os poderes da autoridade do Estado na área geográfica de actuação (art. 1º e 4º, D.L. nº 134/2007).
    Temos assim uma entidade publica, dotada de autonomia administrativa, financeira e autoridade, o que configura de acordo com Parecer do Concelho Consultivo da PGR a entidade publica independente:
    A entidade publica independente prevista na Constituição e na lei, a que se refere a alínea d) do artigo 3º da Lei nº 64/93, de 26 de Agosto, é aquela que para o exercício das suas competências, dispõe de poderes de autoridade.
    Sendo assim, a engenheira Valentina Calixto e o senhor Procurador-adjunto, ao refugiarem-se no conceito abstracto de serviço periférico e omitindo que a CCDR-Algarve é dotada de autonomia administrativa, financeira e autoridade, incorrem em erro, já que as CCDR são entidades publicas independentes.
    A ARH_Algarve é um instituto publico criado pelo decreto-lei 208/2007, que em matéria de incompatibilidades e impedimentos do pessoal dirigente passou a ser disciplinado pelo actual Estatuto do Pessoal Dirigente aprovado pela Lei 2/2004 e alterada pela Lei 51/2005.
    Assim o nº 3 do artigo 2º diz:
    São designadamente, cargos de direcção superior de 1º grau os de director-geral, secretario-geral, inspector-geral e presidente…..
    Pelo que a engenheira Valentina Calixto exerce um cargo de direcção superior de 1º grau.
    Diz o nº 3 do artigo 17º:
    Aos titulares dos cargos de direcção superior são ainda aplicáveis com as necessárias adaptações, os artigos 5º, 9º, 9º-A, 11º, 12º e 14º e o nº4 do artigo 13º da Lei nº 64/93, de 26 de Agosto.
    Importa pois, ver o que nos diz o articulado da Lei 64/93 e que possa ser aplicável em matéria de incompatibilidades e impedimentos, ressaltando o artigo 9º-A, que diz:
    Sem prejuízo da aplicabilidade das disposições adequadas do Código de Procedimento Administrativo, aprovado pelo decreto-lei nº 442/91, de 15 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo decreto-lei nº 6/96, de 31 de Janeiro, os titulares de órgãos de soberania, de cargos políticos e de altos cargos públicos que, nos últimos três anos anteriores à data da investidura no cargo tenham detido, nos termos do artigo 8º, a percentagem de capital em empresas neles referida ou tenham integrado corpos sociais de quaisquer pessoas colectivas de fins lucrativos não podem intervir:
    a) Em concursos de fornecimento de bens ou serviços ao Estado e demais pessoas colectivas publicas aos quais aquelas empresas e pessoas colectivas sejam candidatos.
    Posta a questão nestes termos e dado que a engenheira Valentina Calixto não interveio directamente, efectivamente não lhe podem ser imputados desvios das suas responsabilidades administrativas, nesta matéria.
    Daqui resulta, que o despacho de arquivamento é pouco claro, denotando uma atitude precipitada e pouco cuidada, não indo ao fundo da questão, o que cria a imagem de que o senhor Procurador-adjunto foge à responsabilização dos titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos.
    A Lei 12/96, destinava-se especificamente aos Institutos Públicos e seus dirigentes, composta por 5 artigos, de simples compreensão e simplesmente impeditiva, foi revogada pela Lei nº 2/2004, que como vimos bastante permissiva, indiciando desde logo actos como os presentes, e que deveriam merecer dessa Procuradoria-Geral uma maior atenção. Não significa isto que a Procuradoria-Geral assuma o papel de força de bloqueio da acção governativa, mas antes uma acção rigorosa e fiscalizadora da transparência dos actos públicos.
    A engenheira Valentina Calixto está dotada de um poder imenso, tutelando todo o Domínio Publico Hídrico incluindo o Marítimo. Para se compreender até onde vai esse poder convem esclarecer que o Domínio Publico Marítimo abrange a faixa terrestre com 50 metros de profundidade contados a partir da linha do mar no preia-mar da maior maré viva do ano, ou seja abrange todas as Praias do Algarve.
    Tal faixa é de uma importância e valor incalculáveis, tanto para investidores como para as autarquias, que sujeitas à sua tutela, fazem dela uma dirigente poderosa, convindo estar nas suas boas graças.
    Os contratos da empresa Algarser, cujo presidente é o conjugue da engenheira Valentina Calixto, em áreas por ela tuteladas, são bem mais que os indicados pelo senhor Procurador-adjunto e também são varias as autarquias e outras entidades que os requisitam, conforme documento anexo, extraído do Portal Base do Governo, onde se constata a limpeza das Praias de Quarteira, Vilamoura, ou as do sector nascente do concelho de Lagoa.
    Curiosamente, a Câmara Municipal de Olhão, adquiriu uma varredora – mecânica por cerca de oitenta mil euros e vem contratando os serviços de varredora – mecânica da Algarser por 74. 375.00 euros.
    O leque de autarquias e entidades adjudicantes envolvem os Municípios de Olhão, Tavira, Loulé, Lagoa, a Associação de Municípios Loulé – Faro, a Algar e até a Portimão Turismo, E.M. .
    Chegados aqui, cabe à Procuradoria-Geral, encetar as investigações para apuramento das responsabilidades criminais previstas pela Lei nº 34/87 com as alterações das Leis nº 108/2001, nº 30/2008, nº 41/2010, sendo certo que enquanto vice-presidente da CCDR-Algarve, a empresa Algarser estava impedida de celebrar contratos com o Estado e enquanto Presidente da ARH-Algarve tem a função de administrar e fiscalizar ao actos nas áreas por si tuteladas, susceptíveis de gerarem conflitos de interesses com a actividade económica da empresa Algarser, na qual tem interesses indirectos.
    Aproveito ainda para fazer um reparo final: o Ministério Publico nestas situações e sempre que possível deveria extrair certidões com vista ao procedimento criminal e não ficar à espera que o cidadão sem qualquer formação jurídico o faça, sob pena de ser este a sentar-se no lugar do infractor, por denuncia caluniosa.
    Sem mais, sou
    António Manuel Ferro Terramoto

    terça-feira, 12 de outubro de 2010

    Ilha e casas correm o risco de desaparecer

    Noticia retirada do Jornal de Noticias de hoje:


    Ilha e casas correm o risco de desaparecer

    Estudos alertam para risco de rompimento do cordão dunar - Marisa Rodrigues

    A ilha de Faro corre sérios riscos de desaparecer à semelhança do que aconteceu com a da Fuseta durante o último Inverno. Se o mar destruir as casas, como se prevê, a autarquia promete realojamento. Os moradores temem o pior.

    A revelação foi feita ontem pela presidente da sociedade Polis. Valentina Calixto assegura que "há quatro equipas técnicas distintas que chegaram à mesma conclusão". O mesmo é dizer que há fortes possibilidade de o mar avançar e romper o cordão dunar, arrastando as casas de construção precária que ainda resistem nas duas extremidades da ilha.

    Ana Maria e João Cruz acreditam no péssimo das previsões. Moram na ilha há mais de 20 anos numa casa em perigo iminente. As marés-vivas no primeiro trimestre deste ano provocaram a derrocada do quintal e nem as pedras de grandes dimensões que ali foram colocadas depois para reforçar a estrutura da habitação evitaram o sobressalto deste fim-de-semana. "As ondas com cerca de cinco metros voltaram a tocar na parede. Não tenho dúvidas de que isto um dia vem mesmo abaixo", desabafa o morador.

    Durante a madrugada de ontem o mar "engoliu" o areal, galgou muros e inundou a estrada de acesso às casas, arrastando areia que teve de ser removida por máquinas da autarquia. Os acessos voltaram a estar cortados e o parque de estacionamento esteve interdito.

    Segundo o presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, durante os próximos 15 dias, enquanto houver marés-vivas, "a única solução é ir removendo a areia e bombear a água". Estão previstas intervenções de fundo, como alterar o traçado da vida, mas essas "só deverão começar em 2011".
    Nessa altura deverá ter início o processo de realojamento dos residentes nas cerca de 60 casas classificadas como de primeira habitação.

    Uma intervenção que não será pacífica. Muitos moradores vivem da pesca e de reformas de pouco mais de 300 euros e dizem não ter dinheiro para uma renda.

    Tal como já havia alertado em posts anteriores, este ano vai acontecer na Ilha de Faro algo semelhante ao que sucedeu na Fuseta, e muito provavelmente, se os ventos se proporcionarem com marés vivas, a abertura de uma nova barra. É uma questão de tempo. Quem viver... Verá!!!

    Cumprimentos cordiais

    Luís Passos

    quarta-feira, 15 de setembro de 2010

    Pedido de Destituição da Engª. Valentina Calixto

    Caros,

    O grupo "Somos Olhão" entregou ontem uma carta na Procuradoria Geral da Republica, solicitando a destituição do cargo que ocupa, a Engª Valentina Calixto, na A.R.H. Algarve.

    Passo a transcrever o conteúdo da carta:

    "Olhão, 14 de Setembro de 2010

    À

    Procuradoria-Geral da Republica
    Rua da Escola Politécnica, 140
    1269-269 Lisboa

    Assunto: Pedido de destituição

    A 20 de Janeiro de 2010, a associação Somos Olhão, apresentou junto dessa Procuradoria-Geral o pedido de destituição da Engenheira Valentina Calixto, por violação da Lei 64/93 e suas alterações, que regula o Regime Jurídico de Incompatibilidades e Impedimentos de Titulares de altos Cargos Públicos.
    A Eng. Valentina Calixto é, por força das suas funções, titular de alto cargo publico desde meados da década de 1990, por ter sido nomeada Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR-A) até meados de 2008, de onde transitou para a Presidência da Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH-A).
    A Eng. Valentina Calixto tem como conjugue Marcelo Calixto, sócio da empresa Algarser, que por sua vez, tem celebrado inúmeros contratos com o Estado, até mesmo em áreas tuteladas pela ARH-A, como sejam as praias ou as ribeiras, apesar de os custos serem das autarquias.
    Diz a Lei 64/93, alterada:
    Artigo 8º nº 1- As empresas cujo capital seja detido numa percentagem superior a 10% por um titular … de alto cargo público, ficam impedidos de participar em concursos de fornecimento de bens e serviços … em contratos com o Estado e demais pessoas colectivas públicas.
    Nº 2- a) As empresas de cujo capital, em igual percentagem, seja titular o seu conjugue, não separado de pessoas e bens….
    Artigo 11º nº 1 – Os titulares de altos cargos públicos devem depositar na Procuradoria-Geral da Republica, nos 60 dias posteriores à tomada de posse, declaração de inexistência de incompatibilidades ou impedimentos…
    Nº 3 – O não esclarecimento de duvidas ou o esclarecimento insuficiente determina a participação aos órgãos competentes a verificação e saneamento das infracções.
    Nº4 – A Procuradoria-Geral da Republica procede ainda à apreciação da regularidade formal das declarações e de observância do prazo de entrega …
    Artigo 12º - Em caso de não apresentação prevista nos nº 1 do artigo 10º e 11º as entidades competentes para o seu deposito notificarão o titular do cargo a que se aplica a presente Lei para apresentar no prazo de 30 dias, sob pena de incumprimento culposo incorrer em … destituição judicial.
    Artigo 13º, nº 2 – A infracção ao disposto no artigo 7º e 9º-A constitui causa de destituição judicial.
    Significa isto que a Eng. Valentina Calixto deveria ter depositado nessa Procuradoria-Geral, a declaração de incompatibilidades ou impedimentos, nos 60 dias posteriores à sua tomada de posse como Vice-Presidente da CCDR-A.
    No caso da não apresentação, as entidades competentes teriam de dar um prazo de 30 dias para a apresentação daquela declaração.
    Ou seja, a Eng. Valentina Calixto, estará em falta desde há cerca de quinze anos, tendo ultrapassado todos os prazos, com graves responsabilidades para a própria Procuradoria-Geral, entidade fiscalizadora que afinal não fiscaliza nada, no que aos políticos diz respeito.
    Posteriormente à tomada de posse da Eng. Valentina Calixto como titular de alto cargo publico, é criada a empresa Algarser, vocacionada inicialmente para Estudos e Projectos de Engenharia, apenas se dedicando a actividades económicas associadas ao ambiente, já com a dita eng Valentina como responsável pelo ambiente no Algarve, sabendo de antemão que ele não poderia celebrar contratos com o Estado, por impedimento, incorrendo por isso na sanção de destituição prevista no nº 2 do artigo 13º da Lei 64/93, alterada.
    É a própria Lei 64/93 que, equipara os Titulares de Altos Cargos Públicos aos titulares de cargos políticos. Sendo assim, se os processos de perda de mandato dos titulares de cargos políticos, são considerados processos urgentes, obviamente que os processos de destituição de Titulares de Altos Cargos Públicos também o serão.
    Deste modo, só se entenderá que passados oito meses não haja qualquer procedimento de destituição da Eng. Valentina Calixto, pelo facto de a Procuradoria-Geral da Republica e os serviços de si dependentes, não quererem decidir em tempo útil e razoável, os processos que envolvam titulares de cargos políticos ou de altos cargos públicos, contrastando com a ligeireza com que o fazem em relação ao comum do cidadão.
    Assim sou a pedir:
    - A destituição da Eng. Valentina Calixto
    - Que o processo seja considerado prioritário
    Com os meus respeitosos cumprimentos, sou
    António Manuel Ferro Terramoto"


    Eu pessoalmente, tenho as minhas duvidas se isto dará em alguma coisa, mas o que é certo é que o pessoal em Olhão está a mexer-se a fazer coisas. Em Faro não vejo nada.

    Enfim... para meditar no assunto.

    Cumprimentos cordiais

    Luis Passos