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terça-feira, 5 de abril de 2011

Faro: leilão de cartazes nos 55 anos do Cineclube

Um leilão de 17 cartazes de cinema e um ciclo intimista dedicado aos realizadores franceses da «Nouvelle Vague» Jen-Luc Godard e François Truffaut assinalam os 55 anos do Cineclube de Faro esta quarta-feira.
Com um preço base de licitação de cinco euros, os cartazes de filmes como «Ela Odeia-me», de Spike Lee, «Transe», de Teresa Villaverde, ou «Taking Woodstock», de Ang Lee, serão leiloados ao público a partir das 21h30 na sede do cineclube. 

O leilão está também aberto a quem queira participar via online através da rede social Facebook ou por telefone, explicou à agência Lusa Graça Lobo, vice-presidente do cineclube, que diz que a iniciativa deverá estender-se por duas horas. 

A partir da próxima segunda-feira e até ao dia 22 de Abril, o Cineclube de Faro vai ainda realizar um ciclo de cinema gratuito na sua sede dedicado a Jean-Luc Godard e François Truffaut.
Segundo Graça lobo, apesar de a atribuição recente de novas instalações dar um «novo alento» à direcção do cineclube, existem ainda problemas financeiros causados sobretudo pela diminuição do apoio da autarquia às associações culturais. 

«Este ano começou muito bem, temos um espaço condigno mas precisamos de mais financiamento», resume a vice-presidente do cineclube, sublinhando que a organização tem ainda que rivalizar com as descargas de filmes feitas pela Internet. 

Com 350 sócios, um acervo de 1.400 filmes em DVD, 800 cassetes de VHS, 1300 livros e número semelhante de revistas de cinema, o Cineclube de Faro é o segundo mais antigo do país, a seguir ao do Porto, em termos de atividade ininterrupta.

A primeira sala usada para a exibição de filmes do Cineclube de Faro foi o já extinto Cine Teatro Santo António, tendo a associação depois passado para o Teatro Lethes e mais tarde para o auditório do IPJ, onde ainda se mantém.

In: Destakes

sábado, 29 de janeiro de 2011

Cinema: Cineclube de Faro inaugura nova sede aos 55 anos

 
 
O Cineclube de Faro, o segundo mais antigo do país e que em abril celebra 55 anos de actividade ininterrupta, inaugura no domingo a nova sede, disse hoje a diretora daquela instituição cultural.

Em declarações à Lusa, Anabela Moutinho explicou que após décadas à espera de uma casa digna, o Cineclube ganha no domingo, às 18:00, uma nova sede, composta de uma filmoteca, cujo espólio ronda um milhar de filmes (DVD e VHS), e uma biblioteca de cinema com mais de mil títulos.

“É uma nova etapa do Cineclube de Faro, com novas dinâmicas, mais actividades e dedicada, principalmente, à juventude”, observou a cinéfila, referindo que a sede vai chamar-se Centro Jovem – Cineclube de Faro.

O novo espaço do Cineclube vai permitir a partir da próxima semana organizar pequenas sessões de cinema com lotação para 30 pessoas, consultar a biblioteca ou estudar com o computador portátil com Internet sem fios. Receber cursos e workshops relacionados com a sétima arte também vai ser possível.

“O Cineclube de Faro não é só para sócios, está aberto para todas as pessoas e em todas as actividades”, sublinha Anabela Moutinho, observando que o novo espaço tem melhores condições de conforto e foi cedido pela câmara municipal.

Mesmo com a crise económica instalada, Anabela Moutinho acredita que, com a participação dos sócios e público em geral nas sessões e com o mecenato, vai ser possível arranjar receitas para manter vivo o segundo clube de cinema mais antigo de Portugal, apenas destronado pelo Cineclube do Porto.

Para se ser sócio do Cineclube de Faro, criado em 1956, basta fazer a inscrição pela Internet, na própria sede ou nas sessões cinematográficas e pagar 10 euros (estudante) ou 15 euros (não estudante). As quotas são de 2,5 euros por mês.

Na inauguração vão estar presentes o presidente da câmara de Faro, Macário Correia, e o reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro.

A nova sede do Cineclube fica na Praceta Francisco Brito do Vale, Lote J, r/c, Loja A, perto das urgências do Hospital Central de Faro.
(Lusa)
22:53 sexta-feira, 28 janeiro 2011

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

UAlg e Cineclube de Faro promovem “Desassossego” literário e cinematográfico

O Livro do Desassossego de Fernando Pessoa vai ser debatido numa mesa-redonda, às 18h00 de hoje, no Club Farense, em Faro.



Este evento conta com a participação do realizador João Botelho, de Richard Zenith, um dos maiores especialistas pessoanos, estando a moderação a cargo de João Minhoto Marques, docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) da Universidade do Algarve.

