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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Juros da dívida portuguesa disparam para recorde



Os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão a acentuar a subida, tendo já atingido um novo máximo histórico nos 6,655%, acima do anterior recorde de 28 de Setembro, fixado nos 6,554%.

Este é, desde a criação do euro, a contrapartida mais elevada que os investidores cobraram entre si para a negociação de dívida portuguesa.

Depois de ontem a Reserva Federal dos EUA anunciar novas medidas de estímulo, os investidores internacionais estão a acorrer aos mercados accionistas. O resultado é uma desvalorização das obrigações e, em simultâneo, um encarecimento dos juros.

"Há um claro afastamento dos investidores do mercado da dívida e uma procura por outros activos mais arriscados, como as acções e as matérias-primas", disse à Lusa Ricardo Marques, da IMF - Informação de Mercados Financeiros. "Hoje temos o preço da dívida a dez anos a cair [e os juros a subirem] em todos países europeus. Portugal e a Irlanda acabam por ser mais afectados porque já tinham outros problemas", acrescentou Filipe Silva, gestor do mercado de dívida do Banco Carregosa.

Os custos de financiamento da Irlanda estão a disparar 24 pontos base, para os 7,685%.

Os juros da Alemanha estão a subir três pontos base no prazo a 10 anos, levando a uma dilatação do “spread” entre a dívida portuguesa e a alemã para mais de 420 pontos, também próximo dos máximos desde a criação do euro.

In: Negócios Online

sábado, 23 de outubro de 2010

O burlão e os lorpas

Excelente texto do Blog "Era mais um fino" da autoria de Luis Melo.

Em todos os países do mundo há burlões, e Portugal não é excepção. A verdade é que além dos burlões tem também de haver lorpas para que a burla seja consumada. E diga-se, também os há… muitos.
Há dias tive conhecimento de uma burla mirabolante. Um casal novo pensava em ter um filho, mas queria garantir que tinha condições para o fazer e dar-lhe uma vida condigna. Como a vida está difícil pensaram bem e resolveram poupar algum dinheiro antes de partir para a aventura de ser pais.

Os 2 recebiam pouco e tinham as despesas correntes para pagar, mas resolveram fazer um sacrifício pelo filho desejado e começaram a meter num banco 25% do que ganhavam. O gerente de conta disse-lhes que ia investir o dinheiro num produto sem risco e que garantia um aumento da poupança. Ficaram maravilhados e deram autorização.

Passados uns tempos foram saber como estava a sua poupança e foram surpreendidos com a notícia de que “a coisa tinha corrido mal” e que já só tinham metade do dinheiro investido. Ficaram preocupados, mas o gerente disse que era uma questão conjuntural e que “a coisa ia melhorar”, garantindo a recuperaração. O casal acreditou no gerente e nem sequer reparou no seu carro novo.

Obviamente que sem surpresa, passados uns meses, a notícia ainda era pior: o dinheiro tinha desaparecido todo. Inocente, o jovem casal não sabia o que fazer, e desesperado voltou a acreditar no bem falante gerente, que lhes pediu mais dinheiro para, agora com outro produto, recuperar o perdido e ainda ir buscar lucros. Mais uma vez anuiram e voltaram a não reparar no pormenor do relógio Breitling que o gerente trazia no pulso.
Algumas semanas volvidas, alertado por alguns amigos, o casal foi ao banco confrontar o gerente com a coincidência de o seu dinheiro desaparecer à medida que o próprio gerente ia aparecendo com sinais exteriores de riqueza. Apanhado com a boca na botija, o gerente disse que se o denunciassem corriam o risco de nunca mais recuperar o dinheiro.

Dirigiram-se então à direcção do banco. Esta, com medo que o caso saísse a público e que destruísse a imagem do banco, resolveu encobrir a situação dizendo que realmente corriam o risco de ficar mesmo sem o dinheiro. Aconselharam o casal a não denunciar o caso e esperar que o dinheiro se recuperasse.
… Como diz muitas vezes o meu avô… “Enquanto houver lorpas“.

Legenda:
- Casal = Povo português
- Banco = Estado português
- Gerente = José Sócrates
- Poupança = Impostos
- Aumento da poupança = Educação, Saúde, Justiça, Emprego
- Carro novo = TGV
- Relógio breitling = novo aeroporto
- Direcção do banco = barões da política, comentadores, banqueiros
- Não denunciar o caso = aprovação do OE 2011.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Portugal já é capa do Financial Times

Portugal may miss consolidation goal, titula o Financial Times. Já estão mais rápidos no gatilho. À rapidez não deve ser inteiramente estranho o facto de as obrigações de referência (10 anos) estarem à beira dos 6%, de novo - comenta o blog "Cachimbo de Magritte".

Na verdade as coisas estão negras para o território Luso, aumentamos a despesa corrente primária em cerca de 5,5%, andamos a brincar aos ricos a fazer coisas que não podíamos pagar, auto estradas para onde ninguém quer ir, mas se derem prejuízo, o estado paga; hospitais e pontes em P.P.Privadas; desorçamentação, empurrar despesas que dependem do O.E. para as empresas e institutos da esfera do estado para maquiar as contas... enfim. 

Agora meus meninos... toga a pagar... Já se ve ao longe o avião do FMI a aterrar na Portela.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos