sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fitch corta ‘rating’ de Portugal em três níveis

A Fitch esmagou o ‘rating' de Portugal, baixando-o em três níveis, de ‘A-' para ‘BBB-'. O País fica a apenas um degrau da classificação de "lixo". 
 
O ‘downgrade' é justificado por ser agora menos provável que Portugal accione um pedido de ajuda externa, que a Fitch vê como indispensável, até às eleições legislativas de 5 de Junho.
"A severidade do ‘downgrade', de três níveis, reflecte sobretudo a preocupação da Fitch de que um pedido de ajuda externa é agora menos provável no curto prazo depois do anúncio, ontem, da realização de eleições a 5 de Junho", escreve Douglas Renwick, responsável da agência de notação financeira, num comunicado enviado à comunicação social.

Outra justificação invocada para o corte de ‘rating' foi a revisão em alta do défice português de 2010, que se cifrou em 8,6% do PIB, bem acima dos 7,3% prometidos a Bruxelas. Segundo a Fitch, tudo isto provoca um problema de calendário: "A rejeição parlamentar de medidas adicionais de austeridade e as próximas eleições significa que o reforço da consolidação orçamental não deverá avançar antes do terceiro trimestre de 2011". Por isso, segundo a Fitch, o objectivo de baixar o défice para 4,6% este ano está em perigo.

‘Rating' nacional à deriva

O ‘downgrade' de hoje significa que desde 24 de Março o ‘rating' português atribuído pela Fitch tombou cinco níveis, de ‘A+' para ‘BBB-'. E pode continuar a descer, dado que o ‘outlook' é negativo.
"O outlook negativo indica a probabilidade de um ‘downgrade' no curto prazo. A decisão será influenciada pela avaliação da agência em relação à evolução da situação orçamental, incluindo um eventual custo com o reforço do capital do sistema financeiro português. Também reflecte o risco de intensificação dos riscos macroeconómico e financeiro nos próximos meses, que a agência acredita que poderiam ser amenizados com uma intervenção da UE e do FMI", lê-se no mesmo relatório.

Portugal fica assim com um ‘rating' mais baixo que a própria Irlanda, já sob a alçada do FMI, sendo que há apenas um país na zona euro com uma classificação mais baixa: a Grécia
 
In: Economico

Tal como já havia referido no post anterior, este post vem justificar o meu comentário, ou seja, ninguém acredita que nos vamos aguentar ate 5 de Junho.
 
Por isso o Presidente da Republica deve agir já... decidindo depressa e bem. 
Caso contrário o pais vai pagar muito caro. Cavaco é co-responsável por esta crise, juntamente com José Socrates.
Cumprimentos cordiais
 
Luís Passos

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