Mais tarde, às 21h00, no Grande Auditório da Universidade do Algarve, no Campus de Gambelas, será projectado “O Filme do Desassossego”, a mais recente obra cinematográfica de João Botelho.

Esta dupla iniciativa resulta de uma parceria entre a UAlg e o Cineclube de Faro.


Sobre a mesa-redonda Livro do Desassossego, Richard Zenith

Richard Zenith é um freelancer que se dedica à escrita, à investigação e à tradução. Especialista em Fernando Pessoa, os seus trabalhos mais recentes neste domínio incluem o texto de Fotobiografias – Século XX: Fernando Pessoa (Círculo de Leitores/ Temas e Debates 2008), a organização do Livro do Desassossego (8.ª ed., Assírio & Alvim, 2009) e a co-curadoria da exposição Fernando Pessoa: Plural Como o Universo (Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, 2010).

Na introdução à primeira edição do Livro do Desassossego, Richard Zenith refere: «o que temos aqui não é um livro mas a sua subversão e negação, o livro em potência, o livro em plena ruína, o livro-sonho, o livro-desespero, o anti-livro, além de qualquer literatura. O que temos nestas páginas é o génio de Pessoa no seu auge».

Já na oitava edição, o Livro do Desassossego continua a surpreender Richard Zenith. «O que mais me espanta e atrai no Livro do Desassossego é, por um lado, a candura de expressão da alma que se auto-descreve - alma que é de Bernardo Soares, de Fernando Pessoa e de nós próprios, os leitores do livro e, por outro, «a poeticidade e a precisão daquela prosa ímpar. Lendo os trechos em voz alta é que se percebe essa qualidade poética, por exemplo, na cadência das frases e nos efeitos sonoros».

«Pessoa defendia que um espírito livre, uma inteligência viva, seria naturalmente flexível, mudando de opinião e de ponto de vista ao invés de ficar entrincheirado sempre nas mesmas ideias”. Para Fernando Pessoa, «a norma é que não existem normas nenhumas». Como especialista pessoano, Zenith contorna essa aparente contradição da seguinte maneira: «tento acompanhar este espírito livre que era Pessoa, explorando o seu vasto ser, sem tentar enquadrá-lo ou explicá-lo de modo "definitivo". Eu próprio, vou assumindo pontos de vista diferentes, realçando ora uma, ora outra faceta do poeta e da sua obra».


Sobre o Filme do Desassossego:

«É impossível filmar o Livro do Desassossego, “diziam-me todos”. Talvez – “disse eu”-, mas a partir de um texto que não tem tempo, não tem fim, não tem igual, foi-me possível criar um filme do desassossego que não pretende ser o livro (outra coisa é o cinema, que não arte literária); não em nome da experimentação ou da artística diletância, mas em nome do cinema que eu amo acima de tudo, e da língua, que é também a minha pátria», refere João Botelho na sua nota de intenção sobre o filme. Esta adaptação ao Cinema trata-se, assim, de uma adaptação pessoal e crítica do Livro do Desassossego.

Segundo Anabela Moutinho, do Cineclube de Faro, «esta sessão de cinema preenche uma lacuna previamente existente, já que a capital algarvia não faz parte da lista de distribuição do filme». Saliente-se que este filme não terá exibido em salas comerciais.


Sobre João Botelho:

João Botelho inicia-se na realização com duas curtas-metragens para a RTP e com o documentário de longa-metragem “Os Bonecos de Santo Aleixo” para a Cooperativa Paz dos Reis. Os seus filmes já foram premiados nos festivais de Figueira da Foz, Antuérpia, Rio de Janeiro, Veneza, Berlim, Salsomaggiore, Pesaro, Belfort, Cartagena, etc. Foi distinguido por duas vezes com o prémio da OCIC, da Casa da Imprensa e dos Sete de Ouro. Todas as suas longas-metragens tiveram exibição comercial em Portugal, quase todas em França e algumas em Inglaterra, na Alemanha, em Itália, em Espanha e no Japão. Teve retrospectivas integrais em Bergamo (1996), com edição de uma monografia sobre a obra, e em La Rochelle (1998). A Comenda da Ordem do Infante, de mérito cultural, foi ainda uma distinção que obteve em 2005.


Os bilhetes para o filme podem ser adquiridos no Cineclube de Faro (ao lado da Zara), nos seguintes horários:
Das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30, segunda, terça, quarta e sexta-feira e nas sessões do IPJ, segunda-feira às 21h30.

As reservas podem feitas através do e-mail ccf@cineclubefaro.com ou do telefone 289 827 627.


Ademar Dias

In: Algarve noticias